Expectativas

Foto de Zami

elo

Elo

Liga
Hipnotiza
Forma um ser
Forte feito aço
Enlaça
Fecha sem fendas
Sem ofensas
Sem mágoas
Sem expectativas futuras
Mas que perdure no exato momento da criação humana
Com desejo avassalador de ser feliz
Doando mais vida à vida

Foto de pttuii

Fazer de conta é bom

Contento-me com a solidão de uma mirada ao rio. Vestido de nobre falido, com aba de grilo imaginado, desfaço-me em agradecimentos à fogueira das vaidades que decomponho no horizonte. Lá longe, lá onde os pássaros despem as lingeries de senhora, e assumem onde nadam na noite erótica do mar revolto. Adoro-me como recolector de aspirações falidas, simplesmente porque eu fali as minhas próprias aspirações.
Enquanto mãe de água, da água que demora a cair porque as nuvens ardem de tesão, também falhei. Cuidei de amamentar expectativas. Acalorar rituais sagrados para apascentar demónios de filosofias bacocas. Fracasso. Total, completo, tão grande que até já usa ceroulas setecentistas.
O vento acalma o que pretendo seja uma transitória vontade de acabar com tudo. Finto um carneiro de duas cabeças que, apaziguadamente, começa a lamber-me as mãos. Reconheço-lhe características de entidade flatulenta e açambarcadora, por isso medo. Sim, medo alto, gigantesco. Terror do fim, porque o fim não tem princípio, e eu sinto-me um homem de meios pouco definidos.
Ao menos um exército. Adaga numa mão, escudo com a esfera armilar no outro, e uma voz de trovão em dia de epopeia renascentistas. Ninguém me pararia, porque só a imortalidade teria o condão de me amarrotar enquanto cadáver, jogando-me depois aos pés da tarântula que Deus guarda nos dias em que se sente satânico.
Por ora, meia volta, e volta para o que é seguro. Já se faz tarde. E a cegueira da calma que o silêncio ensurdecedor traz em vagas púrpuras, sempre contribuiu para menorizar o pouco que ainda resta no urinol do meu espírito.

Foto de Carmen Lúcia

E ele vem de novo...

E lá vem ele de novo!
Corações palpitam...
Expectativas se agitam
E invadem o ar...
Estará mudado?
Deixou o ruim de lado?
Ou virá de qualquer jeito
Sem ter-se reciclado, transformado?
Despojado-se das dores, dos rancores,
Das lágrimas, dos dissabores
Que salgaram, que pesaram
E sacrificaram tantas vidas?
As mesmas que agora lhe pedem guarida...
As mesmas que acreditam em sua vinda...
Ou virá perfeito, refeito, desfeito
Das atrocidades que desejamos apagar
Das mentes, das gentes, dos inocentes...
E que nós, impotentes, não pudemos abrandar...
Fechemos os olhos...deixemo-lo entrar...
Acreditemos...O amor é o que irá reinar!
Ele virá modificado...E por Deus abençoado!
Fará o mundo feliz...Tempo venturoso!
Vai começar do “Novo”!
Sem incertezas ou enganos...

Feliz Novo Ano!

