Fácil

Foto de Edilayne Campos

Refúgio

Não há porque esconder o que queremos. Não há porque mentir que não desejamos permenecer juntos.
É fácil fugir na primeira briga, é fácil se refugiar em nossas próprias imaginações. Mas nem sempre o que nos deixa bem é o melhor.
Olhe para mim, corra de novo para os meus braços, e pare de agir como alguém que não acredita que olhares entregam o que sente o coração.
Porque eu te amo, e por mais que nem sempre digas o mesmo, eu sei que tu me amas também.

Foto de Lou Poulit

O Trovão e o Sabiá Sereno

Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Marilac

Sua crônica, IGREJA, DOUTRINA E CRISTÃO!

Meu Bebê, acabei de ler suas novas crônicas, adorei....... sabe bebê, cada vez que leu algo que vc escreve, passo a lhe conhecer e entender mais vc, como homem como essoa.....esse tipo de leitura nos levam a entender melhor a vida.....lhe admiro muito....bebê ore para que Deus possa nos unir logo.......Todo e qualquer relacionamento só atinge o seu ideal, quando começamos a participar mútuamente de nossas intimidades. E só se atinge este ponto,após um período de conhecimento e de momentos a dois...........Eu te amo muitoooooooooooooooo
Bebê!!! Gostei da sua crônica, IGREJA, DOUTRINA E CRISTÃO!
Em alguns relatos que dirigiu-se a sua pessoa, se identificaram muito com minha opinião, fiquei impressionada!!!! Me vi em vc....sabe bebê, se todos nós tivéssemos o poder alentador da fé nos momentos de incertezas e provações tudo seria mais fácil.... Quem não precisa de segurança nos momentos de incerteza e provação? Quem tem tamanha autoconfiança a ponto de jamais precisar de uma influência estabilizadora na vida? Um propósito fundamental da vida na terra é o crescimento pessoal e a realização pessoal..... Conseqüentemente há muitas ocasiões de provação e perplexidade para proporcionar-nos oportunidades para esse desenvolvimento, muitas vezes não percebemos isso.... Deus deu-nos a capacidade de exercer a fé para que tenhamos paz, alegria e propósito na vida. Contudo, para empregar esse poder, a fé precisa estar fundamentada em algo. Não há alicerce mais sólido do que a fé no amor que o Pai Celestial tem por nós, a fé em Seu plano de felicidade e a fé na capacidade e disposição de Jesus Cristo de cumprir todas as Suas promessas..... A fé motivadora centraliza-se na confiança no Senhor e em sua disposição de atender às nossas necessidades. Porque "o Senhor abençoa e faz prosperar os que colocam nele a sua confiança." Diante das dificuldades da vida, nossa fé se enfraquessem.....porque Deus nem sempre o recompensará imediatamente de acordo com os nossos desejos.... e nós por não conhecer o seu plano em nossa vida....por nossas fraquezas muitas vezes ficamos desacretitados.,...é normal não somo perfeitos...
Bebê!!! A base do caráter é a integridade. Um caráter digno fortalecerá sua capacidade de atender obedientemente à orientação do Espírito. Um caráter justo é o que você está desenvolvendo. Isso é mais importante do que as coisas que você possui, o que aprendeu ou os objetivos que alcançou. Ele permite que você se torne uma pessoa digna de confiança.....
O amor perfeito de nosso Pai Celestial nunca mudará. Seu plano do evangelho dá significado à vida e pode assegurar a nossa felicidade.....a nossa tão sonhada felicidade.....eu te amo muito, te quero muitoooooooooooooo
Beijos
Marilac 19/02/07
Obs: Se alguém tiver interresse em ler, PROSAS E CRÔNICAS, esse é o site. (www.paralerepensar.com.br/joaocarvalho.htm).

Foto de NiKKo

Coração insensato

Ah coração louco e insensato
Porque razão costuma se entregar assim...
Porque se dá sem reservas e sem medo...
Será que não gostas de mim?

Por tantas vezes você já se iludiu
Entregando carinhos a quem nunca lhe amou.
E mesmo sangrado pelas decepções causadas
Sempre quis quem nunca lhe desejou...

Ilude-se com carinhos prometidos
Com palavras de amor e desejo
E lá vai você todo contente...
Entregando-se sem medo ou pejo...

Pobre coração sonhador
Que me maltrata na ânsia de ter alguém
E se entrega como menino carente
E age como criança também.

Não aprendestes ainda meu coração
Que sonhos são para serem sonhados e não vividos..
Que é mais fácil tocar as estrelas do céu
Do que amar e ter esse amor correspondido.

Mas você não tem jeito
Ama, sonha e se entrega de forma total....
E mesmo sofrendo por não ter quem ama
Não deseja a ela qualquer mal.

