Grito

Foto de Lu Lena

REFÉM DE TEU CORPO!

Subjugo-me a ti!
dono de mim.
sacie tua fome
a teu bel prazer...
Faça-me!
fêmea voraz
em teu corpo nu
Usufrua-me!
como bem entender...
Decifra-me!
dos mistérios abissais...
Em tua pele
marca de gemidos
de meus ais...
Devora-me!
com esse olhar cafajeste
fico entre o norte e o leste
Aprisiona-me!
nesse cárcere de desejos
Mata-me!
e ressuscita-me
com teus beijos...
Transforma-te!
num cavalo viril e alado
para eu cavalgar...
como potranca no cio
de tudo que é jeito
e tudo que é lado...
Deixa-me!
Destilar o meu veneno
de serpente...
e levar-te ao auge
do prazer extasiante...
Sussurro!
baixinho teu nome...
Abafo!
meu grito
entre os dentes...
Num frenesi desvairado...
Faça-me!
Refém do teu prazer...
sem medidas deixas-me
aturdida e louca
Vem!
e beija a minha boca...
Sinto!
Jorrar em minhas entranhas
O líquido quente desse
Gozo colossal...
Nessa posse desvairada...
Possuíste-me!
com um
Selvagem animal...

Foto de Teresa Cordioli

TEU CORPO NU

*
TEU CORPO NU
Teresa Cordioli
*

TEU CORPO NU...

Não vai haver momento mais bonito
após nossa primeira noite-amor;
Que poderá passar tempo infinito
Não terás ninguém como eu, seja quem for.

Em teus braços dar-me-ei sem rito,
Banhando-me em tua pele, em teu suor.
Com boca de menina oculto o meu grito
Desejo, esse, que explode em mim sem dor!

Amo-te enquanto canto o nosso hino;
Nossa musica: TI VOGLIO_TANTO_BENE
Gemidos junto aos sons do violino.

Depois tento dormir tal como tu,
Pra descansar o corpo que ainda treme,
Mas não consigo ao ver teu corpo nu.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

" SOLIDARIEDADE"

SOLIDARIEDADE

Velhos conceitos de gente distante
Normas das grandes nações
Preceitos de pessoas importantes
Características de todos os irmãos.

Ajuda aos povos humildes
Socorro àquele que sofre
Grito na garganta dos estudantes
Sempre que alguma criança morre.

Militância perdida no caos da prepotência
Juventude insuflada por gritos de guerra
Compromisso assinado em nome da decência
De um povo sofrido vitimas do erro.

Aplausos aos nobres de coração sem vaidade
Solidários por uma causa que não é sua
Movimento enorme em prol da humanidade
Desprendimento necessário aos que vivem na rua.

Este trabalho poderá constar na nova proposta da Carmen Vervloet, a de que se crie um espaço para as nossas insatisfações politicas, Um grande abraço a todos.
VIDA LONGA
EDSON PAES.

Foto de Sandra Ferreira

A Chuva...

A chuva...

Uma da manhã,
Bate a chuva na janela,
Parece que está acompanhar
O meu soluçar,
As gotas da chuva
Um tilintar
Pingos e mais pingos
Acompanhar as lágrimas
Que vagueiam no meu rosto
Sem saberem onde vão parar,
Só estou eu e a chuva
Neste soluçar, lamentar,
É minha amiga
Sinto no tilintar
Que veio conversar
Para acalmar a minha solidão,
Está a dizer me,
Esse sentimento vai passar!
Pergunto lhe, dia, hora?
Para a espera não ser tão penosa,
Por fim, grito
Nem sequer queria esperar,
Apenas arrancar tudo de mim,
Meu coração chora de saudades
Não sei o que fazer, nem o que pensar,
Apenas me resta ficar
A conversar com a chuva...

Foto de Salome

Prelúdio à Inspiração...

.
.
.
.

