Grito

Foto de Nilton Moreira Coutinho

L O G O S

O estresse, a rotina,
A dormência,
Um nó...

Tua ausência
Agendada,
Temida, acontece...

E minha alma
Rebelde
Me esquece...

- Eu sou eu só...

Sou grito mudo,
Sou mito,
Sou prece...

Covarde,
Choro sem lágrimas,
Não me entendo...

Em vão
Meu corpo reage
E esmorece...

Não detém minha
Alma valente,
Que te buscando,

- Me deixa só...

Porque meu corpo
É só meu corpo
Só...

Derrotado por minha
Alma inquieta,
Que quer ficar...

Mas foge de mim,
Necessitada
De mais te amar...

Foto de Boemio

A culpa é de quem?

O menino tem uma arma na mão
E se encaminha pra frente do portão,
Cada passo seu o aproxima mais e mais
Da tragédia iminente,
Na sala conversa um rapaz
Com olhar intransigente,
Ria, se divertia com aquela situação
E não percebia o perigo, a arma está carregada,
De repente ouve-se um estridente grito
Que emudece todos ao seu redor,
O rapaz cai morto com um suspiro
Preso na garanta cheia de sangue e de suor,
O menino sai tranqüilamente como se não tivesse acontecido
Como se ele não tivesse dado seu primeiro tiro,
Os colegas de turma saem correndo
Em meio ao assassino horrendo
Que sorria feliz, aliviado
Por ter finalmente saciado
A sede do diabo,
Todos estavam com medo mas o que ninguém sabia
Que o pobre rapaz que estava morto
Dias atrás tinha batido no menino que jurou por sua vida
Que ia se vingar por aquele estorvo.
Quem teve a culpa?
Quem atirou ou quem deu a arma?
Quem provocou ou quem soltou a bala?
O pequeno menininho foi pra casa sozinho,
Sua mãe lhe deu carinho e proteção
A policia bateu a porta e disse:
_ “seu filho matou rapaz rico!”
E quisera o levar mas sua corajosa mãe o protegeu,
Então a policia matou os dois pra se defender
Quem tem razão?
A culpa é de quem?

Foto de Boemio

Bianca Del'Plagio

Bianca, mulher de cinco estrelas,
Com pérolas no pescoço, anéis de ouro,
Casaco listrado de zebra,
Bebe somente e tão unicamente vinho de porto,
Gosta de festa de glamour
E na torta não dispensa o glacê,
No dente aplica flúor,
Sai todo dia a meia noite pra ninguém perceber
Que também se interessa por samba de mesa,
Jazz e blues, seus lindos olhos azuis
Brilham ao ver com tal clareza
O samba que envolve seus delicados
Passos de realeza,
Quando ela menos nota
Já está com o suor da dança na veia,
Bianca, mulher de poucos homens
Tem um gosto sofisticado
Por seu pulso eletrizado
Prefere outras mulheres
Que a alma lhe revele,
Acredita ser assim
O único modo de ser feliz,
Bianca mulher trabalhadora
E que gosta muito de seu trabalho,
É dona de uma empresa prestadora
De serviços ao mais intimo labor
E mais tarde horário,
Atende as criancices dos velhos,
A meninice dos adultos,
A cafonice dos jovens de terno
Enfim atuam em todo mundo
Bianca mulher de muitas batalhas
Nasceu sob uma estrela desafortunada
Em sua casa pra comer não tinha nada,
Sua mãe morreu quando a ela deu a luz
Seu pai a pegou para criar sozinho
E por muitas vezes acusou Jesus
De tê-lo abandonado no caminho,
Aos 40 morreu de câncer no pulmão
Deixando Bianca só com as contas pra pagar
E com um partido coração
Por seu pai no quintal ter de enterrar,
Saiu bem cedo pra vida
Com 13 anos já se sentia sofrida
Caminhava na vastidão da praia
Quando um moço vistoso e pomposo
Puxou pra si sua saia
E lhe ensinou como se tornou vitorioso,
Bianca naquele dia perdeu a pouca pureza que lhe restava
Conheceu a dor e se aliou a quem lhe mostrou: o deputado,
Que logo lhe emprestou seu dinheiro roubado,
Para Bianca construir o seu tão suado
Hotel do consulado,
Bianca que depois matou de prazer
O deputado aposentado
Tentou ao mesmo cargo concorrer
Só que sem resultado,
Bianca mulher que resolveu olhar pra traz
E tentar ver seu pai lhe sorrindo
Sua mãe ao seu lado lhe fazendo carinho,
E Bianca se sentiu fraca e deprimida
Por que então sentiu sua vida
Assim sem ser vivida,
Viu os carros pela vitrine da suíte presidencial,
As rosas brancas na sacada da janela,
O lençol de cama rosa colossal
E sentiu o cheiro que exalava da vela
Que queimava no seu quarto,
Bianca chorou, minguou e no seu luxo
Despediu-se do mundo aos 33
Mas antes da escuridão se apossar de sua alma
Gritou um grito que foi por todo o tempo abafado
“_Eu sou: Bianca Del’plagio...” E continuou a sorrir...

