Face

Foto de iDinho

Uma nova estação


Fim!
Só, o pedestal que outrora elevava teu orgulho,
Agora chora pedindo clemência a um amor
Que já não tens mais, pois já não mais também me quer.

Mas te quis. Fostes tu quem me despertou carinho,
E agora, com um ar de despedida, envolto no teu rosto,
Dizes-me ao telefone que na Sexta o desliga
Esperando não mais nem me encontrar.

Mas o destino foi bom, paciente ele foi.
Sentimentos sinceros foram os nossos antes, durante...
Espero que após nossa estadia, possa da mesma forma continuar,
Já que neste Novembro vais, anunciando o findar da até então nova e juvenil primavera.

Quando em becos, ruas e vielas nos escondíamos temendo,
Que o amor a nós concedido, contudo, proibido viesse à tona,
Chegando aos ouvidos dos leigos que não o entendiam,
Nossa face verdadeira revela-se então, mostrando o quanto tal momento único nos era.

Tua chance, minha chance, tua boca, teu sabor,
Pele, olhos, teu calor... Tudo ainda se faz presente embora
Os mesmos sonhos de antigamente já não venham se apresentar
Excitando o corpo que antes era frio, e que agora deixa de ser quente.

O pai dos tempos, filho dos ventos mesmos que te trouxeram para mim,
Agora com a graça retirada que por fim já não reconheço,
Leva-te novamente para outra terra, aquela cuja qual percebo,
Que tal como começou, uma nova estação, saudade deixará.

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À minha amiga Mariana, esposo e filhos.

Foto de Odalisca

Chama de Prazer

Seu corpo chama ardente
Acende a minha alma em prazer
Nos teus braços lentamente,
Sinto o meu corpo adormecer

Seus olhos, brazas em fulgor
Iluminam nossa paixão
Sua face, irradiando encantador
Demonstra o teu coração

Minha pele incendeia na primeira chama
Nos teus braços, desmorono ardentemente.
Essa paixão que no meu peito inflama
É que incendeia o coração da gente.

Fico lapidada em prazer
E me desfaço devagar
Só no teu colo sinto preza por querer
E só nos nossos beijos é que eu vejo,
Como é bom se entregar.

Seu corpo, volúpia ardente
Consome meu coração,
Que fica a desparar.
Só nos teus braços me perco de repente.
E de tanta paixão,
Sinto-me despedaçar.

Foto de joão jacinto

Presente

Vendes-te ao desafio,
dos teus instintos
e vazios desejos,
como se nada,
de mais possante
e sublime
existisse em ti.
Tens medo
das verdades
da face interior,
da tua "persona".
Optas,
por viver
resguardado,
na sombra
e numa trama
de silêncios
e pausas...
Finges a perfeição,
quando se deve ser
humano.
O caminho
é desbravado
em cada passada,
na tranquilidade
de cada momento,
erecto,
atento.
Por vezes,
deixa-se para trás,
demasiado rápido,
o presente,
sem questionar,
a sua preciosa riqueza.

Foto de joão jacinto

Cicatrizes

Vejo a face marcada e dura da tua dor,
ouço os uivos repetitivos da tua raiva,
sinto o desespero amargo dos teus sentidos
e dói-me o negro acutilante das verdades,
que carregas como culpas,
dos valores calcinados,
corrompidos de eternos ódios e rancores.
Presa fácil de ingenuidade,
das desconfianças e credos,
fechada no labirinto das paredes,
cobertas de antigo e de medos,
numa teia emaranhada de incompreensão,
cimentada de fraquezas e vícios,
na recusa de rasgar uma fresta
e de contemplar-se em admiração,
desnudada de complexos e mitos,
na corrente de mãos dadas com o mundo.
Destruído pelo conflito de ser vencido,
apaixonado, sem amor,
temendo receber o que não sabe oferendar.
Moribundo no vazio do sossego,
em prolongados silêncios,
exercitando o conformismo da solidão,
em sofrimento preocupado.
Mensageiro na riqueza
alucinada dos vocábulos,
do desentendimento confuso e perplexo
dos indecifráveis códigos,
da simbologia da existência.
Dói-me o paradoxo do belo e da tristeza,
do propotente e da vítima,
de ter de sofrer contigo, ser-me cruel.
A minha superficialidade é fuga
ao pesadelo do realismo ofensivo,
que me circunda e me hostiliza.
A consciência do tempo
e da verdade dos instintos,
é a grande cruz que nos pesa na alma,
o pecado da sobrevivência.
Arquitectamos esquemas defensivos
às nossas inseguranças
e retroactivos à criatividade frustrada dos sonhos.

