História

Foto de jorge luis de oliveira

PASSEIO A CONSERVATÓRIA

O PASSEIO A CONSERVATÓRIA

Jorge Oliveira - 24 /05/2010

Não sou poeta, longe disso, mas, às vezes, me inspiro em algumas situações, ocasiões, momentos ... E um passeio à Conservatória realizado pelo Grupo Alegre Seresteiro jamais poderia cair no esquecimento.

Foram três dias mergulhados em cultura, lazer, artes, diversão e felicidades. Tudo foi perfeito, desde motorista muito eficiente, cuidadoso e prestativo, até chegar ao hotel lindo e acolhedor, com uma cozinha farta e bela e dos nossos apartamentos uma bela vista da janela.

Isto é Conservatória: passamos pelo túnel que chora, pelas ruas da pequena cidade, pela casa da cultura, pelo museu, igreja, pracinhas, lagos e lojinhas, tudo tão simples, porém, de uma beleza, cuja singeleza de dar inveja aos olhos de qualquer mortal; os seresteiros e artistas tão talentosos que os shows e músicas apresentadas, seja na rua, nas travessas ou nas calçadas, embalam os corações de forma séria ou até mesmo de brincadeira e o amor respira no calor e na emoção de uma canção.

As madrugadas foram divinas, tanto, crianças, como adultos, velhos, meninos e meninas, acompanhando os seresteiros pelas ruas de Conservatória e nós Alegrenses do Grupo Alegre Seresteiro, cantando junto a eles, músicas do nosso cancioneiro - uma emoção que entrou para a história.

Esse foi nosso passeio à Conservatória: o grupo não poderia ser melhor, foram amigos, construindo amizades e, tornando-se cada vez mais, tão próximos, que quando o passeio estava chegando ao fim, a começar por mim, todos já estavam morrendo de saudades.

Foram muitas brincadeiras, cantorias, passeios, shows e alegrias. Muitos se revelaram: na dança, no garfo, no bolso, na graça, no silêncio e até na saliência. Mas, tudo com muito respeito, sem nenhuma ofensa, digno de um grupo de amigos que tiraram esses três dias para brincar, divertir e curtir a vida e receberam em troca toda essa recompensa.

As festas foi um caso a parte. A festa árabe, deixou saudades, o grupo brincou, dançou, cantou, numa tenda linda e num ambiente gostoso, com uma grande mesa de comida árabe, vinhos, tudo perfeito, organizado, sem correria ou fila, foi tão boa que ao final da festa teve amigos nossos que queriam a todo custo “ir buscar Dalila”.

Conservatória é isto: alegria, paz, cultura, diversão e felicidades. Retornamos ao nosso cotidiano na certeza de que num futuro breve voltaremos, pois já estamos morrendo de saudades.

Foto de Alexandre Mathias

Dedicatória

Sabe a mais ou menos um mês atrás eu pensava que meus dias seriam de casa para o trabalho e que não me importaria com o amanham...
Que todos os dias seriam iguais que as
Pessoas nascem para trabalhar ter seus compromissos e que cada um seria
Aquilo que constrói.
Mais é isso. Mudei totalmente meu modo de pensar de agir e de sonhar...
Vejo que não é só de casa para o
Trabalho e que sim eu me importo com o amanham e que todos os dias
Realmente não são iguais como pensava. Verdade as pessoas nascem para
Trabalhar para ter seus compromissos e que cada um constrói sua História
Sua vida sim...
Hoje e daqui pra frente me vejo um
Homem realizado está com a pessoa que mudou meu jeito de pensar de agir
De ser... Sempre esperei dos outro algo de importante para mim...
Mais por você não esperei algo esperei você. E foi perfeito ver e sentir
Chegar o dia que você veio para os meus braços...
Você mudou meu modo de agir e de
Sonhar com apenas poucas palavras e um sorriso lindo e melhor seu ♥ me
Mostrou que minha história começou quando te conheci...

Amar e isso e conhecer a pessoa com quem estar. E saber que temos sim uma historia pela frente.
Que existe o amanha que trabalhamos e temos compromisso com a pessoa que amamos.
Que somos capazes de mudar o rumo de nossas historia que podemos não só apenas nos focar no trabalho mais que podemos não parar de pensar na pessoa que estar ao nosso lado que nos faz feliz.
Que tudo que passamos foi para que duas pessoas sejam felizes.
Amar e se dar um ao outro e fazer feliz quem estar do seu lado.

