VIDA
Nós ser humanos passamos por tantas dificuldades nessa vida Que muitas vezes pensamos em desisti de tudo que já tínhamos conquistado Mas pra si viver nesse mundo de hoje temos que acima de tudo ser muito forte. E saber realmente separar as coisas umas das outras.
Viver no mundo de hoje é muito difícil, é exatamente nessas horas que precisamos. Usar a cabeça e pensar, pensar no modo de erguer e não pensar em desisti, porque você é sempre capaz de qualquer coisa na face da terra pode ter certeza.
Falo isso porque eu sei o que é isso já passei por tantas coisas ruí na minha vida Que hoje eu a vejo e penso como tem tantas pessoas nós querendo fazer de escravos. Psicopatas em formas de gente querendo nós derrubar, de qualquer formar querendo; Nós prejudicar, mas a gente precisa acreditar que Deus existe e que podemos acreditar que nele a tudo o que precisamos.
Pensando assim você perceberá que com Deus ninguém brinca porque só ele pode-nos ajudar, ele está sempre com seus filhos!
Quantas pessoas estão sofrendo por causa das outras pessoas que nós machuca e muito das vezes nem sabe o porque que nó machucou. E passam despercebidas.
O mundo de hoje está cheio de gente que não presta pessoas corruptas é como vemos diariamente nossos próprios governadores. As autoridades. Isso nós decepciona de verdade.
É muito difícil de você falar hoje em qualquer outra coisa pra não colocar no meio os políticos sempre nós decepcionando.
As luzes da cidade lá embaixo contrastavam com a noite sem estrelas. Pousei suavemente na sacada, em frente à janela do apartamento dela, que veio me receber vestida apenas com uma camisola branca transparente, sem mais nada por baixo do lingerie. Ela abriu a janela de grandes vidraças, com seus longos braços, e me disse sorrindo: - Entra, amor. Aceitei o generoso convite, e nos abraçamos. Beijei seu pescoço macio. Ela me empurrou suavemente, sorrindo, e fechou a janela. Veio até mim, pegou-me pela mão e me sentou em uma poltrona. Sentou-se ao meu colo. Acariciei seus quadris. - Obrigado pelo convite. eu disse, enquanto ela passava seus cabelos por meu rosto. – Não é sempre que isto me acontece. Ela beijou meus lábios, mordiscando-os. Segurou minha cabeça entre suas mãos. Disse-me, baixinho: - Eu quis você desde que te vi ontem à noite, na biblioteca. Sorri, feliz. Peguei-a no colo e a levei para o quarto. Ela não resistiu quando a coloquei em sua cama. Seu rosto tinha um ar tímido. Despiu-se da camisola, enquanto eu também ficava nu. Depositei a capa sobre uma cadeira e o resto das roupas deixei no chão. Deitei-me ao seu lado e a abracei. Ela me retribuiu o abraço e nos beijamos. Minhas mãos percorreram todo seu corpo, e ela me acariciava o dorso, a barriga e o pênis. Chupei fortemente seus lábios, beijei seu pescoço. Estendi-me sobre seu corpo, beijei e chupei seus mamilos, sua barriga e lambi sua vagina. Puxei seu grelo com a língua, ele se adaptou aos meus lábios e foi chupado com sofreguidão. Ela gemia baixinho, segurando-me pelos cabelos. Um jorro molhou meus lábios. Beijei e mordisquei suas pernas, seus pés. Subi por todo seu corpo, lambendo-o em todas suas partes. Segurei-a pelo queixo. Introduzi lentamente o pênis em sua vagina, que o recebeu lubrificada. Entre suas pernas, cavalguei-a devagar até que o pênis entrasse totalmente. Aumentei o ritmo, empurrando meu pênis até o fundo de sua vagina. Ela me abraçava fortemente, acariciava minhas nádegas e minhas coxas com seus pés. Retirei o pênis, virei-a de bruços e tornei a penetrar sua vagina, enquanto com meus quadris massageava seus glúteos. Meus braços e mãos percorriam o dorso daquela mulher, eu pegava seus seios e os apertava por baixo de seu corpo esguio. Levantei-a com uma certa violência, mantendo meu pênis dentro de sua vagina, e sentei-a sobre mim. Puxei-a para mim, com toda a força que pude, penetrando-a completamente. Seu corpo transpirava. Esfreguei suas axilas com minhas mãos, tornei a apertar seus seios, enquanto a puxava freneticamente contra mim, tocando o fundo de sua vagina. Ela se curvou para a cama e me disse: - Não goza tudo, não! Deixa eu beber um pouco! Livrou-se de minha penetração, virou sua cabeça para o meu lado, seus cabelos tocaram minha barriga, e colocou meu pênis em sua boca. Deitei-me de costas na cama, enquanto ela subia e descia sua cabeça com meu pênis dentro da boca. Chupou-o em todas suas partes. Lambeu meus testículos pela frente e por trás. Voltou a colocar o pênis inteiro na boca. Meu pênis encontrava o céu de sua boca e sua garganta, sua saliva o molhava. Eu acariciava seus cabelos, agarrava-os com força, massageava sua cabeça. Assim, gozei dentro de sua boca. Parte do esperma jorrou para fora, e ela o lambeu com volúpia. Ela se deitou de lado, eu me deitei abraçando-a por trás. Puxei seu corpo contra o meu. Meu pênis logo voltou a ficar ereto, e eu o esfreguei em seu rego, tentando atingir seu ânus. Os glúteos daquela mulher foram cedendo, a ponta de meu pênis encontrou seu ânus, tentando forçá-lo. Mas ela me empurrou pelos quadris, dizendo: - Não! Isso dói! Repliquei: - Você acha que eu vou te machucar? Jamais faria uma coisa dessas. Ela se levantou rapidamente e foi até o banheiro. Voltou com uma bisnaga contendo um creme. Deitou-se de bruços, após me dar o creme. Não era um creme adequado para penetração anal, mas iria funcionar sob o aspecto psicológico. A mulher queria evitar a dor. Passei um pouco do creme nos dedos, deixei a embalagem sobre o criado-mudo ao lado da cama. Introduzi os dedos indicador e anelar lambuzados de creme em seu ânus, lubrificando-os bastantes. Ela empinou a bunda e eu me deitei sobre ela, segurando-a pela cintura. Seu ânus se contraía e abria. Iniciei uma lenta penetração, e seu ânus engoliu todo meu pênis. Ela soltou um “ai” lamentoso. Novamente a puxei, sempre agarrando sua cintura, colocando-a de quatro, sem retirar o pênis. Meu pênis ia e vinha em movimentos rápidos, o ânus perfeitamente adaptado ao seu diâmetro, enquanto ela gritava “fode, fode”. Meu pênis percorreu toda a parede de seu ânus, que estava mais molhada que úmida. Quando percebi que iria gozar novamente, deitei-me sobre ela, que se estendeu sobre a cama. Agarrei-a com força e joguei meu gozo dentro de seu ânus. O esperma ficou todo em seu reto. Ainda mantive meu pênis lá dentro por algum tempo, e por fim o retirei. Fiquei deitado sobre ela, descansando e alisando seus cabelos, passando a mão por seu corpo. Depois deitei na cama. Ela se virou para mim e pousou sua cabeça sobre meu peito. Brinquei suavemente com seus cabelos, alisei seus quadris e suas costas, dizendo-lhe palavras doces ao ouvido. Aos poucos ela foi adormecendo, e por fim, dormiu suavemente, com sua respiração leve balançando os pelos de meu peito. Beijei sua cabeça e a deitei na cama. Levantei-me e fui até o banheiro, onde tomei um banho. Voltei para o quarto, ela ainda dormia. Observei-a por um momento. Ronronava tranqüila em seu sono. Suas pernas levemente abertas me mostravam seu grelo inchado e úmido. Vesti as roupas, joguei a capa sobre meu corpo. Fui até a cama onde ela dormia virada de lado, e lhe dei um beijo nas pernas, outro nas nádegas, nas costas e no rosto. Beijei delicadamente seus lábios. Saí do quarto, abri a vidraça da mesma janela por onde havia entrado. Passei para a sacada e