Poeta distraído... nesta noite quente,
Ouvi o teu clamor, um grito de torpor,
Sensações tecidas a querer me domar,
O convite atrevido a querer desvendar

A noite saíndo do seu infinito confim...
Me ancôrando nessa tua louca melodia,
Composições vertendo paixão sem fim,
Na aflição de mãos em plena sintonia...

Poeta vem... que te ajudarei a cômpor
Esse teu lindo prelúdio que em ti nasceu,
Em meios dessa tua tempestade de amor,
Vem a desvendar esse rosto detrás do eu

Toma minha mão carente contra teu peito
E deixa-me ouvir a batida do teu coração,
Pulsando por mim em sua plena insinuação,
Falando no prelúdio do amor em nua paixão

Vem e toma meu corpo contra o teu corpo,
Sedentos na suave melodia desta inspiração
Perfeita sincronização dessa pluma correndo
Sob o papel vertendo loucamente sua tinta...

Ousadia de versos escarlates vertendo a sina
Num ritmo louco, vertendo sua lenta seduçaõ
Baixo ritmos ardentes clamando, despertando,
Mais que fomenta febre na inspiração sem pár

Ah! Poeta vem e afoga-me em síngelos versos,
Vem saber me encantar e, meu coração domar
Nas aguas do mar desvendando teus segredos
E tua sintonia encontrada na mais doce melodia

