Estradas

Foto de CarolComPoesia

Trajetória

O que é o tempo
senão um passar incessante de horas,
momentos finitos que descem em escorregadores
plantados em praças,
onde crianças descem e prosseguem a
vida passante,
horas mutantes de instantes passageiros,
que, ligeiros, transmutam-se em tempo novo
como a flor que abre pétalas todos os dias
sobre um novo dia

Tempo desmedido,
não espera, não volta a cabeça,
inflexível vive, quem quiser que o siga,
são estradas e mais estradas, encruzilhadas.
Há opções, decepções e algumas flores,
meios e inteiros e algumas dores
em passos a escolherem a forma, o ritmo
e há bem mais, há escolhas

Tempo destemido,
não aguarda em estações e os bancos estão cheios,
é viagem sem paradas, com partidas e chegadas,
lágrimas e despedidas
e há versos em algumas estradas, deixados em jardins,
sob chuva e sol e esperam por mim,

Só os versos aguardam e guardam toda a vida em si
que nunca será colhida
- e espremida entre o tempo e o alento de passar os dias –
será a vida apenas horas
correndo na ampulheta morta, que nada sabe
a não ser escorrer a areia com sonhos e sonhos
sobre orifício estreito feito um buraco
neste apertado peito.

(Carol)

Foto de Ednaschneider

Sentimentos

Oi meu amor, venho agora neste momento.
Dizer que estou sentindo o mais nobre dos sentimentos.
Não importa para onde vou.
O que sinto por ti é amor.

Estou andando nas nuvens, estou encantada.
Inebriada de paixão.
Passando por estradas antes não passadas:
A estrada do seu coração.
Onde vejo a paisagem da sua emoção.
E sinto a doce fragrância da retribuição.

A flor mais linda é o teu olhar.
Onde reluz o brilho do Sol sobre o mar.
Brilho este que vive a me encantar.
E neste encanto a brisa do verbo amar.

Sinto o gosto dos seus beijos
Em minha boca.
Gosto que me deixa com mais desejos
E esta paixão doce e louca.

Amo teu sorriso
Teus lábios, tua língua quente:
Que me deixa sem juízo
E depois me crava os dentes.

Eu me derreto, eu me esvaio.
Atendo teus apelos:
Eu me remexo, eu me contraio.
Sinto a maciez dos seus cabelos
Quando os dedos neles deslizo
E nessa busca incessante e sem juízo
Eu grito enquanto você me leva ao paraíso.

Joana DArc *
13 de junho de 2007
*Direitos reservados à mesma.

Foto de Remisson Aniceto

Inexistência

Tênue como o sol no fim das horas,
tua imagem delirante por mim passa.
Tu me olhas, ris, me acenas e choras.
Pra te tornar real nada há que eu faça.

Em teus lábios já não há sons nem movimentos.
Tua forma é nevoenta e desregrada.
Teus cabelos desgrenhados com os ventos
são loucos fios desenhando nas estradas.

Nas desoras os meus olhos também choram...
Tão diversos, temos o mesmo penar:
se teus lábios - sendo vultos - já descoram,
os meus lábios - tão reais - não têm par.

Foto de cathy correia

O meu amor

O meu amor...
Deixem-me gritá-lo por todas as montanhas
Espalhá-lo por todos os rios
Deixá-lo correr por todas as estradas.
O meu amor
Existe em cada criança que nasce,
Em cada velho que ri,
Em cada pessoa que se apaixona.
O meu amor
É algo especial
Não vai existir outro igual
Porque é meu...
O meu amor
É dar aos outros Felicidade
Poder retribuir Amizade
E, encontrar-te sempre que te procuro
Meu amor...

Foto de Gabriela Brassi

Sensibilidade

A mesma sensibilidade,
O mesmo desejo,
O mesmo gosto,
A mesma identidade

Cumplicidade,
Carinho, ternura,
Ação, desejo e aventura

Tudo... na mesma intensidade.

Corpos idênticos que se completam

Almas que se perpetuam nos sentimentos
Olhos que dividem o brilho das estrelas

O tempo passa e a sensação continua intacta
Como se tivéssemos parado o calendário

Mas... quem se importa com isto?
Continuamos nossas trajetórias em estradas paralelas
Sem, no entanto, deixar de perceber
A mesma sensibilidade,
O mesmo desejo,
O mesmo gosto,
A mesma identidade

Foto de francineti

Soneto da minha desilusão

Fui tomada por uma forte dor
as estradas da vida
me separaram do meu amor
ele se foi e só me deixou desamor

Lá se foi a minha inspiração
estou sozinha com a minha solidão
Perdi a alegria
tornou-se triste a minha poesia

Vivo a implorar
vem meu bem
vem novamente me amar

Só tu és capaz de me fazer sorrir,
de me encantar e inspirar
e só assim eu posso versar.