fechei a janela por fora. Subi no gradil da sacada. Não havia movimento de transeuntes naquele horário noturno. Desci lentamente, com os braços abertos, a capa esvoaçando, e pousei na rua. Caminhei um pouco e fiz o que nunca tinha feito em todos estes séculos. Virei-me para trás, olhando em direção ao apartamento onde eu havia sido amado. Ela acordara e me olhava pela grande janela, com os braços em cruz sobre a vidraça. Vestia a mesma camisola transparente. Levei a mão aos lábios que ela beijara e que se molhara de sua saliva e seu mel. Não tive coragem de jogar o beijo, mas ela entendeu. Sim, ela entendeu quando virei as costas e olhei a noite à minha frente. Eu não poderia voltar. Nem ficar. Sou um ser da noite. Devo ficar com a noite, e não com esta mulher que vai viver sua vida. Ela vai ter amores e rompimentos, talvez filhos, marido. Talvez se separe, volte a casar. Quem conhece os rumos do trágico destino humano? Mas estarei sempre a proteger esta mulher que me amou. Não vou deixar que se machuque. Velarei por ela durante seu sono, quando estiver em perigo, quando a noite chegar. No momento em que ela morrer, deixarei uma flor em seu túmulo. Será mais uma perda nesta eternidade à qual arrasto minha maldição. Suspirei profundamente, sorvi o ar noturno. Segui meu caminho, deixando para trás o apartamento e a mulher que me amou. “Adeus, minha querida!, pensei”. “Mas eu vou te ver sempre”. E, caminhando lentamente, entrei no corpo escuro e sagrado da noite à qual pertenço.
A cada dia que passa me surpreendo mais com os complexos que atingem as mulheres de uma forma geral e não generalizada. A sociedade cobra, em excesso, das mulheres, a necessidade de serem perfeitas para os homens, para a sociedade e para os filhos. Estes três aspectos envolvem totalmente este transtorno. Cada caso que estudo, comprovo efetivamente que as mulheres sentem uma necessidade imensa, intolerável de serem perfeitas para os homens, elas tem que seduzir, envolver e serem “a mais bela das belas”. Esta sensação, este compromisso consigo mesma de ser perfeita para os homens destrói completamente a auto-estima da mulher, deixando-a sobrecarregada de complexos. Com relação a sociedade, o maior compromisso da mulher é para com as outras mulheres, como conseqüência desta neurose, a inveja se destaca. Ora, elas competem entre si, vorazmente, mesmo que inconscientemente. As necessidades afetivas eclodem nesta disputa feroz, sentimentos de frustração, inveja, baixa auto-estima, sentimento de culpa, angustia e depressão, com o agravante de hoje, elas terem ainda que serem independentes financeiramente. E por fim, ainda tem que ser a mãe perfeita, dona do lar, cuidar do marido e patroa dos empregados. Estamos vivendo um mundo de mudanças, em que o papel da mulher está em transformação acarretando uma série de problemas emocionais, que elas, ainda não sabem resolver, e isso já vem de algumas gerações até os dias de hoje. Podemos concluir que a transformação psicológica que enfrentam estas mulheres está profundamente ligado a cobrança que nós, os homens, imprimimos a elas. A sociedade machista ainda não percebeu que precisa mudar o seu papel também para que toda a sociedade mude por completo, e assim, a mulher poderá associar melhor todas estas responsabilidades sem que seu equilíbrio seja, em maior ou menor intensidade, afetado. O nosso papel, hoje, é de observar estas mudanças sem interferir no processo, porém, a nossa postura correta seria exatamente o oposto, deveríamos nos envolver na mudança e interferir no processo auxiliando-as e por conseqüência, melhorando o convívio e a saúde mental de todos nos, homens e mulheres.