Uma dedicatória para Carol Cardoso

Foto de Paulo Zamora

ALGUMAS DESCOBERTAS (www.pensamentodeamor.zip.net)

O texto é uma exortação baseada em relatos de pessoas que viviam conforme mencionado, e de repente acordam para a importância dos limites ou a que grau devem ser as exigências...

Por ter passado muito tempo da minha vida somente me dedicando a outros, fui ficando triste por conta do pouco que recebia, mas é da minha personalidade dedicar-me para aqueles a quem admiro; é claro que não devemos pensar em retorno de forma impulsiva, mas é natural do ser humano saber que se nos damos é porque acreditamos receber, ainda mais de determinadas pessoas.
Certa vez resolvi fazer um teste; resolvi me dar na medida em que receberia; fui percebendo que de repente estava me sentindo sozinho, porque estava me dando além do meu próprio limite para isso; fui o culpado, claro que sim; é como se eu transmitisse uma imagem mentirosa de mim, como se eu vivesse sem dor, sem cansaço, sem sonhos, sem lutas, quando na realidade todo meu tempo era para dedicação.
Aconteceu que aos poucos fui poupando minha privacidade, minhas liberdades, e para alguns era como seu eu nunca pudesse errar em nada; não fiz cobranças, apenas quis me sentir amado, não mesma medida, porque ninguém ama na mesma medida, queria me sentir simplesmente valorizado, assim como eu fazia com pessoas queridas. Tudo isso gerou conflitos na mente, muitas vezes cobrando das pessoas como elas deveriam ser comigo, pode até ter sido um erro, mas arriscava...
Fui ficando cansado de ser inferiorizado ou de ser procurado na maioria das vezes nos momentos de conflitos alheios, prestei homenagens com amor e carinho, confesso que faria tudo outra vez se fosse preciso; é que neste exato momento estou triste porque observo que alguns se distanciam e quando chegam a procurar por mim querem-me ali disposto como antes; passei tempos e tempos da minha vida me dedicando, no fundo sei que sou amado; só queria que as pessoas compreendessem minha presença na vida delas, infelizmente acaba parecendo que toda a dedicação foi em vão, coloque-se no meu lugar, um ser humano imperfeito, por sinal também falho; mas acreditando saber amar e perdoando facilmente seus semelhantes. Com certa medida de carência comecei a me apegar facilmente com algumas pessoas, talvez por olhar as qualidades delas, estava eu esperando demais? Quem me conhece sabe que não.
Outro motivo pelo qual estou desabafando é que me cansei de ficar tentando fazer os outros compreenderem quem sou, que estou lutando arduamente pela vida; porque viver é guerra dura, é preciso coragem. Em muitas das minhas dificuldades pude contar com algumas pessoas, mas na maioria das vezes estava sempre só, mantendo a peteca em pé.
A impressão era de que eu estava esperando demais das pessoas, mas nunca fui assim, talvez passaram a me ver como alguém sempre muito forte, me virando pra lá e pra cá, então, ficaram pensando que não preciso de ajuda, sei lá... É vago o entendimento disso para mim.
É a mais pura realidade de que muitos acabam dando valor quando as causas são perdidas, muitas amizades são assim.
