Família

Foto de Marcos Pinto

Desabafo (My life)

Eu queria, se podesse, ler a tua mente.
Sim, quem me dera saber o que pensas e o que tu sentes.
És tão inteligente, tão sábia e ensinas com humor o que já viveste e aprendeste.
Tens a sabedória e o discernimento que eu sempre quis, que sempre sonhei possuir.
És tímida, noto isso quando no fim das nossas longas conversas, digo que te amo.
E tens razão, nós dissemos isso a todo mundo, que até hoje soa normal e sem significado algum. Mas é diferente quando digo a ti porque na verdade, não existe sentimento maior do que este que sinto, as vezes parece que te desrespeito, quando dirijo-me mal a ti ou dou respostas estúpidas, mas todo mundo irrita-se e descontrola-se as vezes, e eu nunca pedi desculpas, mas tu sabes que eu arrependo-me sempre, e se não o mostro por palavras, mostro por actos, e sei que me perdoas porque sempre correspondes como se nada tivesse acontecido.
Acredita que eu tenho lutado para ser um filho melhor, sei que não tirei boas notas como sempre sonhaste no ensino pré-universitário e não me esforcei o bastante para ser notável, sei que até hoje cometo erros, e tenho me comportado como se ainda fosse uma criança, mas acredita que tenho feito coisas para tentar chamar a tua atenção, e que tenho lutado para que te sintas orgulhoso de teres um filho como eu.
E tudo que tenho que fazer é agradecer, as vezes ponho-me no teu lugar e sei que é difícil, eu fazes todos os sacrifícios possíveis para manter a nossa família unida, e eu respeito a tua luta e luto também para que este teu sonho se concretize.
Na adolescência aprendi várias coisas, que hoje deram-me uma visão mais clara sobre a vida, e pelos problemas que passei, hoje percebo que a minha idade é pouca, e sei que já passaste por isso e por coisas piores, e que eu tenho uma biblioteca viva em casa, que as vezes por ironia e por pensar que sou bom o suficiente para perceber as coisas, não faço o uso desse bem pessoal.
Dizem que herdei o teu carácter, a tua calma, a tua sensibilidade, paciência, mas eu não concordo. Porque na verdade somos muito diferentes, se eu fosse igual a tia, seria muito feliz, mas quero que saibas que na verdade eu nunca quis ser igual, eu quis sim possuir alguns traços teus, e já que dizem que tenho alguns, vou usá-los sempre bem, mas não é o suficiente, porque ainda tenho muito a aprender contigo.
A nossa família desabou, sem eu saber o porquê, e nunca entendi a razão, achava normal o facto de tu e a mãe viverem em casa separadas, porque antes eu não fazia ideia do que era uma família, mas hoje percebo os danos dessa separação, e a distãncia que eu tenho contigo mãe faz com que as vezes eu nem sinta a tua falta, e é algo que doi muito e machuca o meu coração.
Foi preciso pensar nisso tudo para poder abrir os olhos para a vida, porque sempre vive despreocupado, sem certezas sobre o que queria e hoje tento encontrar o meu caminho, estou farto de ser guiado pelo destino, e sei que vai ser difícil fazer esta escolha, mas tenho que dar um rumo a minha vida, porque chegaram as épocas das ideias e a hora de ser mais criativo, deixar para trás a coisas inúteis e sem brilho que eu fazia.
E não dou totalmente o crédito a vocês por essas todas mudanças, porque eu conheci alguém que abriu-me os olhos para ser mais responsável também, alguém que não parava de dizer que eu era perfeito e que tinha muitas qualidades, alguém que foi íntimo para mim nos periodos de julho à dezembro de 2007, mas essa pessoa desapareceu, e eu perdi grande parte da força de vontade e inspiração, e quando essa pessoa que eu amava partiu, conformar-me com isso foi uma das coisa mais difíceis que aprendi, mas hoje admito que ganhei forças, e com as saudades do carinho, da atenção e o apoio dessa pessoa, construi os alicerces de uma nova vida, outrora partidos. E após perder alguém importante percebi que não importa a altura do nosso castelo, ele poderá cair um dia, e cabe a nós decidir se vamos deixá-lo em ruinas ou construi-lo de novo com mais segurança.
E foi isso que fiz e hoje sinto-me mais seguro e menos vulnerável à ilusões, mas nunca deixei de ser sonhador e também não deixei de acreditar nas palavras das pessoas que amo.
Tenho vários amigos, velhos e recentes, uns deles se preocupam comigo e outros não tanto, e tenho amigos novos que querem sabe tudo sobre mim e que as vezes obrigam-me sem querer a voltar ao passado, e també conheço os amigos verdadeiros que tenho, e sei que são poucos, mas porém são muito valiosos.
E eu não quero morrer de mãoes vazias, não quero enxe-la de bens materiais, quero ser notável enquanto viver, ser uma pessoa sempre pronta a ajudar, sempre presente quando for possível para dar conforto e carinhom para as pessoas que amo, e se um dia morrer, sabendo que já fiz alguém feliz, que já fui a razão de muitos sorrisos e vitórias, irei morrer feliz, porque eu nunca quis ser grande, e não pretendo até hoje, o reconhecimento que terei talvez nunca saberei, mas sei que haverá um lugar para mim onde eu mereça estar, e nunca vou deixar de acreditar na felicidade, porque é a conquista que eu procuro, ser uma fonte de inspiração ao próximo.
Dedico estas frases para os meus pais, irmãos e amigos, queria dizer-vos que nenhum de vocês tem um pódio e que também não existem lugares maiores e menores no meu coração, e não se preocupem que eu tenho tempo para cada um de vós, sei que as vezes não vos contacto, mas não quer dizer que eu esqueci que vocês existem, porque uma vez dentro do meu coração o vosso espaço será permanente, e tem lugares por onde passo que me fazem lembrar de cada um, e é por isso que as vezes ligo ou dou um sinal, porque lembrei justamente de vocês.
E que não há distância que desafie o poder do sentimento, e eu não sou uma pessoa difícil de ser compreendida, sou diferente, não sou perfeito, e que sempre espero que me respeitem e aceitem-me como eu sou.
As mudanças que acontecem aos meus hábitos são coisas do tempo, e que vocês sabem muito bem que creci e vou continuar crescendo.
Muito obrigado pela vossa atenção, carinho, apoio e dedicação que têm comigo.
Acreditem que não há frase mais linda para expressar tamanha gratidão e como gosto da simplicidade, simplesmente vos digo:
“AMO-VOS”

