Frio

Foto de Fernanda Daniela

Doce Ilusão

Qual espinho cravado em meu peito
Carrego comigo esse sentimento
Mesmo que eu consiga extraí-lo
Ainda me ficará a Marca.

Não te amar, é impossível
Mesmo sofrendo... mesmo assim,
Ainda teimo em carregar esse espinho...
Ainda acaricio o mão do carrasco.

Se ao menos soubesse o que sinto...
Se ao menos fosse conhecedor desse amor...
Me tomaria em seus braços e ficaria aqui...
Comigo... será?...

Não sei ao certo se o espinho que carrego
É amor ou dor... desejo ou medo...
Só sei que toda vez que vejo teu nome
Toda vez que ouço sua voz...Algo muda.

Algo cresce... algo se parte dentro de mim...
Algo tão grande e tão bom que se multiplica...
Algo que foge ao meu controle
E me faz querer ter você aqui comigo...

Como é doce a ilusão que eu tenho...
Doce como um sonho do qual não se quer acordar
Meus pensamentos se vão para perto de ti
E já não me importo se é ilusão...

Suas palavras me aquecem no frio da madrugada
E mesmo sabendo que delas e de você pouco sei...
Amo cada uma delas... desejo que cada uma delas
Fosse a verdade mais sagrada do Mundo.

Estou sim , me apegando à você...
Lutando contra mim mesma
E me perdendo em um mar de sonhos...
Mas é tão bom sonhar com você Doce Ilusão...

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

Foto de brgigas

Ao cair da noite

E ao cair da noite, deito-me para ver as estrelas, aconchego-me no meio dos lençóis, escondo-me do frio e do vazio, e ao fechar os olhos penso por ultimo em ti, antes de sonhar, antes de adormecer chamo assim por ti, como que a querer a desejar um sonho nosso, uma imagem tua ao meu lado que me envolverá durante o meu sono, que me acompanhará em mais um sonho. É em ti que penso, antes de me tapar, antes de adormecer é em ti que adormece o meu pensamento, em que navega a minha imaginação, é em ti que pára o meu desejo, o querer de mais um beijo, é em ti com vergonha, é em ti com um não querer, é em ti com o desaparecer, é em ti assim, sem racional querer, sem se quer pensar, é em ti que adormeço dia a pós dia...

Foto de Gata Apaixonada

Sem você...

Hoje faz um tempo que não tenho mais você
Hoje sofro um pouco mais por não poder te ter
Amanheci sozinha sentindo frio por não te ter junto amim

Será que vou conseguir viver assim?
Tão longe de quem tanto amo
De quem é o dono de minh'alma
De quem meu coração não esquece um só minuto...

Você não percebe que te amo?
Volta pra mim...
Vem aquecer as noites frias
Que sem você são insuportáveis
Não dá pra aguentar...

Apesar de tudo te quero
Não interessa o que fez
Te perdôo
Viver sem você já não dá mais
Vem me amar
Dono dos meus pensamentos
Do meu corpo
Da minha vida...

Foto de Pauloso

Coração Blindado

Não existe amor sincero,
Aquele amor que vem do coração,
Apesar de ser o que eu quero,
Não me levo pela ilusão.

Dizem que amar é bom,
Que o frio na barriga você sente,
Talvez eu não tenha esse dom,
E deva ficar ausente.

Levo a vida em um rompante,
E vivo por viver,
Talvez tenha de ser mais atuante,
E pensar que amar é ceder.

Mas as agruras vividas
Me deixaram fechado,
Espero ter uma recaída,
E abrir o coração blindado.

Foto de sonhos1803

Sonhos

Que sonhos são esses,
Que me aquecem,
Inquietam,
No desejo,
De não ser apenas um espelho,
A refletir,
A dor,
Que despejaste em mim,
Ardo,
Na incerteza,
De esquecer,
O que me enlouquece,
De não ter, não ser,
Quem te ver adormecer,
Não ter tua respiração no meu rosto,
Meu coração exposto,
Ao desejo,
Adormeço,
Inflamo,
Chamo-te,
Perco-me,
Entre o frio dos lençóis,
Acordo,
Para uma realidade,
Morna.

Foto de Carlos Magno

Dor e amor

Se as portas agora se fechassem, se as luzes não mais me iluminassem, buscaria no escuro de meu peito fechado a razão da minha loucura...
Sai de mim um vazio torturante que me consome, que me esmaga, que me corta feito navalha, que me acalma como inferno...
Perdi meu ser, minha luz de viver. Procurei certezas, encontrei nada, nada e nada...
Não sei chorar, não sei o que é dor; sinto somente um vazio que me aquece e me faz frio...
Minha boca seca quer não mais um beijo, não mais um lábio apaixonado... quer o amargo e vermelho sentimento da da própria inveja.
Porque lágrimas não desprendem de meus olhos?
Porque soluços não judiam de minha alma?
Amo minha dor como migalhas amam o chão em que caem, e eu me busco no infinito, no vazio de meu peito, na dúvida se existo, na certeza de que nunca me encontrarei...

Foto de solidão

Não sei explicar

Que dor!
Sinto o vento soprar e a tristeza chegar
Por quê?
O frio estremesse, a noite desce
As palavras são mudas
As ruas escuras, um silêncio profundo
A noite não acabou
O grito sem fim, sem eco
Onde estão as rosas que plantei?
Tudo não passa de nada
O erro no acerto, o acerto no erro
A vida continua mesmo estando morta
E o amor que tanto escutei?
Quero o sol raiando
Quero ver o dia chegando com você aqui.

Foto de Joca

Será isto o fim do Amor?

Amanheceu, o sol desponta
Passarinhos cantam, atarefados
A natureza não desaponta
Os seus filhos apaixonados

De súbito, um frio
Sinto um enorme vazio
Onde estás minha amada?
Procuro-te, mas nada!

Pobre de mim
Que ama mas não é amado
A tristeza não tem fim!

A paixão é um pecado
Que se paga com a dor
Será isto o fim do amor?

Foto de sonhos1803

Raiva

Queria não viver nesse frio,
Que torna tudo escuro e vazio,
Meus lábios gemem,
Inquietos a sussurrarem,
Secretos desejos,
Que se afogam,
Ver teus olhos vazios,
A se perderem,
A testar,
Essa tua forma de amar,
Se perdendo em cada corpo,
Beijos molhados,
Lábios selados,
Em seus cálculos,
A fugir,
A Mentir,
Sentimentos calculados,
Corações roubados,
Alma insegura,
Presa em seus próprios muros,
Teu jeito,
Teu cheiro que fica na pele,
Lembrança,
Tortura delirante,
Que fica nos braços de cada amante,
Sem um amanha,
Presente maldito,
Que trai,
Apaixona,
Abandono do orgulho,
Que se vai,
No calor do teu corpo.

Páginas

Subscrever Frio

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma