Força

Foto de Marta Peres

Encontro com a Morte

Encontro com a Morte

Nos encontramos novamente
Não por eu querer encontrar
Mas pela força que você promoveu
Em me achar.

É minha doce amiga!
Mas nem por isso queria lhe achar,
Há algo que me intriga,
No meio de tantos
Como foi me encontrar?

Você chegou branda, meiga,
Uma doçura imensa
E chamou por mim,
Aqui estou,
No meu novo fim.

Marta Peres

Foto de neiaxitah

Um Dia para Sempre

Quem sou? Uma louca? Ando de um lado para o outro sem nada a fazer, sem nada perceber…
Só me lembro daquele horrível dia… o dia em que te vi morrer… morrer aos poucos, ouvir as tuas palavras de socorro, e eu pouco podia fazer.
Sim, lembro-me como se fosse hoje!
Era fim da tarde, e tu ias-me levar a casa, ia-mos com aquele olhar que só nós tínhamos, que só tu conseguias provocar, e aquele sorriso único que só tu fazias que eu tivesse.
Sim, lembro-me de tudo, o tempo estava muito estranho nesse dia, e tu tudo fazias para que eu estivesse bem, sorrias e dizias que tudo farias para me ver sempre assim, com aquele brilho que só tu conseguias fazer nascer em mim.
Estava tudo bem, bem até me pedires para ir para casa só, sem ti… coisa que nunca farias…