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 6)

Naquela manhã não houve o habitual espetáculo de luzes dos coloridos véus da manhã, quando a alma da terra parece fazer vênias à chegada do astro-rei. A montanha cultivava especialmente o seu gosto por esse momento. Na verdade, ela se sentia uma montanha muito solitária, confinada em si mesma. Alimentava em segredo o sonho de, na próxima era, ser posicionada pelas contrações da terra em uma posição que lhe permitisse fazer amigas-montanhas. Tal era esse desejo seu, que em todo alvorecer de céu limpo ela adorava ficar observando as montanhas distantes distinguirem-se bem aos poucos do negrume, e as conferia como se pudessem ter dado uma saidinha furtiva durante a noite. Claro, elas estavam toda manhã nos seus respectivos lugares, mas mesmo assim a montanha gostava de fazer esse seu “confere” particular.

O sol já pairava sobre o horizonte, porém nuvens carrancudas e postas amontoadas pelos ventos, umas sobre as outras, só por uma espécie de concessão deixavam passar um raiozinho de luz, que ficava assim como cachorro-caído-do-caminhão, sem saber para onde ir. Era uma manhã escura demais. Aos seres notívagos, que já davam tratos ao lugar de dormir, restava a lamentosa conclusão de que podiam ter aproveitado mais, enquanto aos que, nos seus lugares quentinhos, esperavam pela luz do dia, a preguiça mostrava-se boa conselheira e muito sedutora.

