Felizes

Foto de AnGeL_dO_aMoR

A IMPORTÂNCIA PARA AMAR!

NÃO PENSE QUE AMAR É APENAS SE SENTIR BEM COM A PESSOA AMADA, QUE NÃO É SÓ APENAS BEIJAR OU VE-LA NO DIA MARCADO PELO DESTINO, QUE NÃO É APENAS VIVER ALGUMS MOMENTOS FELIZES JUNTOS E PRINCIPALMENTE O QUE A PESSOA TEM POR FORA A TE OFERECER, QUANDO VEMOS A BELEZA EXTERIOR SÃO PROBLEMAS QUE TEM POR VIR, PORQUE NÃO ENXERGAMOS A VERDADEIRA BELEZA, ESCOLHER A PESSOA PRA AMAR É UM ERRO QUE GERARAR EM MAGOAS E TRISTEZAS E UMAS FERIADAS MUITO GRANDES PARA SEU FUTURO, NÃO TENHA PRESSA, NÃO OLHE PARA TODOS QUE TE AGRADE A SUA VOLTA ACHANDO QUE PODE SER SUA CARA METADE, ESPERE E PENSE QUE O QUE É SEU TA GUARDADO, NUNCA SOFRI TANTO POR PROCURAR MINHA CARAMETADE QUANDO PAREI DE PROCURAR PORQUE HAVIA PERCEBIDO MEU ERRO LOGO ELA APARECEU HOJE VOU JÁ ESTOU PERTO DE COMPLETAR UM ANO JUNTOS E O QUE É MAIS INACREDITÁVEL É QUE É SEM NENHUMA BRIGA SE QUER NOS DAMOS BEM COMO PEDI A DEUS!

Helaine Alves Leite,

Hoje vivo ao seu lado, porém distante pelo principio do destino, mas aqui está a pessoa na qual se senti a mais sortuda e feliz do mundo, é inesplicavel o nosso amor, por isso digo O QUE É O AMOR?
tradução> EU E VOCÊ, não existe significado para a palavra amor a não ser essa, não é a toa que não a chamo pelo nome me dirijo a você a chamar amor, como nós somos que descrevi o que é o amor, simplesmente sem mentiras e sem nada que possa trazer magoas ao outro e é se preocupar, ser verdadeiros, carinhosos, consideração, atenciosos, dedicados, jamais querer ver o outro infeliz e o respeito que é o fundamental para tudo dar certo.

MEU AMOR ESTOU AQUI PARÁ MOSTRAR A TODOS QUE EXISTE AMOR VERDADEIRO E QUE GRAÇAS A DEUS NÓS ESTAMOS PODENDO SER O EXEMPLO DISSO TUDO TÃO LINDO QUE É O AMOR.

E PARA VOCÊ LINDA EU TENHO TAMBÉM A DIZER QUE ESTOU LOUCO PARA ME CASAR COM VOCÊ TER FILHOS COM VOCÊ PODER ESTAR AO SEU LADO EXATAMENTE EM TODOS OS MOMENTOS E JAMAIS TER QUE DEIXA-LA EM CASA A NÃO SER A NOSSA TAMBÉM DEXO AQUI MEU PEDIDO DE CASAMENTO ACEITA CASAR-SE COMIGO???

FELICIDADES A TODOS QUE ACOMPANHARAM E AQUELES QUE ESTÃO A PROCURA DA SUA CARAMETADE ACRETIDE EM MIM ELA EXISTE ASSIM COMO VOCÊ EXISTE ELA TE PROCURA TAMBÉM UM DIA SEM MAIS NEM MENOS VOCÊS SE ENCONTRARAM PARA SEMPRE SEREM FELIZES.

OBS:A IMPORTÂNCIA DO AMOR É JAMAIS DESISTIR QUE SEU AMOR EXISTE E ESTÁ A TE PROCURAR ASSIM COMO ACHEI O MEU VOCÊS TAMBÉM ACHARÃO!

HELAINE EU TE AMO MUITO E PARA SEMPRE, MINHA VIDA!!

