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História

Foto de Rosamares da Maia

Um Contador de Histórias

Um Contador de Histórias

Eu gosto muito de contar histórias,
Daquelas que o pisar leve do tempo leva,
Histórias sussurradas no soprar do vento,
Que pousam de boca em boca e saltam,
Distorcidas pelos sonhos do alheio.
Gosto de contar histórias que são sonhos.
Que compartilho, socializo sem preconceitos
Algumas são apenas imaginadas, inventadas,
Abstração de vidas que não são minhas.
Quem sabe de vidas passadas?
Se há vida que foi passada!
As historias tornam as vidas, todas, presentes.
Quem conta tece com tantos detalhes.
Sabe mais o que conta do que quem vive.
Agora, agorinha, lembrei-me d’outro dia,
Eu era menina de trança repuxando a cabeça!
De olhos fechados senti o gosto da menina.
Da chupetinha de açúcar avermelhada,
Ouvi a matraca – tac, tac, tac – do vendedor.
Não ouço mais este som hoje em dia.
É preciso contar a historia das chupetas açucaradas!
O vendedor e a matraca tem uma história.
É preciso imprimir em tempo surreal a vida,
Essa tal vida passada, hoje tão passada a limpo,
Impressa sem os erros do rascunho.
Eu quero os meus erros, tenho direito a eles!
Como as marcas do tempo no meu rosto - história viva.
Quero o barulho da matraca do vendedor de balas.
As histórias imaginadas das vidas alheias.
O medo do Lobisomem, calafrios sob a coberta,
Todos os duendes dos contos de fadas,
Os sonhos doloridos extraídos das tranças puxadas,
Quero ser contadora de histórias alheias,
Bisbilhotadas no faz de conta, cerne dos detalhes.
Quero que o vento sopre e infle histórias como balões,
E que as leve para o Mundo das vidas presentes.
Com histórias vivas inteiramente socializadas.
Cada personagem é filho parido de prazeroso amor,
Livre da indigência e do anonimato dos amores sem cor
Da falta de imaginação e memoria que nada deixa,
Quem não aprendeu a sonhar para contar histórias.

Rosamares da Maia
05.06.2012.

Foto de Rosamares da Maia

Perspectiva

Perspectiva

Uma menina de olhos triste vê pela lente da janela
A vida que corre lá fora. Vê a gente que passa.
Num ir e vir frenético, constante.
E vida é como folha levada numa lufada do vento.
Ela sonha sonhos que não são seus,
Vendo que vida corre, escorre pelo tempo.
O coração dispara por beijos de novela,
Mas, do outro lado da tela nada arrisca.
Não deu beijos, não os de verdade. Nem amou!
Não corre riscos, nem se fere.
É heroína, é vilã, intocável, sem mácula.
Protagoniza a sua história pela lente das telas,
Toda a vida construída por mãos alheias.
Não ousou construir a própria história.
E a vida que passa cansou de esperar, partiu.
Pela lente da janela, intocada, assistiu escoar.
Como na cantiga de roda, passa, passa, ... passou.

Rosamares da Maia

Foto de Carmen Lúcia

Quando o tempo passa...

Agora o tempo passou...
Encaremos uma nova história,
não a que ontem vivemos,
surpreendente a cada capítulo
irreverente a cada mandamento
sem idéia de fim ou recomeço
inerente ao que fomos ou somos,
mudando apenas o endereço.

Escrita a quatro mãos,
traçando rumos diferentes,
delineando destinos coerentes
menos a incoerência da gente...
história rica de acontecimentos
marcada de inusitados momentos.

O que era banal tornou-se sério,
o que era revelado virou mistério,
o que era simples se modificou,
o que era pra ser não foi ... parou...
e agora tanto arrebatamento
já não cabe nas páginas restantes,
amareladas e reticentes,
onde se imagina cada instante
inesquecível e imortal
deixando ao tempo o ponto final.

_Carmen Lúcia_

Foto de William Contraponto

Rafael e Gustavo

Rafael e Gustavo

Gustavo descobria que gostava de Rafael
E era dum jeito especial
O qual nem ele sabia que existia
Paixão tal

As meninas todas da escola
Rafael dava bola
Mas no dia que soube de Gustavo
Se sentiu como salvo
Aquele sentimento revelou
Quem ele nunca deixou

Rafael descobria que gostava de Gustavo
E era dum jeito muito especial
Só pensava em como chegar
Sem ser interpretado mal

Um moleque daquele levado
Do modo Rafael
Encantava por todo lado
E ele já não ligava
Até passou alguns dias afastado
Tentando ainda descobrir
A melhor maneira para combinar
Uma tarde sair com Gustavo

Durante esse tempo
o tempo se encarregou
Fez os dois se encontrarem no corredor
E naquele instante o que restou
Foi esquecer os medos
Deixando um beijo acontecer

Rafael e Gustavo
uma história somente alvo
a novos capítulos

Foto de Carmen Lúcia

A outra metade

Deixei um pedaço de mim em sua história,
tracei inefável lacuna em minha trajetória,
gravei em espaços vazios resquícios de outrora
que ecoam no silêncio do tempo vivido agora.