Com um vôo curvo repentino, tirando proveito magistralmente de uma lufada de brisa, o pintassilgo tirou a montanha das suas reflexões. Esse é o meu velho e bom pintassilgo! ― Disse a si mesma a montanha orgulhosa. Ele pousou suavemente na ponta de um galho mais alto, todavia não se demorou ali. Logo decidiu-se a um vôo mais audacioso, embicando de pedra acima. Quase não conseguiu. E vendo-o depois arfar de cansaço, a montanha passou abruptamente do orgulho à mais uma preocupação: suas asas haviam perdido o vigor de antes, seu organismo já não demonstrava a mesma resistência. Isso significava que ele estava muito vulnerável. Qualquer predadorzinho barrigudo, desde que não fosse muito impaciente, acabaria por comê-lo. Desesperada, a montanha começou a procurar por todos os lados, querendo encontrar qualquer animal que representasse uma ameaça. Precisava encontrá-lo antes que ele visse o frágil passarinho. Nas redondezas haviam algumas raposas, uma pequena família, porém a montanha achou que, apesar de espertas e cheias de truques, elas eram lerdas demais para pegar um pintassilgo. Mais acima, um solitário gato-do-mato acomodara-se na reentrância de um lajedo, de onde, protegido pela relva, tinha uma vista privilegiada para encontrar seu almoço. Com imensos e atentos olhos de um verde azulado muito cristalino, ele ainda não vira o pintassilgo, mas estava perto demais para que a montanha se tranqüilizasse.

Em pouco tempo, ela viu confirmada a sua suspeita. O passarinho irrequieto acabou por despertar a atenção do felino. Não era exatamente o que ele poderia considerar um banquete, porém, apenas para o seu desjejum, até que não era mal lamber aquele coraçãozinho antes de engoli-lo. Era algo para ser mais propriamente degustado e nem tanto para abarrotar a pança. O gato bocejou, espreguiçou-se, e só então se dispôs a caçá-lo, tão certo da sua superioridade que já se imaginava palitando os dentes com a cana daquelas peninhas coloridas. Demorou algum tempo até que, muito sorrateiramente, conseguiu se posicionar para um bote seguro. Os gatos são extremamente pacientes e não gostam de errar o bote, tanto que, quando perdem a primeira tentativa, normalmente não tentam novamente. O pintassilgo havia se colocado em um galho abaixo do nível do terreno onde estava o gato, porque descobrira ali bem perto uma colméia de pequenas abelhas. Esperava a oportunidade de comer algumas delas sem, entretanto, atrair para o seu encalço um pelotão de abelhas furiosas. E de tão compenetrado, não se apercebeu do gato, que já estava bem próximo.

Roendo o sabugo das unhas nas pontas das lajes subterrâneas, a montanha era só desespero, porque o passarinho não dava atenção aos seus esforços de alertá-lo. O bote era iminente, a distância muito pouca e o bichinho nem imaginava o perigo que corria, por causa de umas poucas abelhinhas, tão pequeninas. Mas nessas horas a natureza mostra a sua complexidade. Eis que num arvoredo, próximo e acima dos dois, veio pousar um outro sorrateiro predador. Como não podia saber em quem o gavião estava realmente interessado, o gato estancou o seu bote e pôs-se imóvel, como se fosse uma pedra a mais na paisagem. Sua sensatez instintiva lhe fazia considerar que, embora os pássaros menores sejam destaque no cardápio dos gaviões, levar nas garras para o seu ninho um gato gordinho deveria ser preferível, pois assim regalaria a família toda com menos esforço.

Mesmo para uma montanha, acostumada à grandeza do tempo, aqueles segundos pareciam uma eternidade. Reconhecia que aquela era uma cena muito corriqueira da natureza, onde todos de alguma forma são predadores de uns e predados por outros, e embora seu instinto lhe dissesse que não devia interferir no curso natural das coisas, ela não suportava a idéia de ver o seu querido pintassilgo morto nas garras de outrem. Ora, havia esperado tanto para reencontrá-lo. Tinha agora a pretensão de readaptá-lo à natureza, tarefa longa e morosa. Não. Não e não. Definitivamente, não permitiria que ele fosse comido assim, à toa. Ele não seria mais que um aperitivo para qualquer dos dois, enquanto que para a montanha representava uma satisfação incomparavelmente maior.