Sabia que "viver não dói.... O que dói é a vida que não se vive". Definitivo, como tudo o que é simples nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável....um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos.... Por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e Não compartilhamos.... Por todos os beijos cancelados, pela eternidade Interrompida.... Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar... Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
QUEM CASA QUER CASA, QUEM DESCASA TAMBÉM
Eu queria uma casa nova. Uma casa sem lembranças. Tinham morrido todas as minhas esperanças. Quem casa precisa de uma casa pra viver e quem descasa precisa de uma que o ajude a esquecer. Era o que eu pensava. Mas tinha já um lugar para morar. A casa que ficará pra meus filhos quando eu morrer. O que eu podia fazer? Botei pra vender. Vieram alguns interessados. Diziam que a casa era bonita. Mostraram até algum interesse e não voltavam. Fui ficando, algumas coisas nela mudando. O tempo foi passando. Não vendi a casa e hoje ela está mais bonita. Eu a enfeito, ajeito. Meus filhos a adoram. Tem horas que penso que nossas raízes vamos fincando. Dia destes eu conversava com minha mãe, uma sábia criatura, e ela me falou. Filha, você sabe por que nunca conseguiu vender esta casa? Fiquei olhando-a ternamente e ela concluiu. Você não vendeu porque minha oração tem mais força que a sua. Você pedia para que alguém comprasse e eu pedia para que ninguém por ela se interessasse. Esta casa, minha filha, é o seu lugar no mundo. É uma bela casa e no fundo, no fundo você gosta muito dela. Abracei minha mãe dizendo que ela mais uma vez estava certa. Onde quer que eu fosse as lembranças iriam comigo. Só o tempo tem o dom de amenizar as dores e trazer esquecimento.
Mães tentam, Mães fracassam. Mães querem acertar, Mães sábias erram.
Mães falham arriscando, Se culpam e se destroem. Mães brilhantes estimulam a pensar, Atinadas promovem a arte de questionar.
Mães guerreiras instigam, protestam. Mães que cuidam também se preocupam. Mães, nossas eternas mestras! Mães protetoras!
Mães também tropeçam. Punem-se e se manifestam ou se silenciam. Mães enfrentam, e muitas vezes ousam. Mães salvam vidas e de seus feitios auxiliam.
Mães decifram... Decodificam. Mães compreendem ou tentam entender. Mães se envolvem e se machucam, Simplesmente porque nos amam.
Muitas mães se aventuram Algumas outras se isolam. Mães, exemplos de amor que inspira poetas. Nossas mães, nossas heroínas!
Mães de múltiplas faces e corações, Puramente cheias de emoções e comoções. Mães sinônimas da afeição e do sentido à vida! Mães, as experiências mais sublime da dedicação.
Mães que educam, que batalham, Às vezes esbravejam com razão. O combate começa, a criança cresce Restam apenas recordação.
Mães, artesãs das almas lapidadas, Por vocês existimos, suspiramos e poetizamos. Mães, exemplos de bravura e determinação, Assinaram o contrato de risco sem preocupação.
Mães de sangue, de alma, de pensamento... Mães anônimas, da poesia, de coração... Seus versos, seus filhos, seus orgulhos, Assino a minha homenagem com cordial saudação!
12.05.2008
Escrito por Graciele Gessner.
* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!
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Nota: Poema inspirado no II Evento Literário de 2008: Mãe, do site Poemas-de-Amor.
Fonte: http://www.poemas-de-amor.net/artigos/ii_evento_literario_de_2008_ma_6
Eu só peço a Deus
Que o riso seja mais em tua face Que o amor do teu coração jamais se afaste o sonho jamais se apague
Que amigos se unam Num só laço Que irmãos Se dêem mais abraços Pais e filhos Sejam a imagem da paz
Que saudade Seja palavra apenas do dicionário e despedida não seja nada mais que um até breve E toda dor num sorriso puro se encerre.
