Horizonte

Foto de MARTE

REFLEXÃO DE SENTIMENTOS

Senti a madrugada chegar,
Em raios de luar morno,
Cintilante neste imenso mar,
Tendo o horizonte como contorno!
Senti o meu coração a ficar,
Eufórico no seu ser,
A querer avançar,
Na razão do meu viver!
Fui sentindo o mundo,
Num olhar do momento,
Penetrante bem fundo,
Dentro do meu sentimento!
Olhei o horizonte a sorrir,
Reflectido num ponto cardeal,
Uma estrela a partir,
Na melodia do despertar matinal!
Vislumbrei brancas espumas no mar
Que neste areal vieram desaguar,
Melodias que me fizerão lembrar,
Todo o brilho do teu olhar!
Foram momentos nesta noite de luar,
Vividos no fim da madrugada,
Em que senti no teu olhar,
A reflexão da luz prateada!

Foto de Julinho Almeida

Um Amor Assim!

Um amor tão forte assim é difícil de descrever em palavras
mas não há como manter em silêncio um amor tão grande
Não é possível medi-lo em distâncias,
em tamanhos, ou intensidade,
mas sei que é mais distante que o horizonte,
é maior que o infinito,
e mais intenso que todas as forças da terra unidas...
Um amor que suporta as dificuldades e com elas se
torna ainda mais seguro pra seguir em frente...
É um Amor que como o vento não posso ver,
mas posso sentí-lo,
sinto em cada sorriso seu,
sinto em cada olhar, em cada abraço,
em cada beijo!!!
É em seus sorrisos que encontro forças pra lutar,
Em seus olhares busco a direção pra seguir
Em seus abraços encontro a segurança pra não
temer as dificuldades
E em seus beijos tão delicados encontro
todo amor que necessito pra viver!!!!!!!!!!!

TE AMOOOOOOO!!!!

Foto de Pianista ao Luar

Quer saber onde encontro você?

Quer saber onde encontro você?
Basta olhar e sentir o cheiros
dos campos floridos.

Quer saber onde encontro você?
Basta deixar o olhar perdido no horizonte.

Quer saber onde encontro você?
É senti o gosto do mel
Deslizar em meus lábios.

Quer saber como encontro você?
No soar de uma bela melodia
Que lembra sua doce voz.

Quer saber onde encontro você?
É nos cantos dos passarinhos
Que vem em minha janela
Cantar que você existe.

Quer saber onde encontro você?
Quando oro pra Deus
Pedindo uma boa companhia.

Quer saber onde encontro você?
É quando admito que
Não existe beleza maior que a tua.

Quer saber onde encontro você?
Quando sinto uma brisa
Suavemente me tocar.

Mais quer saber onde realmente encontro você?
Quando sinto meu coração bater
Pois você esta dentro dele,
Ele bate uma vez pra vida
E outra vez pra você.

Foto de solidão

Minha Despedida

Hoje as nuvens estão chorando,
Raios e trovões clarem o céu escuro, cinzento
Momento triste para uma triste despedida.
Quero me despedir com lágrimas de frases e palavras
Não quero mais que habite em mim essa pessoa chamada "poeta", que escreve não sei o que e nem sei o por que, mas que me fez em muitas noites dominando a mão, passar para uma folha em branco sentimentos inexplicáveis que sinto por você.
Acreditei no amor, porém penso que ele agora é apenas mais uma lenda, mito, uma história de terror onde existe as mortes mais sangrentas e o que agora sangra é o meu coração.
Dessa vez não quero que me peçam para que fique, pois já fiquei e me machucaram, mas talvez se você novamente pedir posso continuar aqui.
Um dia poderei voltar, mas hoje preciso partir junto com a "poeta" solidão, partiremos sem rumo, sem destino, tendo a certeza de que te amo e que se abrires novamente a porta de teu peito estarei disposta a retornar, mas a "poeta" não mais.
Existe uma ferida que não enxergo e a sua dor me faz gritar insaciavelmente.
Hoje quero me despedir dessa "poeta" que olha além do horizonte, que escuta a sua voz no cantar dos pássaros, que te ama mesmo sem saber explicar o que é amor.
Hoje quero respirar fundo e transmitir a minha fortaleza, mesmo ainda sendo uma menina ingênua, insegura, sem forças para te trazer para perto.
Não quero ser radical com minhas novas atitudes, a radicalidade nunca fez parte de minhas qualidades.
Poderia escrever essas minhas ultimas palavras através de um soneto, simetrificado, com rimados versos, mas poetar não é escutar lindos sons e visualizar perfeitas estruturas.
Tive o meu andar despreocupado em uma manhã de domingo, mas nessa minha despedida darei um passo após outro, pisarei firme mesmo com as pernas fracas.
Não direi as palavras que foram silenciadas.
Não direi aqui palavras ofensivas, de sofrimento já é o suficiente o que sinto.
Não quero novos amores, posso ser amada por milhares, mas apenas a ti darei o amor que tenho e que descobrir com a sua pessoa em minha vida.
Te darei os meus sentimentos mesmo não estando mais ao meu lado.
Hoje quero me despedir da dolorosa despedida e se agora germina lágrimas em meus olhos é para ver o sorriso em seus lábios.
Adeus...