(Segue)

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 8)

Porém, a eufórica felicidade da montanha de súbito cedeu os seus subterrâneos a uma terrível agonia. Ela logo percebeu que tudo era um golpe baixo. Os pássaros de dentro nada mais eram do que uma família. Para convencer o pintassilgo “fugido” a voltar para a prisão, para mostrar a ele que nunca mais seria o que foi, o caçador trouxera a sua fêmea e os seus filhotes, que piavam apenas porque nem sabiam cantar ainda. Furiosa, a montanha quis voltar a ser um vulcão, mas deteve-se a tempo de arrepender-se. Não poderia despertar tamanha força somente para despejá-la na cabeça daquele ínfimo caçador. Além do que, já tinha uma transgressão grave registrada na sua folha-corrida.

Acalmou-se para desfocar sua energia. Precisava voltar à sua dimensão consciencial, natural e soberana, e não negar ao pintassilgo o direito de escolher. Mas essa era uma tarefa muito difícil. Seu querido passarinho fora arrancado do seu abraço generoso. Passara muito tempo sendo condicionado a uma vida muito diferente, mas agora teria a chance que ele sempre esperara. Ou será que não? E se ele não o quisesse? E se sentisse medo da liberdade? Assim como não mais respondia aos apelos da montanha, com certeza perdera a sensibilidade para todas as coisas, não podia mais compreender o mundo exterior à gaiola. Fora acostumado a comer e beber do que lhe serviam, e não saberia mais encontrar alimento por conta própria. Por mais irônico e inaceitável que isso fosse do ponto de vista da montanha, ele poderia preferir a segurança oferecida por seus algozes. Pelo menos não perdera o seu canto maravilhoso, muito embora agora, isso parecesse menos importante. Mas para os seus filhotes sim, isso devia ser o que existia de mais importante. Sob o peso imenso da dúvida a montanha sentiu a conseqüência da sua ousadia. Deixara-se levar. Fora até onde montanha nenhuma houvera ousado chegar com seu comportamento. Não podia mais prosseguir sob o risco de perder-se em vão. Tudo por um pintassilgo que não quisesse, desgraçadamente, reencontrar-se. O fim das suas dúvidas não dependia mais de si, ou nunca dependera. Era preferível deixar que tudo se ajeitasse naturalmente.

Pois tudo aconteceu muito rapidamente. O gavião não resistiu à tentação de ver três refeições num espaço tão pequeno. Desceu noutro vôo rasante, passando bem próximo, na tentativa de fazer com que ao menos um dos pássaros saísse apavorado da gaiola. O gato achou que o risco já estava de bom tamanho e que poderia muito bem simplesmente esperar em um lugar mais seguro. Quem sabe? Com sorte lhe sobraria alguma coisa, pois havia mais passarinhos na confusão do que aquele gavião intrometido poderia carregar. Como a tentativa anterior não dera resultado, o rapineiro voltou e pôs-se a voar quase parado no ar, bem juntinho das varetas. Mais cedo ou mais tarde algum dos bichinhos se esgotaria de tanto se esbater, e então seria facilmente arrancado pelo pescoço, para fora da gaiola. Entendendo a malícia cruel do gavião, o pintassilgo lançou-se contra ele numa atitude heróica, pensando em bicar-lhe os olhos, golpe terrível e mortal para qualquer gavião, por condená-lo a morrer lentamente de inanição. O que se viu surpreendeu a todos.