Não fui visto por pessoas que esperava, mas continuei amando assim como amo hoje; embora sofri decepções; aprendi várias lições de vida, agora procuro me conter, ter limite, passar algum tempo sozinho para meditar, sonhar mais, falar menos dos meus planos aos outros, compartilhas todas as coisas positivas; mas tem sido difícil colocar as coisas no lugar, ainda mais agora depois de tantos anos. Não é impossível, sei que não é, mas vai demorar um pouco para dar certo. Amar nunca é um defeito, mesmo quando pensar estar amando demais. Sempre respeitei o espaço dos outros, querendo que meu espaço fosse respeitado, mas como se eu mesmo esqueci o meu espaço?
O que parecia crítica era conselho...
O que parecia reclamação em excesso era desabafo...
A atenção especial era fonte de carinho, uma forma de confiar, amar sem olhar somente os defeitos e os erros.
Saí do limite sem perceber, e fui notando pessoas me evitando, embora as mesmas sempre puderam contar comigo, muitas vezes menti não perceber mentiras ou outras desculpas... Mas ninguém é perfeito, eu nunca fui...
Também posso viver uma paixão, ter altos sonhos, priorizar momentos, passear, quem foi que disse que não gosto dessas coisas? Lendo livros descobri não haver máquina do tempo, nada nos faz voltar atrás, no entanto é possível reescrever a história da vida, mudando rumos, conquistando, reconquistando...
Quem julga o que não sabe não sabe nada da vida, afinal quem somos nós para julgar? Não quero ficar daquelas pessoas que me derrotam quando nem mesmo eu sou derrotado, entende? Jamais ser tratado como coitado ou resto de algo, eu não sou objeto...
Pior são aqueles que pensam que vivo de poesia, Meu Deus, bem se fosse assim...
Poucos entendem de emoção, mas todos querem ser amados. Também quero.
Não sou o único a poder fazer sacrifícios, embora nunca fiz nada que não fosse com amor e dedicação, porque querendo ou não sei ser sincero.
O mundo é injusto, eu sei. Nem por isso a injustiça deve ser modelo para que eu aplique no meu viver. Não há vida sem dor. Dedicação não é defeito. Falta de atenção apropriada (Quando outra pessoa necessita) pode até ser, não tenho certeza.
Não sei se você está compreendo o que estou tentando passar com esse texto; é algo construtivo quando se trata de entender limites, de respeitar as pessoas, mas nunca “se esquecer”, porque ninguém notará isso, somente você mesmo. Abrir os braços demais não se faz possível abraçar o mundo mesmo sendo por amor...
Algumas pessoas amadas por mim estão começando infelizmente e perderem por conta da má cultivação...
“Certa vez resolvi fazer um teste; resolvi me dar na medida em que receberia; fui percebendo que de repente estava me sentindo sozinho, porque estava me dando além do meu próprio limite para isso; fui o culpado, claro que sim; é como se eu transmitisse uma imagem mentirosa de mim, como se eu vivesse sem dor, sem cansaço, sem sonhos, sem lutas, quando na realidade todo meu tempo era para dedicação” e lutas constantes...
(Escrito por Paulo Zamora em 24 de setembro de 2010)