Foto de Jósley D Mattos

Caricatura (Épico)

Desjejum carnivoro,
prato do dia???
esteriótipo alheio...
O outro que degusta o outro
num consumo demedido.
Prato feito, mordaça da censura
posta à mesa da desarmonia.
Entranhas nua,
a minha... a tua...
de sol e sombra noturna lua
O novo histérico deduz:
Berro é grito...
Individuo desdito,
morbido sinônimo...
Berro é arma...assassina...
luto da alma, enxofre na carne, e o aço afiado nas digitais de quem não assina.
Porno grafia crua,
estranha nua...
Retinas pervertidas,
emana líbido,
pré-fetos nas mãos do anônimo.
Trio eletrico seduz...
pura alegoria, preconceito, carnaval desunda o óbvio, sem escarnio ou homo fobia...
hetero mania e machismo feminista da turba insana,ditosa e ifame...
???Quem aplaude?
???Quem é plauge?
Dogma esclerozado,
ideário cálido, pálido, nocivo, passivo, cético - matrialista,
pedófilo - católico e irmão em conservas de mofo...
???Sou tolo...
???Sou nenhum...
???Sou em termos, o sim - não
???O todo caduco - novo...
???O apenas impar...
Sou povo.

Foto de HELDER-DUARTE

Vários poemas

HÁ UM PROFETA I

E Deus lhe disse:
«Há um poeta, dentro de ti»!
Mas a Fernando Pessoa, que creu nisso.
Assim, este derramou alma sua, neste mundo e por ai.

Quanto a mim, disse-me:
Há um poeta...
E um profeta...
E eu disse-lhe:

Não, não há!
Só há pecado, nesta alma, cá.
Isto, em caminho de D. João II, hotel,
Quando me falou o Emanuel...

E eu cri e fui...
Por lá, ali aqui e até Tui.
Porque, prometido, lhe prometi,
Dar-te-ei, o mundo aqui.

Mas para isso, ser,
Dá-me teu poder...
Foi então, que avancei,
E assim, profeta e poeta, assim comecei, mas eis que parei.

Se tempo ter, a vós vou contar,
O Porquê do meu parar.
Se a minha missão, não dei o terminar,
Ao menos qu'esse porquê, vos possa falar, sem que haja, nisso cessar!
HELDER DUARTE

HÁ UM PROFETA II

Eis que parei!
Mas como profeta, minha acção!
Mas não, como poeta,
Pois de Deus, ainda, esta alma tem uma canção!

Eis que neste mundo, dos homens,
Espaço de ordens e desordens,
Nada e tudo,sou...
No bem, que meu ser, ainda não alcançou!

Parei, pelo caminho, fiquei...
O porquê, logo vos direi.
Mas neste parar, algo descobri,
Que estando morto, com a morte, com que morri...

Morte, que me deram.
E outra, que eu busquei,
Como se não bastasse, a que me morrer, fizeram.
Também, eu me matei!...

Mas sabeis, uma cousa, enfim?!...
Por mais morto, que esteja!
Neste ser, ainda um sentimento se almeja!
Que tenho vida e que há um profeta, em mim!...

HELDER DUARTE

HÁ UM PROFETA III

O que se passou?
Na verdade, nem eu sei,
O que esta acção, não concluída, causou!
Mas certa vez, eis que pensei...

Nesta ansiedade, neste sofrer,
Também o profeta, Jeremias, veio a ter.
Tão alta, foi sua tribulação,
Que até a Deus, disse: Eis que meu ministério, é ilusão!

A qual ele, me sinto eu.
E a Deus pergunto, porque isto, me aconteceu!
E porque, não continuei, minha missão...
E também penso, que tudo, foi em vão!

A verdade foi, que tendo, o ministério,
Nem eu, nem os daqui de cima, lhe demos, apoio.
De pouco ou nenhum sucesso, ele foi.
Eis que ele foi e é um mistério!...

HELDER DUARTE

HÁ UM PROFETA IV

Eis o começo, do ter dado fim,
Ao que em verdade, não o teve...
Sabe pois, só Deus, como não é, fardo este, leve.
E como me sinto, enfim...

Comecei, por repugnância, de mim ter,
Por doença de Parkinson, vir a meu ser.
Minha destra, começou a tremer...
E meu corpo, os movimentos, a perder

Mas eis, como não bastasse eu nojo, de mim ter,
Se não, os santos, este sentimento, também, virem a obter.
E me mandaram para o Egipto, como fizeram, ao filho, Jacó.
Eis que vivo, porque espero em Deus só!...

