Hesitação

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva II

Bastava só que acreditasse em mundos paralelos. Rapaz de pó, vezes entrega total, igual a amor. Paixão de povo lutador. Mulher que entrega. Homem que aproveita. Mulher que dá. Homem que explora.
Simples amor de dois corações em equação fatal. Menina que sorria, e o sol voltava. Desapertava o edredon de chumbo que o céu cinzento usava para se tapar e, a custo, vinha acariciar-lhe um rosto incapaz de suster cascatas de lágrimas. O pior são as dores de hesitação. Menina perfeita que tratava por tu o dedo indicador de Deus. Acatava ordens hermenêuticas. Acreditava que a vida tem de ser pior, para um dia, um longínquo dia, consiga finalmente ser melhor. E o vento percebeu. Entrou-lhe pelo coração dentro, rasgou a frágil barreira de seda que ela própria tinha tecido como segurança, e traiu-a. O azar bafejou. Soprou. Enrolou a língua, e arremessou a tristeza. O rapaz de pó desfez-se, no meio de dois trinados de pardal moribundo. Ela não chorou. Apenas emudeceu. O dia acabou, deitou-se na cama de lamentos que o acolhe há séculos, e a noite saiu para caçar. Menina sentada em cadeira de pau podre, com vestido de cambraia imóvel.
(continua)

Foto de pttuii

O homem que quis matar a luz

Disseram-lhe que a luz morria quando contida num frasco opaco. Bem definida a separação, levantou o cós da bainha do mundo em que tresandava, e pôs-se à coca daqueles raios que os outros falavam em dias de reflexões preconcebidas. Queria sentir nas veias, nos traços azuis de hesitação que lhe pintavam os braços, a dor de decidir o destino ou a felicidade dos que dependiam disto para simplesmente andar. Lembrou-se dos pais do pai que chorava nas tardes de chuva. Eram dois velhos sem pernas, que adoptaram aquele cagalhão, que depois cagou o cagalhão que era. Na súmula destes deslizes, nasceu um mundo cónico. E fora dele corria tudo o que verdadeiramente interessava, porque dentro do irreal já existe o que as pessoas pensam que não lhes fará falta. A luz é sinónimo desta inenarrável certeza de quem respira. Fez de si mesmo aquela chuva de recordações cinzentas que pintava o chão de farelos do mundo que contava, para depois vir o que se prometia. Rasgou o céu acobreado, deu um silvo na água suja que mexia em musica aquele torpor apetecido do entardecer, e morreu tão depressa como havia dealbado. Acocorado, percebeu que tinha hipóteses de sobreviver a um mundo que não conhecia. O que contava depois seriam os instantes fatais de querer ter mais depois de um momento que pouco mais foi que menos.
De novo o céu encolheu o esfíncter. De acobreado a amarelo, e quando o vermelho se desenhou em manchas etéreas, já estava posicionado para o destino. A luz caiu no ponto de não retorno, mas não morreu. Eram pequenas criaturas risonhas que se movimentavam, num bulício dificil de explicar. Agitou o que lhe pareceu ser um momento de viragem no processo da criação, e da luz fez-se noite. E da noite, consumou-se o amor com a madrugada. E quem morreu foi quem quis mudar o que o destino nunca pretendeu deixar de controlar.

Foto de Edilayne Campos

Atração.

Esse vasto sentimento que me rodeia,
Faz cada vez maior nossa segredança;
Entre o amor jamais segmentado,
E uma amizade apinhada de confiança.

A hesitação passa ser eterna,
E você parece estar fissurado;
Sua fisiolostria atesta a veracidade,
Enquanto eu não me convenço de sua autencidade.

Avocar um compromisso não aleivoso,
É hoje o que eu mais tencionaria;
Com um aconchego tenaz,
Em suas doces palavras eu creria.

Infelizmente nem tudo lenciona o amor,
Nem ao menos oureja um sentimento;
Eu só queria que você compreendesse,
O que acontece aqui dentro. S2

De uma cordial amizade,
A paixão absoluta compõe uma união;
E independentemente dos fatos,
Você jamais sairá do meu coração!

Foto de José Oliveira de araújo

O AMOR NÃO FENECE, ADORMECE

A estação das flores vai nos deixando,
Com ela o ano também vai terminando,
Toda a cidade cuida dos preparativos,
Para os vindouros dias festivos.

Os corações se enchem de benevolência,
E proliferam as campanhas de benemerência,
A multidão sai à procura dos presentes,
Para agradar os seus queridos entes.

Como soe acontecer a cada ano repetido,
Muitos dos nossos sonhos foram destruídos,
Outros tantos tiveram êxitos garantidos,
Amores realizados e outros desiludidos.

Aproveito o momento para uma reflexão,
Podendo afirmar sem nenhuma hesitação,
Este ano foi realmente pra mim diferente,
Foi o que pude registrar na minha mente.

Logo no começo do ano, constato assustado,
Que o amor que julgava em mim aniquilado,
Do seu sono profundo foi despertado,
Por ela, a rainha de olhar cinza-azulado.

Ele aflorou com a força de um vulcão,
Mas, tão carente de materialização,
Buscando-a em vão, por caminhos diversos,
Derramou-se através dos meus versos.

Assim, me descobri, fazendo poesia,
Ela, que também dentro de mim jazia,
È minha parceira nesta tortuosa travessia,
Mitigando a dor da minha alma vazia,

Então! Num misto de alegria e tristeza,
Posso afirmar com toda a certeza
Que o amor é eterno, jamais fenece,
Ele, apenas adormece!

Agora! Vagueio qual um planeta errante,
Sigo em busca de outra estrela brilhante,
Que me leve para o seu universo,
Tirando-me do escuro em que estou imerso.

Concluindo, como a ocasião determina,
Quero deixar uma saudação natalina,
Para todos, mormente ela que não me quis,
Desejo um bom natal e um ano novo feliz.

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