Disses-te que ias ter com uns amigos, os mesmos que nos estavam a seguir até então. Estranhei, mas quando me fizeste prometer que não voltaria para traz por nada e que acontecesse o que acontecesse para nunca te esquecer, ai temi. Temi por ti, e por mim…
Sim foi a resposta que te dei, embora não concordasse com ela.
Deste-me um beijo, o ultimo beijo. Estavas sério, mas mesmo assim sorris-te apenas para me acalmar. Não consegui dizer nada, virei costas e comecei a andar, mas sempre muito atenta; os homens que nos tinham seguido tinham parado.
O meu coração batia depressa demais para pensar, deixei de ter controlo em mim, e quando virei a rua, só me lembro que o meu coração parou de bater; a rua estava deserta, e o teu grito ecoou por todo o lado, mas mesmo assim parecia que só eu o tinha ouvido.
Inevitavelmente os meus pés deram a volta, o meu corpo transpirava de medo e ansiedade.
Quando te vi, tudo em mim parou, deixei de ver tudo o resto, deixei de respirar até. Não senti o vento na minha cara, nem o meu cabelo a esvoaçar. O tempo parara quando te vi deitado no chão a jorrar sangue do corpo e aqueles homens com facas ensanguentadas do teu sangue. Tudo isto se passou numa fracção de segundo, pois logo depois o meu corpo, o meu ódio e a raiva respondiam por si. Gritei o mais que pude a pedir ajuda enquanto podia e atirei-me para cima do homem que te tentava novamente apunhalar.
No mesmo instante agarrei numa pedra e atirei-a a um outro homem que se aproximava de ti. Ele caiu no chão e não se mexeu mais. Os outros fugiram.
Estava finalmente a voltar a mim quando já estava a rua cheia de gente, já tinham chamado a ambulância que nos levou para o hospital. Incrivelmente ainda estavas vivo, mesmo depois de todo o sangue que perderas. Fui contigo na ambulância, nunca mais te ia deixar.
Mal chegamos ao hospital levaram-te para seres operado, e eu só queria chorar, mas as lágrimas estavam secas… como é normal perguntaram-me o que tinha acontecido e eu pouco consegui contar. E ainda faltava contar aos teus pais, mas só eu o podia fazer, por isso liguei-lhes. A voz deles mudou, a tua mãe chorou, desligou, e logo depois já estava comigo, e trazia com ela o teu pai, e os meus pais. Desesperei, a voz falhou, não consegui falar, imaginar tudo de novo era duro de mais. Para a minha salvação a médica explicou o que eu já tinha dito e assim eu não tive de falar. Quando a médica acabou de contar, vieram todos ter comigo, abraçaram-me e eu gritei, gritei e fugi…
Não queria sentir pena, eu é que afinal não estava lá contigo para te ajudar, queria trocar de lugar contigo, jamais me perdoaria se não sobrevivesses. Foram 5 horas nem mais nem menos, foi esse o tempo que estiveste no bloco operatório. Quando foste para o teu quarto ainda dormias, mas eu estive sempre lá contigo, e quando acordas-te eu estava lá, adormecida a teu lado, deste-me a mão, e chamas-te por mim.
A tua mãe que tinha ido apenas comer algo quando chegou e te viu acordado chamou-te e foi a voz dela que me acordou. Não podias falar, estavas muito fraco, no entanto notava-se que estavas melhor. O medico entrou no quarto e disse-nos que te ia examinar para ver como estavas e que por isso nós teríamos de sair. A tua mãe agarrou a tua mão, e depois largando-a ia recuando até à saída. Eu ia fazer o mesmo, mas tu não deixaste, voltei à tua beira, dei um beijo na tua face, sorri enquanto te olhava nos olhos... como sempre fazíamos para dizer que ia correr tudo bem. O teu olhar acalmou e eu vim embora… não sei o que se passou depois, visto que desmaiei por fraqueza e perda de sangue por ter sido também ferida quando me atirei para cima de um dos homens que te tinham posto assim. Quando acordei, estava tudo a minha volta. Vi o medo na cara de cada um deles. Preocupei-me. Levantei-me e embora fraca e tonta caminhei aos “Ss” pelos corredores até ao teu quarto. Ninguém me impediu. Sabiam que não valia a pena. Quando cheguei perto de ti tu estavas rodeado por toda a tua família, avos, tios, primos…
Finalmente as lágrimas ganharam vida e caíram face abaixo. Estavas em coma. O mundo caiu-me aos pés e nada o poderia levantar senão tu mesmo. Toda a tua família, excepto os teus pais, me culpou do teu estado. Fui por isso proibida a visitar-te. Toda a minha vida estava perdida, e eu estava morta, viva no vazio. Nada fazia realmente sentido, e a culpa era realmente minha, não tinha de te ter deixado.
Já estavas à 3 dias em coma quando me ligaram a dizer para ir ao hospital com urgência.
Eram 2 horas da manhã, mas nem isso me impediu, pedi aos meus pais e eles logo me levaram.
Quando cheguei corri para o teu quarto, passei por toda a gente e ouvi-te gritar o meu nome.
Agarrei a tua mão e tu acalmaste. Mais ninguém se atreveu a falar. Tu acordaras do coma a gritar o meu nome.
Adormeci a teu lado, não sai a tua beira até voltares a acordar.
Dormis-te imenso e por fim acordaste. Agarrei-te, não deu como não o evitar.
