Festa

Foto de carlosmustang

VIVAM 'SUJOS'

Estou no cumulo da festa
Alguém grita acabou! Agora
Tem pena dos meus amigos
Afazeres, limpeza de casa

Minha pobre garota me ama
Embora não queira me olhar...
Vida, viver estoi o momento
Enterre seus ressentimentos

Agradeço as decepções
Cravadas na Alma
Inspirações Sex Espirituais

Nunca haverá "higienização"
Perfeita, com razão
Mas baba de desejo eterno

Foto de Marilene Anacleto

Mãe

Esparge, a lua, sua luz em raios,
No anoitecer de outono, em dança,
Ilumina as ondas em pequenos fachos,
E a mãe ora por sua sempre criança.

No movimento da onda, a lua
Penetra mais fundo na água.
A oração vem banhar o semblante
Enquanto ilumina a minha alma.

Entre suspiros e palpitar de coração,
Crescente, nova, minguante e cheia,
Há sempre um consolo ou um perdão.
Traz-me as bênçãos das manhãs serenas.

E no encontro depois de tempos,
Enquanto a lua faz dia no despido céu
Paira o anjo, de leve em meus ombros:
Beijo de mãe, saudade transformada em festa.

Foto de Carmen Lúcia

Mãe é eterna

Da parede de meu quarto
cuida-me o teu retrato,
pintura à óleo, indescritível,
imagem que me fala,
imperceptível,
o que preciso ouvir,
sussurrando aos meus ouvidos
o canto de uma fada,
voz em mim gravada ao te ver partir...

Teu olhar a me seguir de onde tu estás,
aflito com o que faço,
com o que eu possa errar...
Acaricio o teu rosto, beijo tua face,
peço que me abençoes e venhas me brilhar...
És luz que me alivia, me induz a acertar.

Guardo teu sorriso meigo
e sem qualquer disfarce
deixo cair as lágrimas da dor que me quebranta
em meio às lembranças que permeiam os cantos
da casa onde agora o silêncio mora
velando teus encantos em forma de saudade
que ao mesmo tempo arde
e me revigora...

Mãe é para sempre, é amor eterno,
ser que não se acaba mesmo quando ausente,
mesmo quando cedo vai sem ir de nossa história
marcando com seus gestos, a nossa memória.
Presença radiosa a preencher vazios,
caminho que nos leva e traz de volta ao ninho.

Em cima da mesa a toalha bordada
por tuas mãos de artista, como era antes,
espalhando euforia dos dias de festa,
doravante, desses dias, é o que me resta.
Tua vigília sacrossanta nas noites de medo,
tua luz sempre acesa nas horas de escuro,
os carinhos que não esqueço, verdadeiro abrigo,
colo que abraço e beijo ao sonhar contigo.

_Carmen Lúcia_

Foto de Lucianeapv

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO
(Luciane A. Vieira – 25/04/2012 – 14:01h)

Discriminação, sob qualquer forma, é terrível na vida de um ser humano!
A sociedade em si trata todos aqueles ‘diferentes’ segundo seus parcos e denegridos conceitos com tal desprezo fortuito, fazendo seres humanos com tudo para ser considerados normais passem a se sentir “peixes fora d’água” quando o assunto é “ser rico”, “ser pobre”, “ser gordo”, “ser magro”, etc.
Lembro-me, há alguns anos, quando minha irmã caçula chegou em casa chateada e triste pelo que ouviu de nossa prima (apenas 20 dias mais jovem) uma frase que mudou, de certa forma, toda sua vida. Na época elas deveriam ter, mais ou menos, 14 anos.
Um colega, vendo-as juntas, perguntou se eram gêmeas, devido ao fato de se parecerem tanto (ambas eram bem clarinhas, olhos claros – uma azuis e a outra verdes – cabelos loiros e cacheados, mesma altura etc), ao que nossa prima riu e debochou nos seguintes termos:
- “Não... Eu sou a prima rica e ela a prima pobre...” – e zombou de minha irmã.
A partir daí nunca mais as vi juntas...
Isso só veio à minha cabeça por ter sido um tipo de discriminação que achei injusto para com minha irmã, na época, e porque marcou, de certa forma, nossa vida e a maneira de vermos o mundo.
Na época em que fui criança, não era “crime” ser “gorduchinha”, nem se era, claramente, marginalizado pelos coleguinhas de escola...
Mas naqueles tempos gastávamos energia sempre...
Nossas brincadeiras não eram frente à TV, com o vídeo game, nem frente a uma fria tela de computador...
Não...
Naquela época brincávamos de pular corda, soltar pipa, procurar girinos em córregos (perto de minha casa tinha uma mina e um pequeno córrego...), amarelinha, passar anel, carimbada, bicicleta, pique de esconder, e tantas outras brincadeiras sãs, que nossos pais não precisavam ficar se preocupando em levar-nos ao médico todos os dias e nem regrar em nossa alimentação...
A vida era uma festa...
Acreditem: podíamos brincar de bicicleta nas ruas próximas de nossas casas sem ninguém para nos vigiar, pois nossos pais confiavam na obediência dos filhos que tinham e nos olhos da família, vizinhos e amigos existentes nas redondezas para cuidar discretamente de seus filhos de maneira sã.
Mas aqueles tempos acabaram...
Hoje em dia não se pode confiar mais nem mesmo nos pais que se tem... quanto mais em família, vizinhos e amigos...
Hoje em dia também não se pode confiar na qualidade da comida que se ingere, pois tudo contém conservantes, hormônios, estabilizantes, aromatizantes, e tantos “antes” mais ali adicionados fazendo a comida ter sabores melhores (embora não naturais) e fazendo nosso paladar se esquecer da simplicidade de alguns anos atrás...
Hoje em dia nem mesmo o leite é leite... Eu já me esqueci do sabor que tem o verdadeiro leite... Antes eu até cheguei a tomar leite tirado na hora, em uma caneca, de uma vaquinha, na fazenda de primos onde íamos sempre...
Hoje em dia não podemos chegar em uma fazenda e bebermos leite puro tirado diretamente do úbere de uma vaquinha... pois é considerado anti higiênico...
E com isto veio a epidemia de obesos em todo o mundo...
Sim, pois afinal não há mais segurança para nossas crianças brincarem... não há mais espaço para comidas realmente saudáveis... não há mais lugar para se viver com equilíbrio neste mundo globalizado...
Antigamente eu sabia que existiam outros países porque estudava sobre eles, mas eles eram distantes a todos... mas hoje em dia estes mesmos países estão dentro de nossas casas, atrapalhando a vida em nosso país, com suas crises mil, tentando despedaçar e fragilizar o nosso “pedacinho’ de mundo... E olha que a crise é deles e os discriminados somos nós... pois somos, ainda, considerados “selvagens” de terceiro mundo...
Em um breve resumo, somos discriminados por:
- sermos gordos ou magérrimos
- sermos tristes ou alegres
- sermos altos ou baixos
- sermos feios (os belos nunca são discriminados...)
- sermos pobres (ricos nunca o são... hehehe...)
- sermos muito fortes ou muito frágeis
- sermos emocionais ou rígidos
- sermos brancos ou negros ou amarelos ou pardos... etc...
Enfim: tudo leva à discriminação do ser humano... bastando, para isto, que este ser seja vivo e tenha sentimentos...
Poderemos, em alguma época futura, sermos apenas humanos???

Foto de arlinda ferreira leite

Desejos

Desejo

Desejo a você

Fruto do mato

Cheiro de jardim

Namoro no portão

Domingo sem chuva

Segunda sem mau humor

Sábado com seu amor

Filme do Carlitos

Chope com amigos

Crônica de Rubem Braga

Viver sem inimigos

Filme antigo na TV

Ter uma pessoa especial e que ela goste de você

Música de Tom com letra de Chico

Frango caipira em pensão do interior

Ouvir uma palavra amável

Ter uma surpresa agradável

Ver a Banda passar

Noite de lua Cheia

Rever uma velha amizade

Ter fé em Deus

Não ter que ouvir a palavra não, nem nunca, nem jamais e adeus.

Rir como criança

Ouvir canto de passarinho

Sarar de resfriado

Escrever um poema de Amor que nunca será rasgado

Formar um par ideal

Tomar banho de cachoeira e pegar um bronzeado legal

Aprender um nova canção

Esperar alguém na estação

Queijo com goiabada

Pôr-do-Sol na roça

Uma festa

Um violão

Uma seresta

Recordar um amor antigo

Ter um ombro sempre amigo

Bater palmas de alegria

Uma tarde amena

Calçar um velho chinelo

Sentar numa velha poltrona

Tocar violão para alguém

Ouvir a chuva no telhado

Vinho branco

Bolero de Ravel

E muito carinho meu.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRANDE

Foto de von buchman

PARA QUE CONTINUAR A VIVER...

Olho para o espelho e vejo um semblante
O reflexo de um velho sem vida e sem cor...
Um zumbi, andando seu direção...
Será que estou leproso?
Ou estou com alguma doença contagiosa?
Todos se afastaram de mim...

Não tenho mais família e nem lar,
Não foi uma nem duas vezes
Que dorme no chão
Atirado ao relento,
Na misericordia de Deus...

Fiquei sem nada...
Procuro emprego
E todos dizem você está muito velho...
Até piadas já escutei,
Aqui não é asilo...

Pois tudo meu foi tomado,
Fui traído, humilhado, espancado
E roubado por quem eu mais amava...

Do que restou de mim,
Fica no ar a pergunta quem sou eu..
Um verme?
Um dejeto de vaso?
Uma sobra de algo poder
Que esta ao relento a dias...

Meus amigos que outrora fui bem vindo
Hoje sou descartado pelos comentários maldosos
E falsos como também as calunias levantadas
Contra minha pessoa até pelos
Meus que tanto amei...

Não existe mais esperança para mim
Sou um paciente terminal,
Que vive e respira por tubos e aparelhos...
Nem morre ainda e já se escuta nos corredores
Do hospital da vida,
Os meus discutirem,
E até se desentendem,
Por quem e quem vai ficar de direito
Com o resto dos meus pertences...

A futura viúva dona santinha já toda de preto,
Não para mostrar sua futura viúves e sim
Para angorá mais ainda a morte do amado
E de sua gloriosa vitória,
Na desgraça do mesmo..
Ela nem sequer uma lágrima
Rola de sua face...

No teatro da vida ela diz murmurando!
- Até que fim este miserável vai embora,
Não agüento mais este traste!
Que Deus o leve rápido,
Pois agora terei meu cantinho,
Só meu,
Agora poderei curtir a vida viajando,
E não terei a quem me reportar,
Não terei nenhuma obrigação
Com ninguém...
Tenho minha pensão,
Agora é só curtir a vida
E me realizar...
Sou nova e ainda me acho atraente
E festa não vai faltar...

A minha doce e inútil ilusão de um lar
Que sonhei que almejei nos meus 32 anos
de amor e dedicação...
Quando pensei que tinha conseguido realizar,
Num anoitecer vi tudo desabar
Tudo armado e preparado
Para tomar e destruir o esposo e o pai
por ironia do destino o pai ficou vivo...

O abandono dos filhos foi e é total...
Nem uma mão estendida par dar um remédio,
Nem o perguntar onde dormes?
Que te falta?
Ou uma mui pequena ligação dizendo;
- Eu te amo meu pai,
Que seja por caridade pelos anos que cuidei deles,
Sem nada nunca faltar...

Eu me cogito, que posso dar a eles na minha velhice,
Pois nada tenho mais, tudo foi me retirado
Desde o amor a dignidade de viver...

Hoje sou um pobre e velho rabugento pai,
Que já esta preste a morrer de desgosto,
Dos mal tratos de um filho ,
E do descaso dos familiares...
E que alguns deles falam,
-Tem mais é que se lascar este infeliz
Deixa ele se ferrar...
-Eu tenho muito mais coisas para me preocupar
Do que perder meu tempo com este triste...

Sabe o que esta me matando
Não é o câncer terminal
Que estar dentro do meu coração,
Desfigurado e em pedaços
Pelos abandonos, mal tratos
E falta de amor !
Isto sim é letal e fatal
feita por minha eterna paixão...

O que mais doí é o desprezo e a falta de carinho,
Sem falar das pragas, maldições lançadas sobre mim,
Como também as humilhações e o
Ridicularizar da minha pessoa,
Levando-me a uma profunda depressão
Salientando as sequelas adquirida pelas agressões
E mal tratos feitas pelo seu filho
Ao velho pai...

