Fim

Foto de Wilson Numa

Solidão

Dentro de mim existe uma Ditadura
E ai quem manda é a SOLIDÃO,
É difícil viver com ela, e eu coitado
Espero que chegue alguém que venha
Me salvar da mesma, alguém para revolucionar
Para me salvar e terminar e minha escravidão
Sinto-me explorado e humilhado todos os dias,
Tem de existir um fim para tudo isso
Já não aguento mais tanto sofrimento
A solidão não me quer largar
Me sufoca, me consome quando e onde quer
Procuro uma saída, uma salvação
Pois sinto que estes são meus últimos suspiros
E em breve meu coração vai parar de bater
Assim chegará ao fim esse sofrimento.

Foto de Paulo Master

O Mal Irremediável

Nascer, crescer, morrer. Um ciclo necessário para o bem da humanidade, não apenas um mal irremediável, mas uma realidade sublime, uma dádiva. A função da morte é primariamente permitir a evolução.
Eu vejo a luz! Expressão que ironicamente deixa de existir a partir do momento em que nos deparamos com ela. Após a morte é possível ver a “luz”? No momento em que a luz se tornar visível passará a ser impossível afirmar sua existência. Pacientes terminais que vivem experiência quase morte tem a convicção afirmativa que estiveram lá. A fé não apenas nos leva a creditar a morte, nos faz também acreditar que estamos vivos e podemos seguir adiante.
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas do deus Odin, belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros iriam morrer.
No campo real essa hipótese deixa de ser uma opção viável, pois é difícil aceitar uma perda. Como seguir em frente sozinho? Um sentimento corrosivo, destrutivo e desleal entra em cena nos tomando as forças, forçando-nos a digerir o triunfo da morte. A definição da morte extrapola o senso comum, um termo pejorativo que exprime um sentimento desagradável e mordaz.
Poderíamos aceitar a concepção da morte como a volta do filho pródigo, aquele que voltou para o seu verdadeiro lar, os braços do pai. A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. Uma linha tênue. Os que continuam a viver seguem em um mundo de equilíbrio precário, frágil paz de espírito, uma simples lembrança pode destruir toda sua harmonia. As lembranças são imagens diáfanas de contornos além do surreal, mas que carregam uma figura caracterizada pelo uso de uma referência evanescente. Sucumbir à difícil transição é um ato doloroso. A teoria da “extinção absoluta” personifica a morte, tornando-a real e absolutamente possível embora duramente aceitável.
O escritor sábio do livro de Eclesiastes disse que o dia da morte é melhor do que o dia em que se nasce. (Eclesiastes 7:1).
O sentimento condescendente é complacente a dor de outrem cria uma ligação profunda entre os seres humanos. Afirmações de profundo pesar; pêsames que exprime ou inspira tristeza sombria; fúnebre. Contudo, já nascemos obstinados ao fatídico fim, estigmatizados ao necro acontecimento. A morte, aceitando-a ou não, faz parte do ciclo da vida. O nascimento é o precursor da morte.

Foto de Marilene Anacleto

Quero Esvair-me Daqui

Quero esvair-me daqui
Feito águas de cascata
Emitindo serenata
Aos ouvidos e sentidos
Dos que têm alma apurada.

Sem um minuto parar,
Assim que puder ver o mar,
Às areias me abraçar
Despedir-me sem soluçar,
Do amado, a caminhada,
Ora alegre ora chorada
Em melodia vibrada.

Como quem ouve o vento
Chamar todos os pensamentos
Os bons e maus sentimentos
Sejam de festa ou lamento,
Agradecer sinceramente
Integrar-me ao mar, finalmente.

As dores que um dia senti
Quando partiste daqui
Pesadelos que vivi
Decepções que sofri
Tua maneira de mentir
Esquecerei tudo, enfim.

Quando me esvair daqui,
Amores irei sentir,
Pela natureza e por mim.
O sol irá transluzir,
O clarão da lua, repartir,
Outro amado a me conduzir,
Nas ondas do mar sem fim,
Estrelas a reluzir.

Foto de Carmen Lúcia

Eternizando momentos...

Vou eternizar nossos momentos,
guardá-los distantes do tempo,
conservá-los no congelamento
pra revivê-los sem desgastes,
sem mudanças e resgates
quando longe estiveres de mim,
afastando os dias ruins.

Vou reforçar tuas pegadas
em todos os cantos do quarto
e em meu corpo as marcas do teu tato.
Nos lençóis, o azul do cetim,
como um céu a presenciar o pecado,
induzindo ao que é proibido,
convertendo o profano em sagrado,
pensando estar próximo o fim.

Vou reacender os sentimentos
que fizeste desabrochar em mim
pra que me envolvam a cada momento
enquanto longe estiveres daqui,
feito luzes a projetar nas paredes
sombras de um filme de amor sem fim
ocupando o vazio dos espaços
- que deixarás quando partires-
até o dia em que aos meus braços voltares
e inundares a mim e os lugares
“de ti”...