Foto de Coyotte Ribeiro

"Amor Sincero

Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, a qual ambos se amavam muito, eram felizes.
Até que um dia aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta ajuda-la e o fogo também atinge seus braços e mesmo em chamas consegue
apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia mais fogo apenas fumaça e parte da casa toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, as chamas queimaram todo o seu rosto. Chegando ao quarto de sua senhora, logo ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor? Sim respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que a sua beleza esta gravada em meu coração
para sempre.
Então triste pelo esposo, disse-lhe:
- Deus vendo tudo o que aconteceu meu marido, tirou-lhe as vista para que não se presencia esta deformidade em que eu fiquei.
As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passando algum tempo recuperados, voltaram para casa onde ela fazia tudo para seu querido esposo e ele todos os dias dizia-lhes, como eu te amo!
E assim viveram 20 anos até que a No dia de seu enterro quando todos se despediam então veio aquele senhor sem seus óculos escuro e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando-o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:
- "Como você é linda meu amor eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o velhinho apenas falou:
- "Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando há vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar
Foram vinte anos vivendo ambos muito felizes e apaixonados!!”

"Por MJPA "

El Estraño....Coyotte

Foto de alEksãdra

O Show

O show
Luzes
A Brilhar

O show
Pessoas
Felizes
A dançar

O show
Sons
Vozes
Cores
A girar

O show
Música
Palavras
Emoção
Fãs
A cantar

Foto de Lou Poulit

O Trovão e o Sabiá Sereno

Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Jaquelinekelly

"Triste"...!

Triste é saber que tinhamos uma vida para viver, e eu não soube aproveitá-la.Triste é ter um amor de sonho, e não poder tocá-lo todas as vezes que chorava por carinho.
Triste é ser tudo e não ter nada...Não ter você.Não poder ser o sol que brilhava diante dos seus olhos, nem a lua que guarda seu sono que ilumina seus sonhos.
Triste é caminhar pela infinita e longa estrada da vida e saber que lá bem longe do começo de tudo, não te encontrarei.Triste é ter tanto sentimento assim por alguem e ser menosprezada; iludida por falsas promessas.Apezar de tanta tristeza, meu amor é maior e supera qualquer obstaculo que você possa colocar em meu caminho.Para assim continuar minha jornada de tentar conquistar o coração de meu grande amo, e num futuro bem proximo sermos felizes eternamente...
VOCÊ é meu maior desafio, não importa quanto tempo terei que esperar(lutar) para ter você comigo. Mais sei que chegado o fim você será minha maior conquista(prêmio), e tudo valerá a pena. Mesmo triste JAMAIS DESISTIREI DE VOCÊ QUE TANTO AMO!!!

Foto de PoetaProfeta

Perdoa-me!!!

Já faz tempo que nos conhecemos…O triste é que hoje em dia já não somos os mesmos…Foi de facto um momento importante para mim…Pois passei a saber que posso contar com alguém que também me ama sem fim… A gente teve quase todos os momentos felizes na vida…Momentos de muito amor, fantasia, junto aquela avenida...E acredita, meu amor, que nunca tive tamanha paixão em toda minha vida como aquela nossa paixão sentida…É este o caminho da vida, a consciência recta e uma sinceridade profunda que nos permite distinguir o que há dentro de nossos corações…Hoje em dia não sei o que vai no teu, arrependimento ou simples lembranças de emoções…No meu entender ainda existe um afecto mútuo, um sentimento puro que vive em nós…Um sentimento que jamais pode deixar nós os dois a sós…Aceito que estejas magoada…Era visível o quanto estavas apaixonada…Mas também não é fácil para mim saber que já não posso contar contigo depois de tudo o que nos aproximou durante a nossa relação…E agora tudo parece em vão…Sinal de que no meu coração já não pesa o orgulho, mas sim o amor que tanto sinto por ti….Amor, perdoa-me. Faço este pedido com consciência do sentimento maduro e conhecedor do que já vivemos, do que somos e do que podemos…Estou certo de que tudo depende de ti…Mas estou disposto a fazer de tudo para não voltar a fazer o erro que cometi…Não escrevi esta frase apenas por escrever, é a expressão do que o meu coração sempre viveu e vive, pois, em todas as contradições que tivemos no nosso percurso, da minha mente só saía a ideia de lutar, lutar e lutar sem fim, e só assim se mantinha o nosso amor…Então agora não vou ser diferente e sei também que não vais ser indiferente… Não sei mais a quem endereçar aqueles beijos que nos envolviam…Sinto saudades dos tempos que passámos, falavamos…Mas porque só as minhas palavras não trarão o nosso amor de volta, deixo-te, a ti, a grande esperança da reconstrução do grande dom de Deus “o nosso amor “"Eu tenho um grande amor e farei tudo para mantê-lo, mas não em palavras apenas, nem em acções, nem em ofertas, nem em abraços, mas sim em amor". Se não foi isso que fiz...vou me esforçar para voltar a encontrar o sentido do verbo AMAR..PERDOA-ME !!!