Ah... Os velhos tempos onde era útil,
Pagava as contas e distribui-a
Presentes, ai eu servia, e como era especial...
Era o melhor homem do mundo e o esposo ideal
6 empregadas, 3 carros, motos,
Viagens e vida de milionários que eles tinham...

Hoje a idade avançada, o cansaço físico,
As dificuldades do ganhar o pão nosso
De cada dia, as doenças que se alastra dia a dia
no velho corpo...

Sou tachado de tudo,
Um inútil, uma coisa...
Me fizeram de algo descartável
Como um dejeto,
Lançado ao esgoto a céu aberto...

Que mais posso esperar desta vida?
As migalhas de outros
Visto que minha família me virou as costa,...
O ultimo suspiro do desencarnar?
A morte ?
O dia do juízo final?
Que devo mais esperar...

Acho que só devo esperar o meu falecer,
Para se concretizar o fim do velho homem...

Fica aqui uma pergunta.
Para que eu casei e constitui uma família...
Por que não se fez treva o dia que nasce?

Eu confesso, que dia a dia tenho perdido a vontade de viver
Pois a depressão tem tomado conta do meu ser!

Para quer eu ficar a viver?
Para que eles se realizem rindo,
Se vangloriando do final da vida
Deste velho homem,
que outrora foi um
lindo e amável esposo
e o maravilhoso pai...
QUE IRONIA DO DESTINO...

Foto de von buchman

O PERSEGUIR DOS MEUS ESCARNECEDORES...

O PERSEGUIR DOS MEUS ESCARNECEDORES...

Por que não se fez trevas e pereceu o dia que nasci?
Por que os médicos não disseram infelizmente
ele não veio ao mundo o concebido,
mais um feto morto...

Eu hoje me sinto como uma ovelha que vai ao abatedor
sem reclamar no braço do seu criador feliz sem saber
que em minutos será sacrificada...

Reclamar o bem que eu muito queria e não o ganho,
mais o mal vem a mim com capim na terra fértil pelos
meus perseguidores e escarnecedores...

Me crucificaram sem dó!
Na perversidade da carne e na satisfação
da maldade do horror...

Todos os meus festejam com minha queda
e profetisa o meu terminar de vida na miséria
e na fome, como o meu próprio filho profetizou sobre mim...

. Não quero e nem aceito tamanho mal ou profecia,
pois sou filho de Jeová ele nem imagina,
que tocou em um ungido do SENHOR EMANUEL ...

E bem digo nem só de pão vive o homem
e lastimo que o bem e a satisfação deles
o mundo comera com o ferrugem come o ferro...

Se não fosse meu Deus teria sucumbido no 1 golpe
que foi profundo e fatal no meu peito atingindo
mortalmente meu coração dado pela pessoa que
tanto fui apaixonado e amei intensamente
e vive 32 anos!
E o derradeiro golpe e fatal foi aferido pelo meu filho
que tanto amava, hoje meu inimigo mortal...

Hoje estou com uma ferida que sangra continua
numa hemorragia lenta e letal sem contensão ...

A morte já se anuncia pelos olhares dos abrutes
tem sido aqueles que tanto amei e honrei ..

As hienas do meu cativeiro,
são aqueles que tanto dei-me e cuidei,
e hoje ficam a espera o derradeiro tombo
meu para poderem me dilacerar no frenesi
da ganancia e da carne viva que sangra,
esperando o rasgar das minha migalhas do meu corpo...

O que mais me dói e saberem que ainda
tem vida no meu corpo,
E olho para meu lados e vejo que estou só a mercê
dos carniceiros que querem até vender meus órgãos
para ganhar mais com a minha morte...

Lastimo da minha sorte e agradeço a Deus
que minha alma e minha salvação não pode ser
saqueada ou me retirada...

Bem dito seja meu Deus que me deu a salvação,
mesmo que eu ande pelo vale da sombra da morte
não temerei mal algumas,
por que Senhor estarás comigo...

Olho para traz e vejo a maldades de todo aqueles que
estendi minha mão na hora do sufoco ou da necessidade
e vejo que o fim esta próximo,
seus olhos brilham com meu padecer....

Meu bom Deus já prepara os anjos para levar minha alma
e espirito pois sei que a batalha da carne posso ter perdido
para os malfeitores,
ladrões e escarnecedores...