Se pretendo magoar-te,
sou eu que fico ferido.

Dói-me ver-te com tantas cicatrizes.

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de Joao Fernando

Só deixaria de ser poeta...

Quando toda essa paixão em mim contida esvair pela tua indiferença.
Quando finalmente olhar teu rosto e nada ver,
Além de uma face fria e implacável.
Quando passares por mim e ignorar até a minha sombra
(Que um dia te protegeu do sol).

Só deixaria de ser poeta...

Quando não tiver mais a força pra aclamar a sua atenção.
Quando perceber em seus passos a tua declarada pressa pra se afastar...
Quando perceber em seus olhos que não é eu que eles enxergam.
Quando finalmente a dor em meu peito não tiver mais cura.
Quando perceber que lá você estava e mandou dizer que havia saído.

Só deixaria de ser poeta...

Quando no frio do meu leito eu perceber que nunca vou ter o seu calor.
Que tudo o que um dia podia acontecer, jamais sairá dos meus sonhos.
Que tudo que me dissestes foram palavras tolas, jogadas ao vento.
Palavras temperadas na mentira e na maldade.
E que o tempo que investi em você faliu e, me deixou miserável.

Só deixaria de ser poeta...

Se tudo que é fel em sua alma escarnasse pelas minhas entranhas.
Adentrá-se em meu peito e lá fizesse estragos.
Se de tua boca ouvisse só fiadas palavras de desprezo e de ingratidão.
Se tudo que era vida... Agora, tornar-se-ia morte!

Ah! Como lamento!...

Deixaria de ser poeta pra ser miserável!
Viveria na rua da solidão e dela seria pedinte de afeto.

Ou então seria poeta para sempre!

Amarrar-me-ia por vez, nas palavras que confortam as almas tristes.
Faria da poesia minha vida e vice-versa.
Procuraria novamente o amor, mas, dessa vez seria mais cauteloso.
Teria a ferida que um dia há de cicatrizar-se e, dela apenas recordações irão ficar.

Sim, seria poeta até morrer... É a minha sina!

Foto de Stacarca

Sonhos de um amor "solitário"

I

Fecho os olhos
Sonhos...

Oh sonho que a ti ansiava afagar
Que belo tu és, que belo tu és...
Mesmo que minh'alma vos abalar
Por ti quereis amar e amar
O cipreste do esquife rompe no alvorar
Ah bastardo, como podes? Queres me chagar?
A amplidão de treva envolve-me a vos maligno
Tortuosos caminhos hão de surgir ao benigno
Que triste tu és, que triste tu és...
Almejos simplórios de um coração "a sangrar"
Desça do pedestal da morte, um sonho estás a contar
- Não, não... Segredos posso revelar
E o coração puro da dama posso torturar
Que linda tu és, que linda tu és
Queres mesmo ler sobre a vastidão do meu querer?
O efémero pode durar, e escuridão posso pronunciar
Perdoe-me desde já, pois o poeta que escreve nunca amou.
O medonho da vida irá afligir... Uma forma de dor
Mostrarei o meu verdadeiro ser... Uma forma de morrer
Seu poema monotonia irá pasmar, irei escrever, mas
Triste irá ficar, Ah como irá ficar... Uma forma de amar.
Perfeita tu és, perfeita tu és, Ah como é!

II

Pondero a utopia de uma esperança a sonhar
Nele a sua alva face posso tocar
Ah como é lindo esse sonho que quereis viver
Toque-me, o infinito límpido irei buscar
Esperança? Saudade? Amor? Esse é meu ser?
Anelo que sonhei, Ah eu te encontrei, Ah eu encontrei!
Como és belo te amar, mesmo que numa ilusão de meu sonhar.
Não finda esse sentimento tão belo que brotou
Um dia... irei amá-la com outrora amou.
Sangra coração pútrido, chora olhos tristonhos
Rasga pele esquálida, morra alma maldita
Nesse instante onde o amor é um sentimento medonho
Não há para onde fugir, não... Não há saída
Tudo que toco, que sonho, que amo, é o você.
Mas isso é apenas mais um incógnito
"Amar-te, é ter a certeza que morrerei por um propósito"