(Sirlei L. Passolongo)
UM CASTELO DE CARTAS
O barulhinho monótono da chuva na calha a fazia enrolar-se no ededrom macio. Alma passara grande parte da noite insone. Meire a havia prevenido quanto àquele homem. Ele a faria sofrer. Quando abrira o coração com a amiga, a loira exuberante que convivera com ela desde a infância tentara alertá-la. __ Minha querida. Estes homens não são o que aparentam ser. Ele diz estar carente, mas a verdade é que só procura uma aventura. Não vá se apaixonar por ele. __ Mas Meire, ele parece ser tão sincero. É que não viu os olhos dele. __ O que há com os olhos dele? __ São verdadeiros. Ele fala olhando em meus olhos. São uns olhos tão azuis, tão bonitos. __ Menina tola. Nem parece ter quase trinta anos. Não aprendeu ainda a viver. Faça como eu. A amiga despediu-se beijando-a na face. __ Cuide-se. Os homens casados estão em busca de uma aventura. Não querem nada sério. Não vá se apaixonar por ele. Sérgio marcou um encontro no meio da tarde e ela foi encontrá- lo toda feliz. Já haviam se visto uma meia dúzia de vezes. Nas duas primeiras só conversaram. Conversas gostosas, um beijinho, um afago. Nas outras vezes foram a um motel. Ela havia perdido a virgindade aos vinte anos e raramente encontrava-se com um rapaz. Estivera estudando, trabalhando tanto. E o tempo passava. Naquela exposição conhecera Sérgio. Ele não escondera que era um homem casado e pai de dois filhos. Dez anos mais velho. Sentiram enorme atração um pelo outro, mas ela nunca sonhara para sua vida ser um “caso” na vida de um homem. Desejava uma família de verdade, filhos. Ficaram duas horas se amando e por fim ela confessara que esperava mais de uma relação que encontros casuais. Queria uma relação mais sólida. __ Alma querida, sou um homem casado. Nunca lhe escondi isso. Nunca lhe prometi nada. Ela baixou os olhos e falou baixinho: __ Eu sei. Fui uma tola em pensar que poderia... __ Eu nunca falei que me separaria. Vestindo-se ele falou que seria melhor não se encontrarem mais. __ Você merece encontrar a pessoa certa. Não sou a pessoa que você precisa para sua vida. Melhor não nos vermos mais. __ Mas Sérgio... __ É melhor assim querida. Você vai encontrar um sujeito legal e vão se casar. Um beijo frio na despedida. Acontecera no dia anterior. Meire a tentara alertar. A amiga experiente tentara lhe abrir os olhos. Ela estivera criando com a fértil imaginação um castelo de cartas e doía-lhe vê-lo desmoronar.
CHÁ DE ROSAS...
Maria Lúcia tentava deixar a mesa bem bonita. A amiga Leonor era tão reparadeira. Ela nunca fora muito de arrumações. Na verdade odiava estes detalhes de mesas bem arranjadas. Etiqueta não era com ela. Gostaria que a amiga se sentasse na cozinha mesmo e as duas se pusessem a conversar como nos velhos tempos. Que tempos aqueles! ─ Puxa! Como seus peitinhos cresceram, Malu! ─ Leonor, cria modos, menina! As duas cheias de segredinhos. Mauro era lindo e as duas o desejavam. Desejavam sim, por que dizer o contrário? Os milhões de hormônios. Quinze anos. Malu tão triste sempre. A falta da mãe e Leonor a lhe fazer companhia todas as tardes. ─ Ela melhorou, Malu? ─ Que nada. Nunca mais sai daquela clínica... ─ Como pode? Uma mulher tão bonita ir parar num lugar daqueles. Tenho pena de você. Sabe que sou sua amiga até embaixo d’água. Pode contar comigo sempre. O abraço da mocinha a confortá-la. ─ Ele passou pela calçada hoje e só faltou torcer o pescoço de tanto olhar para trás. ─ De quem está falando? ─ Do tonto do Jonas. ─ Ainda vai se casar com ele. ─ Isto é que não. Malu, eu quero o Mauro. ─ Ele gosta da Vânia. ─ Que sortuda ela é! Os olhos daquele cara são de matar... Enquanto arruma a mesa Maria Lúcia se recorda dos tempos da juventude. Leonor se casou mesmo com Jonas e como se deu bem na vida. Não poderia encontrar melhor marido. Mauro não se casou com a Vânia. Acabou mudando e casando-se em outra cidade. Voltou umas duas vezes à cidade e todos comentavam que ele se casou com