Fim

Foto de Edigar Da Cruz

Quando for Chamar um Amigo ! Chame-o de Alma Feliz Dia Dos Amigos

Quando me chamar de amigo, me chame com a alma,..
Esta chama de alma como uma linda alma e amiga ou amigo que brilha encandescente, sobre os sete ventos,..
Que me acompanha e arrebanha, que guia me
Ao leme da vida,.em mares revoltos sem fim,.
Que e feito de amor e carinho que chamo de carinho e afeição amigos,..
Que ´transbordam esperanças, passa força e confiança e coragem sempre vem com aquela palavra chave que faz mudar tudo em instantes ,que se lapida feito Pedra Rara,..
Que vivi em cada um feito uma única aliança,..
E amigo
_E vida ...e sucesso..e feito ...
Esse fogo essa chama amiga que sempre está presente trasento o seu brilho para iluminar
Sempre o meu céu com palavras amigas ..
A CHAMA DO AMIGO E A ALMA!

Auto:Ed Cruz

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de Edigar Da Cruz

Só por um minuto

Só por um minuto

Só por tempo queria ser a alma
Viver em cada um ! o espaço único
Desse espaço descobri algo novo brilhante
Voando livre sentindo os quatros ventos do céus sem fim a sussurrar
As orelhar e a sentir aos sentidos
Vivendo e sentindo entre partes do mesmo ser e ..estando vagando na realidade..
Dos devaneios dos sentimentos mais secretos
Só por um tempo queria ser um tipo de anjo qualquer..
Escrevendo em palavras e sentindo em traços
Os verdadeiros sentimentos
Que descrevam o som dos sonhos
Dessa Realidade..
Autor; D.Cruz

Foto de darktuga

O porque...

Porque que eu vivo, se tudo está contra mim, não sei a razao desta solidao, só sei que não tem fim!
No escuro eu vivo, como se fosse um mostro perdido, toda a razao está escrita em mim, como se fosse um livro!
A noite penso, e todo o sonho se ausenta, ouço sons como se fosse um cometa.
Meu coraçao não aguenta, hora bate a 60 e as vezes a 80, será que tou doente, ou impaciente!
Todo coisas que não sei explicar, ou o sonho volta ou a manha nunca mais irá brilhar!
A razao não sei mas a noite vira, o sonho que sonhei nunca mais irá voltar...

Foto de Rute Mesquita

'O sonho comanda a vida'

O sonho é como uma onda, na qual tanto é ventre como é crista. Uma onda que banha toda a costa, não escolhendo tamanhos, etnias, religião, locais nem tão pouco horas. O sonho é aquela onda contagiante, aquela paz ou turbulência por segundos. O sonho é a inquietação, o querer sempre à frente de qualquer poder. O sonho é algo que trazemos connosco, é algo que nasce para nunca mais morrer, é algo que vem para nunca mais partir e embora nos deixemos derrotar pelo desânimo, pela angústia, pela nossa errância, ele permanece connosco e irá sempre alguém trilhar o nosso caminho para lhe dar voz.
O sonho tanto pode estar somente em nós como ser completado com um outro sonho, de um outro alguém. O sonho é como um puzzle em que o número de peças depende da nossa vontade, do tamanho dos nossos passos!! O sonho é algo que nos leva à nossa mais profunda ingenuidade, ematuridade mas, é por nos levar até lá que nos faz tropeçar, levantar e percorrer novos caminho!
O sonho, será sempre um sonho por mais que o tente descrever.
Não devemos dizer que quem sonha são as crianças, ou podemos se aceitarmos que dentro de nós existirá uma. Um sonho é incansável, porque também não o somos para com ele? O sonho é algo que à primeira vista é perfeito mas, porquê que na verdade se releva tão ‘humano’? O sonho está tão alto, é tão difícil de ser alcançado, como conseguimos nos alcança-lo?
Para todas as questões a resposta baseia-se nos seguintes argumentos:
O sonho é algo de ambicioso que criamos, algo grandioso, talvez a primeira coisa que nos ocorre, que nos esquecemos que há uma ponte que liga o que gostaríamos de fazer e o que tem de ser feito e nessa ponte, temos que levar sim, todas as experiencias no bolso mas, nenhum outro sentimento se não a coragem! E assim partimos para a nossa busca, a qual exige um tempo indeterminado, a qual nem está ao mesmo ritmo… a qual depende somente de nós mesmos! Já perto do fim da ponte e quase a pisar a Terra dos sonhos realizados, deparamo-nos com uma questão:
-‘Então, mas afinal o sonho está e sempre esteve dentro de mim?’ E desiludimo-nos, mas porquê? Porque nos envergonha tal coisa? Talvez por não nos reconhecermos como humanos, como um ser imperfeito e por isso não aceitarmos uma coisa tão óbvia.
O sonho é como uma pomba que tem de ser solta!
Posso dizer que, neste momento é o sonho que maneja esta caneta.

