Frio

Foto de TrabisDeMentia

A lua

A lua devora a minha consciência
Sei que ela se sente só, sem forças para viver
Os meus olhos comovem-se e eu choro
Mas não o escondo pois ela sabe o que é sofrer

O meu corpo treme de frio e de dor mas eu me aqueço
E no consolo do meu quente abraço eu adormeço
Sei que ao acordar estarei sem lua e sem minguém
E que o sol me olhará com desdém

Mas tenho esperança que a noite virá
E o sol sob a lua se apagará
E nesse dia então terei paz
E dançarei com a lua que em mim jaz

(Adeus ó sol, ó luz, ó ruína
Pois é a luz da noite que me ilumina
E no fundo
É o silêncio...)

Foto de Maria Paula

TOP SECRET

T-enho ainda em mim
O-gosto do seu amor
P-or ser misterioso

S-eu segredo ainda sou
E-squeça das magoas
C-ontigo ainda estou
R-einiciemos nosso amor
E-squeça do frio e da dor
T-raz de volta o calor

Foto de Lu B.

Alma-Gêmea

E assim de repente nos identificamos com uma pessoa que cruza o nosso caminho sem querer...
E acabamos por confundir emoções, sentimentos por quem mau conhecemos...

Pensamos na possibilidade de ter o encontrado só porque na última noite nos sentimos posse de alguém e isso nos confortou,
Só porque um abraço nos pareceu carinhoso demais e, por um instante, nos sentimos tão bem...
Porque de repente, não sentimos mais frio...
Não nos sentimos mais tão sós,
Porque em uma fração de segundos nossos pensamentos se organizaram e pudemos sentir uma certa paz...
E o coração bateu mais forte,
As pernas tremeram
E tudo se confundiu novamente...

Foto de sonhos1803

Sol

Quando o sol nasce,
Luz cristalina,
A derramar seu calor,
Como um colar de perolas cristalinas,
Brilhando,
Pulsando,
Era ma minha pele,
Macia a ser acariciada,
Nas tuas mãos,
Sinto, transpiro,
Meu coração a pulsar,
Querendo alcançar,
O centro desta chama,
Que queima em meus olhos,
Encandeia minha alma,
Na textura da tua pele,
Na loucura a que isso se refere,
Quero abrir-me,
Sentir o sol a banhar,
Meu corpo nu,
Derreter o frio,
Fino gelo que cobre,
Aplaca em meus olhos,
A solidão me é um remédio amargo,
A correr como um véu,
No meu coração destroçado,
Queria juntar os pedaços,
Te ter outra vez ao meu lado,
Cheio de vida,
A trazer, a pulsar,
No castanho de teus olhos,
Meus sonhos congelados,
Em teu peito descansar,
A tua falta.

Foto de Mitchell Pinheiro

Ficar

Beijo? Que beijo?
Mera troca de saliva
Sentimento? Onde, cadê?!
Aliás, qual seu nome mesmo?
Maria, Manuela, Marcela... quem se importa, deixa pra lá
Vamos fazer aquilo
Aquilo que a carne quer
Amanhã não lembraremos um do outro mesmo
Que trágica situação
Entrega-se o corpo
Esquece-se o coração
Mas o que verdadeiramente importa onde está?
Sentimento onde foi se refugiar?
No meio desta coisa animal,
Onde posso te encontrar?
Mas no dia seguinte o sentimento se mostra
Em forma de decepção e revolta
São os frutos de um relacionamento frio
Sustentado por um coração vazio
Ficar?
Terminar antes de começar
O que fica?
Sem amor, nada além da dor
A dor e nada mais
O coração fica sujo
A vida fica pra trás.

Foto de Pierre Ettiene

À Espera...

Está frio, gente de todos os lados, de todos os tipos.
Minha imaginação tenta aquecer minha alma.Alimenta a esperança.
Quantas decisões erradas, por nada... pra nada...
As decisões de hoje amenizam a dor, esta que envolveu.
O trabalho é o segredo de tudo... ocupa.
Os passos longos não são mais que desculpa.
Que culpa?
Por que cometemos?
Tempo: ao lado dele olhando; andando e vivendo...
De vez em quando pergunto e sofro... quantas decisões erradas.
Ainda me resta esperar e sonhar com o dia ou à noite em que tudo pode mudar com uma singela frase:
SOU EU...Cheguei.

