Fim

Foto de Poetando

Vida

Tenho vivido sempre lutando
Numa luta constante sem fim
Assim vou continuando a viver
Sentindo a vida a fugir de mim
Esta vida que desconheço
Que tanto desejo abraçar
Peço a Deus nosso criador
Que me de forças para lutar
Desejo continuar a viver
Com que a vida me ensinou
Irei sempre aprendendo
É por isso vida que cá estou
Tenho vivido a minha vida
Sempre numa grande labuta
Agora não vou perder a força
E parar esta minha luta
Quando não puder lutar
Farei a minha despedida
Desta vida que foi curta
Mas que foi bem vivida
Nesta minha vida de luta
Que sinto chegado o fim
Continuo mesmo assim a lutar
Vendo a vida fugir de mim

De: António Candeias

Foto de Igor Pontes

Tardes de chuva

Encontrei com essas lembranças perdidas em minha memoria fria, lembranças que me levam pra perto de você, o nosso horizonte era tudo que tínhamos e através dele passávamos as nossas tardes imaginando como seria em alguns anos a frente, conseguíamos imaginar o que jamais aconteceria, porém, ter a certeza que a chuva viria era a nossa fonte de alegria porque com a chuva eu te aqueceria e pela janela da sua casa continuamos a fazer planos futuros, tantas tardes foram assim, uma repetição sem fim.
Hoje posso apenas te dizer que quando a chuva caí, essa chuva me traz a lembrança do seu olhar, o maior problema é que tarda chover e com isso vem a ausência de você.
Sinto muito.

Foto de Enide Santos

RELATOS DO FUNDO DO POÇO

O fundo do buraco,
não é o fim de tudo.
Visto por outro ângulo,
percebido de outra forma.

Há paredes escorregadias,
Transmitem toda tristeza,
da perca dos dias.

É tão profundo o fundo.
Há olhares apagados.
Vidas sem (re) ação.

Braços que se movem sem motivos.
E do fundo, de onde se pode ouvir,
Os risos de quem longe está dali.

Difícil subir...
Áspera e dura escalada
Limos de indecência.
Lodos de demência.

Escombros caem sobre meus ombros
Cicatrizes nas paredes lamacentas.
Ai então, se percebe,
quanto “se” tem aqui.

A lonjura do fim é ficar no fim
ou batalhar para ir até o fim
de chegar ao começo.

Enide Santos 05/05/14

Foto de Jardim

ando só pelas ruas desta cidade fria e vazia

ando só pelas ruas desta cidade fria e vazia.
carrego comigo o hiato das impossibilidades
e a carga dos desenganos que fazem
da noite de sábado um proscênio solitário.

encarnação de vazios, deixo para trás
pontos de interrogação e concluo
que há muita incerteza nos caminhos
que se abrem à minha frente.

dialogo comigo mesmo, danço a coreografia
dos absurdos, réquiem inevitável
de um futuro que nunca existirá,
passos em terra de ninguém.

na praça dos consolos inúteis
distribuo a piedade que só os miseráveis
são merecedores, na minha andança
sem fim recebo do passado arrepios,
os sorrisos compartilhados são a véspera
dos desassossegos futuros.

ando sem rumo por ruas movimentadas
tentando olhar dentro dos olhos
das minhas verdades e sentindo
a batida do martelo dos remorsos
que só as escolhas erradas trazem.

fragmentos de promessas espalhadas
pelo chão, vestígios pelos muros
de possibilidades impossíveis
originadas no âmago das minhas covardias.

ando só e por aí me perco, uso a bússola
da minha inquietude, sigo as placas
dos meus medos, arranco da memória
uma fatia de sonhos que está guardada
em um frigorífico abandonado
e que quebra quando a toco, algumas coisas
são tão sagradas que não podem ser tocadas.

ando sem rumo, rumo ao improvável,
por alamedas, atalhos, pontes
e abismos que me conduzem.
andanças intermináveis, pelo caminho
questões sem respostas,
respostas sem perguntas,
coisas que não são nada,
nadas que me deixam mudo,
promessas que ouço do luar,
das gotas da chuva que nunca choveu.

estrada feita de horas e horas, o vento
e suas navalhas cortam constelações ilegíveis,
o espelho da finitude desfilando
vácuos inefáveis como se o passado
e o presente andassem de mãos dadas
sorrindo e falando alto nos corredores
desertos da minha intranquilidade:
a sagração de um vazio
que nega a si mesmo.

ando só e sem destino
sob a passarela fúnebre
deste céu de possibilidades mortas
e paixões cegas, enxergo a dureza
dos muros, os papéis levados
pelo vento e os automóveis, converso
comigo mesmo em profundo silêncio,
respiro a textura de um adeus
que faz a alma se encolher
até um canto qualquer
como um detento sem ambição
e sem propósitos, como quem
espera por alguém que não existe.

me prendo a ilusões que escapuliram
de minhas mãos como se nada mais
fosse possível, uma nuvem de poeira
formada por escombros de promessas
não cumpridas sufoca
as minhas esperanças e asfixia
o meu futuro e minhas escolhas absurdas.

tenho uma fascinação pelas coisas
que não existem mais, pegadas invisíveis
pelo chão despedaçado
de um caminho confuso, sonhos fatiados
pela lâmina inexorável dos impossíveis,
minutos perdidos e areias antigas
de ampulhetas emperradas pela desatenção.

encho a taça trincada
pelo grito dos desesperados
e brindo a chegada
da minha própria demolição.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

teu amor fala com as palavras de um idioma que desconheço

teu amor fala com as palavras
de um idioma que desconheço,
permanece preso em minha garganta,
fala ao meu coração que bate,
fala aos meus olhos que observam,
que descobrem mas não alcançam,
canta o silêncio dos apaixonados.

não desejes minha alma nua
sob esta atmosfera serena
neste fim de tarde.

o mundo é tão solitário,
um lugar de batalhas
e olhares frios,
ainda que hajam jardins.

esqueça-me.
sou ácido demais para os seus sorrisos,
cético demais para os seus objetivos,
incoerente ao extremo para os seus ânimos ,
extremamente áspero para os seus lábios.
não olhes para trás.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

o amor acaba

o amor acaba.
como um castelo
de cartas, um viaduto
que desaba.
só se percébe.
no sábado ao se acordar.
quando tudo silencia.
na praia.
no fim
da tarde.
ou durante o jantar.
quando se repara.
o brilho do anel
que já não brilha,
o vinco na memória
que falha, o canto
de morgana que anuncia:
todo ser que se móve.
é uma ilha.

Poema do livro Filhas do Segundo Sexo
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Foto de Ednaschneider

Fim de ano

Aí vai chegando o fim de ano
E a gente saudosista vai sofrendo
Esperando que todas as ilusões fossem enganos
E ainda é novembro.
Aí chega dezembro
E uma data que antes não se importou
Vai dando um nó no peito
Um aperto
Uma lágrima que não vazou.
E aí de doze em doze meses
Uma saudade, um choro.
Um sentimento que não passou
Um vazio...
Que ainda não cessou;.

Foto de Moisés Oliveira

Sorriso alheio

Cada sorriso alheio, cada tempo pedido e tempo
perdido, me fizeram aos poucos perceber.

Você não é o fruto que um dia sonhei colher. Caiu,
passou por minhas mãos sem doer.

A chuva de erros que a vida me fez cometer, me levou
aos poucos pra outro lado, onde não posso te ter.

Só preciso de um sinal que me faça entender, mas
as vezes não o temos, quanto à isso, nada a fazer.

Me despeço e te abraço agora em um curto refrão,
por fim acaba essa nossa historia, curta mas sem solução.

Foto de carlos alberto soares

Dia de chuva

Hoje a chuva cai mansa
Bucólico olho pela janela
E pela rua poucas crianças
Eu busco traços de aquarela...

À pouco tempo eu corria na chuva
Fazia barquinhos
Circulava a mão e fazia uma luva
Se precisasse brincava sozinho

Todos os meus sonhos
Cabiam no olhar
Jamais me sentia enfadonho
Era livre para amar

A chuva salpica o asfalto
E ninguém está na rua
Sou tomado de assalto
Imaginando a lua

Não sei se a vida mudou
Se perdi meu encanto
Se o tempo passou
E não houve acalanto

O que foi que perdi?
Há tanta vida lá fora
Que enfim descobri
Que o viver é agora

E a janela que insisto em olhar
É o reflexo do fim
Que eu não soube apagar
E hoje recai sobre mim.

Foto de Gui❤Lari

Pensa em mim que estou pensando em você!

Sem perceber me pego a pensar em nós
Dias perfeitos
Noites maravilhosas
Horas sem fim
Amor verdadeiro
Saudades de você do seu cheiro
Dos seus cabelos macios
De te abraçar e me sentir protegido
De dormir de conchinha
E pela manhã acordar e desfrutar de um café na cama completo
Tudo inesquecível
Te encontro em meus sonhos
E mato a saudade dos seus doces lábios
Daria tudo pra senti-los novamente
Vem estou tão carente
Mata minha sede
Deixa eu te amar
Sentir o calor do seu corpo
E te mostrar como é grande o meu amor
Fomos feitos um pro outro
A cumplicidade fez com que nosso corpos se completassem
Sou seu homem
E você minha mulher, amiga e companheira
E inevitavelmente sonho com o dia
Que seremos livres para vivermos nosso lindo romance
Sem culpa ou compromisso
Teremos a chance de nós entregar de corpo e alma
Te amo minha princesa
Ao seu lado me sinto em paz
Você me acalma
Pensa em mim que estou pensando em você!

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