Chorei tudo o que até então não tinha chorado, e tu silenciaste-me e disseste que tudo estava como deveria estar, e acrescentas-te que voltavas a fazer o mesmo. Todos os que te ouviram choraram. Pediram para te deixar porque tais emoções te faziam mal. Tive medo de te voltar a largar, mas percebi a tua situação e achei por bem afastar-me.
Passaram-se mais 2 dias e eu não te pude ir ver, estive no tribunal para que os homens que eu feri depois de te esfaquearem fossem presos. Tudo correu bem. Passei por tudo mais duas vezes, mas voltava a repetir toda a história desde que eles fossem presos.
No sexto dia, desde que tinhas dado entrada no hospital, quando te fui ver, não me deixaram. Estava tudo a chorar, os teus avós rogavam-me pragas, e os meus pais tentavam levar-me para casa. Não percebi o que se passava, mas era algo muito mau, mas acabei por não conseguir resistir aos meus pais e fui para casa.
No dia seguinte o advogado da tua família quis falar comigo. Mais ninguém teve coragem para me falar.
O advogado disse-me que tinhas morrido, e sem esperar muito acrescentou que as tuas ultimas palavras tinham sido “amo-te” e logo depois o meu nome. Cai de joelhos, e bati com toda a minha força com os punhos no chão. A dor era tanta e o meu corpo já não respondia. Cada esperança ou recordação estavam a ser apagadas. Já não havia nada a fazer, e antes que eu me perdesse mais ainda, o advogado entregou-me três cartas. Disse que as tinhas escrito nos dias em que eu estive no tribunal. Não as abri. Em vez disso levei-as para junto dos teus familiares, e visto que os teus pais eram os únicos que me conheciam e me apoiavam, dei-lhes as cartas para eles as lerem para toda a gente. Foi a tua mãe que leu a primeira carta. Era um texto pessoal, mas mesmo assim toda a gente ouviu. Dizia o quanto gostavas de mim e que nunca mo tinhas dito por não quereres estragar a nossa amizade… contava histórias, momentos nossos, aquelas brincadeiras boas e más. Dizia também que eu tinha sido toda a tua vida e que se morresses não fazia mal porque sabias que eu viveria pelos dois, mas se fosse ao contrário, e morresse eu, tu não aguentarias e morrerias também. Toda a gente da sala limpava e escondia as lágrimas que ocasionalmente caíam face abaixo. Eu não chorei, queria chorar, mas não consegui.
A segunda carta foi bastante “chocante”. Disseste que todos os teus valores eram para mim. Porque? Tudo era para mim porque não gostavas da maneira da tua família tratar o dinheiro. Eles ficaram fulos e tu sabes disso.
A terceira carta, ninguém a quis ler e acabei também por me esquecer dela.
Fui com o advogado e disse para ele dar todos os teus bens a lares, para dar tudo em anónimo, os teus pais não se opuseram, e as tuas coisas pessoais foram todas doadas também, só fiquei com uma fotografia tua.
A tua família soube finalmente de tudo, da nossa história que ninguém percebia se era amor ou amizade, talvez porque era algo mais forte que isso, mais intenso. Tão importante que apenas bastava um olhar, ou aquele gesto para o coração bater mais depressa, mas embora isso, à face de todos não passava-mos de eternos apaixonados sem o admitir.
Embora por vezes nos quisesse-mos beijar, nunca o fazia-mos com medo de estragar o que já tínhamos. Podia-mos até nem nos tocar, mas fazíamo-lo no pensamento e isso bastava… como sempre…
Todos os teus familiares vieram ter comigo, pediram desculpa, e disseram para não faltar ao teu funeral.
Estive mesmo para ir… sim estive mesmo para ir, e tu sabes, mas no último momento a força falhou, a tristeza aumentou e ficou infindável… impossível de combater, e fui para o sítio onde mais perto de ti podia estar.
Sim, fui para o sítio onde nos conhecemos. Aquela praia à noite onde o meu irmão te levou com os vossos amigos e onde apenas tu olhas-te para mim sem ser apenas como rapariga, mas como irmã do teu melhor amigo que tu tinhas de respeitar.
Recordei todos os momentos, aqueles em que me apanhavas lá a chorar, ou aqueles em que nos atirava-mos para a areia e rolávamos praia abaixo até a água. Uma lágrima brotou, e um sorriso nasceu…
Passaram-se meses, em que eu permaneci calada, triste, meia morta e meia viva.
Hoje faz um ano desde que morreste, e eu olho para a fotografia da tua campa. Estou finalmente a recontar toda a história. Está cá o teu pai, a tua mãe, os teus tios, primos avós. Já ninguém chora, mas todos imaginam como teria sido a vida de cada um se tu estivesses vivo.
Eu já não penso nisso, sei que não gostavas que vivesse agarrada ao passado. Hoje tudo o que sou devo-o a ti, ainda sinto a culpa da tua morte, está cada vez mais leve, mas ainda me pesa nos ombros.
Tenho a terceira carta na mão e só hoje a vou finalmente abrir, mas quando a abrir será na praia, no nosso sítio, no nosso mundo.
Já tudo se afasta, e eu vou embora também. Mas sem nunca me esquecer de ti. Volto daqui a um ano, nem antes porque seria sinal de fraqueza e tu nunca me quiseste fraca, nem depois, porque seria sinal de esquecimento e eu nunca me vou esquecer de ti, por isso daqui a exactamente um ano vou estar de novo contigo aqui.
“O amor não se vive, sonha-se, o que se vive são os momentos de felicidade e esses quero vive-los contigo” foi a primeira frase que me disseste.
Adeus e até para o ano.