Foto de Edison

Ainda não desisti...(Edison Rodrigues)

Sinto perder a voz perto de você...
Sinto perder o sono se não consigo te ver...
Queria ser o vento para poder te acompanhar...
Queria ser o sol para os teus caminhos iluminar...
Desejava o mundo inteiro conhecer...
Desejava por um instante amar você...
Lentamente, tento abrir um espaço no seu coração...
Lentamente, aumenta o medo de decepção...
Minuto a minuto, o tempo demora a passar...
Minuto a minuto procuro desvendar seu olhar...
Já me perdi chorando por não ter você...
Já me encontrei sorrindo quando podia te ver...
Uma noite, muitas luas, e um vento frio...
Várias noites, uma lua e meu amor enrijecido...
Respiro o seu cheiro, durmo em seus braços...
Acordo em desespero, procurando seus lábios...
Toco seus cabelos, te carrego em meus braços...
Foi apenas um sonho, dentro do meu frio quarto...
Até quando você vai se esconder????
Até perecer o meu saber????
Até quando você se enganar????
Eu te amo, não vou negar...
Até quando você vai resistir????
Prometo que não vou desistir...
Até quando vai negar o meu amor????
Eu lhe trouxe esta linda flor...
A verdade é que...
Perdi a consciência ao te ver...
Os meus olhos se concentraram só em você...
Desculpe, mas não posso me controlar...
O meu coração é quem decide por quem vou me apaixonar...
Sigo os seus passos, para a pergunta responder...
Para onde vamos, o que iremos ser...
Sou o exemplo do grande sonhador...
Para mim, as menores coisas têm grande valor...
As atitudes valem mais do que as palavras...
Somente quando as palavras certas não são pronunciadas...
Anseio paz e liberdade...
Anseio, principalmente, que você me ligue mais tarde...
Procuro a paz e a verdade...
Do seu lado encontrarei a tão sonhada felicidade...
Mas...
Se todas essas palavras não chegaram a te convencer...
Uma coisa te adianto para você crer:
Eu te amo!!!!!!!!!!!!
E nada no mundo, ou no universo,
fará eu me esquecer.
Edison
26/05/2006

Foto de Senhora Morrison

Coração Tranquilo

Mais um gole
Enquanto observo lá fora
Do alto,
Desta janela...
Sentindo o ar frio em meu rosto
Encolhendo-me como a querer proteger...
Proteger do que?
Se minha vontade...
É saber voar
Ir pra onde nada pese...

Meu corpo frio,
Meu cérebro a mil...
Somos pensantes
Ha, Ha, Ha...
Nunca somos um todo
Inteiro, de verdade.
O que me falta, já não sei.
E essa melancolia
Essa gana de não sei o que
Essa precisão...
Essa lucidez saudosa
De tempos, atitudes, horizontes...
Que se foram? Existiram?

Se tem alma
Este corpo a aprisiona...
Este corpo que padece
As ações do tempo
Das irresponsabilidades
De noites mal dormidas
Sabe-se lá com quem...
Sabe-se lá por que...
Dos tragos e tragos a mais...
Das risadas por diplomacia...
Dos choros por conveniência...
...desde o berço...
Dos amores por necessidade...
...de um colo no fim da noite de gemidos e fingimentos...
É tudo irreal, superficial...

Sou sozinha,
Sou uma peça,
Sou o desfecho...
...fundamental
Essa subserviência desnecessária
Esse interesse proposital
Essas décimas quintas intenções...
Não quero mais isso
Isso tudo me acaba
Isso tudo me sufoca

Mas não mata
Nunca mata
Nunca morre
Nunca mata...
O dia seguinte sempre segue
E ainda abro meus olhos
E ainda respiro este ar fétido
De gananciosa poluição
Não vale mais
Nunca valeu
Não tenho mais credibilidade
As fichas acabaram

Os sorrisos sinceros são milimetrados
Esporádicos, anulados
Por bombas caseiras e de efeito moral
Não dá pra ser inteiro,
Sou parte disso
Meus fragmentos sofrem
Como sorrir
Sinto meu sangue pulsar
Do outro lado dos continentes...
Com os mesmos olhos...
Que vêem o que não querem