Mas você precisa entender meu coração
Que amando desse jeito muito me faz sofrer...
Pois amar como você ama e não ser correspondido
Tira de minha alma a alegria de viver.

Foto de PoetaProfeta

Perdoa-me!!!

Já faz tempo que nos conhecemos…O triste é que hoje em dia já não somos os mesmos…Foi de facto um momento importante para mim…Pois passei a saber que posso contar com alguém que também me ama sem fim… A gente teve quase todos os momentos felizes na vida…Momentos de muito amor, fantasia, junto aquela avenida...E acredita, meu amor, que nunca tive tamanha paixão em toda minha vida como aquela nossa paixão sentida…É este o caminho da vida, a consciência recta e uma sinceridade profunda que nos permite distinguir o que há dentro de nossos corações…Hoje em dia não sei o que vai no teu, arrependimento ou simples lembranças de emoções…No meu entender ainda existe um afecto mútuo, um sentimento puro que vive em nós…Um sentimento que jamais pode deixar nós os dois a sós…Aceito que estejas magoada…Era visível o quanto estavas apaixonada…Mas também não é fácil para mim saber que já não posso contar contigo depois de tudo o que nos aproximou durante a nossa relação…E agora tudo parece em vão…Sinal de que no meu coração já não pesa o orgulho, mas sim o amor que tanto sinto por ti….Amor, perdoa-me. Faço este pedido com consciência do sentimento maduro e conhecedor do que já vivemos, do que somos e do que podemos…Estou certo de que tudo depende de ti…Mas estou disposto a fazer de tudo para não voltar a fazer o erro que cometi…Não escrevi esta frase apenas por escrever, é a expressão do que o meu coração sempre viveu e vive, pois, em todas as contradições que tivemos no nosso percurso, da minha mente só saía a ideia de lutar, lutar e lutar sem fim, e só assim se mantinha o nosso amor…Então agora não vou ser diferente e sei também que não vais ser indiferente… Não sei mais a quem endereçar aqueles beijos que nos envolviam…Sinto saudades dos tempos que passámos, falavamos…Mas porque só as minhas palavras não trarão o nosso amor de volta, deixo-te, a ti, a grande esperança da reconstrução do grande dom de Deus “o nosso amor “"Eu tenho um grande amor e farei tudo para mantê-lo, mas não em palavras apenas, nem em acções, nem em ofertas, nem em abraços, mas sim em amor". Se não foi isso que fiz...vou me esforçar para voltar a encontrar o sentido do verbo AMAR..PERDOA-ME !!!

Foto de pedroburi

Portas Abertas

O sofrimento se torna maior quando estou só;
Com você as horas passavam depressa,
Mas mesmo assim sei sorrir.
A minha vida era sua, e você jogou fora...
Estou num lugar sombrio e desconhecido,
Se ao menos fossemos amigos,
Tudo seria fácil se meu coração voltasse a bater,
A minha alma vaga sem destino a te procurar...
Lembro do teu olhar, do teu abraço, teu beijo,
E cada vez mais falava “fica comigo”,
Você apenas ouvia calada,
Porque não me responde? Tem medo de mim?
Não quis te assustar!
Os seus amigos eram os meus,
Tudo mudou porque você não me prometeu,
Apenas eu ficarmos pra sempre e você calada;
Seu jeito tímido e quieto me fazia sofrer e pensar;
Pensar se você estava de corpo e alma ao meu lado,
A amizade era um pretexto para ficar perto,
E mesmo assim você parecia distante;
Quando surgiu outro beijo não estava tudo perdido.
Sabia que seria algo mais que amigo.
Estou esperando sua resposta,
Você vai abrir ou fechar essa porta?
A porta que me mostra o céu e o inferno,
Céu se estiver comigo e me devolver à vida;
E inferno se não voltar e arrancar de vez minha alma e levar contigo.
Sei esperar, mas o tempo é curto.
Tudo na vida passa, menos o que sinto por você.
Sei esperar, será que você ira falar o que eu preciso ouvir?
Volte por aquela porta que está aberta,
Eu posso te ensinar o que é amar.

Foto de Pupu

Eu amo você

Queria poder mostrar meu coração e o sentimento que aqui mora,
Iria tirar meu coração do peito e mostrar que nele circula uma paixão.
Eu sei que acredita em mim, mas quero provar mais que isso!
Quero provar para mim que você acredita em mim e que poço acreditar,
Acreditar em mim mesmo e nos meus sonhos com você.