Deixamos de ser importantes para pessoas que não nos olham. (Paulo Zamora)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Carmen Lúcia

Tentando recomeçar...

Desfaço os laços que nos mantinham atados.

Agora sós... Cada um pro seu lado...

Restam os nós, que o tempo vai desatar...

Que a vida há de apagar...

E a imensa bagagem de experiência,

anos a fio, conflitante convivência...

Páginas de um livro que quero virar...

Enredo desgastado.Um novo virá?

Cada um por si, sem hipocrisia, sem medo...

Reconstruindo outra história, sem pompas, sem glória.

Apenas uma simples e verdadeira história...

Criamos uma redoma...Seguiremos imunes...

Da dor, do desamor...Sairemos impunes...

Dos vendavais ou fortes temporais.

Nosso alicerce é de pedra e seguro,

nossa janela isenta de mau agouro...

Nada poderá nos derrubar...

Fortalecidos hoje estamos...

Ouso dizer que nos salvamos.

(Carmen Lúcia)

Foto de bluecloak

Ser fumante

Cigarrava encostado à parede, observava as histórias dum livro que abrira na passada noite. O que fumava era a companhia, não a mais amada mas a mais desejada.
Nunca amara por isso ainda não conhecia tal estado de alma. Apenas de ouvir falar sabia que tinha coisa parecida dentro daquele corpo.
As personagens passavam à velocidade do fumo, nunca permaneciam para mais que o instante para trocar de histórias, nem que fossem a preto e branco, qualquer coisa. Coisa simples.
Alguém somava as páginas do livro onde nada se passava, alguém que até o lia e desvendava a razão, a natureza, a função deste ser fumante e observador.
Este era um miradouro para outras vidas. Cigarrava, cigarrava até que o fumo lhe obstruiu a visão. Já de nada queria saber........
Numa noite uma nova figura integrou na história. Apenas o perfume lhe foi notado.
Esta por sua vez era a que tinha mais peso existencial, de figura sincera, bonita, sensual com contornos apetecíveis que lhe fez queimar a ponta dos dedos, as mesmas que no instante seguinte lhe desejavam tocar.
Por onde caminhava a nova personagem, seguia o perfume depois o fumante e o fumo. Deslumbrado estava este com a vontade de trocar histórias, mesmo a preto e branco com este magnifico ser humano que parecia uma Princesa. Queria muito!
Cigarrava encostado à parede quando sentiu o perfume e ouviu: - " Olá :) "
A sua alma fogueteou de alegria, tremeram-lhe as pernas que se assemelhavam a alicates, perguntou-se se para ele seria? Era! Foi! É! Ficou gago de espanto.
Largou o que sempre fumou com uma sacudidela para o chão e seguiu-a, mais à frente as mãos tocaram-se tornando tudo mais lógico. A vida é para além daquela parede.
O que sempre fumou, continua a fumegar no mesmo chão junto à parede daquela história.

Foto de onil

LEMBREI-ME QUE SOU POETA

EU LEMBRO TEMPOS ATRÁS
QUANDO AINDA ERA RAPAZ
EM VERSOS RIMAVA AO AMOR
SEI QUE ESSE TEMPO NÃO VOLTA
MAS O FUTURO ME APONTA
ESCREVER AINDA COM MAIS VALOR

NÃO ESCREVO INVENÇÕES
MAS FALO DE RECORDAÇOES
QUE DESCREVEM AMORES PASSADOS
DEDIQUEI EM LIVROS ESCRITOS
POEMAS DE AMOR TÃO BONITOS
QUE FICAM PARA SEMPRE GRAVADOS

ESCREVI A CONTAR A HISTÓRIA
DE UM GRANDE AMOR DE GLÓRIA
FICOU NO MEU PEITO MARCADO
NUNCA DEIXEI DE PENSAR NELE
A MINHA BOCA FICOU A SABER A FEL
E MEU CORAÇÃO DESTROÇADO

HOJE SOU HOMEM MADURO
NÃO SABENDO O MEU FUTURO
ESCREVO APENAS AO PASSADO
NÃO TENHO DUVIDAS NO AMOR
MAS SEI QUE NOS CAUSA DOR
E DEIXA O CORAÇÃO MAGUADO

OUTROS AMORES VOU SONHANDO
E AOS POUCOS LIBERTANDO
NOS VERSOS A FANTASIA
SINTO-ME BEM AO ESCREVER
E SONHO QUE ALGUÉM HÁ-DE LER
TUDO O QUE ESCREVO NA POESIA

HOJE INSPIRADO ME SENTI
NA MINHA MENTE REVI
COISAS QUE POR MIM PASSARAM
AMORES SEM PRECONCEITO
MAS QUE FICARAM EM MEU PEITO
GRAVADOS NÃO SE APAGARAM

Á MUITOS ANOS SENTI
MAIS TARDE ME CONVENCI
QUE ERA POETA A VALER
ESCREVI POESIAS DE AMOR
ALGUMAS DE GRANDE VALOR
QUE EU NUNCA IREI ESQUECER

LEMBREI-ME QUE SOU POETA
HOJE TENHO A MENTE DESPERTA
EXISTE INSPIRAÇÃO NELA
POR ISSO ESCREVO ESTE POEMA
PARA LEMBRAR CADA SENA
DA VIDA QUE É CURTA E BELA

ESCREVI POESIA AO FADO
E SENTI NO PEITO GRAVADO
A ALEGRIA DE SER ARTISTA
OUVIR A GUITARRA GEMER
ENTROU PROFUNDO NO MEU SER
E FEZ-ME SENTIR FADISTA

NUNCA ME SENTI NEM ATREVO
VAIDOSO EM TUDO O QUE ESCREVO
IMAGINO QUE TEM CERTO VALOR
SINTO É VERDADE REALMENTE
QUE RIMANDO PALAVRAS SOMENTE
A MINHA ALMA SENTE PRAZER E AMOR

TUDO O QUE ME FAZ BEM SENTIR
É PODER AO STRESS FUGIR
ESCREVENDO E MAIS TARDE RECORDAR
ADORO E PROFUNDO ME DELEITO
QUANDO HÁ INSPIRAÇÃO NO PEITO
E POSSO NUM POEMA GRAVAR