Deixei meus anseios mais loucos nos caminhos seus,
desfiz os meus sonhos risonhos na hora do adeus,
segui com a metade de mim, a outra ficou
tentando o resgate do amor que você me roubou.

Procuro entender seus motivos, não vejo razão...
Me resta pensar seu amor como mera ilusão,
soterrada em profunda emoção luto pra emergir,
ressurgir com a outra metade que falta em mim.

Carmen Lúcia

Foto de EsperancaVaz

O AMOR

Te amo como a mim mesma
O teu nome está no meu pensamento
Nada poderá mudar o que sinto
Se algum dia eu não te ver
Serás a visão ecumênica na minha história
Se eu não ouvir a tua voz
Em cada minuto o teu sussurrar
Aquietará os meus ouvidos
Se eu não sentir o teu abraço
A noção de sentir teu calor me esquentará
E se eu ficar sem teus beijos
Eu os chamarei para sempre no meu desejo
Se teu amor não for para mim
Aí sim, a distância será eterna
Mas, eu vou ter a certeza que o meu pensameto
Jamais deixará o teu, porque eu fui tua ESPERANÇA!
11/05/2012.
(Esperança Vaz)

Foto de Otávio Gomes

Lembranças ao vento dançante


Esparge, a lua, num brilho sem luz
No anoitecer do inverno, as folhas de uma Ipê rosa em dança,
Onde sintilante o vento, a dama árvore conduz
O vento sou eu te guiando no passado da lembrança

A lua te ilumina em pequenos feichos,
E na grama brinca, por sua sempre criança,
Em teu sorriso me envolvo e vos brinco
Tu se solta aos suspiros irradia confiança.

Paira o anjo, de leve em meu ombro
Como o cisne se movimenta com exatidão
Abre tuas exuberantes asas ao espaço longo
A Ponta dos pés se esticam com tamanha perfeição

Eu senti o talento de tu minha luz de aurora,
Da minha criança bela, mulher querida,
Carregada pela doce inocência da sua história,
Que os ventos trouxeram para ser minha, por toda minha vida.

By: Otávio Gomes

Foto de Carmen Lúcia

Mãe é eterna

Da parede de meu quarto
cuida-me o teu retrato,
pintura à óleo, indescritível,
imagem que me fala,
imperceptível,
o que preciso ouvir,
sussurrando aos meus ouvidos
o canto de uma fada,
voz em mim gravada ao te ver partir...

Teu olhar a me seguir de onde tu estás,
aflito com o que faço,
com o que eu possa errar...
Acaricio o teu rosto, beijo tua face,
peço que me abençoes e venhas me brilhar...
És luz que me alivia, me induz a acertar.

Guardo teu sorriso meigo
e sem qualquer disfarce
deixo cair as lágrimas da dor que me quebranta
em meio às lembranças que permeiam os cantos
da casa onde agora o silêncio mora
velando teus encantos em forma de saudade
que ao mesmo tempo arde
e me revigora...

Mãe é para sempre, é amor eterno,
ser que não se acaba mesmo quando ausente,
mesmo quando cedo vai sem ir de nossa história
marcando com seus gestos, a nossa memória.
Presença radiosa a preencher vazios,
caminho que nos leva e traz de volta ao ninho.

Em cima da mesa a toalha bordada
por tuas mãos de artista, como era antes,
espalhando euforia dos dias de festa,
doravante, desses dias, é o que me resta.
Tua vigília sacrossanta nas noites de medo,
tua luz sempre acesa nas horas de escuro,
os carinhos que não esqueço, verdadeiro abrigo,
colo que abraço e beijo ao sonhar contigo.

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

Sobre Lobos, Homens e Cordeiros

Sobre Lobos, Homens e Cordeiros.

Na história da Humanidade, Homens, Lobos e Cordeiros se confundem.

Por que todos os Homens são lobos?
Certo é, que todos os lobos tem-se travestido de Homens.
E por tanto, Lobos – Homens,
Enganam, matam e expõe a sua carnificina.
Talvez pela questão da territorialidade.
Precisam intimidar os outros Homens - Lobos.
Dissimulam escondendo a sanha amaldiçoada,
Em peles de lépidos e belos Cordeiros,
Entocam-se em templos, oram aos seus deuses e credos,
Penitenciam-se do sangue de suas vítimas,
Como se fossem eles próprios a sofrer o martírio.
Mas, Cordeiros - Lobos não são fieis a credos!
Não enxergam além das paredes dos templos.
Enquanto se escondem, oram e afiam as suas garras,
Seduzem a audiência e babam sem cessar,
Babam pelo banquete das suas próximas vitimas.

Temem algo? Quiçá a justiça?

A do Criador de Homens, Lobos e Cordeiros?

Nela, Cordeiro, Lobos e Homens Vão se encontrar.
- Certamente para se devorar.

Rosamares da Maia

03.05.2005.

Foto de Anderson Maciel

SER FELIZ NOVAMENTE

Entre dias frios de solidão
você aparece em minha vida
para me retirar da escravidão
que vem assolando meu ser

Como uma briza leve você chegou
cativando meus singelos sentimentos
mostrando-me o prazer da felicidade
em gestos meigos, puros e sinceros

Você entrou em minha história
mechendo com meu presente
fazendo eu amar denovo
ser feliz enfim novamente. Anderson Poeta

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