****

Copyrights to MK. 2008

Foto de Darsham

A vida do Pesadelo

De quando em vez, em momentos inesperados, carregados de significados surgem no meu pensamento pequenos pedaços da vida, vistos de diferentes vertentes e ocasiões, que me fazem pensar…
Pensar, analisar, questionar o nosso papel como seres humanos, individual e colectivamente neste mundo que nos foi dado, e que posteriormente e numa constante e frenética actividade se modifica ao nosso bel-prazer e à existência das nossas pseudo necessidades.
É-se mil pessoas numa só e ao mesmo tempo não se é ninguém.
Somos os catalisadores das nossas destruições…somos fúteis, e buscamos o prazer momentâneo sem nos preocuparmos com as futuras consequências, que se traduzem na devastação completa de tudo o que temos desde que nos entendemos por gente.
Foi-nos dada a possibilidade de podermos ter o direito de escolher, de ter sempre dois caminhos por onde seguir, sem nada ser imposto nem obrigado, mas com a consciência advertida de que existe um mau e um bom caminho, e que nos cabe a nós construir a nossa consciência, estruturando-a de acordo com a capacidade de distinguir o certo do errado. Esta capacidade traduz-se pelos valores, os nossos valores e que nos comprometemos a viver de acordo com eles, por serem comuns a todos e para que seja possível uma existência pacífica e um usufruto repartido, consciente e justo sobre tudo o que nos é dado sem ser pedido nada em troca: os nossos bens mais preciosos e que são determinantes para a continuidade da nossa existência, os nossos pontos de orientação que nos permitem perceber que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo.
Afirmo com toda a intensidade, que somos abençoados com pequenos privilégios que se estendem pelos nossos 5 sentidos e nos deixam extasiados…sensações únicas, momentos inigualáveis, visões que mais parecem alucinações, ilusões, sons que nos penetram a alma, deixando marcas em nós e ainda a capacidade de podermos esboçar um sorriso de felicidade quando, sem sequer precisar de olhar, sentimos que alguém querido veio até nós (eu sorrio só de pensar).
Somos seres dotados de extrema sensibilidade e inteligência e temos uma exclusividade que nos torna diferente de qualquer ser vivo que exista no mundo…podemos sentir o amor, sentimento tão sublime, que ninguém, em parte alguma o consegue descrever com precisão e exactidão. Sublinho, somos abençoados, 1, 2, 3 vezes, mil vezes por acordarmos para um novo amanhecer, em que abrimos a janela e nos deixamos lavar pela vida …
Verdade, somos acima de tudo ridículos por ter tudo e passarmos a vida acreditar e a lamuriar que nada se tem, destruindo assim, gradualmente o que na nossa cegueira de querer sempre mais, não vemos, ou vemos e ignoramos, já que é essa a nossa natureza, desvalorizar coisas importantes…
Por vezes temos rasgos de sanidade e prometemo-nos a nós próprios que vamos modificar a nossa atitude perante a vida e os outros, mas depressa nos esquecemos, e promessas são levadas pelo vento…
Vivemos numa guerra constante, connosco e com os demais, pelas mais diversas razões, de uma forma continuada e impensada, porque agimos através de ímpetos, que não procuramos controlar, de impulsos que se assemelham aos dos animais, como se todo o mundo fosse uma selva.
Construímos muros em cima de histórias, colocamos pedras sobre o ar que respiramos, valorizamos o mau em detrimento do bom, por o vivificarmos e vivenciarmos constantemente sem dar espaço para a alegria entrar…nós sufocamos a alegria e o bom senso…
Representamos na maior longa-metragem alguma vez feita, numa constante troca de papéis, e nunca acabamos por perceber qual é realmente o nosso. Em vez de nos regermos pelos nossos supostos valores, estamos mais preocupados em agradar este ou aquele, pensando o que poderemos obter dali. Vivemos na era da hipocrisia. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar, como se nós próprios fossemos o modelo inquestionável de perfeição. Representamos o chefe sisudo, de mal com a vida, porque já não ganha tanto como ganhava com o negócio; a colaboradora, que desconhece o simples significado de sorrir, e mostra claramente que está ali a fazer um frete; o médico que nos passa a receita sem sequer olhar para nós; a senhora reformada que passa as tardes no café, falando da vida de toda a gente, criticando e apontando o dedo; a proprietária do pronto-a-vestir, que nos diz que a roupa nos assenta como uma luva, quando nos vemos ao espelho e nos assemelhamos a algo parecido com um ET; o senhor que vende peixe no mercado, e que afirma estar fresquinho, quando o peixe já está completamente vermelho de tanto gelo que levou em cima para parecer “fresquinho”; o político que faz promessas que nunca se virão a cumprir; a professora que está mais preocupada em que os alunos façam tudo certinho e em silêncio, do que propriamente em ensinar, orientar e formar futuros cidadãos; o polícia que está mais preocupado em caçar multas do que velar pela segurança da comunidade; a eterna mãe preocupada e sofredora, que vive num constante receio no que diz respeito ao caminho que os seus filhos irão seguir e que faz disso uma obsessão; o pai que sai do trabalho, cansado e que em vez de ir para casa, segue para o café, onde bebe cerveja atrás de cerveja, até que lhe vão buscar ou até ao fecho do café e que quando vai para casa culpa a mulher por todos os seus infortúnios; o (a) filho (a) certinho (a) que segue à risca tudo o que lhe é incutido no seu seio familiar e que não constitui problemas em contraste com o (a) filho(a) despreocupado(a), que quer curtir e vida, sem perder tempo com coisas que não interessam, procurando sensações cada vez mais arrebatadoras, fortes e loucas, porque é nelas que conseguem agarrar, ainda que efemeramente estados de completa euforia que acreditam conter o segredo milagroso para uma vida plena, e principalmente sem tristeza; a menina gordinha, que na escola é ignorada e gozada pelos seus colegas, em contraste com a menina popular, com quem todos querem brincar; a eterna sonhadora que acredita que a vida é um sonho construído em cima de um castelo de areia; o casal, que cheio de dívidas mal consegue dormir e discute a toda a hora questionando-se sobre como a vida de ambos teve aquele rumo…
Os ricos…os pobres… os arrogantes…os educados…os maus…os bons…os egoístas…os altruístas…os sensíveis…os insensíveis…eu…tu…os outros…nós…
Somos uma mescla de matéria mexida e remexida, produto de nós mesmos e dos nossos ardis, onde a genuinidade se extinguiu…
Vivemos assentes numa liberdade ilusória, mascarada…vivemos mais presos que um detido por homicídio. Nós construímos as nossas próprias barras de ferro, fechamo-nos dentro de algemas e jogamos a chave fora.
E a simplicidade? E a alegria de estar vivo e sorrir sem ser preciso ter um motivo? E a partilha? E a vida, só por ser vida e vivida?
Só existe esta e enquanto não tivermos a plena consciência desse facto e que também passa muito depressa vamos cavando lentamente a nossa própria sepultura e acabamos por ser autores, em parte da nossa passagem para outro mundo que não este.
Sonho e anseio por um dia em que todos nós vamos acordar e perceber que não somos personagens de um pesadelo constante e irreversível, mas sim de uma vida que teimamos transformar nesse pesadelo que já pensamos viver…
Vamos então todos juntos acordar num grito de esperança??? Um dia…um dia, quem sabe…