III

Forja o fatídico lastimar no horizonte
Uma lágrima de sangue escorre de meus olhos
Ah maldito, ah maldito, queres estar em fronte?
Ávidas às lembranças tristes a recordar
O sepulcro do antanho retorna ao sonhar
Eu te odeio, mas a amo, e continuarei a amar
Dê-me um punhal, deixe-me mostrar o sangue escorrer
Meu pulso irei cortar para meu amor lhe provar
Sim, por você um dia (breve) irei morrer...
Sombras taciturnas de meu maldito olhar
Insistem em voltar, ah como sofro, e irei sofrer
O enfermo estás a sonhar, ah e viverá, ah e viverá.
Ó bestial, porque me atormentas? deixe-me apenas ansiar
Ó celeste, porque me ignoras? Deixe-me apenas amar
Não tenhas medo de minha morte amada
Foi apenas meu sonho, meu ódio, minha dor
Pois "A morte é apenas mais uma vida pérfida
Onde mais uma vez não terei seu amor"

IV

Ecos a serem ditos, ecos a serem ouvidos
- Você és linda, linda, linda.
- Obrigada, ouço responder uma voz infinita
- Seu sentimento és perfeito, perfeito, perfeito.
- Obrigada, ouço responder uma voz em devaneio
- Sua voz uma canção divina, divina, divina.
- Obrigada, ouço responder sua voz eternal
- Eu te amo, te amo, te amo e te amo
- ... O silêncio, resposta dum fim sepulcral.

V

Ah como foi linda essa minha ilusão
Pude te ter, te encontrar, te tocar
Ofegante da forja de meu coração
Pois mesmo que apenas em meu sonhar
Ah eu vou te amar, ah eu vou te amar...

Foto de Benny Franklin

O amor não precisa razão!

- não!... Por Deus!... Não!...

- não posso deixar a mãe de vocês sozinha

Nesta casa de tratamento!...

- meu coração não resistiria vê-la sozinha!...

- não!... Por Deus!... Não posso ir!...

Declaração de paixão eterna...? Sim...!

Magnífica prova de amor essa do velho Noah,

Que se internara na clínica psiquiátrica

Para ficar ao lado de sua grande paixão,

E de lá, não arredava o pé, por nada neste mundo.

Entre o sonho e a realidade,

Noah acabara de receber a visita de seus filhos,

E de prima facie, de súbito fora indagado por eles,

Do porquê dele não querer mais retornar para casa.

Dado o estado de total letargia em que Allie se encontrara,

E relembrando cenas passadas de um amor eterno,

Noah, subitamente, respondeu-lhes:

- não, meus filhos! Eu não voltarei para casa!...

- minha casa agora é aqui ao lado da mãe de vocês!...

- Ela é o meu lar!...

- O nosso amor não permite separação!...

Lembram de “Diário de uma Paixão”,

Inesquecível filme americano que narra história

De um grande amor

Vivido por dois jovens de diferentes classes sociais?

Pois é, assisti esta pérola cinematográfica em Teresina.

Emocionei-me com a história.

Aprendi o enredo do amor e agora já sei a lição de cor.

Filme como este deveria ser assistido por todo mundo

Em face de pura lição de vida que ele nos intui.

Extasiado, conclui que “o amor não precisa Razão”.

Não pede esmola. Não usa favor. Não engendra passagem.

Não anima circos de desamores, nem antros de libertinagens.

Lembrar que para ter o amor verdadeiro junto de si,

Aquele, que, movido pela ânsia de ter para sempre

O calor dos corpos, o afago do beijo,

O entrelaçar das mãos nervosas da mulher amada

Até chegar à conquista da vida a dois,

Noah e Allie: atravessaram guerras,

Terminaram romances, beberam cicuta,

Mergulharam na força da felicidade,

Em busca da verdadeira face do amor...

Já que é ao lado de quem se ama,

Que se vive a vida.

O amor é assim... Cheio de segredos,

De caminhos tortuosos, de lagos contaminados,

De dores redivivas, de lágrimas sentidas.

O amor, se amado à exaustão,

Remove montanhas, recobre vales, assopra nuvens,

Bebe oceanos e mares, comove o seu executor.