Foto de a minha inspiracao e vc nathy

Jardim dos sentimentos

Tarde melancólica de verão,
O sol Já assenta-se junto ao horizonte,
O frescor da brisa que suavemente bate em meu rosto
conduz meus pensamentos distantes
Longe, onde tu estás, amada minha!
Pássaros entoam um belo cântico
Que ressoa no mais profundo da minh'alma
Me fazendo lembrar da sua voz
Resitando versos ao meu ouvido,
Rosas no jardim exalam o seu perfume
Que até hoje esta empregnado em minhas narinas
E a lua já vem surgindo,
Trazendo a noite sobre este jardim
Onde moram a solidão, a saudade
E a esperança do teu regresso.

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

Foto de Heli de Abreu

A Dama e o Marujo

Quando a frágil embarcação apontou
nas linhas calmas do horizonte
me lembrei do meu amor
que estava tão distante

Distância em geografia
são dez mil léguas de solidão
quando parti na noite fria
te levei clandesti-no coração

Ao se aproximar o veleiro
ao raio do meu olhar...
vislumbrei teu semblante de deusa
meu coração quis parar

Numa fração de segundos
relembrei toda louca aventura
do dia cinza da partida
a essas noites de agruras

O que fui buscar não encontrei
perdi meu tempo a procurar
estava tão perto, não imaginei
em seu coração encontrar

Mas o perdão eu extraí
além do beijo da tua boca
saciei a sede do meu desejo
matei a fome que não foi pouca

Foto de Zedio Alvarez

Sexo imaginário

Tenho notado em ti
Uma transformação hormonal
A duna ficou fenomenal
É uma fartura total

Sem contato imediato
Degusto tua silhueta
Imagine num banquete verdadeiro
Devoraria o cardápio inteiro

Mas por onde começaria?
Beijaria sua boca como se fosse uma fonte
Sem pressa mataria minha sede
Atravessando a linha do horizonte

Navegaria nas ondas dos teus cabelos
Como teu parceiro
Deixando-me extasiado
Diante de todo teu cheiro

Beijaria a lente de teus olhos
Limpando tua máquina fotográfica
Que em todos os momentos
Muitas fotos foram reveladas

Chegaria nas tuas orelhas
Daria um beijo para ecoar
E ver o som se propagar
Anunciando o tempo de te amar

Faria o que com teus seios?
Tocava nos bicos intumescidos
Depois voltaria a ser criança
Para satisfazer a minha pança

Continuei faminto
Fui até a praia fazer um lual
Encontrei teus pés e também as coxas
Poxa!, como aumentou esse areal

Contornei teu umbigo
Que tinha água e tesão
Mas de onde veio?
Acho que do oásis da paixão

Logo avistei sua linda fenda
Toda revestida em pelos
Estava já me esperando
Corri pro abraço comemorando

Foto de solidão

Uísque

Não serei como antes
Brincarei com amigos
Conhecerei novas pessoas
Mas não me apegarei a nenhum

Trocarei bala boca à boca
Me embriagarei com dois copos de guaraná misturados a cinco litros de uísque
Mas não me entregarei a ninguém

Curtirei a noite como se fosse a ultima
Não trocarei telefone
Não quero um novo amor
Não me peçam em namoro, casamento
Isso é coisa de gente grande
Talvez quando tiver meus 26 pense diferente

Não falarei mais em sentimento
Meu coração será como um gelo que nem aquecido em baixo de 1000ºC será aquecido

Cansei desse papo de:" e viveram felizes para sempre"
O sempre, sempre acabará
Olharei o horizonte, verei a chuva vindo, os passáros indo e continuarei imóvel
Gritarei e chorarei quando der vontade
Mas não se preocupe
As minhas ligações não irão te incomodar
Sentirei o vento balaçar meus cabelos
As gotas de chuva cair

Não mais andarei de mãos dadas
Nenhum homem terá minha compania por mais de 24 horas
Mesmo que diga que sou a mais perfeita entre as mulheres
Mesmo que diga que sem mim não saberá viver
Não mais sonharei.

Foto de Carlos Magno

O Mesmo Horizonte

Não quero o sol nem a lua, não quero sonhos nem pesadelos, quero apenas acordar e lembrar que nada fui se não tua sina, tua estrada, teu caminhar despreocupado numa manha de domingo...
Não quero a dor do adeus, e nem Deus me tirando a dor da ausência de teus beijos. Quero sim é dar-te meu peito como ele é, com todos os teus defeitos e todo teu amor, provando-te ser eu um mero homem que te ama, minha alma!
Se fui, é porque era chegada minha hora. Se um dia eu voltar, voltarei porque deixaste aberta a porta do teu peito...
Não procure motivos, não germine lágrimas... viva a certeza de termos vividos instantes eternos. Veja no horizonte os pássaros que vão indo, veja no mesmo horizonte a chuva que vem vindo. E o que passa, não é dor nem sofrimento: é vida!
Se vivo é porque uma dádiva pesa em meus ombros, e, se essa dádiva é amar, saiba que te amo!

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