Foto de darktuga

O sonho amar...

O amor para mim
é como rosas no meu jardim, é como sonhos
sem fim!
É como começar, como sorrir sem mentir!
É partir e sonhar, e
nunca mais acordar!
Lagrimas vêem do chorar,
que por ti deitei por te voltar amar!
Mas o amor e interno, e por ti voltarei a chorar...
Chorarei de saudade,
oh sim, digo palavras sem maldade, só apenas a verdade!

Foto de Edigar Da Cruz

SER POETA OU SER DE POETISA

SER POETA OU SER DE POETISA

Ser poeta é fazer de cada fim um novo começo
De cada despedida uma linda saudade!..
É ter em mãos todos os sonhos e desejar somente UM..
E Vi velos intensamente de verdade descrevendo em palavras o que
sente na realidade..
Chora, Sorrir, Encantar e AMAR, sem medo de ser feliz e viver...
Ser poeta é!! Despir-se as palavras perante um espelho
Qualquer da vida e amar a vida e, de joelhos agradecer
A DEUS em cada noite e a cada novo amanhecer
E continuar a descrever o ser o poeta da vida..
O ser de sentir o amor as palavras sem medo de ser feliz
É amar encantar a cada minuto vivido,..
E viver sempre inspirado com desejos adormecidos,..
Colher da vida os frutos da paixão,..
Ser de poeta ou Poetisa é um pouco do mundo,..
Descritos em cada ponto e vírgula dentre elas separada por palavras,..
É Ter o passado como futuro
e o futuro um novo passado,..
E fazer da vida de sempre um novo recomeçar
Para descrever um novo fim..
Começo descrevendo um novo começo..

Autor : ED.Cruz

Foto de Rute Mesquita

Um misto de sentimentos

Num velho baú,
no meu interior,
guardei… sentimentos…
Que agora se soltam dançando o nu
E dúvidas surgiram no pior
dos momentos:

Inspiração,
é algo concreto ou abstracto?
Sedução,
é um sentimento discreto ou acariciado?
Amor,
é ciúme ou dor?
Paixão,
é ardor ou lume?
Alegria,
é sinfonia ou explosiva?
Rebeldia,
é uma mera polissílaba ou instintiva?
Felicidade,
é bem-estar ou liberdade?
Mágoa,
é melancolia ou arrependimento?
Saudade,
é ausência ou inexistência?
Coragem,
é força ou mitologia?
Tristeza,
é insatisfação ou carência?
Solidão,
é acomodo ou preferência?

Sei que uns poderei fazer rir,
mas, outros fazer pensar,
e será que poderei algum dia concluir,
que sei o que é amar?
Será que todo o sentimento é como uma recta,
com princípio e fim?
Será que sem dar por mim
estou boquiaberta?
O que é certo é que não é só um jardim,
uma fonte de descoberta.
Com isto quero dizer,
que todos os sentimentos
se misturam, na definição de um nomeamos outro.
Consegues entender
estes pensamentos?
Aqui pairo noutro:

Tudo é uma coisa UNO,
somos nós quem define o que nos rodeia,
pelas sensações que este nos transmite
E por isso aqui os reúno,
nesta folha que incendeia,
este poema a grafite.

Foto de Paulo Master

Maravilhosa!