_Carmen Lúcia_

Foto de Edigar Da Cruz

Índice

Índice
Quisera eu
Escrever todos os tons de poesias,.
Quisera eu ser,..
O discernimento mais lindo,..
Quisera eu te amar tanto assim,..
Como amo feito a historia sem fim,.
Quisera eu ser o indicie do amor,..
Um poeta a um soberano escultor,..
O absinto de olhos de amor,..
A historia infindas de sentimos perfeitos de exales de amor e paixão,..
Vem sacramentar esse amor junto ao meu,.
Ao meu ao seu sendo sacramentado de desejos sem fim,..
E meu e seu e nosso leu infinidades da arte do indicie ,.do amor perfeito.
Vem minha poesia ser o foco da paixão,.
O perfil da minha poesia um premio lindo do coração,..
Deixa o seu coração junto ao meu!
Meu refugio secreto! Minha ilha do prazer,..
Quero flora junto a pele além do céu e do mar
Onde estiver que ir estarei lá,..
Então vem faz aquele amor comigo,..
Vamos proclamar a liberdade do nosso amor
Nos anseios do calor dessa intensa paixão..

Autor >>Ed.Cruz

Foto de Rosamares da Maia

VIVEIROS DE SOLIDÃO

Viveiros de Solidão

Mais uma pomba desgarrada parte,
Alça voo do sétimo andar.
Algumas de asas partidas,
Fustigadas pelo vento,
Em voo solo encontram o chão
Em fim, sepultam a sua solidão.
Pombas dos pequenos apartamentos,
Dos viveiros de solidão
Dos pombais de Copacabana.
Quitinetes entre soluços e sussurros,
Transpirando mar e lascívia.
Murmúrios e segredos de pó,
Aspirados num dólar barato,
Entre desencantos e crimes.
Viveiros de status e aparência,
Viveiros de solidão.
Soprados na fumaça do oitavo andar,
Que desce e me intoxica.
Canabis e panelas queimadas,
A loucura do striper no elevador.
Outra pomba salta do sétimo andar.
Voa até o mar, respira e morre.
Beija o sal da angustia e se liberta
Foge dos Viveiros de lascívia e solidão.

Rosamares da Maia

18 de outubro. 2011

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de Vinny Alves

Amigo Oculto

" .. Uma amizade, por mais simples que seja, trás consigo bons ares mesmo nos momentos mais tristes.
Por vezes, nem sabemos o quanto isso pode fazer diferença em nosso cotidiano
Não identificamos com facilidade nossos verdadeiros amigos, porque não vemos quem os aponta com frequência : O coração. Mas que bom que por fim, a vida acaba sempre tentando ensinar a viver.
Mas amizade forte mesmo é aquela que não se sabe que existe, de nenhuma das partes, ela é tão ingênua, tão despretensiosa, pura, que por ser também divina, se torna tão parte de nós que nem notamos.
Em suma, a amizade é pra mim, amor ao próximo, a maneira que Deus ensinou a amar .. "

Foto de Fabio rude boy

Rainha do meu mundo

Ela foi embora mais eu a reencontrarei
Quando o pai me chamar para ficar ao lado dele também
Mais por enquanto aqui na terra
Porei em prática os teus ensinamentos
Enquanto há caos na atmosfera
Aí há um enorme sossego.
Onde não há dor e do sofrimento
Não se houve falar, onde reina o amor
E as pessoas aqui embaixo abençoar.
Dei muitas falhas e fiz chorar
Alguém que eu só queria ver sorrir
Ela é a rainha do meu mundo
Onde a lei é não desistir.
Não parar no meio do caminho
E não ter medo de vencer
Acreditar naquele que nos criou e no seu poder
Que crendo nele terá a salvação
Eu nunca duvidei da sua fé, pois ela nunca foi em vão.
Enfrentou o sofrimento e agonia
Que a enfermidade lhe trouxe para que desistisse da vida
Mas como uma grande guerreira que você era
Enfrentou várias batalhas,
Buscando força nas alturas com o joelho em terra
Mereceu ser condecorada.
Ensinou que através da oração nós poderíamos
Falar que chegariam aos ouvidos do altíssimo
Nossos desejos e nossos clamores
Para dar fim a todas nossas dores.
Sabia o valor do casamento
Sempre foi fiel a todo momento
Com sua prole se preocupava mais que tudo
Se pudesse ela nos dava um mundo
Um mundo onde a paz reinasse eternamente
E ao abrir a janela ver o sol contente
Brilhando para nós com uma intensidade
Cegando aqueles que nos fazer mal é sua prioridade.
Eu só poderei ver o seu rosto sorridente através de uma moldura
você foi resistente adiando o término da luta,
Mas quando eu olhar para o céu escuro
E ver a estrela mais brilhante
Saberei que está olhando por nós
Os seus semelhantes.

Foto de Poemas da Libelinha

Medo de Cair

Ando nas Nuvens,
Sinto-me feliz…
Mas, tenho medo de cair,
Medo de sofrer novamente.
E depois?
Sei que vai ser difícil levantar-me e,
Caso consiga,
Tenho medo que o meu coração gele.
Depois então será o fim.
Fecharei meu coração,
Para nunca mais abrir,
Não deixar que ninguém se aproxime.
Será o fim.

Meu coração quer amar,
Minha alma diz que não.
Não se deve amar alguém,
Que tem medo de amar.
Esperar, reprimir.
Não sei que pensar,
Não sei que fazer.
Sinto-me infeliz,
Tenho medo de perder.

Se só quiser a tua amizade,
Sê sua amiga.
Mas, protege o teu coração,
Não vás magoa-lo.
E depois?
Depois é tarde.
Tem cuidado,
Não vá o coração partir,
E a alma chorar.
Esperar, esperar…
É o que deves fazer
Se ele te amar.
Ama-o
Se só quiser a tua amizade,
Sê sua amiga.
Mas nunca, nunca mesmo,
Deixes que te magoe.
Não ames, espera que te ame.
E só então poderás amar.
Aí sim, ama com todas as tuas forças

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