uma mulher muito bonita. Ela se casou com Normando e foram felizes naqueles dez anos que passaram juntos, mas a morte o levou cedo demais. Marina ainda não tinha sete anos quando ele se foi. Irmãos ela não tivera, e a amiga de tantos anos não era a mesma de antes. Malu não era de fazer amizades com facilidade e vivia muito só. A filha já estava com nove anos e estudava à tarde. Leonor havia ligado que viria para um chá. A amiga ficara cheia das frescuras e ela continuava a ser a mesma de sempre. Vestia um longo vestido indiano, que era como gostava de se vestir. Nos pés trazia umas sandálias leves. Os cabelos ainda continuavam muito negros e ela os trazia pelo meio das costas. Era uma bela mulher. O sofrimento não lhe marcou o semblante. Acabou a arrumação da mesa, ligou o som num volume bem baixinho e ficou a aguardar que a amiga chegasse. Ainda tinha vinte dias de férias pela frente. Pensara em viajar, mas a filha estava em aula. Não conseguira desta vez conciliar as férias da filha com as suas. A campainha a fez sobressaltar-se. Já estava a divagar. Havia se esquecido que aguardava a amiga. Foi atender e a aguardava uma enorme surpresa. Mauro! Não mudara tanto naqueles anos. Ele estendeu a mão. ─ Como vai, Malu? ─ Bem, e você? Que surpresa! ─ Soube que ficou viúva. Sinto muito por você. Só fiquei sabendo há uns três meses. Meu primo esteve me visitando e contou. ─ Fico grata que tenha se lembrado de vir até aqui... ─ Eu tenho muitas coisas a lhe contar... ─ Estou aguardando uma visita. ─ Quem? ─ Espero a Leonor. Mauro franziu a testa, demonstrando desagrado. ─ Volto outra hora. ─ Estou de férias. Volte amanhã para conversarmos. Com um abraço ele se despediu. Depois de dez minutos a amiga chegou e Malu notou que Leonor estava excessivamente maquiada, vestia uma roupa de péssimo gosto, trazia os cabelos numa cor exageradamente avermelhada. Beijou-a e a fez entrar na casa, tentando uma conversa amigável. Não gostou quando Leonor fez alguns comentários desagradáveis, mas tentou ignorar. Diante da mesa ela comentou que havia ficado a desejar com a arrumação da mesa. Malu havia aprendido com o marido que os calados sempre vencem e ela o recordava ainda mais neste instante. Normando nunca gostara de Leonor. ─ Que chá preparou para nós? ─ Um chá de rosas... ─ Que horror! Eu não tomo uma coisa destas... Malu a olhou demoradamente nos olhos e descobriu que a amiga de tantos anos se tornara uma estranha. Uma estranha! ─ Estou brincando. Preparei o seu chá preferido. Chá preto. ─ Quem lhe falou que gosto de chá preto, querida? Eu gosto de chá mate natural. Natural... ─ Eu preparo num instante... A mulher seguiu em direção à cozinha. Não diria à amiga que Mauro estivera lá. A intuição lhe dizia que nada deveria contar. Preparou o chá rapidamente, por sorte tinha uma caixinha de saches de chá mate. Agüentou pelo resto da tarde as conversas banais da amiga e esta por fim comentou sobre Mauro. ─ Se recorda como éramos loucas por ele, Malu? Maria Lucia nada disse. Ficou esperando que ela falasse. ─ Ele está separado. O casamento não deu certo. Dizem que tem um filho e vivia um inferno com a mulher. Ela ficou a ouvir sem nada comentar. Logo que a amiga saiu, ela foi até o colégio buscar a filha, que naquele dia tivera aula de reforço. Marina tinha muitas dificuldades em matemática. As duas voltaram abraçadas. Marina era muito alta, quase a alcançava aos nove anos. Havia puxado ao pai. Ela contou à filha que a amiga Leonor passara parte da tarde com ela e ocultou que um velho amigo também a visitara. Achou que seria melhor nada comentar. As duas jantaram e ficaram vendo TV. ─ Gostaria tanto que estudasse de manhã, minha filha. ─ Mamãe, sabe que tenho preguiça de me levantar cedo... Ela acariciou a testa larga da filha e ficou recordando o marido. Ele fazia falta, como fazia! Beijou a filha e as duas foram dormir. Mauro voltou a visitá-la no dia seguinte. Ela vestia um velho jeans e uma sapatilha