Foto de andrepiui

Mamifero Noturno

Ouço as batidas do meu coração
que palpita tão rapido
que mais parece um vulcão
entrando em erupção.
Um casal se esbofeteia
em plena madrugada
no meio da rua
em frente a minha casa.
ligo a caixa amplificada
e ouço sair várias
melodias da minha guitarra.
Melodias de amor
paz revolta tristeza
e muito rock n roll.
Fecho os meus olhos
e muitas imagens
me aparecem como visão.
Imagens de um mundo melhor
sem guerras preconceito
miseria fome e descriminação.
Mais enquanto não
nos ver-mos como irmãos
jamais sairemos desta situação.
Chaos total
espalhados por todo este mundão...

Morcego, mamifero noturno
nos veste como soldados
e nos ajuda a fazer
com que o sol venha a brilhar
no meio de todo esse escuro...
Pois a escuridão
que está assolando a tudo
está escondendo a beleza da Lua
que encanta a todos
neste imenso mundo...

Chove e não molha
o Sol que parece Lua cheia
entre as nuvens.
Faz aparecer nas estradas
um calor que transborda,
transborda em fervor.
Como um grande amor
perdido no tempo e no espaço
mais que nunca se acabou.
Transborda em um grande caldeirão
desmascarando tudo e a todos
estarrando de vez a corrrupção.
Que assola a mente
de todos neste imenso mundão.
Precisamos nos unir
sentir de vez
a energia positiva fluir.
Pois verdadeiros soldados
realmente nós temos que ser,
se esse quadro podre e imundo
quiser-mos de uma vez reverter...

Morcego, mamifero noturno
vem mostrar a todos
o Sol que brilha
no meio deste imenso mundo...
Morcego doce sanguinário
vem nos ensinar
como ser-mos todos loucos
mesmo não estando chapado...
(André dos Santos Pestana)

Foto de angela lugo

A dor de não o ter

O que será de mim sem ti?
Caminhando pela vida, sentindo seu perfume.
Que passa com alguém que não é você...
Quando a noite chegar deitar-me-ei em minha cama
irei te procurar e não te encontrarei,
Enrolar-me-ei nos lençóis vazios
farei do meu travesseiro a saudade
e do vazio do meu quarto a solidão
sem nem mesmo saber o que fazer.
Caminharei pelos meus sonhos e tentarei encontrá-lo
e se lá não estiveres, continuarei só, em meus caminhos
Mesmo que o procure por todas as estradas da vida
E lá não te encontrar, que será de mim meu amor?
Sem ti em minha vida o desespero vai tomar conta de mim
Irei assustar-me pela solidão...
Pelo sopro do vento...
Pelo calor do sol...
Pelo frio da manhã...
Pelo sacudir da razão,
que vai chamar minha atenção,
por tanto andar e não te encontrar.
A dor vai sucumbir a minh’alma, afetar meu coração.
Abalar a minha vida que não tem sentido,
sem tu meu amor querido.
Irá difundir este sofrer dentro do meu ser.
Alastrando-se pelo meu corpo,
que jaz aqui a te querer sem a mim tu pertencer

Foto de andrepiui

Dama de Preto

Vagando pelas ruas
em rumo ao infinito
vejo muitas constelações
e o quanto o céu está tão lindo
a rainha do meu coração
está toda vestida de preto
andando pelas estradas
pego carona num caminhão
peço duas doses de conhaque
e toco meu violão enquanto eu bebo
ela gosta de paz interior
e é o que tenta para os outros passar
eu viajo nas cornéas dos teus olhos
e vejo que á paz
só ao meu lado irá encontrar
nao tenho o dom de prever o futuro
nem tão pouco sei o dia da minha morte
mas peço a Deus
para que seus labios com os meus
um dia ainda se toquem...

Óh!! dama de preto
onde estás você agora
faço uma oração a lua e as estrelas
para que você surja a o meu lado
e nunca mais vá embora não
Óh!! doce dama de preto
que robou meu coração
sem você eu só faço beber
esqueço até de como tocar meu violão...

fecho os olhos para dormir
e chego em outra dimensão
não sei o que estou fazendo aqui
mas entendi quando você
com suas mãos celestiais
tocou o meu coração
o azul celestial o verde da natureza
espalhados pelos quatro cantos do mundo
mas sem você é impossivel que eu floresça
invento desculpas para sempre a o seu lado está
mais você não acredita
e o porquê também
não sabe me explicar
te entrego óh rainha
o meu coração inteiro
para que só você possa reinar
por toda eternidade
e com ele se expandir
pelo mundo inteiro...
(André dos Santos Pestana)

Foto de Jorgejb

Tenho...

Tenho os dedos marcados
desta escrita,
que por vontade própria
me conduz impunemente a ti.
Tenho os olhos cansados
de os abrir, noite fora,
murmurando nos silêncios,
procurando em relances de luz,
o teu vulto,
tua figura.
Tenho a minha boca ardendo
seca, dorida
das palavras que não disse
e das que repito a cada
minuto,
do teu nome.
Tenho o peito encovado,
arfando,
procurando outro ar
que respire,
solto do cheiro
com que teu corpo
me atormenta.
Tenho a vida despegada,
das portas onde
não entro,
das estradas que não percorro,
dos rostos felizes
que não visito.
Tenho-te a ti,
e…
basta-me.

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