O amor, não precisa sabedoria, pois já é pós-graduado.

Não precisa arrebatamento, pois já é alado.

Não precisa ciúme, pois já é sincero.

Não precisa paga, pois já está de graça.

Não precisa ser três, pois dois, é-lhe o bastante.

O amor, quando tem a alma comprometida,

Transcende a energia desconhecida do infinito.

Quando temos amor e vivemos somente para ele,

A cor do coração torna-se incolor,

O sentimento torna-se alimento coletivo,

A água da chuva sacia almas semi-áridas,

O frio torna-se manta quente,

O quente torna-se brisa dos mares,

A montanha caminha até o outro lado do rio.

O amor não oferta dívida já que por ser idôneo

É ao mesmo tempo patrão e inquilino.

O amor não distribui riqueza já que por ser honesto

É ao mesmo tempo devedor e tesoureiro.

O amor não submerge na dúvida já que por ser oceânico

É ao mesmo tempo náufrago e timoneiro.

O amor não expele ódio já que por ser amor

É ao mesmo tempo criador e criatura.

Plagiando o bom Neruda,

Eu abro um sol, e canto aos amantes:

“... Oh amor! Quando eu morrer

Quero as tuas mãos em meus olhos:

Quero a luz e o trigo de tuas mãos amadas

Passar uma vez mais sobre mim seu viço:

Sentir a suavidade que mudou meu destino... “.

Todas às vezes em cujo mirante eu relembro esse filme,

Uma lágrima cai sentida, e um grito ecoa bem alto:

Oh amor, amor,

As orações ao castelo do céu

Ascenderam como triunfantes parreiras

E tudo inflamou em céu, foi tudo estrela:

O navio, a nave, o dia se expatriaram juntos.

Oh amor, amor,

O ódio de quem não ama alguém,

Está associado ao rancor.

O ódio e o rancor são inseparáveis com as duas

Faces de uma moeda.

Abandonando o ódio e o rancor,

As pessoas conseguem ser felizes.

Oh amor, amor,

O desejo de amar,

É anseio latente no âmago de nosso ser;

Trata-se de algo inato, transcendente,

E não algo que se adquire pela existência.

Nossa existência é a vida,

E a vida é uma energia que deve ser manifestada.

Por isso, é inerente em todos,

O desejo de amar.

Oh amor, amor,

O verdadeiro amor existe e perpassa a violência

Transformando-a em pétalas copuladas,

Perpassa a guerra salvando-a das lágrimas maculadas,

Ignora a fome desmedida, e na medida certa,

Desvia-se do precipício...

E como sendo dono de sua onipresença,

O amor está sempre presente e constante

No âmago de quem lhe anseia.

Oh amor, amor,

Por ser infinito, o amar não abriga defeito,

Já se basta inteiro, é suficientemente comparte,

É cálice absoluto, senhor de si, consorte:

E sua dor,

Não precisa razão.

Foto de angela lugo

Saudades de Ti

A saudade que sinto de ti
Começou a corroer
Meus momentos de reflexão

Do amanhecer ao anoitecer
Você está em meus pensamentos
Está impregnado no meu ser

Procuro desvanecer os meus pensamentos
Mas... Ela insiste em perseguir-me
Não sei mais o que fazer com essa saudade

Que coroe meu coração
Não me deixando em paz
Não me deixando viver

Sabendo que a alma pesa em torno
De quinze gramas...
A minha está pesando uma tonelada

Com essa saudade imensa...
Que sinto de você meu amor
Não consigo te esquecer

Meus olhos começam a lagrimejar
As lágrimas eu não posso conter
E as deixo caírem sobre minha face

A saudade é um sentimento que machuca
Que aperta o coração
Que dói lá no fundo da alma

Que não deixa amar outro alguém
Que perturba todos os sentimentos
Que está sempre presente

Estou perdida... Nesta saudade...
Tento encontrar uma saída
Mas... Tudo me leva a você

Não posso mais viver assim
Com essa eterna saudade
Que sinto de você meu amor

E neste momento te peço...
Vem amor... Vem...
Estou te esperando

Vem matar esta saudade...
Que há tanto tempo sinto
Dentro do meu coração

Foto de betoquintas

Quarta sagração (Sarcanomia)

Fraternitas
Hino do Cordeiro ao Leão

Bom e querido amigo!
Enfim posso em teus braços descansar,
Recarregar em teu leito,
A força e a coragem.