17/06/08
ONIL

Foto de Cecília Santos

NOSSA HISTÓRIA (P/minha filha Fernanda)

NOSSA HISTÓRIA...
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Um ponto de luz rutila no céu, em meu coração a saudade
insiste em ficar.
O vento que sopra, murmura seu nome, beijando-me a face
num doce abandono.
Todos os dias a vida se inicia com as cores do arco-íris,
nuances suaves que indicam os caminhos.
Caminhos ladeados de flores, que chegam junto com
a primavera, enfeitando os sonhos e as ilusões.
É a soma do tempo que se evolui, é a certeza que nada
mais será igual .
É o passar dos dias com sabor de vazio, é o coração não
aceitando a partida.
A lembrança é um esboço de saudade profunda, que em
mim se enraizou, e se fortalece mais e mais.
Que continua emaranhando meu pensamentos, que ainda
hoje me tira o chão, me deixa sem razão.
Mas, que me faz ver que a vida continua passando, que
todos os dias o sol adormece no horizonte, e que todas as
manhãs se levanta bem cedinho.
E sei que você se esconde em cada raio solar, que todos os
dias vem me dar bom dia!
Sei que você sorri com meu sorriso, que chora com minhas
lágrimas, que canta com meu canto triste, sei também que
você é todo esse universo ao meu redor.
Sei que você está presente nas águas dos rios, nas flores
que nascem, na chuva que cai, no ar que respiro, na vida
que levo.
Você é mais que um sonho em minha vida, é a certeza de
que um dia te acalentei em meus braços, te ajudei a dissipar
seus medos, que muitas vezes sequei seu pranto, mas sei
também que tudo que um dia vivemos, será a nossa história
mais bonita.
Será uma história sem término, será eterna, pois nem mesmo
a sua ausência fará com que ela termine.

(P/minha filha pelos 4 anos de ausência)
Cecília-SP/10/09/2010*

Foto de Fernanda Queiroz

Fazer poesias...

Fazer poesia,
é voltar ao passado,
é te ter ao meu lado.
É te ouvir baixinho,
É sonhar com nosso ninho.
É juntar os sorrisos.
É lembrar nossa história
Entorpecer no encanto
E acordar em meu pranto.

Fernanda Queiroz
Direitos Aurorais reservados

Foto de Rosinéri

O SENSO DO AMOR

Aquele senso de amor que havia
Que unia meu coração ao seu
Aquele senso se foi
O que restou do meu amor
Daria para uma vida inteira
Sem nada retirar
Mas por falta de sonhos em comum
Por falta de sermos dois em um
Ou lugar algum
Pra podermos amar devagar
Sermos tudo e todo e um
Hoje olho no espelho
Conto as marcas e as rugas
Causadas pelas lágrimas choradas
Nossos segredo e fugas
Tudo a razão se cansou
Tento puxar na memória
Tudo aquilo que passou
Mas não tem história
No amor que me restou
Não tem lugar pra nós dois
Não tem beijo guardado pra depois
Só a espera, a espera
Quem me dera...
No coração uma dor vazia
Que nem mesmo a boemia
Conseguiu sufocar
A certeza de como sempre
Que foi difícil te amar.

Foto de Sempre-Viva

Maiúsculas

Maiúsculas
(extraído do Manual de Redação da PUCRS)

A letra maiúscula é um recurso gráfico utilizado para dois propósitos: assinalar o início do período (em oposição ao ponto final, que o encerra) e dar destaque a uma palavra, seja ela um substantivo próprio ou não. Uma vez alfabetizados, não temos dificuldade em utilizar a maiúscula para o primeiro propósito, mas temos dúvidas freqüentes sobre quando dar ou não destaque à palavra.

O Formulário Ortográfico de 1943, que rege a matéria, não foi suficiente explícito quanto ao estabelecimento de normas.
Além do mais, dá margem à flexibilidade, quando permite o uso de inicial maiúscula por "especial relevo", por "deferência, consideração, respeito", quando "se queira realçar", ou na designação de "alto conceito", "altos cargos, dignidades ou postos." Assim, sempre se poderia justificar o uso de maiúsculas pela "ênfase" ou "destaque".