Foto de Carmen Vervloet

OLHOS QUE VEEM, CORAÇÃO QUE SENTE

No meu coração, gravada em felicidade, a fazenda Três Meninas! O casarão caiado em branco, portas e janelas pintadas em ocre, a varandinha, como mamãe chamava, com jardineiras repletas de gerânios coloridos e camaradinhas que caiam até o chão. Em frente à casa, estonteante jardim, onde borboletas faziam seu ritual diário, beijando com amor a cada exuberante flor, cena que meu coração menino guardou para sempre. As cercas todas cobertas por buguenvílias num festival de cores. Em seguida ao jardim, o pomar com gigantescas fruteiras (olhos de criança, enxergam tudo maior), mangueiras, abacateiros, laranjeiras, goiabeiras e tantas outras que não se conseguiria enumerar, onde com a agilidade da idade subia, não só para colher e saborear os frutos maduros, mas, para ver de perto os ninhos de passarinhos, que papai com sua profunda sabedoria, já me ensinava a preservar. Passava horas sobre os galhos das minhas fruteiras prediletas, principalmente goiabeira, que era só minha, ficava ao lado do riacho, onde também costumava pescar. Lá do alto, no meu galho preferido, junto aos pássaros, voava em meus sonhos de criança feliz!
Nos meus devaneios, fui mãe (das minhas bonecas), fui anjo (nas coroações de Nossa Senhora), viajei pelo mundo (sempre que via um avião passar), fui menina-moça (sonhando o primeiro amor). Na vida real fui criança feliz, cercada pelo amor e carinho de minha doce mãe, de meu sensível e amigo pai (ah! Que saudade eu sinto de você, pai), de minhas duas irmãs mais velhas que faziam de mim sua boneca mais querida, colocando-me sobre uma pilha de travesseiros, num altar improvisado sobre a cama de meus pais, onde eu era o anjo, na coroação que faziam de Nossa Senhora. Nesta época eu tinha apenas dois anos e se o sono chegava, a cabecinha pendia para o lado, logo me acordavam, pois não podiam parar a importante brincadeira.
Já maior, menina destemida, levei carreira de vaca brava, só porque me embrenhei na pasto, reduto das vacas com suas crias, para colher deliciosa jaca, que degustara com o prazer dos glutões. O cheiro da jaca sempre me reporta às boas lembranças da Fazenda Três Meninas... Até hoje tenho uma pequena cicatriz na perna, que preservo com carinho, sinal de uma infância livre e feliz. Desci morros em folhas de coqueiros, cavalguei cavalos bravos, pesquei com peneira em rio caudaloso! Ah! Tempo bom que não volta mais!...
Mês de dezembro. Tempo de expectativas e alegrias. Logo no começo era a espera do meu aniversário, da minha festa, do vestido novo, do meu presente, o bolo, a mesa de doces com os deliciosos quindins feitos por mamãe. Depois a expectativa do Natal, a escolha do pinheiro, do lugar estratégico para montar a imensa árvore, os enfeites coloridos, estrelas, anjinhos, bolas que eu ajudava mamãe a pendurar, um a um, com delicadeza e carinho, junto à certeza da chegada do bom velhinho, em quem eu acreditava piamente, com todos os presentes que havia pedido por carta que mamãe me ajudava a escrever. O envelope subscritado com os dizeres: Para Papai Noel – Céu
E depois era esperar a chegada do grande dia. Era o coração batendo em ansiedade, era a aflição de ser merecedora ou não da atenção do bom velhinho. Quando chegava o dia 24, sentia o tempo lento, as horas se arrastando, o sapatinho, o mais novo, sob a árvore, desde muito cedo, o coração batendo acelerado. Mal anoitecia, já deixava a porta entreaberta para a entrada de Papai Noel e corria para minha cama tentando dormir, sempre abraçada a minha boneca preferida, para acalmar as batidas do meu coração. O ouvido apurado para tentar ouvir qualquer ruído diferente. Era sempre uma noite muito, muito longa! Os olhos bem abertos até que o cansaço e o sono me venciam!
No dia seguinte, cedo pulava da cama. Que grande felicidade, todos os meus presentes lá estavam sob a árvore. Era uma festa só! Espalhava os presentes pela casa toda, na vitrola disco LP tocando canções natalinas, função de papai que adorava música... (Ah! Papai quanta coisa boa aprendi com você). Lembro-me bem de um fogãozinho, panelinhas, pratos, talheres que levei logo para o meu cantinho, onde brincava de casinha. Lembro-me também de uma boneca bebê e seu berço que conservei por muitos e muitos anos.
Todas essas lembranças continuam vivas dentro de mim, como se o tempo realmente tivesse parado nestes momentos de paz e felicidade. Os almoços natalinos na casa de meus avós paternos onde toda a imensa família se reunia em torno de uma enorme mesa. Vovô na cabeceira, vovó sentada a sua direita, tios, tias, primos e mais presentes para as crianças, comidas deliciosas, sobremesas dos deuses, bons vinhos que eu via os adultos degustarem, (depois do almoço, escondida de todos, eu ia bebericando o restinho de cada copo), arranjos de frutas colhidas no pomar, flores por toda a casa e depois minhas tias revezando-se ao piano, já na sala de visita, onde os adultos tomavam cafezinho e licores. A criançada correndo pelo quintal, pelo jardim, pelo pomar... Tantos momentos felizes incontáveis como as estrelas do firmamento! Momentos que eternizei no meu coração.
Hoje o tempo é outro, a vida está diferente. Muitos se foram... Outros chegaram... Os espaços estão reduzidos, as moradias se verticalizaram, as janelas têm grades por causa da violência, as crianças já não acreditam em Papai Noel, desapareceu o espírito cristão do Natal para dar lugar a sua comercialização, as ceias tomaram o lugar dos grandes almoços em família, da missa do galo...
Mas a vida é dinâmica e temos que acompanhá-la. Os grandes encontros de família são raros. As famílias foram loteadas, junto aos espaços, junto a outras famílias, junto à necessidade de subsistência.
Nada mais é como antes, mas mesmo assim continuamos comemorando o nascimento do Menino Deus, em outros padrões é verdade, mas com o mesmo desejo de que haja paz, comida e felicidade em todos os lares.
Feliz daquele que tem tatuado nas entranhas da alma os venturosos natais de outrora vistos por olhos que vêem, olhos atentos de criança, sentidos com a pureza do coração!
Olhos da alma, sentimentos eternizados!...