Para mim tenho o teu consolo meu Deus
mesmo chorando e sofrendo a agonia da morte
que já se anuncia só me resta chorar,
louvar e agradecer ao Senhor pelo seu amor
e misericórdia para comigo...

Em 57 anos de vida achei que já tinha visto de tudo,
mais hoje vejo em mim Jó e as profecias do final do mundo
onde o mal vai assolar tudo e a todos ...

As trevas e o mal tem cantado
e dançado com meu sofrimento
e decepcionar com quem tanto amei
e cuidei de minha família que criei para servir a Jesus
e hoje trabalham para envergonhar
ao Pai celestial me perseguido,
saqueando e o fruto do meu trabalhar ...

E a derradeira maldade saiu da boca de minha mulher
onde disse que eu não sou um homem,
e que não sou casado e sim solteiro
sendo ela é uma mulher só,
entendo que assim meus filhos frutos
deste casamento evangélico na tua presença
meu Deus !
Perdoa meu Deus ela não sabe o que fala...
pois de nada valeu o mesmo
e sim não passou de um caso
ou envolvimento oportuno para satisfação
da carne ( filhos do pecado)...

E muito me parecendo com a mulher de Jó
quando o mandou Jó amaldiçoar
a Deus para morrer
e Jó a chama de louca...

Meu Deus abrevia meu cativeiro,
saciando a minha afrisão e dor...

Honra-me senhor para que os escarnecedores
e malfeitores não fação mais festa
com o que restou de vida no meu corpo...

Deixando-me ter o suspiro derradeiro
e final do bater do meu coração
nos teus braço meu Deus....

Foto de Talu audiovisual

Video Clipe concurso Oswaldo Montenegro - obra: Memórias

Memórias é uma obra criada para o concurso Oswaldo Montenegro por Talu Audiovisual, curtam ai mais uma e nossas criações.

Eu Quero Ser Feliz Agora
Oswaldo Montenegro

Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro um outra hora
Que a segurança exige medo
Que quem tem medo Deus adora

Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora
Que você volte pro rebanho.
Não acredite, grite, sem demora...

Eu quero ser feliz Agora (2x)

Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver.
Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada, você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferre, e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...

Eu quero ser feliz agora (2x)

Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro um outra hora
Que a segurança exige medo
E que quem tem medo deus adora

Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora, que volte pro rebanho.

Não acredite, grite, sem demora...

Eu quero ser feliz Agora (3x)

Foto de So_fia_So

TALVEZ

Talvez começasse a festa cedo demais.

O bolo se tenha estragado.

O vinho tenha azedado.

Pareceu-me estar tudo certo.

Afinal, estava tudo errado.

Tudo ou nada.

Hoje nem a voz do rouxinol ouvi.

O silêncio

Calou-se de vez.

Não quer sequer

Tentar soletrar uma palavra.

Também «uma imagem vale mais que mil palavras».

E hoje, não só não ouvi o rouxinol,

Como nem tão pouco vi o rosto

Daquele que me diz amar.

Foto de Carmen Lúcia

Marquês de Sapucaí

Ao longe, som de cuíca, reco-reco e
tamborim.
É a festa maior do povo vibrando a
Sapucaí...
Deem tréguas pra tristeza, abram
alas pra beleza,
deixem a alegria passar e explodir no
Carnaval!

É a arte simbolizada por mil
sentimentos.
É o povo sambando mazelas,
cantando lamentos;
extravasa seu peito sorrindo,
querendo chorar
e a avenida que antes vazia, quer
junto sonhar!

Tanto brilho luzindo o asfalto
pisando o ar,
invejando as estrelas do céu que no
chão vêm sambar.
As escolas combinam espaços,
cronometram compassos,
mestres-salas e porta-bandeiras
rodopiam abraços...

E os carros alegorizados
sugerem altares
aos destaques que glorificaram a
humanidade.
Fantasias bordadas com o luxo da
simplicidade
fazem deuses sobrevoarem os mais
altos pilares.

E no auge a
avenida esvazia
pelos cantos se
esconde a folia.
Quarta-feira, confetes são cinzas a
serpentear...

E a ilusão sai de cena pra realidade
entrar.

-Carmen Lúcia & Verluci Almeida

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