Ninguém ali sabia, mas os pássaros engaiolados na verdade pertenciam ao caçador mais velho. Vendo-os ameaçados pelo gavião, sem ter uma justificativa para o fato de tê-los pego sem pedir, ao mesmo tempo em que o pintassilgo atacou o caçador arremessou com toda a força uma pedra, na direção do gavião. Porém em vez deste acertou a gaiola, que caiu, se quebrando e libertando os pássaros. Aquela trapalhada encheu a montanha de alegria, por ver os pássaros libertos. Mas onde havia ido parar o pintassilgo? Todos procuravam por ele. Então descobriram que estava no galho mais alto, pendurado pelo pescoço no bico do gavião. Antes que pudessem dizer uma palavra, o rapineiro achou que já estava bom e tratou de bater suas asas até desaparecer nas nuvens, com certeza na direção de uma outra montanha, onde se sentisse mais bem-vindo.

Nesse dia a montanha chorou, mas ninguém percebeu. Não foi mais uma transgressão sua. Simplesmente ela se retirou para os seus subterrâneos e lá permaneceu por muito tempo. De tão triste não queria ver ninguém, sequer tinha vontade de apreciar o amanhecer como sempre fizera. As outras montanhas que achassem o que bem entendessem, não estava mais preocupada com o julgamento delas.

Numa manhã, entretanto, uma voz que lhe pareceu familiar fez com que voltasse a atenção para fora. Não pode ser ― disse a si mesma. Então chegando ao lugar onde tudo havia acontecido havia dois anos, lá estava um pintassilgo, que já não era mais um filhote, prestes a estourar o peito de tanto cantar. E não apenas por zelo. Vinha de logo abaixo uma zoeira que o fazia aumentar o volume para ser ouvido. Era uma cascata, uma pequena queda por enquanto. Sabia a montanha que, sem imediatismos, a fonte construiria um sulco que melhor lhe conviesse, e no futuro seria uma queda ainda mais bonita. E quando depois viessem lhe admirar, todos já encontrariam aquela plaquinha rústica pregada no arvoredo, escrita com letras que mais pareciam garranchos, porém onde se podia ler com alguma boa vontade: Fonte do Pintassilgo. Não vira quem a pregara ali, porém até que estava bem bonitinha. Obra do velho caçador? Mas que tanta diferença isso fazia?

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"UM CRAVO E DUAS ROSAS"

“UM CRAVO E DUAS ROSAS”

Esta chegando a hora...
O cravo já se foi...
Agora uma Rosa esta indo embora!!!

Não estou chateado...
Todos tem um caminho...
É a vez de a Dany partir com seu principe encantado...
Ninguém vive sozinho!!!

Entrego minha linda menina...
Nas mãos de seu escolhido...
Talvez essa seja minha sina...
De um pai muito privilegiado!!!

Ainda tenho uma Rosinha...
Que daqui um pouco vai enfeitar outro jardim...
Agradeço a Deus a felicidade minha...
De poder ter vivido assim!!!

Os frutos começaram a chegar...
Já tem dois Cravinhos...
Um já esta a estudar...
O outro ainda é bem pequenininho!!!

Esta é a vida que eu sonhei...
Os filhos que eu tive...
A família que eu criei!!!

Agora começa uma nova etapa...
O tempo das satisfações...
Agora é ler o livro, não mais só ver a capa...
É tempo de sentir muitas emoções!!!

Foto de maykonn

amor sem fim

sabe hoje sei o significado da frase *amor sem fim* pois e muito ouvida por qualquer que seje a ocasião quando si trata de amor paternos todos sabem que só acaba quando si vai para outra vida
quando i trata de amizade , cresce a cada vês que si encontram com a tristeza .
pois sempre ele estará por perto
agora perguntoa você sabe mesmo o que significa amor sem sim , um amor impossível de ser aceito por uma família , impossível de imaginar felicidades nos olhos de uma filha
de aceitar um ágüem q você sabe que nunca t farás mal.
Amor eterno não existem . sim estar em nossos corações por que quando chegamos a amr e por q essa pessoa nos fez muito bem que em todo a sua relação so teve momentos bons isso si torna muito útil para que seu amor seje sem fim você levara ela pra sempre no seu coração ,
Fabricia
Eu seu q não posso ter sido o melhor namorado do mundo , mais também sei que fui pelo menos um deles pois não a nada nessa vida que eu não tenha feito para estar ao seu lado acho que talves uma outra pessoa com personalidade mais forte não estargaria um romance assim por causa dois outros mais não vamos nos espelha em algo pois nos samos o maior exemplo de amor sem fim . mesmo que já não passe pela sua cabeça mais alguma coisa por mim sei que ele esta ai , bem ai escondido comedo de si espreçar
Mais isso mudara eu tenho fé ,
Eu sou apaixonado por você dês do primeiro dia que te vii.
Dês de janeiro de 2001 . seus olhos brilhavam e aposto que nesse dia você pensou , nunca ficarei com esse garoto pois olha nois aki , já passamos por muitas coisas juntos .isso e amor decretado por deus ..
Há não esqueça eu te amo !!
Isso e amor sem fim!!!

