FALTOU-ME TEMPO
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Não tive tempo:
De ver a chuva caindo, a relva molhada,
as sementes brotando, o arco-íris chegando.
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Faltou-me tempo:
De olhar em seu rosto, ver a sua alegria, a sua
emoção, a sua meiguice, seu toque de amor.
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Não tive tempo:
De olhar uma flor se abrindo, as borboletas fazendo
festa, as crianças brincando, e os passarinhos cantando.
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Faltou-me tempo:
De ouvir uma canção de amor, de te dar um abraço
apertado, um beijo estalado, de dizer “eu te amo”.
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Hoje tenho tempo:
De ver tudo o que ontem eu não vi.
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Hoje tenho tempo:
E espero, você chegar pra te abraçar forte,
dar um beijo estalado, e dizer “eu te amo”
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Hoje eu tenho tempo:
Mas você não vem, nosso tempo agora são diferentes,
talvez você até já tenha vindo, mas eu não te vi...!
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Enviado por LuzCintilante em Dom, 29/06/2008 - 01:07
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ACRÓSTICO
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*
P ara florir
R egue a linda flor
I ndo da germinação a
M aravilha da floração
A s sementes despontarão
V ejo uma linda coloração
E naltecendo o coração
R osas, orquídeas, tulipas
A estação está em festa.
É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!
Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!
Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.
Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?
I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!
I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.
Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.
O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.
Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.
Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.
Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.
As montanhas sinuosas
Cortam o horizonte,
Num Belo Horizonte
De cores naturais
De águas cristalinas
Dos olhos das meninas
Das Minas Gerais
Terra de ouro, de esmeraldas
Terra das riquezas
De encantos, de belezas
De sua antiga história
De gente tão hospitaleira
Essa gente bem brasileira
De rica e fina memória
Minas de mil poetas
De revolucionários
De casarões centenários
“Quem te vê não te esquece jamais”
Quem te visita se apaixona
Quem nasce aqui não te abandona
E Canta: “Ó, minas gerais!”
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Dedicado a todos os Poetas Mineiros, representados na pessoa de Frederico Salvo
PALCO ILUMINADO
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Quisera poder falar só da vida.
Falar só de alegrias.
Quisera sorrir e cantar.
Fazer do mundo uma festa.
Com direitos a bilhete de entrada,
Pra ser feliz e amar.
Quisera olhar o horizonte.
Onde os barcos navegantes retornam.
Ancorando sonhos, pra viver os seus amores.
Quisera ser um lenço branco.
Que só acenasse na chegada.
Trazendo com ele a felicidade.
Com os olhos de bem querer.
Mas a vida tem dois lados.
Verso e reverso, de uma mesma moeda.
É como um palco iluminado.
Onde se encena, a alegria e a tristeza.
Os aplausos fazem parte deste contesto.
E quando o espetáculo termina.
As cortinas se fecham.
As pessoas vão embora.
As luzes se apagam.
Mas a vida continua...
E como não posso falar só de alegria.
Jogo a moeda pra cima.
Espero o seu regressar.
Seja qual for a sua face revelada.
Sorrindo ou chorando.
Sigo o meu caminhar.
Enviado por Maria Goreti em Sex, 27/06/2008 - 04:16
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É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!
Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!
Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.
Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?
I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!
I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.
Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.
O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.
Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.
Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.
Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.
Enviado por Maria Goreti em Qui, 26/06/2008 - 02:13
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ÓIA QUI HOJI NÓIS SI ACABA!
É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!
Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!
Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.
Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?
I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!
I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.
Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.
O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.
Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.
Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.
Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.
Enviado por Paulo Gondim em Qua, 25/06/2008 - 16:09
EITA SANTO BOM!
Paulo Gondim
24/06/2008
Ser santo, assim, é moleza!
Ta certo que é primo do “Homem”
E lhe serviu de guia, na caminhada
Fez a primeira dieta rica em proteínas e minerais
Pois se alimentava de gafanhotos e mel
E ainda lançou grif, vestindo-se com roupas de couro
No dia em que nasceu, já lhe fizeram festa
E, daí para frente, todo ano tem festa e das grandes!
E ainda tem um monte de gente e de cidades que têm seu nome
Isso é que é ser homenageado!
O melhor da estória é que ninguém lhe pede nada
Já se ouviu dizer que alguém fizesse uma promessa para São João?
Pois é. Mesmo assim, o bom santo pousa nos altares
Com um monte de seguidores e admiradores
Diferentemente de seus parceiros, que têm grandes responsabilidades
Um tem a grande obrigação de desencalhar um monte de solteiros
Outro fazer a segurança do “Homem”, lá em cima
Só entra se passar por ele!
E pior, ainda tem o trabalho de controlar o tempo
Se chove demais no sudeste, é culpa dele...
Se não chove no nordeste, é culpa dele...
“E vamos roubar o santo!”
Procissão pr’ali, reza pra cá, simpatias...
Até São Pedro abrir as torneiras!
Enquanto isso, nosso bom santo, só recebe festa!
Taí, um negócio bom! Ser santo, assim, é moleza!