A.C. *

Foto de Joaninhavoa

Sonhos são Vida

Sonho meu,..
Tu que surges a qualquer momento, não importa hora,..
Tu que és força, manha e arte,..
És a riqueza do poder querer,
Ser e não Ser
que tem por base tela e pincel
e sinfonia de Hendel!..

Sonho teu,..
Igual ao meu,..
És a certeza de verde e oiro!
Gritos soltos de máscaras gregas, incórporadas magias, cabos de boa esperança, inacabadas!..
Cisão de átomos em perpétuos bebedoiros, almas sedentas,..
que fermentam em contínuos
irreversíveis e coloridos movimentos!..

Sonhos meus são Sonhos teus,
são Vida Viva!
Sonhos teus são Sonhos meus
são nossas Vidas!

Foto de Jamaveira

Lindo dia de chuva

Lindo dia de chuva

Estava correndo uma brisa fria, as árvores agitadas o tempo escurecido típica manhã de inverno.
Fiz um café torrando de quente e fiquei ali na vidraça degustando sem pressa, pessoas iam e vinham encolhidas encasacadas percebia-se a tortura de estarem ali por força das obrigações, de repente a chuva engrossa, todos correm em busca de agasalho, foi quando uma linda jovem de saia curta e casaco vermelho se espremera no peitoral da minha janela sem que adiantasse muita coisa, pois o mesmo muito curto e estreito. Por momento fiquei sem ação observando a maravilha que ali se estalou, logo recuperei os sentidos abri a porta convidado-a a entrar no que fui prontamente atendido. Ali estava ela, peito ofegante, cabelos encharcados negros azulados, lindos!
Sua pele alva em contraste tremia de frio seus lábios carnudos balbuciava agradecido... Peguei de pronto uma toalha e passei pelos seus ombros, com gentileza leve-a até a sala aonde o ar quente iria lhe fazer muito bem. Ficamos ali quietos sem movimentos nem palavras, lá fora a chuva não passava, batia na vidraça com ímpeto desenhando filetes que escorriam ligeiros, foi quando de repente ela com seus olhos verdes violeta me fuzilam, assim a queima roupa pergunta:
- Eu poderia tomar um banho quente, por favor, estou gelada.
- Ca-claro fique a vontade, vou te levar ao banheiro.
Sai na frente ela me seguindo, casarão, cômodos distantes...
Ao virar-me pra ela, engoli em seco, deslumbrante cenário, totalmente nua minha visita estava,
sorriso matreiro e muita doçura no olhar.
Não sabia o que fazer, deu um branco, situação diferente minou minhas ações.
Ela com graça segurou minha mão e passou para o banho, não fechou a porta...
A fumaça da água quente logo envolveu aquele corpo de deusa molhado fumegante, era demais para
meu instinto machista, não suportei, peguei-a pelas costas com força apertando-a sobre meu pênis
para meu espanto ela pressionou sua bunda com astúcia e de mansinho pediu-me que ficasse nu.
Corpos ensaboados vontades sem limites taras em exagero, caramba! Uma loucura.
A sensualidade da garota era tanta que parecia ter nascido para o sexo, abri suas coxas penetrei a língua de aço massageando o clitóris seu urro de loba invadia toda casa, seus olhos melosos pedia mais, mais...Coloquei-a de bruços e com apetite animal cravei-lhe o ânus sem dó, feito cachorra no cio mordia, gritava e pedia mais... Empurrou-me de repente na banheira pulou em cima com seus lábios de suga-suga colocou meu cajado em sua boca, parecia que ia engolir de tanto prazer, olhava nos meus olhos e chupava, às vezes tirava o pênis permanecendo com a ponta da língua acariciando a cabeça pra de repente engolir, coisa de louco; nessa altura meus dedos deliciavam-se em sua vagina masturbando-a e acariciando seus seios, o tempo passando a chuva escorrendo nós na safadeza se derretendo, no ultimato do desejo finquei-lhe com ardor na vagina gritando com ira minha PUTA, CACHORRA e ela mordendo meus dedos gozava louca... Extasiados , enlouquecidos viramos bicho, ainda no ímpeto num bote felino bebeu todo meu sêmen com avidez. A chuva agora mansinha prenunciava à tarde que se avizinha, puxa! Que dia.

Jamaveira

Foto de Shiri

Um pensamento louco

Tenho ouvido que o inferno é o local,
onde os que fazem muito mal em vida,
vão parar para o resto da eternidade,
sofrendo dores terríficas

Mas outrora sonhei,
com tal realidade
Que o Inferno era a antecâmara do Céu,
E não o mote das notícias

Nesse espaço vi as almas,
desprendidas do corpo,
passando no seu íntimo por todas as formas físicas
que viveram neste mundo louco
.
Aí a razão adormecida,
dentro da mente era plena,
e rodeava as almas sendo impossível
evitar a sua pena

.
No Inferno, eu sonhei,
que era lá que se via,
quem neste mundo de animais,
era verdadeiramente livre na filosofia

Percebi que só aquele que não detém pecado
é que nele não sofre a punição,
que o fará certamente escravo,
dele mesmo, irmão.

Compreendi então, nesse dia
Que Inferno não implica obrigatoriamente, sofrimento
Mas um estado de consciencialização,
que pode levar a tal tormento

Caso as acções das pessoas,
não tenham ido de encontro ao que é puro
dentro da razão,
que procede o julgamento

Em suma, Inferno era,
um estado em que o maior do juízes nos julga,
ou seja, nós mesmos,
sem o corpo influenciando,
o término do jurídico momento.

Percebi então o que era o perdão,
é a porta do Céu,
porque no Inferno, no final de tudo,
confere júbilo e não padecimento.