Foto de Marta Peres

E o tempo corre veloz

E o tempo corre veloz

E o tempo corre veloz!
Vivo dentro de um compasso
descompassado, tento
atingir o alvo proposto,
angustio, chego a desespero,
busco paz dentro de uma
solidão, convivo com o pensamento,
ouço o grito do poder,
vejo a fome nas ruas,
a dor nos corações sofridos,
mágua marcada pela escravidão!
Tribos comandam, tribos obedecem,
terror ronda lares, salas de aulas,
praças que só viam a banda tocar,
multidões se aglomeram,
pedem pão, ganham circo,
e a vida vai descontrolada,
gira feito pião desgovernado,
o povo acata, desesperado
por dias melhores!

Marta Peres

Foto de Joaninhavoa

AQUELA ESTRELA

*
… aquela estrela d`além
e d`aquém mar…
*

É no olhar dos “entes”
Das gentes simples e puras
Que surgem em raios luzentes
A magia da fonte das águas

Cristalinas.
Esvaindo-se nas entranhas
Da terra na carne perene
Que penetra solene

A canção. Felicidade plena
Quando em estrela se anuncia
Novas alegrias alegóricas emoção

No grito surdo-mudo regado
O regaço brilha sempre
Já antes assim era. Agora

Eternamente…

Joaninhavoa,
In “Almas Benditas”
(31 de Agosto de 2008)

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Amor Cúmplice

Suas fantasias inconfessáveis
Acordou em mim o vulcão
Incitou os meus desejos
Sinto por ti, muito tesão...
Você me chama e pelo meu corpo clama
Sinto prazer fulminante, constante...
Anseios suplicantes.
Tuas mãos passeando,
Buscando as passagens secretas
Delírios, suspiros, líquidos e cheiros
Entrega e contentamento, carícias, beijos e dengos
No meu corpo e sem pudor fez tua morada...
As fantasias seriam desvendadas
Gemido profundo, voraz, latente...
Encaixe perfeito!
Não domino tua vontade nem teus anseios
Viajo nos teus devaneios
Magia, fascínio.
Encontro tua boca ávida da minha fonte
Imploro, invoco, clamo e estremeço
Sou arrebatada com teu prazer ardente
Prova o meu cio. Ecoa o seu grito
Do seu gozo, me alimento.

Foto de Lu Lena

AMOR DE ALMAS

Madrugada toco-te suspirando com um beijo
Buscando em ti os prazeres de excitação
Em lambidas tórridas em gemidos de desejo
Corpos que se contorcem no ápice da paixão

Transcrevo em teu olhar meu amor imperecível
Em quenturas flamejantes sincronia do prazer
Refletem almas na lua cheia branca intangível
Frenético ir e vir entre gemidos num só ser

Deixo-me envolver nessa ardência devastadora
Induzes em mim êxtase percorro tetos sem chãos
Influxo em delírio um grito na névoa embriagadora

Correntes em descargas elétricas percorrem vãos
Saliências túmidas e arfantes pulsam em tua boca
Num corpo perecível palpável à mercê de tuas mãos

Lu Lena

Ps. inspirado no soneto do Dirceu (JUNÇÃO DE ALMAS)

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