Foto de Laura Marcelino

PANELA ENCANTADA (Lição de casa, minha segunda poesia )

*
* Lição de casa
*

A PANELA ENCANTADA

Assim era conhecida
A velha panelinha
Da menininha.

Certo dia a pobre família,
Não tinha sequer comida
E então aconteceu o que nos extasia.

Pediu a linda menininha:
_Cozinhe panelinha!

E vejam que maravilha!

A panelinha sozinha,
Cozinhou uma sopinha
Muito gostosa
E cremosa.

A mãe já empanturrada,
Pois, a panelinha não parava
Ficou muito assustada,
Eis que começava
A esparramar:

_Tinha sopa na rua,
Na casa da vizinha,
Enfim em todo lugar.

A mulher não sabia
O que fazer...

Até que chegou a menininha
E, calmamente falou:

_Panelinha você já pode parar!

A panela parou.
Mas o pior
É o que aconteceu
Quem quisesse na cidade entrar
Tinha que lamber
Pois, a sopa tinha que comer...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ORAÇÃO POR TODOS NÓS"

“ORAÇÃO POR TODOS NÓS”

Meu Pai peço por mim e pelos meus...
Cuide do Sr. João, nosso padeiro, que todas as manhas
Enche nossa mesa com o carinho de seus pães...
Peço também pela família do Sr. Higa, o feirante que abastece
Nossa dispensa...
O Sr. Ferreira dono do mercadinho que complementa nossa
Dieta...
O Paulão e sua equipe são os garis da minha rua, sem eles,
Com certeza nossa vida seria um caos...
Ao Ricardo carteiro nosso anjo das boas noticias...
A Maria um doce de mulher que mantem nossa bagunça arrumada...
Ao Sr. João nosso vizinho, sabe aquele que tem um cachorro chato,
Mas que é um eterno guardião de nossas casas...
Ao Sr. Olegário, aquele que vez ou outra entende nossos apertos e paga meus cheques, mesmo sem saldo...
Ao Luiz, aquele amigo chato, mas que sempre esta presente pronto
A ajudar...
Ao Coelho meu quase irmão, tão carinhoso com todos nós...
A Nê meu amor que fala comigo sem sequer abrir a boca...
A minha mãe, aos meus filhos, aos meus netos, a meus primos, tios cunhados, cunhadas, sogras, sogras??? Sim, tenho duas, uma ex e outra atual, excelentes pessoas, a minha ex-mulher, a todos meu Pai, proteja com seu manto sagrado, que a melhor fatia do bolo seja dividida quantitativamente a eles, que o melhor dos sentimentos seja atribuído a todos eles, que todos sempre gozem de uma excelente saúde...
E a todos de POEMAS DE AMOR, meus mais novos amigos, meu Senhor, dê saúde, paz, tranqüilidade e que permaneçam com esta habilidade de escrever o amor em toda sua plenitude, no mais meu Pai, devo agradecer por tudo que sou e consegui nesta minha vida!!!