O que se observa hoje em dia são as seguintes tendências:

1. As grandes companhias jornalísticas criam, para vários casos, normas próprias e acabam criando uma tendência.
2. O emprego de maiúsculas em excesso, os negritos, os sublinhados ou os destaques estão caindo de moda, já que "poluem" o texto.
3. A tendência é, pois, a seguinte:
- mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúscula;
- mais modernidade, menos "poluição" gráfica, mais simplicidade: minúscula.

Nunca se pode esquecer, no entanto, da regra taxativa que preceitua o emprego obrigatório de letra inicial maiúscula nos substantivos próprios de qualquer natureza.

Quando devo usar maiúscula, obrigatoriamente?

1. No início de período ou citação.
Exemplos:
- Ao longo de sua existência, a PUCRS atingiu uma posição de destaque entre as instituições de ensino superior mais conceituadas do Brasil.
- O Ir. Norberto Francisco Rauch, reitor da PUCRS, declarou, ao lançar o Plano Estratégico da PUCRS 2001-2010: "A aspiração da PUCRS é tornar-se referência pela relevância de suas pesquisas e excelência de seus cursos e serviços, conforme descrito na sua Visão de Futuro."

Observação: Se, depois dos dois pontos, vier um simples desdobramento da frase ou uma enumeração (e não uma citação direta), a palavra começará com minúscula. Exemplo: O contexto do ensino superior brasileiro apresenta, entre outras, as seguintes grandes tendências: expansão acelerada e interiorização de ensino superior, consolidação da pós-graduação e melhoria da qualificação do corpo docente.

2. Nas datas oficiais e nomes de fatos ou épocas históricas, de festas religiosas, de atos solenes e de grandes empreendimentos públicos ou institucionais.

Exemplos: Sete de Setembro, Quinze de Novembro, Ano Novo, Idade Média, Era Cristã, Antigüidade, Sexta-Feira Santa, Dia das Mães, Dia do Professor, Natal, Confraternização Universal, Corpus Christi, Finados.

Observação: empregue letra minúscula em casos como os seguintes: era espacial, era nuclear, era pré-industrial, etc.

3. Nos títulos de livros, teses, dissertações, monografias, jornais, revistas, artigos, filmes, peças, músicas, telas, etc.

Observação: escrevem-se com inicial minúscula os artigos, as preposições, as conjunções e os advérbios desses títulos.

Exemplos: O Catecismo ao Alcance de Todos, Pilares da PUCRS, O Racional e o Mitológico em Wittgenstein, Os Sentidos da Justiça em Aristóteles, Introdução a Estudos de Fonologia do Português Brasileiro.

4. Nos nomes dos pontos cardeais e dos colaterais quando indicam as grandes regiões do Brasil e do mundo.

Exemplos: Sul, Nordeste, Leste Europeu, Oriente Médio,etc.

Observação: Quando designam direções ou quando se empregam como adjetivo, escrevem-se com inicial minúscula: o nordeste do Rio Grande do Sul; percorreu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste; o sudoeste de Santa Catarina; vento norte; litoral sul; zona leste, etc.

5. Nos nomes de disciplinas de um currículo ou de um exame.

Exemplos: Introdução à Bíblia, Teologia Moral V, Língua Portuguesa I, Filosofia II, História da Psicologia, Matemática B, Cirurgia IV, Mecânica Geral,etc.

6. Nos ramos do conhecimento humano, quando tomados em sua dimensão mais ampla:

Exemplos: a Ética, a Lingüística, a Filosofia, a Medicina, a Aeronaútica, etc.

7. Nos nomes dos corpos celestes.

Exemplos: Terra, Sol, Lua, Via-Láctea, Saturno, etc.

8. Nos nomes de leis, decretos, atos ou diplomas oficiais.

Exemplos: Decreto Federal nº 25. 794; Portaria nº 1054, de 17-9-1998; Lei dos Direitos Autorais nº 9.609; Parecer nº 03/00; Sessão nº 01/00; Resolução 3/87 CFE, etc.

9. Em todos os elementos de um nome próprio composto, unidos por hífen.

Exemplos: Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, Pós-Graduação em Finanças, etc.