Carmen Vervloet
Vitória, 23/12/2008
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À AUTORA

Foto de MarvinCesvaz

Crônica da Felicidade

Sustentamos como evidentes estas verdades:
Que todos os homens são criados iguais
e que são dotados por seu Criador
de certos direitos inalienáveis.
Que entre estes estão:
A vida, a liberdade e a busca da felicidade

Engraçado como isso não faz sentido, não?
Penso;
A felicidade, é algo que não se procura.
Se lhe dissessem que tem o direito de ir atrás de seus sonhos e,
se Deus quiser, isso te faz feliz, provavelmente acreditaria. ( mentira? )
Talvez eu esteja errado, e não que eu tenha razão ou seja vidente, no entanto,
só não esta implícito como é evidente; e Deus me perdoe e eu estiver errado...
Mas evoluímos condicionados a isto: "A busca da felicidade e sua falsa Promessa."
Esquecendo-nos ou nem nos dando conta de que, pode ser surpresa e surpreendente,
e não estar somente (ou nem um pouco) nos objetivos e ideais. Não é isso que é felicidade.

...Semântica?
Não, é filosofia!
A felicidade é intangível, é uma emoção.
Não pode ir a sua busca.

Então um de nossos fundamentos está enganado?
Se quiser considerar desta forma, é exatamente isso.
A felicidade não é um causador;
É causa! Não é dinheiro, objeto ou um estado.
Não é uma ciência física, não é estratégia, uma invariável nem material.
A felicidade é simplesmente felicidade.
Algo derivado e que se deriva.
Não se planeja não encomenda, simplesmente vem; vem-nos; chega
E não procuramos nem buscamos.
Primeiramente, ela não esta perdida!
Segundo pode se dizer que simplesmente, ela não nasceu.
Está para nascer, esperando, ou ainda não fomos apresentados.

As vezes indesejável (indesejada), as vezes de proveta.
Por fim, quando nasce ou se apresenta
É um bebê, um filhote, é uma constante e mutável.
O emprego da(de) felicidade na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Ou ela pode não ser empregada, e ser autônoma (na integra desempregada);
Um cachorro sem dono, um gato sem lar ou simplesmente ser vida e/ou vivida.
Finita ou infinita não importa.
Pode ser limitada ou ilimitada, durar 100 anos ou 10 minutos.
E, a felicidade pode ter vários nomes,
Se chamar "Pai", "Mãe", "Filho";
Se chamar "Amante", "Esposa" ou "Amigo".
Pode também não ter nome nenhum.
Cada um tem sua visão, seu ponto de vista.
Opinião pessoal, sua intuição e tradução específica, ou singularidade; diferencial.

Há quem conhece a felicidade ainda inocente
Pode alguém também levar uma vida inteira sem saber o que de verdade seja isso.
Talvez eu tenha mais dez anos em vida,
Talvez não acorde para contar história, ou que viva dez vezes em anos o que já vivi e conquiste, quiçá até lá, meu nome no livro dos recordes (“O Homem mais velho”) e contudo, poderia eu morrer sem conhecer ou saber o que é:

“F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”

Irrefutável espírito
Espírito em estado e não estado de vida, nem status
Felicidade, estado de espírito e não vida balizada.

A minha (por exemplo) pode vir das esperanças de um sonho
Uma vida em comunidade, uma rua de mão única, ou, uma conquista profissional.
Ou, pode se encontrar depois de uma encruzilhada,
(Seguida confim) N’uma casinha com cercadinho branco, pequenina e no alto do morro
E pode estar sujeita a mudar e ser em uma mansão, ou naquele AP apertadinho do centro;
Em um bairro afastado (é indiferente), no entanto, recheada com esposa e lindos filhos.

Não importa! A felicidade é o inesperado, como disse,
Indiscutível, irretorquível e indescritível anseio.
Felicidade é contudo, passar pela porta estreita.