Sempre mais e mais, provar que amo você e que posso ter certeza que podemos ser felizes.
Fui um cara complicado e criei os problemas que não existam,
Estou fazendo você sofrer novamente e isso me tortura.
E eu não entendo como isso está acontecendo comigo,
Peço que me entenda, por favor!
Não é desconfiança do que você fala,
Tenho apenas medo de sofrer e digo que este medo está acabando,
Por isso, peço sua paciência e compreensão.
Não estou falando por falar,
Quero resolver com amor a nossa situação

Tente ver meu lado, sei que é difícil, pois você está certa e entender o errado não é fácil,
Mas mostre que o amor que existe entre a gente resiste e sempre resistira às dificuldades,
Com compreensão e entendimento!
Eu vou tentar e preciso de você, do meu lado.
Ensine-me amar, dar-lhe amor e receber amor!
Não ache que foi bom, pois não experimentamos o verdadeiro amor,
Não ache que irá acabar algo que está começando.
A insegurança bate, tornando ainda mais complicada a nossa situação.
Tornando ainda mais complicada a minha situação, que vou me perdendo por errar tanto,
Por cometer estes erros e achar que está tudo perdido.
Eu fico mal, realmente reconheço o que estou fazendo.
Mas só vou desistir quando você falar para mim que não quer mais tentar,
Só assim eu deixo o barco, pois não posso continuar um sonho que tenho,
Sem saber que este meu sonho não me quer mais.

Quero aprender... Quero ensinar...
Desculpe agir errado... Perdoe-me...

Eu não sei o que fazer para recuperar mais este tempo perdido.
Estou limitado apenas em palavras e quero poder ir muito mais alem delas.

Complico-me ainda mais e mais, exigindo de você muita compreensão.
Eu me coloco na sua posição e sei que não é fácil aturar alguém assim,
Que demonstra não acreditar e não amar você,
Isso deve lhe deixar tão triste, magoada, desiludida,
Eu me sentiria assim...
Ao ponto de desistir de tudo e jogar tudo para o alto,
De tanto tentar e ver que não está conseguindo conquistar os sonhos.
Depender de alguém é tão ruim e por isso, nós pessoas,
Que amamos sempre teremos este problema com a gente,
Pois não basta somente você amar, mas também deve ser amada da mesma forma.
É ai que muitos casamentos, se não acabam, seguem numa monotonia.
Uma vida rotineira, apenas com o compromisso de pai e mãe dentro de uma casa.
E o amor? Aonde se esconde este amor entre estes casais?
Eles brigam, se entende, se desentendem, se amam?
Como entender tal situação se você não vive na pele destas pessoas.
Mas estamos do lado de fora vendo que há desunião entre os corações,
Ou que não, que simplesmente estamos enganados e que o amor mora neste lar.

Sem o amor não existe o prazer de fazer amor, de rir, de sair numa noite, no meio da madrugada,
Comprar um sorvete, um doce, dar uma volta num supermercado, fazer uma compra.
Chegar em casa, felizes um com o outro, separar as coisas, guardar.
Juntinhos repartindo tudo, sem dor e com amor.
Os alimentos nas prateleiras, o carinho e amor nos corações.
Simples e tão significativo estas situações,
Sonho com momentos simples assim!

Que lindo é este sonho que temos, nhé?
Juntinhos, coladinhos, pertinhos, quentinhos,
Como pombos, formando um lindo casal.
Curtindo todos os dias com vida, paz e amor,
Beleza e compaixão nas ações,
Construindo um lar doce de amor.
Será justo não querer e realizar estes sonhos?
É justo não ter estes sonhos, não poder sonhar com a felicidade?
O maior erro de nós, seres humanos, é não ter um sonho,
Um sonho que busca realizar e que realiza por simplesmente tentar.
Ter este sonho como uma outra realidade e um futuro.

Não fale que estou brincando com seu sentimento,
Que não estou levando você há serio.
Não é nada disso, pois estaria enganando a mim mesmo.
Estaria me machucando também e em dobro,
Ferindo você e a mim.
Garanto que não estou brincando com você,
E levo muito há sério nossa relação,
Só não soube controlar minhas reações.

Quero mostrar como circular rápido esta paixão por falar com você,
Como meu coração bomba mais rápido na ansiedade de falar com você.
Como minha respiração fica mais ofegante ao falar com você,
Como me sinto a vontade e confortável ao falar com você,
Como fico alegre e bobo ao ouvir sua voz,
Como sonho e viajo ao ouvir no meu ouvido juras de amor,
Como é gostoso fazer juras de amor para você,
Como realizo minhas loucuras de amor por você,
Como o nosso beijo é meloso,
Como nosso beijo é quente e gostoso,
Como é gostoso fazer amor com você,
Como é gostoso rir e rir de você,
Como é bom ver você rir e rir de mim,
Como será perfeita nossa vida,
Como teremos uma família linda e bela,
Como teremos amor em nossas vidas,
Como existira sempre este sentimento, que nem mesmo a morte nos separe,
Como saberei dar um carinho gostoso,
Como receberei um carinho tão carinhoso,
Como pegar você no colo de jeito amigo, roubar-te um beijo e me entregar com amor,
Como será gostoso você sentir-se no meu colo, em meus braços quentes e com calor,
Como será linda a nossa paixão e nosso fogo,
Como sempre será e nunca irá acabar.