de tecido. Os cabelos estavam presos com uma pequena presilha no alto da cabeça. Estava muito bonita e se divertia com um jogo de quebra-cabeça da filha quando a campainha tocou. Mauro também vestia uma calça jeans e uma camisa azul clara. Quase na tonalidade de seus olhos. Ela o convidou a entrar e ele se encaminhou até o quebra-cabeça quase montado, encaixando rapidamente as peças que faltavam. Malu ficou a olhá-lo quietamente. ─ Não me convida a sentar? ─ Claro. Sente-se. Fique à vontade, Mauro. Ele se sentou numa poltrona e ela puxou outra bem à sua frente. ─ Também estou só ─ disse ele. ─ Não entendo porque me procurou... ─ Sempre fui apaixonado por você. A Leonor vivia a me dizer que você não podia nem me ver. Passei quase toda a minha vida sonhando com você. Por fim acabei indo embora daqui quando a vi casar-se com o Normando. Ela o olhou demoradamente. ─ Apaixonado por mim? ─ A Leonor nunca contou? ─ Não. Ela me dizia que você era apaixonado pela Vânia. ─ Tantas vezes eu a procurei e pedi que lhe falasse que eu a amava. ─ Não posso crer. ─ Estou dizendo a verdade. ─ Não posso crer que minha amiga tenha feito isto comigo. Ela sabia que eu também... ─ Você o quê? ─ Eu também o queria tanto... Mauro levantou-se da poltrona e pegou a pequena mão de Maria Lucia entre as suas. ─ Sonhei tanto com você. Tanto que nem pode imaginar. Quando aqui cheguei pensei em procurar a Leonor para pedir que viesse lhe falar de mim, mas a vi um dia ao lado do marido e ela me olhou de uma forma que me fez desistir. Em seu olhar havia algo que não gostei nada. Os olhos de Malu o fitavam e Mauro aproximou-se dela ainda mais. Sua boca a procurou e quando deram por si estavam se abraçando e beijando apaixonadamente. ─ Eu nunca a esqueci. Casei-me com a Dora para tentar esquecê-la, mas cometi um grande erro. Um casamento destes nunca dá certo. ─ Eu fui feliz com meu marido. Ele era uma pessoa maravilhosa. ─ Fico feliz por você. Eu vivi num inferno. Por sorte me libertei. Sinto pena do pequeno Franco que sofre sem ter culpa de nada. ─ Quantos anos tem seu filho? ─ Seis anos. É um menino de ouro. Eu pensei em continuar casado com a mãe dele, mas quando soube que você estava só fiquei maluco. Tivemos uma discussão e a deixei. ─ O que pretende fazer? Gostaria de me acertar com você. ─ Não é tão fácil, Mauro. Temos filhos. Tenho meu trabalho aqui e você mora em outra cidade. Minha filha precisa de mim, seu filho também... Abraçando-a ele não deixou que ela continuasse e falou: ─ Você me quer, sua boba... isto é o que importa... vamos morar em outro lugar... começar uma vida nova. Eu cuido de sua filha como se fosse a minha. ─ E o seu filho? Ele baixou os olhos tristemente. ─ Eu o perdi a partir do momento que deixei a mãe dele. Dora nunca me perdoará... ela é uma mulher vingativa. Vai fazer tudo para que meu filho me odeie. ─ Ele não o odiará. ─ Você não conhece aquela mulher. Malu estreitou-se nos braços que a enlaçavam e deixou que a paixão comandasse sua vida. Na verdade nunca estivera apaixonada pelo marido. Tinha-lhe carinho, respeito, mas não o amara. O sentimento que guardara no peito desde os tempos da juventude lhe explodia no peito. Mauro sempre estivera em seus sonhos. Acalentara por tantos anos o sonho de ver-se olhada por aqueles olhos azuis. Estava na sua hora de ser feliz. Tudo o mais não importava tanto. Importava mesmo é que se sentia a mais feliz das mulheres. Começariam sim uma vida nova. Lamentava por Leonor que lhe dera abraços de Judas. Fora traída por ela e não lhe tinha ódio, mas se afastaria dela de uma vez por todas. Nunca mais lhe prepararia chá algum... Recordou o olhar azedo quando comentara banalmente que havia preparado um chá de rosas... Ela perguntou-se como alguém conseguia agir daquela forma e com tanta naturalidade. Não sabia se doía mais perder a única amiga que tinha ou constatar que ela na verdade nunca fora sua amiga.
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