Fim

Foto de Carmen Vervloet

A Zínia e a Borboleta

A Zínia e a Borboleta

Borboleta pintadinha voa distraída
Beijando a zínia rubra em paixão
Que se abre em doce amor perdida
Buscando o fim da sua solidão!

Mas outras zínias devassas sedutoras
Atraem a borboleta feliz errante
E a zínia rubra voluptuosa pecadora
Murcha suas pétalas lacrimejantes!

Borboleta pintadinha nada percebe
Segue acariciando a cada flor
Sensual, lasciva, sem nenhum pudor!

A zínia rubra em seu sonho breve
Com suas lágrimas encharca o chão
Semeia na terra a flor desilusão!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de dianacardoso

Assombras o meu ser

Tu no meu pensamento,
Não passas de uma visão,
Que aparece,
E desaparece,
Rapidamente…

Que muitas vezes
Me assusta,
Muitas vezes,
Sinto desprezo,
Infelicidade…

Tento adormecer,
Mas sem medo,
Nunca consigo,
È assustador…

Quantas vezes penso,
E pergunto,
Quem serás tu?
Que queres de mim?
E grito,
Desaparece!

Sofrer?
Não,
Não posso ter medo de ti,
Vou ser forte,
E resistir,
Até ao fim…

Foto de DAVI CARTES ALVES

DAMA MISTERIOSA & ENVOLVENTE

Nos lábios frios e úmidos
ela pincelou langorosamente
um brilho vermelho-sangue, das vitimas
despejando-as sob sua diáfana abóbada índigo
assim como o mar, encobriu cadáveres
qual perene e profunda sepultura

Amante do inverno rigoroso
com os miseráveis claudicantes
refugiados nas marquises do tempo
também não lembrou da ternura
deu guarida para o tirano
que no casebre simples e sem mata-juntas
derramou pânico, dor e amargura

Para depois charmosa e deslumbrante
no seu longo vestido azul escuro
cravado de diamantes
tornar doce os sonhos pueris
e intenso & balbuciante
os amores febris

Fez-se fonte maviosa de repouso e reparação
mas teima em não mudar de face no calabouço
e nas grotas do mundo e submundo
da prisão
o choro intenso do nenê
rasgou seu e-charpe sereno
mas pela dócil mãe lactante
foi contido o mimoso pequeno

viu uma chuvinha generosa e imparcial
cantante, massagear costas & sonhos
de derrotados e vitoriosos
viu jovens em titânica truculência hormonal
enlear-se loucamente,
nos seus cabelos sedosos

em fim
despiu-se do seu vestido
com suavidade & languidez
mostrando todas as facetas da sensualidade
do amor, da maldade, da humanidade

de uma polifonia sob volume baixo
do homem que se cansa de ser humano
da força do repouso, da renovação
da matizes da insensatez
do homem sonhador, sob sobriedade
ou embriaguez.
e pouco antes do amanhecer, ela se foi.

DAVI CARTES ALVES - poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Manu Hawk

Eternamente Meu (videopoema)

O nome "Hawk", que uso, vem do filme "Ladyhawke" (Feitiço de Áquila), pelo qual sou apaixonada, e sempre tive vontade de criar um poema inspirado no filme, na paixão de Isabeau & Navarre.

Criei o poema "Eternamente Meu" alguns anos atrás, e agora criei o videopoema de mesmo nome. Infelizmente o You Tube não permitiu que o vídeo ficasse com a música que escolhi, "May it Be" da Enya, então escolhi uma no AudioSwap, acho que ficou boa também.

(Caso o vídeo fique travando após iniciar, pare a execução e espere carregar todo vídeo. Vocês podem acompanhar olhando na barra abaixo do vídeo, ela vai preencher até o fim. Só assim poderão assistir sem falhas.)

Foto de Welington Pecoraro

Você é ùnica

Ja fiz poemas, estrofes e ate versos;
Mas nenhuma eu escrevi como a beleza do universo;
Por que o universo é uma imensidão sem fim;
E lindo como uma flor no jardim;
E essas e outras belezas eu posso comparar com a pureza do meu amor;
Por isso minha princesa que te amo, e sempre te amarei, mesmo na alegria e na dor;
Dor que em nossas vidas não terá vez;
Por que tudo sera lindo como se fosse a primeira vez;
Um beijo, abraço e ate um aperto de mão;
E tudo isso por vc cativou um espaço no meu coração.