Por tempos fui sufocado
Por uma armadura,
Pelo cargo de general,
Pelo oficio da batalha.

Buscando na guerra,
Esquecer essa paixão,
O maior enganado era eu!

Cercando-me de louvores e adoração,
Provocando a discórdia e o preconceito,
Mas o pior admirador masculino
É aquele que usa a máscara do macho.

Muitas ovelhas eu arrebanhei,
Mas apenas aos Apóstolos me aproximei.

Agora deixo o rebanho
Aos cuidados do Lobo
E que os que me seguem
Que conquiste seu Leão.

Cumplicidade
Hino do Leão ao Cordeiro

Venha, sem demora!
Não faz idéia da dor
Que a cada chamado ignorado
Tu me causavas ao coração.

Por tantas vezes me ofendia,
Dirigindo suas flechas
Ao invés de seus carinhos,
Perseguindo a minha gente,
Como se não fossemos irmãos!

Venha, para reavivar a paixão
E que esse eterno amor
Possa servir de exemplo
E as pessoas se lembrem
Das palavras do profeta da carne.

Toda existência é divina,
É macho e fêmea,
Ambas e nenhuma.

Que os fanáticos descubram
O verdadeiro sentido
Do amor que ensinaste:

Amor sem restrição,
Paixão sem forma,
Prazer sem culpa.

Memória
Hino dos deuses ao Cordeiro

Frágil e fraca criança!
Por nossa imensa bondade
Nós mantivemos a lei,
Apesar de seus ávidos esforços.

Da fúria religiosa,
Protegemos a saúde do Leão
E o futuro das criaturas.

Dispensamos pelo mundo
O guarda e vingador máximo,
O que entrega franca e livremente,
A Lei da Vida a toda gente
E, na forma do Lobo,
Resgata as ovelhas da ignorância.

Mas não é tempo e momento
De julgamentos e condenações,
Este oficio é de tua estação,
Agora reina a Primavera!

Entre sem receio,
Misture-se na festa,
Brinde com seu Leão
E sorria com o Lobo
Alegre-se e viva!

Responsabilidade
Hino dos deuses ao Leão

Bendito seja, verdadeiro rei,
Aquele que lidera sem oprimir,
O que toma a paixão por nobreza,
O que faz do amor autoridade
E põe o prazer no trono.

Bendito seja, amor manifestado,
Arrebatador, incondicional,
Divulgador e promotor da lei,
Entrega-se aos devotos
Mais amor que estes exprimem.

Lembre ao Cordeiro a verdade
E mostre às ovelhas a forma,
Ao Lobo abra caça à castidade
E aos Apóstolos proíba a homofobia.

Que a toda criatura,
Veja, sinta e desfrute
A plenitude da Vida!

Defesa
Hino do Cordeiro aos deuses

Anciões da Eternidade!
O tempo do Inverno
É pesada lembrança
De meu cruel oficio.

Tudo que eu trouxe
Foi medo, ódio e guerra.

Por ser luminoso como vós,
Tornei tudo ao meu redor
Em sombras densas
Para destacar meu brilho,
Eis meu orgulho e vaidade!

Quis converter a todos e,
Para disfarçar meus defeitos,
Impus aos crentes ordem e disciplina.

Os cânticos me elogiam,
Os homens me clamam,
Eu sou o Messias.

Mas diante do Sol,
Mostro minha verdadeira face,
Eu sou a Estrela Dalva,
A Estrela Vespertina.

Eu apenas sou um luzeiro,
Diante do fogo do Amor!

Coragem
Hino do Leão aos deuses

Fraco eu sou também
E indigno de uma coroa,
Feliz em receber amor,
É imperativo distribuir.

Nada fiz de extraordinário,
Apenas segui a vontade natural.

Debaixo do Amor,
Estou sob as ordens do menor
E rendido ao vencido.

Ainda que seja objeto de escárnio,
Eu sempre hei de amar o Cordeiro.

Nosso amor não enxerga diferença,
Somos ativos e passivos,
Vivemos nosso lado feminino
Para elogiar nosso lado masculino.

O macho é figura em extinção,
Todo herói sabe-o bem,
Mais coragem se exige
Em desafiar infundado preconceito.

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