Foto de Dirceu Marcelino

APITA COMBOIO - 4ª parte da viagem do TREM ENCANTADO DO MARCELINO, chegada à Costa de Caparica, em Portugal -Homenagem as Musas

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POEMAS:

VIAGEM NO TREM ENCANTADO DO PROF: MARCELINO

E la ia eu olhando pela janela...
As arvores desfilavam rapidas ante meu olhar...
Uma linda tarde a nossa espera...
Todos prontos a versejar!!!
O paraiso é aqui...
Dentro do trem encantado do Poeta Marcelino...
Eu ,a Gracie o Albino e a Ceci...
Todos parecendo meninos!!!
A cada apito...
A alegria irrompia no peito...
Palavras jogadas ao vento em um longo grito...
Ah, viajar com esta galera, estou mais que satisfeito!!!
A cada Estação...
A cada centena de dormentes...
Saía um poema em forma de canção...
Para o doce deleite dos presentes!!!
E la na frente...
O maquinista Marcelino...
Jogava lenha na fornalha...
Para chegarmos ao nosso destino!!!
Mas eu particularmente...
Acho que esta viagem encantada nunca vai terminar...
Com tantos Poetas presentes...
A poesia nunca vai acabar!!!
De parada em parada...
Uniremos todos continentes...
Visitaremos muitos Paises...
Puxa, como estou contente!!! (EDSON MILTON RIBEIRO PAES )

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NUVENS DE FUMAÇA II

O vapor forma uma nuvenzinha fina!
Mas desta vez estou dentro do trem.
Acompanhando aquela menina,
E a apóio para não cair no vaivém,

Do trem! Pois, agora é mui grã-fina!
Senhora do interior com seu neném.
Formosa e radiante não se amofina
Com nada, pois, sabe que a mantém.

Um marido que a ama e se fascina,
Com seus olhos verdes que o entretém
E que a segura, amarra e o domina.

Viajam assim sem pensar em ninguém.
Ali está a representação divina
Da família: “pai, mãe e mais alguém”. (Dirceu Marcelino

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ENCANTO POÉTICO

Oh! Minhas caras amigas poetisas
Chamei-as de Musas n’outro instante
Por versejares essa arte que as extasias
E nos proporcionares algo importante.

Como a bela personagem fictícia
Dos meus sonhos, ouço o som excitante
Das sinfonias das músicas que irradias,
Embora cantes de urbes tão distantes.

Chamei-as de Rosas n’outro instante
Por exalares perfume que inebria
A alma destes que de ti são carentes

E inspiram-se com a luz que envias,
Pelo vento ou ondas virtualmente
Propagadas por ocultas aerovias. ( DIRCEU MARCELINO )

NB. Este vídeo-poema é uma homenagem a todos Poetas, Poetisas e Musas, residentes em Portugal e, também, aos amigos ferroviários daquele país, onde nasceram meus ascendentes. Homenageio, também, ao meu pai - ferroviário - que sequer teve a oportunidade de ver, como nós, pelos vídeos esses Comboios Portugueses e nem ouvir a linda canção portuguesa, com certeza, APITA COMBOIO, a cujo autor parabenizo e peço permissão para utilizar, pois, ela fará eternamente parte do cancioneiro popular da língua portuguesa, como o "Vira-vira" e faz o mundo rodar, girar, como consta da música "Trenzinho Caipira" do brasileiro Heitor Villa Lobos. Obrigado a todos.

Foto de Sirlei Passolongo

Páscoa! Chocolate!

Tem cheirinho de chocolate no ar
Cheirinho de amizade
Cheirinho de sedução
Ah! Chocolate cheirinho de
conquista
Delícia de emoção!

De todas as formas
Recheado
Bombons, barras
Ou balas
Ocasiões, nem se fala
É chocolate para
Todo instante

Chocolate
de tantos sabores
Doce, amargo e
Crocante
O mais delicioso
O mais saboroso
Tem cheirinho de união
É o chocolate sabor
Família.
Saboreado num lar
Abençoado
Com todos que amam
Ao seu lado
Isso é uma Páscoa bendita
Isso é uma Páscoa radiante!
(Sirlei L. Passolongo)

Feliz Páscoa!

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

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