Foto de Manu Hawk

Desejo X Desejo (Conto)

O que fazer quando o desejo é maior que a razão? Quantas pessoas já não se imaginaram em situações inusitadas? Quantas tiveram coragem de levar adiante a imaginação? Quantas se arrependeram depois? Mas quantas se sentiram plenamente realizadas...

Fim de festa, taças e copos espalhados por mesas, canteiros, janelas, em todos os lugares... Agora somente os mais amigos estavam reunidos, alguns ainda dançando na pista, outros sentados na beira da piscina do Iate Clube, hoje palco de risadas e olhares cheios de tesão. Tudo era perfeito, cada palavra saía deliciosamente da boca, combinando com cada gesto, lentos, leves, soltos.

Estava cansada depois de um dia de trabalho, mas nada poderia quebrar o encanto dessa noite maravilhosa, onde todos da empresa puderam se conhecer um pouco mais. Não somente conhecer, mas extravasar os desejos mais ocultos depois de algumas doses.

Ric estava mais lindo do que nunca, livre da fisionomia tão séria e preocupada que carregara durante todo o ano. Conversamos, rimos, e dançamos muito. Estávamos conversando na beira da piscina, liberada para os poucos que ficaram. Mauro, amigo de Ric, e divulgador de uma das empresas que trabalhavam conosco se juntou ao nosso grupo. Era extremamente simpático, inteligente e agora pude reparar cada detalhe, era divinamente másculo e lindo. Enquanto falava fiquei extasiada, o que ele não demorou muito a notar. Fomos dançar, e ao sentir seu corpo tão próximo, me senti culpada. Mantinha um certo relacionamento com Ric, sem compromisso, eu sei, mas era um relacionamento afinal. E como negar? Desejava até o perfume que sentia em Mauro, naquele momento. Voltamos e Ric me chamou para irmos, havia combinado de dormir na casa dele. Para minha surpresa chamou Mauro também.
No caminho pensei em como fugir daquela situação, nenhuma idéia. Fui...

Ao chegar fui direto para a cozinha, queria água, muita água, me afogar se possível, para apagar aquele fogo louco que sentia. Como poderia estar desejando aqueles dois homens assim? Mauro entrou na cozinha, passou entre o pouco espaço que havia entre a cadeira e meu corpo, bem devagar, roçando, provocando, arrepiando-me. Pegou o copo, me olhou firme, sorriu e saiu.
Quando cheguei ao quarto, Ric estava no banho, fiquei da porta admirando como era lindo. Suas mãos esticadas na parede, descansando, e a água escorrendo pelo seu corpo. Pediu-me que pegasse algo para bebermos, isso não ia dar certo, rs. Na sala Mauro já havia se servido, estava deitado no sofá, seguindo cada passo que eu dava, sempre sorrindo...eu queimava...isso definitivamente não vai dar certo, rs.

De volta ao quarto, entreguei o copo a Ric, que me puxou para debaixo do chuveiro. Minha roupa caiu tão rápida quanto à água pelo corpo, nos beijamos com tanta loucura, como nunca havia acontecido. Senti que não estávamos sozinhos, aquela sensação de que alguém observava, mas não paramos, estava queimando, louca de tesão por Ric e por saber que Mauro poderia estar ali. Isso me deixou mais excitada, sentia que Ric também havia percebido e gostava. Suas mãos percorriam meu corpo, a água caindo, bocas unidas, sugando, encaixamos...