Assim é tu mulher!
Maravilhosa, exuberante e perfeita obra prima da natureza. Com suas linhas delicadas e provocantes, me faz provar do doce pecado por ser teu amante. Vivo livre e aprisionado em teus segredos, indecifrável mulher.
Deus quando te criou estava muito inspirado e apaixonado, deveras ter tomado um belo susto ao ver o final de sua obra, como um artista que se maravilha com sua bela criação ao vê-la no final. Talvez o próprio Deus até hoje não devesse saber de onde veio tanta inspiração.
O mundo de um homem muda ao tocar pela primeira vez os lábios de uma mulher. Tocar seu corpo, sentir seu gosto. Seus seios, sua pele, seus cabelos, seu sorriso e por fim, sua voz. Não existe nada igual, nada se iguala a emoção de sentir o prazer de possuir uma mulher.
Quanto mais te conheço mais te desejo, mais te almejo. Respeito com sabor de possessão, de tomar-te em meus braços. Sinto-me lisonjeado por ser um homem e poder desfrutar dessa maravilha que és tu mulher.
Tocar teus cabelos e deslumbrar-me com sua beleza, seu carisma de mulher, sentir o teu cheiro... Oh, queriam as flores ter seu perfume! Como um jardim de beleza sem igual, perfuma minha vida com o sabor do amor e o delicioso aroma do prazer carnal.
Não existe nada que se iguale a ti, nem as madrugadas serenas ou as tardes de verão, tua beleza tem um sabor único, posso apenas comparar-te às manhãs de primavera, pois em ti mulher a primavera se inspirou, com suas cores e sabores de odor provocante, nas primaveras o amor está presente. As flores mais influentes és tu mulher, ainda muito mais atraente.
Um toque, um gesto, basta apenas um olhar teu para que eu desista de tudo e corra para teus braços, assim és tu, poderosa e dengosa, conheces teu poder de sedução e usas com sabedoria, eleva-nos às alturas, sem ao menos tirar os pés do chão, terna e carinhosa, meiga e bondosa.
Saber agradar uma mulher é uma arte, como arte é fazê-la delirar de prazer, deixá-la feliz, dar-lhe o privilégio de ter o mais divino gozo, permitir que lhe peça de novo e de novo, fazê-la embriagar-se de prazer, apaixonar-se, o maravilhoso é ter uma mulher apaixonada e convicta do amor em nossa vida, viver um grande amor com uma mulher.
O corpo da mulher é poesia, fazer amor com uma mulher é o mais lindo recitar. Seus sussurros de amor são como uma linda canção que ao fundo se faz divino acompanhamento em uma calorosa melodia que sai de dentro, do fundo do seu coração.
Não existem argumentos quanto a ti, faço-me escravo e senhor do seu amor, jogo toda minha vida em jogo apenas por ti mulher e ainda faria por mais mil vezes, pois reconheço teu valor, diria eu que tu és o mais belo e lindo motivo para o meu viver, a joia rara, a deusa do entorpecer, delicada e poderosa, encantadora e maravilhosa.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nunca da Terra – Versão Intermediária

O mundo não faz sentido
Mas há quem está tentando nos fazer à cabeça do contrário

Pelo que presenciei
A vida
É decidida em instantes
E as aparências contam muito
E os confidentes contam tudo

Essa é minha linha curva de raciocínio
Você sabe,
Eu acho...
Todas as coisas não são explicáveis,
Todas as coisas não são bem assim:
O que te dizem que é verdade é mentira
E o que te dizem que é mentira,
Talvez

Porque a gente é madura
Quando reconhece o acaso
Por trás de uma certeza

Porque o detalhe é complexo
E o complexo é superficial
E tanto faz como tanto fez

Porque o segredo das coisas não é viver bem
E sim morrer por uma boa causa

Eu vejo as pessoas com ternura
E acredito que todos têm sua chance
Por que o Sol é milhares de vezes
Maior do que a Terra

Contradição, gritante e tímida
Corta a carne do próprio pescoço
Depois de se engolir

Rasurando o destino
Irreverente em ser peão
De um jogo sem as peças

Se ganha um Cristo para a cruz
Formando o sucesso de mais um perdedor

Corajoso em ser covarde
Sendo mais em ser ruim
Sendo bom em adiantar meu fim
Revirando o estilo socrático
Espalhando a desinformação pelos quatros ventos e pelos sete mares
Violando o túmulo da esquerda
Atravessando o samba
Retirando medalhas fincadas em peitos de bronze
Curtindo o couro do inimigo
Glorioso de sua grama verdejante

Graças aos lampejos de uma genialidade absurda
Cabeças são servidas ao molho
De chaves que abrem o mundo para a porta

Com doçura
Sendo repartido:
A pátria que me dá o nome não me dá a vida
Eu não pedi pra nascer
E é minha culpa
Não fazer questão de sumir

Sumir devagar
O mais lento possível,
Sumir no tempo
Abraçado ao descaso,
Desaparecer minguando aos poucos
Encolher e diminuir
Na sina do meu fracasso,
Caindo como estrela
Como cometa já apagado,
Sendo esquecido pelas pessoas e devorado pelos organismos
Olhando para o lixo e sorrindo
Feito palhaço esfomeado
Que se mistura aos gurus pensantes das calçadas

Toda importância é injustificada
Visto que o caos é quem decide os meios

Nunca a impossibilidade foi tão exaltada

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