Estando aqui, até que morra,
Sempre sentir vou...
Que de Deus sou!...
E espero, qu'ele me socorra!

E grito e clamo, clamo!
Matai-me, matai-me!
Mas certamente, o Deus que amo,
Por mim, ainda vos diz: Adorai-me, adorai-me!

E sinto ainda enfim!
Neste ser aqui,
Dizer a ti...
Que há um profeta dentro de mim!!!...

HELDER DUARTE

VIDEO

Foto de Nana ´De Má

Um grito.

Cante uma vontade, grite um desejo.
Peça ao infortúnio um pouco de sossego,
Grita para todo o tamanho do desespero
Que é amar sem provar,
Sentir sem tocar,
Falar sem ouvir.

Mas olhes os dias e todo esse tempo,
São horas, são dias, semanas e meses,
Algo está acontecendo,
Bom ou ruim?
Será que mereço?
Ai de mim que sofre assim.

Peço e canto a todas as manhãs,
Sempre sopro ao vento um desejo,
E a voz do lírio continua a entoar.
Pensas,
Sempre vou escutar.
Em meus mais lindos sonhos você vai estar.

Hei de gritar-te sempre pra vires a mim.
Em nossas conversas com cheiro de lírios, se fundem promessas, e cantos em desalinho,
Nem ligo muito só sinto, deixo correr, mas planejo bem os detalhes de nosso sonho,
Quero gritar, quero chorar, mas não quero e nem ouso me entregar, nego-me sempre.
Sou forte, sei o caminho, tenho a direção, e muito mais,
Por isso canto a vontade e grito o desejo.

Ai de mim que já não tenho mais sossego,
Penso em ti dia e noite, noite e dia,
E nesses devaneios planos são feitos,
Para um futuro lindo, cheio de aconchego,
Quero provar, quero sentir, quero tocar todo o seu ser.
E um dia poder gritar, e agradecer as graças por te ter assim, tão estrela pra mim.

Foto de Ednaschneider

Um Poema

Um poema são as lágrimas da alma que pingam
Cada palavra é uma gotícula de amor
Sentimentos que no coração se abrigam.
Sentimentos de alegria, tristeza e às vezes dor.

Um poema é o orgasmo da leitura
É o êxtase dos sentimentos escritos
É para os apaixonados a sagrada escritura
E o desabafo no coração dos aflitos.

Um poema é o grito de liberdade
Daqueles que não conseguem se expressar;
É o meio que o tímido não encontra dificuldade
Para com suas palavras “desabafar”.

Um poema é um filho gerado
Onde cada vocábulo foi feito com muito amor.
É onde fica eternizado
As palavras de um sonhador.

Um poema é também uma oração
Pois é ali que o espírito passa a se elevar.
É onde poetas sentem de Deus o perdão
De tanto ao amor idolatrar.

08/05/07 Joana Darc.

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de fer.car

CAMINHOS E SOLIDÃO

Neste silêncio minha alma sangra sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Este espinho que cravou em meu alma jamais irá sarar
E a falta que me faz não se vai, nada a tira daqui
Neste espaço nosso, não abrigo outros beijos e abraços
Em meu corpo, ainda sinto o grito do adeus
Suas lágrimas percorrendo sobre esta face rude
Em seu peito existem cortes profundos
Eu criei estes cortes, deixe que os feche por favor
Sua vida, minha vida, somos o que além e depois do que fomos?
Não sei se o erro maior é eu tentando fingir que sou feliz
Ou você acreditando que sem mim pode viver
Neste silêncio crio sua imagem a imagem de Deus
Acredito que não existe fim se estive perto da eternidade
Se alcancei os céus com as mãos enlaçadas nas suas
Se senti o pulsar do amor tendo nossos corpos alados
Neste silêncio apenas fecho meus olhos
E sinto-o aqui, perto de mim
E quando os abro sangra minha alma sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Talvez isso se chame solidão
Caminhos que tomamos, dores que amainamos
Pessoas que não substituem, e palavras que não conciliam mais
Talvez amor eu me sinta só
A solidão como fruto dos caminhos que traçamos
Caminhos que tomamos, dores que amainamos