E quanto à eternidade que se fala…
Porque é ele eterno?
Porque se as pessoas caminham para a perfeição,
e se a perfeição nasce da consciencialização,
do espírito e da alma,
em relação ao dito corpo

Então é necessário que numa mão
detenham as pessoas o Céu,
fruto da perfeição,
motivada pelo esforço

E na outra o Inferno,
que nos leva a sentir o Céu,
com maior força a cada vida que passa,
As suas maravilhas e a sua luz…

Neste pensamento louco

Foto de Sonia Delsin

AINDA QUE O CÉU DESABASSE

AINDA QUE O CÉU DESABASSE

Ainda que o céu desabasse.
Que tudo desmoronasse
Ainda assim eu sonharia com teus beijos.
Porque não entendo a vida sem eles.
Não entendo a vida sem teus abraços.
Ainda que o céu desabasse e pedra sobre pedra não sobrasse...
Ainda assim eu ergueria um castelo de poesia.
Ainda assim eu cantaria.
Ainda assim...
Porque eu nunca vou desistir do meu sonho.
Levo ele comigo pra campa.
Levo pro além.
Sei que lá vou continuar a te chamar também.
Digo que tanto mal me fizeste e bem.
Antes de te encontrar eu vivia no vácuo.
Depois do encontro vivo num abismo.
Colossal.
Sinto no peito dor sem igual.
Mas sinto junto à dor a força do amor...
Então não desisto.
Persisto.
Por caminhos íngremes eu te busco.
Sei que para alcançar os píncaros tenho muito a caminhar.
Mas que importa isso?
Nunca fui de desanimar.
Vou continuar...

Foto de Cecília Santos

SEM OLHAR PRA TRÁS

SEM OLHAR PRA TRÁS
#
#
#
Salto no vazio sem olhar pra trás.
Meu coração está ferido, em chaga aberta.
Chorando, gritando, jorrando.
Procurando uma maneira de ser feliz,
ou morrer de vez.
A escuridão é total, uma força invencível
me traga, me arrasta, me entorpece.
Minha alma, já não voa comigo,
se perdeu numa densa bruma.
Meu corpo em breve será destruído.
Meu coração se quebrará, em mil pedaços.
Cada pedacinho, terá muito de você.
Nada mais me resta...
Não tenho mais você...
Não tenho mais sonhos...
Não tenho mais vida...
A única coisa que ainda me resta,
É a certeza que amei você!

Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2007*

Foto de Anjinhainlove

Virtualidade

Era uma vez duas simples pessoas.
Perseguidas pelo vazio da vida real,
Refugiaram-se num mundo virtual
E descobriram o amor que lhes faltava.
Aquele amor que percorreu quilômetros
Para unir, um ano mais tarde
Aqueles dois desconhecidos
Que temiam confirmar um amor somente virtual.
Foram cinco dias de sonho
Que só serviram para destruir todos os medos
E entregar os dois amados nos braços um do outro.
Três meses depois, então,
Toda a distância entre eles desapareceu
E desde aí descobriram
Que não há amor tão impossível
Que não sobreviva ao tempo e à distância.
Descobriram também
Que nem tudo é um mar de rosas
Mas que basta haver amor
Para que tudo resulte.

Esta é a história da minha mãe e do meu padrasto. Uma linda história que uniu duas pessoas separadas por 2500km de distância. O meu objectivo é demonstrar o orgulho que sinto pela minha mãe e pela força que ela conseguiu para chegar onde está.

Foto de pmgp3795

Sem Força

Quando me vi sem fôlego e sem força,
Navegando por um mar deserto e sem amor.
Cheguei mesmo pensar estar morto!
Quando meu olhar às estrelas se elevou
Um Anjo pedi, mas foste TU quem desceu.
Surgiste como que por milagre
Minha alma vieste conduzir
Neste imenso mar cheio de dor
Pois que sem TI, me teria perdido
Por TI rumarei ao Amor
Tempestades de dor virão
Mas contigo a meu lado vencerei
Tu és a Luz que me guia
Por ti serei mais forte que a dor
Vem minha Vida perfumar
E a dor do meu coração erradicar…

Por: Pedro Pereira – 29 / 07 / 2007

Foto de Cecília Santos

SEM OLHAR PRA TRÁS

Salto no vazio sem olhar pra trás.
Meu coração está ferido, em chaga aberta.
Chorando, gritando, jorrando.
Procurando uma maneira de ser feliz,
ou morrer de vez.
A escuridão é total, uma força invencível
Me traga, me arrasta, me entorpece.
Minha alma, já não voa comigo,
se perdeu numa densa bruma.
Meu corpo em breve será destruído.
Meu coração se quebrará, em mil pedaços.
Cada pedacinho, terá muito de você.
Nada mais me resta...
Não tenho mais você...
Não tenho mais sonhos...
Não tenho mais vida...
A única coisa que ainda me resta,
É a certeza que amei você!

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