10. Nos nomes de eventos (cursos, palestras, conferências, simpósios, feiras, festas, exposições, etc.).

Exemplos: Simpósio Internacional de Epilepsia; Jornada Paulista de Radiologia; II Congresso Gaúcho de Educação Médica; Técnicas de Ventilação em Neonatologia, etc.

11. Nos nomes de diversos setores de uma administração ou instituição.

Exemplos: Reitoria, Pró-Reitoria de Administração, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitoria de Extensão Universitária, Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, Gabinete da Reitoria, Assessoria Jurídica, Assessoria de Comunicação Social, Gerência de Web, Conselho Departamental, Departamento de Jornalismo, Centro de Pastoral Universitária, etc.

Observação: Na designação das profissões e dos ocupantes de cargo (presidente, vice, ministro, senador, deputado, secretário, prefeito, vereador, papa, arcebispo, cardeal, princesa, rei, rainha, diretor, coordenador, advogado, professor, engenheiro, reitor, pró-reitor, etc) empregue-se letra minúscula, apesar de a norma oficial determinar maiúscula para os "altos cargos, dignidades ou postos". Exemplos: reitor, vice-reitor, pró-reitor, chefe de gabinete, assessor, diretor, vice-diretor, coordenador, professor, etc.

12. Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados.

Exemplos: O Estado (Rio Grande do Sul), o País, a Nação (o Brasil), etc.

13. Nos pronomes de tratamento e nas suas abreviaturas.

Exemplos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Senhor, Senhora, Dom, Dona, V. Exa., V. Sa., etc.

14. Nos acidentes geográficos e sua denominação.

Exemplos: Rio das Antas, Rio Taquari, Serra do Mar, Golfo Pérsico, Cabo da Boa Esperança, Lagoa dos Quadros, Oceano Atlântico.

Observação: Segundo a norma oficial, escrevem-se com minúsculas: rio Taquari, monte Everest, etc. Acontece, no entanto, que tal procedimento poderá trazer confusão quando o acidente geográfico faz parte integrante, indissociável do nome próprio: Mar Morto, Mar Vermelho, Trópico de Câncer, Hemisfério Sul, etc. Se a opção for sempre pela maiúscula, a grafia, neste caso, ficará mais fácil.

15. Nos nomes de logradouros públicos (avenida, ruas, travessas, praças, pontes, viadutos, etc.).

Exemplos: Avenida Farrapos, Rua Vicente da Fontoura, Travessa Fonte da Saúde, Parque Farroupilha, Praça São Sebastião, Praça Dom Feliciano, etc.

Saiba Mais

Que letra empregar no início de itens de um texto, depois de dois-pontos?
Há, na verdade, três opções:
• Iniciar cada item com letra minúscula e terminar com ponto-e-vírgula, com exceção do último item, que acaba com ponto final.

"Art. 4 - Constituída pela comunidade de professores, funcionários e alunos, a Universidade tem por finalidades:
I. manter e desenvolver a educação, o ensino, a pesquisa e a extensão em padrões de elevada qualidades;
II. formar profissionais competentes nas diferentes áreas do conhecimento, cônscios da responsabilidade e do compromisso social como cidadãos;
III. promover o desenvolvimento científico-tecnológico, econômico, social, artístico, cultural da pessoa humana, tendo como referencial os valores cristãos;
IV. estender à comunidade as atividades universitárias, com vistas à elevação do nível sócio-econômico-cultural."
• Iniciar cada item com maiúscula ou minúscula e terminar sempre com ponto final.
Exemplo:

"Algumas dicas podem ser úteis para o tratamento de paciente violento:
1. Não brigue com o paciente, respondendo com raiva ou, por outro lado, sendo condescendente. Demonstre firmeza sem ser rude.
2. Não toque o paciente ou o assunte, nem o aborde subidamente sem aviso (...)".

FRITSCHER, Carlos Cezar et al. Manual de urgências médicas.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002, p. 521.

• Iniciar cada item com minúscula ou maiúscula e terminar sem nenhuma pontuação.
Exemplo:

"As manifestações clínicas usualmente encontradas na insuficiência respiratória aguda (IRA) são:
- Dispnéia
- Dificuldade em articular frases ou palavras
- Cianose periférica ou central
- Confusão mental (...)"

FRITSCHER, Carlos Cezar et al. Manual de urgências médicas.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002, p. 468.

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