Gotas

Foto de Eddy Firmino

GOTAS DE POESIA

É como a chuva que desce molhada
É como o orvalho rente a madrugada
É a mais pura das melodias
...Gotas de Poesia

Tem a suavidade da flor
Refresca a alma
Acalma...

Como a chuva a molhar teu rosto
Escorrendo na face
Rolando até o teu sorriso

Expressa toda alegria
Toca no coração
Tem sabor da alegria

O frescor
A beleza
De gotas de poesia

Foto de Joaninhavoa

Quando há que partir...

*
... e a distância acontece!

*
«Agora tenho de partir
e a distância já começo a sentir
o coração não pára de jorrar
meu amor sempre vou te amar

A dor são gotas de sangue
que não consigo travar
picoteam um mapa grande
só para eu poder te encontrar

Vermelhas são meus rubis
eu os herdei sem querer
e agora que hei-de fazer

Retorno no tracejado em gotas
dos pingos do picotado desenhado
do mapa todo algemado.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
2010/12/15

Foto de Ozeias

Choveu no sertão

E Sem anunciar, a chuva caiu sobre o sertão. Rapidamente, a poeira se fez barro.
As gotas batiam na terra quente, rachada, e logo se evaporavam. Mais água despencou e resfriou a terra permitindo assim a terra saciar sua sede.
O cheiro de existência e da terra molhada se espalhavam no sertão levadas pelo vento úmido.
- Viva nossa senhora!-Gritavam os sertanejos banhando-se em águas lamacentas.
Quando se ouviu o rufar da primeira trovoada, foi como ouvir o som do amor que no coração fenece.
Alguns diziam ver esqueletos de peixes saltitando sobre a lama. Outros diziam ver passeando pela chuva os entes queridos que se foram, sobre as carcaças de bois mortos pela sede. As asas brancas voavam, ainda que caíssem com o peso da água sobre as penas.
Rosinha, toda esperançosa e com brilho no olhar não desgrudava os olhos da estrada à procura do amor que se foi dizendo voltar. Junto com os risos de alegria e as pancadas de chuva, ela podia ouvir a promessa do amado.
“ Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão"

Foto de airamasor

Nostalgia

O dia hoje com chuva
triste...
Deixou tambem nublada
minha emoção.
Um dia cinzento
Parece sem vida
Triste, nostalgico
Vou ouvir uma canção
Quem sabe minha boca
Volta a sorrir.
Sinto saudades
Do sol
de voce.
Voce que enche de alegria
meus dias.
Quando voce está distante
meu sol desaparece
dá lugar a chuva fina
como se minha alma
estivesse nas gotas
de chuva.
Meus olhos estao nublados
Será quando voltarão
a ser verdes
como as matas
brilhando com os raios de sol.
(Aira 13 de Dezembro de 2010)

Foto de Diario de uma bruxa

Presciso de você

Preciso te dizer
O que acontece com meu coração
Ele é vazio sem a sua atenção

Preciso de você
Como os peixes precisam
De água pra sobreviver
Não sou nada sem você

Preciso de você
Do seu coração
Para quando meus olhos eu fechar
Poder senti-lo bater bem próximo
Ao meu

Preciso de você
Do seu carinho, do seu amor
Mesmo que seja em pequenas gotas
Aliviando assim a minha dor

Preciso de você meu amor

Poema as Bruxas

Foto de airamasor

Nós dois....

Está chovendo lá fora...
Apenas uma garoa fininha...
Mas estamos protegidos,
aqui dentro de nosso ninho.
Voce vem chegando de mansinho
Com seus toques suaves
por todo meu corpo
Me pega pela cintura
e dá um beijo ardente.
Minhas pernas ja tremem
Com vontade de ter voce.
Eu lhe beijo com paixao
O desejo aquece o ambiente
Voce despe minhas vestes
Me agarro em seus braços
Num louco e apertado abraço.
Nossos corpos já sem roupa
Se entregam um ao outro
Num encaixe perfeito
ouço melodias no ar
As gotas de chuva
cantam para nós.
Nosso desejo é pleno
Tudo em nós transpira amor.
Nossa felicidade é visivel
Todos percebem em nosso olhar.
Que somos um só
e que nascemos
para nos amar.
(Aira, 01 de dezembro de 2010)

Foto de Nailde Barreto

"EU E VOCÊ!!!"

Eu sou o fogo
Você é o meu desejo;
Eu sou a chuva
Você é minhas gotas;
Eu sou o sol
Você é minha luz;
Eu sou dúvida
Você é minha verdade;
Eu sou o momento
Juntos, somos felicidade...

Nailde Barreto.

Foto de THOMASOBNETO

Frenesi de Frutas

Se hoje saboreio a fruta vermelha,
É porque ontem saboreei um limão!
Se hoje saboreio a fruta do frenesi!
Ontem tomei vinagre e não o suco da uva!

Gotas de orvalho escorrem pela popa...
Molhados desejos desta fruta sensação!
Mordo os lábios... Pensamentos pecaminosos...
Eflúvios desejos de serenas paixões.

Frutas cerejas ou cerejas frutas?
O que importa é a excitação de abocanhá-las
Retirando pedacinhos delicados desta fruta...

Sentir adoçar meus desejos e que desejos...
Aguçados ao toque destes, insinuosos beijos.
Onde eu e você do mundo nos esquecemos

Baroneto.