Tudo e tudo isso, simplesmente se resumi em emoção,
Em meus sonhos com você...
Na minha felicidade e na paixão que sinto e sempre sentirei por você!

Simplesmente... Eu te amo!

Foto de DANIEL TIGRE

" DA SOLIDÃO AO AMOR "

Hoje acorde triste.
Tudo isso por causa que você partiu.
Saiu da minha vida sem dizer por quê.
Vejo-me lembrando dos momentos
Juntos, de nossa felicidade e de nossas.
Alegrias.
Hoje não passa de recordações.
Desse coração triste, amargurado e cheio
De dor.
Com o passar do tempo um sentimento começou
A ocupar minha vida.
Com o passar do tempo conheci o seu nome.
Seria ela solidão.
Ela hoje e minha companheira.
Não importa onde eu esteja, lá esta ela
Sarcástica.
Sorrindo da minha dor.
Mas ela e a única ao meu lado, e eu a odeio.
Ela me consome a cada dia, a cada momento.
Parece ela me amar.
Hoje estou feliz.
Como há muito tempo não me sentia.
Tudo isso se deve a uma única palavra.
E seria ela amor.
Tudo por sua causa.
Nunca imaginei que pudesse me sentir
Assim de novo.
Como se nunca tivesse visto o céu antes.
De repente, o mundo parece não ter defeitos.
Agora tudo gira em torno de você.
Não a montanha alta demais, nem rio muito
Extenso, que possa me deixar longe de você.
Não há nada que me impeça de estar ao seu lado.
Agora sei que há alguém que pensa em mim, sentiu
Saudades e que me ama.
Agora sinto como e fácil ser feliz, basta acreditar, se ariscar.
Agora preciso e necessito de um toque, de um beijo, de uma
Palavra, necessito de você.
Só penso em você,penso no dia que viveremos um para
O outro.
Você faz parte da minha vida passada, presente e futura.
Pois você faz minha vida ser melhor.
A vida nesse mundo se tornou possível por sua causa.
Agora um simples sorriso seu me liberta dessa solidão que
Um dia fez parte da minha vida.
Isso tudo porque amo.

Foto de Sirlei Passolongo

Não será Fácil

Sei que não vai ser fácil...
Mas, vou arrancar você de mim.
Sei que irei chorar...
Ah! Muito irei chorar.
Lágrimas que sangram... Que ferem...
Mas, sei também que elas lavarão meu sofrer...
E elas se secarão... Trazendo de volta
Meu sorriso... O brilho dos meus olhos.

Não vai ser fácil...
Sei que meu coração ficará em pedaços,
Mas, com o tempo ele se colará novamente,
E ao menos... Não irá ficar se quebrando ao poucos...
Corroendo-se de dor e decepção,
Num sofrer lento e vil...

Sei que irei gritar...
Ah! Irei gritar... O mais alto dos gritos,
Gritos que vem de dentro... gritos
Alucinados... Vazios...
Mas, também serão gritos de liberdade...
de adeus a essa espera,
Adeus a esse tormento...
E às lagrimas não irão mais rolar.

Não vai ser fácil...
Dissolverei meus sonhos de amor...
Mas, que sonhos?
Se tudo que sonhei era seu amor e nunca tive...
Se tudo que construí nos meus sonhos se resumia a você...
Se eram sonhos de cristal... Que se partiu em pedaços...
Antes mesmo de se tornarem uma mera taça...
Sei que não vai ser fácil...
Mas vou arrancar você de mim.
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de pilhasoul

Amor Sentimento Abstrato

É fácil pedir desculpa
Agora que você me magoou
É fácil dizer que me ama
Agora que você me maltratou
Eu sempre gostei de você
E quero pra sempre gosta
Mas pra que gosta de uma pessoa
Se essa pessoa não sabe te amar
Você pisa em mim
E depois vem chora
Pedir perdão e dizer que não vai fazer mas isso não
Ai você jurou que ai parar e jurou que ia mudar
Eu acreditei em você pra não te deixar

A nossa historia eu não quero acabar
Eu quero durar para ver onde vai chegar
Mas se você quer diferente tudo bem
Mas o meu coração ele não vai ficar bem
Ele vai chorar e vai magoar
Mas com o tempo ele vai calejar
Pode passar 10,20,30 anos sem você
Mais ele nunca vai te esquecer
Por que você foi o primeiro
E eu quero que seja o meu único amor

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