Muitos até individualizam felicidade com paixão absoluta
Embora não seja somente isso!
E outros, vêem felicidade como um mercado fechado
Apenas segurança se esquecendo do sentimento.
Se formos focalizar, por exemplo, felicidade quando confundida a contos de fadas
Relacionadas ao coração (tolos aqueles que se limitam apenas à)
Obteremos então um caminho mais abrangente.
Assim, é legal por hora, lembrar que
Na vida real, os amores não são como nos contos de fada.
A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco.

Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

É mais ou menos assim que as expectativas de felicidade (em amor) vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa.
Quanto menos enxergamo-nos a nós mesmos, mais são as exigências que fazemos.
Isso deveria nos fazer parar para rever nossos conceitos. (“Que isso, pura bobagem!”- sociopatia)

Entretanto a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade,
descobrimos que tal felicidade e o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na
verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras.
O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior.
O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Assim, nos tornando passivos no sentimento, à uma emoção inerte,
Ignorada e posta a morte, enquanto amamos e felizes somos na passiva ate que, amor ou felicidade não tenha passado de mais um conto d’uma pagina em nosso livro.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades (ou exigências/conceitos e pré conceitos mal formados) e que, a felicidade (assim neste aspecto) se torna utópica e então criamos além e também, inúmeras e varias outras, e barreiras, que não caberia de impedir um bem maior. (o que infelizmente se sucede)

Assim sendo, o seu príncipe tão esperado pode até existir.
E a sua princesa tão desejada pode estar escondida em algum lugar, mas por favor, seja realista!
É preciso baixar as expectativas.
O amor de sua vida e sua felicidade virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.

Cavalos brancos e pote de ouro no fim do arco-íris são muito raros nos dias de hoje.
É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 e sua felicidade se encontrar em uma casinha na beira de um pequeno lago.

E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto.
É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa de supermercado mais próximo.

Não tem problema...
Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, todos têm o direito de viverem “felizes” para sempre!

Simplesmente espero que, não tenham certo julgamento a respeito de felicidade.
Amor é amor, alegria é alegria e Felicidade é felicidade e não “Feliz-Cidade”!
Abram os olhos, não está a “olho nu” e sim além...
A felicidade está em você, a felicidade agrega, é você; somos nós!
E não se acomode ou acanhe por conta da sociedade
Pois você se conhece, os outros, só te imaginam...!” ( MarvinVaz – Crônica da Felicidade )

Foto de Sentimento sublime

Vidas Divididas! Osvania_Souza

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Vidas Divididas!

Começam num simples olhar
No jeito de ouvir e falar
Nos passos a caminhar
O modo de comportar
De como nos tratar
Começa a vontade
De não querer um do outro
Jamais se afastar
Poder um ao outro
Tudo compartilhar
Brilho nos olhos
Ao se encontrarem.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Expectativas!
Metas cumpridas.
Para juntos caminharem
Pelas estradas da vida
Amor pulsando no peito
Alegrias, festas, casamento.
Momento sublime!
Que a tudo aceita e redime.
Filhos nascendo, passa-se o tempo.
Já não se tem os mesmos momentos.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Perderam-se no tempo.
Vidas passando, rotinas chegando.
Quebra-se o encanto.
E o amor?
Em que caminho, estrada.
Ou cantinho você deixou?
Começam as brigas.
Ciúmes, lamentos, tormentos.
E aos dois restaram sofrimentos.
Vazio no peito e na alma
Esperança que nos ilude e nos acalma
De um ao outro reconquistar.
Não teve jeito!
Só restaram lamentos.
Vidas divididas.
Só resta tentar com outras vidas recomeçar

Foto de Sentimento sublime

Vidas Divididas! Osvania_Souza

Vidas Divididas!

Começam num simples olhar
No jeito de ouvir e falar
Nos passos a caminhar
O modo de comportar
De como nos tratar
Começa a vontade
De tudo compartilhar
De não querer um do outro
Jamais se afastar
Poder um ao outro
Tudo compartilhar
Brilho nos olhos
Ao se encontrarem.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Expectativas!
Metas cumpridas.
Para juntos caminharem
Pelas estradas da vida
Amor pulsando no peito
Alegrias, festas, casamento.
Momento sublime!
Que a tudo aceita e redime.
Filhos nascendo, passa-se o tempo.
Já não se tem os mesmos momentos.
Emoção, carinhos, beijos.
Abraços, calor, desejos.
Perderam-se no tempo.
Vidas passando, rotinas chegando.
Quebra-se o encanto.
E o amor?
Em que caminho, estrada.
Ou cantinho você deixou?
Começam as brigas.
Ciúmes, lamentos, tormentos.
E aos dois restaram sofrimentos.
Vazio no peito e na alma
Esperança que nos ilude e nos acalma
De um ao outro reconquistar.
Não teve jeito!
Só restaram lamentos.
Vidas divididas.
Só resta tentar com outras vidas recomeçar.
Osvania_souza

Foto de Carmen Lúcia

***Amigos

Sem palavras
Sem compromissos
Sem cobranças
Sem trapaças
Sem interesses
Sem suscetibilidades
Sem expectativas
Sem culpas
Sem vaidades...