Foto de MARTE

VIVA O DIA DA LIBERDADE....SEMPRE

MARCHAR PELAS RUAS
COM CRAVOS BEM SEGUROS
AO RITMO DA DEMOCRACIA DO POVO

Num dia assim, milhares de pessoas saíram à rua.
Foi há 33 anos que se fez a revolução.
Depois foi o que se viu, tantos mais ontem
do que hoje andaram pela liberdade de punho
erguido, de voz bem alta e com muitos cravos.
E veio o 1º de Maio, celebrado, e eram todos um só!
Amanhã volta-se a sair à rua para gritar em liberdade,
democracia para o povo.
Empunhando cravos e bandeiras, ao ritmo de
slogans históricos e ao som das músicas e letras
que marcaram a mudança e continuar a
rodear os festejos da efeméride com as gerações
a cruzarem-se avenida abaixo, num testemunho em
larga escala de um cenário a viver de
Norte a Sul do País.
Celebrar as conquistas do 25 de Abril, de
olhos postos no futuro, feito de novos desafios
políticos, económicos, sociais, contra o fascismo
e o racismo.
No dia da liberdade, os motivos e causas
de luta do presente e do amanhã devem-se
fazer passear pelos cartazes de homens
e mulheres, civis e militares, novos e velhos,
que em jeito de protesto renovem os ideais
que deram flor e ditaram o fim da ditadura.
Para lembrar o que muito ainda falta
fazer, 33 anos depois da grande revolução,
que devolveu o poder ao povo, mas cuja
classe dominante continua a exercer o
seu poder e a esquecer os mais desfavorecidos.
Em vésperas do 1º de Maio, a manifestação
promete voltar a sair à rua e ganhar
novo fôlego, o da festa...num grito
de revolta pelo muito que ainda falta fazer.
Façamos juntos um 1º de Maio de Luta!
Basta de Crimes, Exploração e Opressão!
Viva a Luta da Classe Trabalhadora!*
Em todo o mundo, milhões de homens, mulheres
e crianças passam fome e miséria e vivem
nas piores condições.
Quanto mais a riqueza se acumula nas
mãos de poucos, mais o desemprego aumenta por toda
parte, causando a queda dos salários
e a retirada dos direitos dos trabalhadores,
principalmente em países como o Brasil e Potugal.
Indiferente a tudo isso, a burguesia continua
a contar com os favores de seus governos
para seguir acumulando riquezas pela exploração
do trabalho de todos nós.
Como se isso não bastasse, o capitalismo
vem destruindo o ambiente, provocando desastres ecológicos
e o aquecimento global, colocando em risco
a própria sobrevivência da espécie humana .
As guerras imperialistas em nome do lucro
e da ganância e as inúmeras bases militares norte-americanas
em todo o planeta promovem a cultura da violência,
sustentam a indústria armamentista
e assassinam milhões de pessoas.
No Oriente Médio, no resto da Ásia e na América Latina,
as intervenções imperialistas dos EUA levaram e continuam
a levar a inúmeras guerras de ocupação visando
a pilhagem das riquezas, a golpes de Estado, ditaduras
militares e guerras civis a serviço dos interesses
perversos de suas grandes empresas.
Nesse contexto, o governo Bush ainda recebe a colaboração do
governo Lula, que insiste em manter as tropas brasileiras
no Haiti, arriscando a vida de soldados
numa clara demonstração de subserviência aos EUA
e de completo desprezo pela soberania do povo haitiano.
Essa realidade só pode ser modificada pela organização
e luta consciente dos trabalhadores de todo o mundo
para construir uma sociedade em que a riqueza
produzida por nosso trabalho possa estar
a serviço da maioria real da população, os trabalhadores,
os jovens e o povo pobre ?
Uma sociedade socialista.
O 1º de Maio simboliza a luta dos trabalhadores,
que nesse dia saem às ruas em todo o mundo
para manifestar-se contra a violência,
a exploração e a opressão capitalistas.
No Brasil, o governo do PT e seus aliados traíram
a classe trabalhadora para seguir o mesmo caminho
dos governos anteriores: com as mais altas taxas de
juros do mundo, governam para nutrir os privilégios
dos banqueiros, especuladores, latifundiários,
empresários e políticos corruptos;
governam para fazer as reformas neoliberais
que retiram direitos históricos dos trabalhadores
(Reforma da Previdência, Reforma Sindical e Trabalhista,
entre outras);governam para promover o arrocho salarial
e sucatear os serviços públicos;
governam para seguir pagando a dívida fraudulenta aos ricos,
que a nesta altura já abocanham metade do orçamento público
e impedem que o povo brasileiro possa
se beneficiar dos impostos que pagam.
Hoje como ontem, a luta continua sempre...
até à vitória final.
Viva o 1º de Maio em liberdade...sempre
(30/04/2007)

Foto de Mario Macedo de Almeida

A Busca

Vem o tempo forte e rasteiro,
Um ilustre hospedeiro do sonho!
Rico, forte germe do amanha;
Que cresce na imensidão do tempo

Uma doce flor de cor vermelha,
Um cheiro forte de fêmea!
Um realismo que incendeia,
Um busca sem fim?

Algo que existe, esta perto.
Alucina os sentidos do coração
Mas falta um grito do eterno.
Onde a realidade espreita o sonho

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