A música invadia o quarto, banheiro, meus ouvidos, movimentos deliciosos, a cabeça rodava. Senti me acariciarem nas costas, dedos percorriam levemente até minha nuca, parei! Não sabia o que fazer, tudo era muito louco para minha cabeça! Queria pensar, raciocinar, mas não era isso que meu corpo pedia, deixei-me levar. Pela primeira vez me entregaria a imaginação, aos desejos somente.
Ric estava louco de tesão, me penetrava firme e deliciosamente, olhou como se perguntasse se continuaria...sim, sim, responderam meus olhos, mãos, boca, pernas, movimentos...movimentos deliciosos que faziam sentir cada vez mais o corpo de Mauro próximo, roçando em minhas costas, beijando meu pescoço... PAAAAAAAAARA! Vou enlouquecer!
Não sabia mais o que queria, quem beijar, abraçar, corresponder. Parar? Não! Decidi não pensar, atenderia somente meus instintos. Como um animal? Sim! Não vou me condenar, queria os dois e se havia chegado até ali, não recuaria.
Desejava loucamente sentir o gosto de Mauro, desde a festa pensava nisso, como seria sua boca, seus beijos, seu corpo. Ric sorria como se adivinhasse meus pensamentos, naquele momento nós sabíamos exatamente o que cada um desejava. Saciei-me dos beijos, carícias e corpo de Mauro! Me entreguei plenamente a dois homens maravilhosamente viris e carinhosos. Foi uma noite lindamente estranha, dupla penetração, tripla emoção, infinito tesão!

( por Manu Hawk - 13/06/2004)
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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Rose Felliciano

SAUDADES DE MIM...

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SAUDADES DE MIM...

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“Descobri uma nova técnica
Para não chorar de saudades
Nem ter o coração em pedaços
Por um amor que se foi...

Já não arde meu peito
E nem tenho o travesseiro
Inundado por lágrimas
Das lembranças choradas
Em noites imensas, sem fim...

Hoje, só amo os que perto de mim estão.
Sem apego, firmo o chão
E não me permito sonhar...

O mundo da razão eu quis...

A técnica deu certo
Mas, morri sem desejos, por tédio...
Morri com saudades de mim...” (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema.*

Rose Felliciano

http://www.rosefelliciano.com/visualizar.php?idt=1720252

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"ANELO DE JÚBILO"!

ANÊLO DE JÚBILO!

Mesmo que o ontem
nos brote amargor,
lembra-te daquele
que frutificará o amanhã.
Rendei-vos às mãos
como os outros e por todos;
Assim, sós, abraçados
em luta descanseis,
efemeridade de dúvida.
Bradeis, anelante de júbilo,
rancor, pureza e amor...
ainda que cedo,
entrementes o medo
infinita batalha,
em prol da verdade
com garra e pudor.
Mesmo obstante,
ter-se-á um fim
todo ermo de trsteza,
propenso à intensidade
pertinaz em sutileza
brotando aos corações.

Alvaro Sertano.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

A MOÇA DO LAÇO DE FITA

No fim da pracinha, a casinha,
Caiada de branco,
Portinha de anil.
Prostrada na janela,
Os olhos em quem vem e quem passa,
A menina de olhar curioso
E sorriso malicioso.

A fita nos cabelos
Não esconde a sedução
Do seu sorriso brejeiro,
Que provoca alucinação
Na gente simples do lugar.

O busto apertado no vestidinho branco
De anos atrás, meio esfarrapado,
Com a saia ainda a rodar.
Cintura cingida por outra fita,
Da cor do laço
Que enlaça os cabelos.
A fita abraça a cintura,
Causando inveja
Nos moços que admiram
A menina-mulher,
A moçoila bailarina,
Que vive vendo a vida passar,
Na casinha caiada de branco,
De portinha cor de anil,
Onde mora a menina
Com os olhos da cor do mar.

Foto de Cecília Santos

SEM DEFINIÇÃO

SEM DEFINIÇÃO
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É impossivel definir o amor.
O amor é algo tão sublime, que não dá pra explicar.
O amor não se defini, se sente.
O amor é como um poema, ou uma canção.
Igual uma manhã radiante, ou uma noite de fulgor.
O amor se fala em versos, se fala em poesias.
Se apresenta em forma de carinho, ou de braços que se unem.
É lágrimas de alegria, é chuva mansa batendo contra a vidraça.
O amor faz a gente se sentir tonto.
Alcançar o céu, buscar a estrela mais brilhante.
Faz a gente ser adolescente outra vez.
Faz a gente escrever bilhetes, suspirar até doer o coração.
O amor é como uma estrada sem fim, à cada curva tem uma surpresa.
É como encontrar rimas pra escrever um poema, ou uma canção.
É como o som de uma harpa evocando os anjos do céu.
O amor é sem duvidas um sentimento único.
E quanto mais se ama, menos ele tem definição.

Ceci-SP/07/2009*
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