Amigos...

Carrilhão de emoções
Caminhos que dão as mãos
O que há de puro e belo
Sentimentos que fazem o elo
Reciprocidade e verdade
Doação, gratidão, perdão...

Compreensão
Companheirismo
Lealdade
Humanidade
Realidade
Solidariedade
Religião
Coração ...

Ou simplesmente...
Amigos!

(Carmen Lúcia)

"Ofereço esse poema a todos meus amigos desse site."

Foto de Izaura N. Soares

Sem pensar no amanhã

Sem pensar no amanhã

Dei tudo de mim para você
Sem pensar no amanhã, sem
Pensar que talvez eu tivesse
Me iludindo com um amor que
Não estivesse ao meu alcance.
Tal pensamento tomou conta da
Minha mente e logo veio a
Dúvida, a pergunta, será que
Agi certo em entregar-me por
Inteira a alguém que está
Longe das minhas expectativas?
E que esse alguém deixa tantas
Saudades no meu peito. Que me
Faz sentir a constante presença
Da solidão.
Faz-me sentir saudades do seu
Toque, do seu cheiro.
Saudades dos seus beijos.
Do seu olhar malicioso querendo
Adivinhar o meu pensar.
Sinto saudades do seu sorriso.
Um sorriso que transformou que
Me encheu de alegria e felicidade
E que me fez enxergar que viver a
Plenitude de um momento é viver a
Verdadeira felicidade.
Mas você partiu sem nenhum adeus.
Deixando apenas a saudade do seu
Amor, e do seu carinho.
Diga-me, como controlar um coração
Que só sabe amar?
Como controlar um coração apaixonado
Que insiste no erro em amar sem ser
Amado?
Isso, só o coração poderá responder.
Pergunte a ele.

Foto de Barzissima

História de amor e Saudades - 9

Curitiba, 08 de agosto de 2008

Olá querido!

A mistura de sentimentos que passam agora por mim foram que fizeram eu escrever hoje.... Como você sabe agora ficou mais fácil pra mim saber de você. Mas o que eu soube essa essa semana, me fez ficar triste.... as coisas que você esta fazendo com você me deixaram assustada. O bom disso é que decidi... preciso ainda mais falar com você... não criando expectativas em relação a nós, não... sabe que nem sei direito o que quero falar.... tem tantas coisas.... tantas perguntas a fazer, comentários... vou atrás disso e acredito que ate semana que vem eu já consiga seu contato pra falar com você pessoalmente.... Tomara! E tomara também que você queira falar comigo né... na atual situação que você esta, tenho medo de você nem querer me ver... mas mesmo assim vou tentar.
Sabe que tenho uma foto sua aqui no meu computador, no trabalho... maravilhas da tecnologia né... copiei do orkut... assim posso te ver, sempre que sentir saudades....

Hoje é dia 14 de agosto de 2008, sabe, acabei não cumprindo o que eu tinha dito acima... não sei... tenho medo. Medo de entrar em contato com você, ou com sua mãe, que pelo que me disseram também gostaria de falar comigo... agora parece que estou fugindo um pouco dessa situação... parece que prefiro deixar tudo quietinho, como está... tenho medo de criar expectativas em mim, para você, enfim... coisas que podem fazer com que a gente fique decepcionado depois... e no estado em que você se encontra, se isso chega a acontecer com você, pode piorar ainda mais a sua situação, e eu não quero isso. Estou confusa demais... talvez a melhor escolha seja esperar um pouco, ou não??? Ai, meu Deus, o que fazer ??? Se ao menos você pudesse ler o que escrevo....

Nesse momento, o que desejo a você, do fundo do meu coração e com um sentimento muito forte, é que você consiga sair dessa, que possa e QUEIRA se recuperar, pois isso aí não é a vida que você merece ter... você tem que fazer coisas que façam bem tanto para sua mente, para seu coração, para sua alma... se eu tivesse certeza que poderia fazer bem pra você, sem fazer mal para mim e sem fazer mal para você mesmo, eu juro que pegava agora o telefone e ligava pra sua mãe... mas não sei como seria... por isso só vou ficar aqui, rezando, pedindo a Deus que te liberte e ilumine seu caminho e sua vida!!!!

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