Calo-me
Mas ainda vejo meu reflexo
Neste maldito espelho
Que não refleti o que o mundo determina
Mas...
Transparece a límpida alma
Que pouco importa
Sempre consigo me anular
Vou à busca dos meus
Este mundo não me pertence
Mas continua a flagelar
Pobres mortais
Dignos da esperança...
De etnias impostas por outrem
A condenar sem motivos
Desencorajando sonhos
Cortando as garras
E começando tudo de novo
Sem um fim plausivo

Agora recosto minha cabeça ao travesseiro
Sem alardes e acontecimentos
Deixo a inércia tomar conta
Do corpo
Da mente
Permitindo...
Querendo mais uma vez
Acalmar minha fúria
Atravessando uma senhora no farol...
Contribuindo pra cola com uma moeda...

Quem irá mudar o prisma do mundo...

Senhora Morrison
28/05/2006

Foto de Mitchell Pinheiro

Timidez

Encontrando-se em meio a uma multidão
Sentindo-se num deserto
Preso numa teia
Como um inseto
Exposto ao sol
Sentindo frio
Morto de sede
Em meio a um rio
Estando perto e longe
No princípio e no fim
Consumido pela insegurança
Dizer não querendo dizer sim.

Foto de TrabisDeMentia

Amor é...

Nunca ninguém me ensinou a viver. Apenas me deram um corpo e me ordenaram: vive. Nunca ninguém me ensinou a amar. Apenas me deram uma alma e ordenaram: ama. Assim prossegui pelo caminho da vivência desfolhando significados. Mas nada! Nenhum livro, poema ou mandamento me fez crer em sua existência. Ele existia porém, os sábios assim contavam e sobre ele cantavam os enamorados. Mas nem em músicas eu achei o seu valor. Nem nos lábios em que o procurei eu achei o seu calor. E quando julgava ele pousando em minha mão logo vinha um pássaro maior e o levava. Foi com essa mão cheia de nada que eu cumprimentei a ilusão, que me dei a conhecer á saudade, que tomei em meus braços a dor (abraço forte, amargo afago). Com essa mesma mão escrevi sobre o amor como um cego que conta as estrelas. Escrevi como um surdo compondo a mais bela das sinfonias. Passei a correr atrás de borboletas, a perseguir pirilampos. Corri do mundo todos os cantos, vales e valetas. Desbravei á faca todas as matas. Mas nada, nada sobrou senão momentos! E sobre esse nada me debruçava e com todas as letras o descrevia. Das montanhas geladas que escalei e dos desertos em que me joguei só recolhi ecos e desesperos. E com esses restos o rescrevia. Descrevi céus e oceanos, grãos de areia e universos. Desenhei esboços complexos de todas as frentes, de todos os versos, de todos os objectos e sentimentos, mas do amor... Do amor nem o mais fino dos traços, nem o “era uma vez”, nem um ponto final. Foi então que larguei os vestigios dos pedaços dos porquês. Depois de tanto tempo decorrido me encontrava onde tinha partido. Tudo finda quando o frio aperta, a sede mata e a caneta se farta de tanta agonia. E para que não findasse, como que num ato de auto defesa, fechei os olhos para o que me rodeava (para nunca mais os abrir). E num ato de auto estima me fechei que nem ostra para a vida (para nunca mais me abrir). Mas ao me fechar e ao fechar dos olhos encontrei uma coisa linda! Enquanto o coração desacelarava e a respiração ainda ofegante acalmava, veio uma paz! Uma paz tão intensa que me fez chorar..Decidi abrir os olhos e me abrir para um nunca mais fechar. É que o amor não se encontra em vãos de escada ou escorrendo pelos passeios. Não está debaixo de nenhuma pedra de calçada nem escondido na cor do que quer que for, do que quer que seja. Amor não sobeja de uma fonte nem se esconde por detrás de um monte. Não há ponte que a eles nos leve. Amor não se almeja nem se descreve. Não se grita aos sete ventos. Amor não é momentos. Amor não é sentimentos. Amor é...

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