Foto de Ozeias

A obra prima do escritor anormal

Ele passou toda a noite buscando alguma coisa. Algo que pudesse preenchê-lo para assim, com a ajuda da caneta e do papel, esvaziar-se.
Como quem puxa todo o catarro do fundo e depois o cospe, assim, segundo ele, é escrever. Em seu caso, ele puxava outras coisas de outro fundo, um fundo mais pessoal, um fundo inteiro e somente dele, que mesmo assim, não conhecia por inteiro.
Naquela noite, devido às nuvens que tapavam a lua, ele viu-se obrigado a usar velas. Chovera o dia todo e ele ainda podia ouvir as gotas pingarem nas folhas das árvores.
Mas naquela hora não havia gotas pingando em folhas. Todas as gotas já haviam pingado.
- A janta. – Anunciou a sua mãe.
Sua mãe havia se deitado mais cedo e a sopa esfriado, mas só naquela hora que ele foi ouvi-la. Também não estava com fome, então deixou seu prato intacto na mesa. Ele nem sabia que era sopa.
Pegou a caneta e encostou a ponta no papel amarelado. Quando um ponto preto surgiu no papel, sua mão afrouxou-se e a caneta se soltou dela, deitando assim no papel.
Lá fora as pessoas corriam de um lado para outro, pisando nas poças de água, produzindo um barulho que estava distraindo. Primeiro, ele ficou apenas prestando atenção. Depois, mais pessoas começaram a correr, deixando-o irritado. Fechou os olhos tentando se controlar, mas não conseguiu. Num gesto rápido, ele levantou-se produzindo um ranger alto e dirigiu-se para a janela.
- Vocês querem parar de correr nessa merda?
Dois gatos assustaram-se e sumiram em meio ao breu. Não havia ninguém lá fora, mas mesmo assim as pessoas pararam de correr. Satisfeito com o novo silêncio, ele voltou para a sua cadeira.
Cadê aquilo que ele buscava? Ele fechava os olhos, ele olhava para o céu negro, ele olhava para cada canto daquele quarto mal iluminado à procura de alguma coisa, mas nada lhe vinha.
- Não, não... Não! – Irritou-se ele com a voz feminina que lhe dava idéias – Isso eu já escrevi ontem!
As sombras dos fogos das velas começaram a dançar por cima da folha e um cachorro começou a latir. Ao ver e ouvir tais coisas, ele teve um insight. Pegou rapidamente a caneta e começou a escrever com frenesi.
Enquanto o cachorro latia lá fora, as sombras das velas dançavam sobre a folha amarela...
Enquanto ele escrevia, foi tomado pela sensação de prazer. Um êxtase que somente ele era capaz de sentir. E cada palavra escrita foi lhe proporcionando tanto prazer que quando estava prestes a terminar, sentiu um prazer orgástico. Aquela fora a primeira vez que ele gozou enquanto escrevia.
Feliz e orgulhoso, leu e releu o que havia acabado de escrever.
- Obra prima!-Disse-lhe a voz, fazendo com que ele ficasse mais cheio de si.
Inquieto, ele andava de um lado para o outro, no quarto. Alguém tinha que ler, mas quem? Seja lá quem fosse, haveria de ser logo, naquela noite. Sua mãe já estava dormindo, seu irmão, um ignorante, algum amigo que quase nunca entendiam, mas então quem?
De repente, o som da porta da cozinha fez com que ele pulasse. Um vendaval entrou pela casa, fazendo as portas do armário bater, o fogo das velas se apagarem e... O papel! O vento carregou o papel, que saiu pela janela.
- Não!- Gritou ele enquanto corria para fora, à procura do papel.
Para onde o vento teria levado? Enquanto ele corria, seu medo ia crescendo. Aquilo não podia estar acontecendo. Logo a sua obra prima? Ele não ia permitir aquilo. Que o vento levasse outra coisa, mas não aquele texto.
Ele parou de correr ao ver a folha caída na poça de água. Ainda que a rua tivesse mal iluminada ele pode ver. Não teve coragem de se aproximar enquanto a folha se dissolvia na água. Seu estado de choque era tamanho que ele ainda não conseguia chorar. Naquele momento ele era uma pedra.
- Depois você reescreve- Disse-lhe a voz.
- Não, eu já esqueci. Eu já esqueci. Eu já esqueci.
Foi aí que ele se entregou. Foi para a beirada da poça e sentou-se. Não agüentava ficar em pé. Admitir era o que ele tinha que fazer. Seu conto fora diluído pela água.
Sua boca começou a tremer, seus olhos já trasbordavam.
A dor era insuportável, era como se tivessem-lhe arrancado um filho. O único filho.
Então a voz sussurrou para ele uma ideia. No mesmo instante, ele engoliu o choro. Havia uma saída, uma esperança. Seu coração voltou a bater acelerado. Por que ele não havia pensado naquilo?
Ajoelhou-se e aproximou a cabeça da poça. Abaixou-se mais um pouco, tocando os lábios na água lamacenta. Sugou. Sugou para que, segundo a voz, tudo o que a água tivesse tomado dele, ele tomaria de volta.

Foto de Elias Akhenaton

HAIKAI - VII -


Gotas d’orvalho
Caem no silêncio da madrugada...
Relva molhada.

Elias Akhenaton

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