Foto de Senhora Morrison

Desculpe-me por ainda te amar

Desculpe-me
Pelo corpo sem controle
Pela falta de pudor
Por faltar-me o ar
Desculpe-me
Por não saber
O porquê desse domínio
Que você exerce sobre mim
Desculpe-me
Sei que não devo querer-te
Desculpe-me
Pelo chão que falta
Pela falta que você faz
Sou réu confesso
Do crime de te desejar
Das lembranças
A tomarem conta de meus sentidos
Trago sem explicação
A sentença de não poder vivenciar
Essa vida ao seu lado
Em seu toque sou arrebatada
Em meio aos sentimentos
E à imagens translúcidas
Não materializadas
Nesse momento só tenho a certeza
Que em outra vida
Fomos muito felizes
Desculpe-me
Por não ter conseguido harmonizar esta
Por não ter te esperado
Desculpe-me
Por ainda ama-lo

Senhora Morrison
10/01/2007

Foto de Nizar

Perdendo você!

Foram tantos dias felizes
Que não consigo esquecer
Mas o dia vem chegando
E a tristeza ira dizer.
Estou indo embora
Não sei quando irei lhe ver!
Eu digo tudo bem será melhor pra você
A vida e cheia de curvas
Que sei bem como fazer
As curvas e o tempo apagam.
O que jamais pensei que iria
Esquecer. (Você)
Mas sigo sempre de cabeça erguida
Pois na verdade gosto de sofrer.
E tudo que passou, no fundo do peito sempre ira permanecer...

Foto de Pupu

Queria você...

Queria olhar nos seus olhos agora e ver a verdade
Poder ver o brilho e sentir a intensa vibração dentro de seu coração
Poder assim, retribuir com carinhos o sentimento que há por mim,
E assim, ficar feliz por saber que me ama e que deixa eu te amar.

Queria sentir o doce calor de seu beijo,
Envolvendo-me com alegria, paz e amor,
Deixando-me em nuvens, saltando em algodoes.
Pena estar sozinho neste momento,
Sem você aqui do meu lado dando todo amor que tem para me dar.

Mas amar não é tão ruim assim,
O amor não faz mal algum e não entristece ninguém.
Somos nós, crianças e sem conhecimento algum do verdadeiro amor,
Que deixamos este angustia dominar nossos corações

Não temos culpa por ser assim,
Amamos-nos cegamente, sem limites e barreiras,
Com toda força que há e com todo poder que existe dentro de nós
Somos assim, bobos e felizes por nos amarmos tanto.
Nada há nada de errado em amar,
Não nego o que sinto, vou seguir enfrente e vou te amar,
Sempre, eternamente, para sempre vou te desejar.

Foto de Raquel Rímolli

Ser Flor

És como uma flor,
Não apenas pela beleza exterior de suas pétalas,
Mas pelo néctar do seu amor

Nasceu por uma semente,
Sendo regada com bons fluidos da minha mente

Broutou da terra, assim tão naturalmente

Tem um cheiro tão suave,
Igual ao perfume de suas palavras em passagem

Suas pétalas tem leves pinceladas de sutileza,
Não me canso, ó céus , de reparar essa energia e beleza

Meus pássaros de alegria cantam ao chegarem nos campos floridos da harmonia,
Você não é apenas mais uma flor, e sim um motivo de observação e esplendor

Então espero que essa mera florzinha continue criando raizes, dando belas pétalas de alegria pra mim assim tão felizes,

Agradeço ao Sol, por tê-lo iluminado, a Chuva por tê-lo regado e a Brisa por tê-lo ajudado a espalhar esse seu leve perfume de Amar.

Raquel Rímolli 16/01/07

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