É aquele que se sente obrigado a amar, este lhe é o sentido da vida - em seguir seu coração até onde suportar, mesmo que isso seja seu eterno tormento irá segui-lo a todo momento.Um romântico norteado por um sentimento e dotado de um poder especial a Regeneração.
Indispensável dom que há de curar feridas tão profundas, nunca sofridas em vão mas que deixam cicatrizes enormes toda vez no coração.
O verdadeiro Masoquista se tortura, testa seus limites. Como um inventor ou um louco qualquer, sempre otimista insiste no erro. Contrariando a tudo e todos desafia a lógica, tem fé que agora vai dar certo. E depois de aflingir tanta dor a si mesmo, o corpo chora e a alma grita – NÃO AGUENTO MAIS, DESISTA DESSE AMOR !!
Amor que não merece, pois não reconhece, nem mesmo lhe apetece. Infelizmente não mensura intensidade e doçura de que abre mão. Então chega a hora, seu instinto de sobrevivência vem a tona, relutante o Masoquista acata ordem suprema de sua própria existência.
E passa os dias a lutar, controlar o seu desejo de correr atras de seu amor, amor que sabe não compensa mas, o que dizer ao coração ? Segue amando até que encontre rara chama que disperte novamente seu instinto ardente ou no pior dos casos, até que renegue o próprio Coração.
Este perigoso, impiedoso que viciado sempre quer mais, necessitado por natureza a sempre buscar seu “Graal” inebriar-se de amor, extasiar-se de prazer e essa é sua interminavel Cruzada.
Conflito covarde entre a Razão e Emoção, desigual ao ponto da Razão nunca ter tido chance alguma, guerra que só tem fim de uma maneira.
Quando a Alma totalmente esgotada, implora por paz se alia a Razão e vence a Emoção. Este é o fim do Masoquista, seu maior lamento é saber que o que tinha de mais belo se perdeu, e por não regenerar tamanha dor no coração, o trivial se torna a única opção.