Espaço

Foto de Izaura N. Soares

Uma trovinha para você

Uma trovinha para você
Izaura N. Soares

Não deixe sua alma sofrer
Por um amor não conquistado
Faça sua alma viver...
Por um amor do seu lado!

Não deixe que um simples abandono
Faça sofrer um coração que ama,
Não faça da sua vida um transtorno
Muito menos um melodrama!

Cheque seu tempo e seu espaço
Retire do peito a agonia,
Do corpo o cansaço,
E viva feliz com alegria!

Sinto saudades de ontem,
Do hoje só quero lembrar
Que um dia me amaste também,
Do amanhã; só quando chegar!

Serei sua eterna namorada
Se assim tu desejares,
Não quero ser abandonada,
Por problemas particulares!

Desejo sim, ser amada,
Por um príncipe encantado,
Ser feliz e cortejada
Abraçar-te bem apertado!

Por hoje paro sem querer,
Não consigo mais versejar,
Lembrei-me de você
Pus-me a chorar!

Sonhei um sonho enfadonho,
De alguém a lamentar
Meu coração continua tristonho,
Mas vou sempre te amar!

Dedico somente para você
Essa minha simples trovinha,
Feito com muito carinho e prazer
Do amor que é minha estrelinha!

Foto de Sonia Delsin

MORRER

MORRER

O mar é azul.
Azul é o meu sonho de voar.
Voar, voar...
feito uma gaivota.
O cavalo trota, trota.
Sonhar... sonhar...
Voar... voar...
Estou perdendo altura.
Vou cair no mar.
Vou me afogar.
Afagar uma criança.
Uma que ainda mora em mim.
Que mora em minha alma.
Olhos, luzes, cores.
A vertiginosidade das coisas.
O tempo em sentido inverso.
O que é tempo? O que é espaço?
O que é trotar?
O que é voar?
O que é mar? O que é afogar?
Azul é o mar.
Voar é um sonho azul.
Sou gaivota.
Estou morta...

Foto de Carlos Lucchesi

Recomeço e Fim

Amo você tão certo como flores na primavera,
Como lavras de um vulcão,
Que descem aquecendo a terra.

É amor de raridade percebida,
Daqueles que acontece,
Uma só vez em nossas vidas.

Delírio em mim,
Febre descontrolada,
Inevitável,
Como copo que transborda na última gota dágua.

É mais sonhador do que o bravo Dom Quixote,
De fazer desnortear,
Seguir pro sul,
Querendo ir pro norte.

De perder o juízo,
Como caminhar na chuva forte em dia de granizo.

É fogo que queima sem doer,
Gemido de amor que dá prazer.

Razão do meu olhar perdido nos fins das tardes,
E de caminhar sem destino,
Pelas ruas da cidade.

É visão tão esperada,
Como o pássaro do seu ninho,
Ou de um náufrago,
Que avista as velas de um navio.

Meu espaço sagrado,
De alegrias e de dor,
Onde nem mesmo os deuses,
Ousaram fazer amor.

É a minha mordida na maçã do paraíso,
Inspiração que me alimenta,
Nos dias que preciso.

Minha insônia das madrugadas,
Sorriso de Poeta,
Que escreve pra sua amada.

É minha fortaleza,
Meu castelo medieval,
E minha fraqueza,
Pés descalços no meu quintal.

Meu canto de sereia,
Que busco no horizonte do mar,
Nas noites de lua cheia.

É minha miragem de oásis no deserto,
Menino perdido,
Que encontra o caminho certo.

Minha odisséia no espaço,
Rastros de cometas,
Que me guiam pros seus braços.

É meu maior motivo pra sorrir,

Escrever,

Existir,

Recomeço,

E fim...

Foto de Izaura N. Soares

A essência do prazer

A essência do prazer
Izaura N. Soares

De você guardo as melhores lembranças,
Em você sinto as melhores fragrâncias,
Um aroma que perfuma o tempo perfumado...
Que na minha face mostra o ser desejado...
E o quanto tu és amado!
Sinto-me solta devaneando sonhos,
Soltando as minhas asas
Encontro-me com sorrisos risonhos,
Que na suavidade de um toque...
Enterneço-me com a essência do seu prazer.
Desejos que me envolvem...
Transpirando suavemente o suor do amor,
Que brota no meu corpo suado
De tanto desejar-te e querer-te!
Eternamente silencio meus devaneios,
Fecho os meus olhos...
Deixo-me guiar pela força do momento,
Onde não há espaço para o sofrimento.
Nossos caminhos são livres,
Percorrem estradas de fantasias...
Sempre procurando o sol da magia.
Porque em ti, guardo as melhores lembranças,
Em ti, cultivo sempre a esperança.

Foto de Dirceu Marcelino

PALAVRAS - VÍDEO-POEMA - III EVENTO LITERÁRIO DE 2008 - Dia dos Namorados - Inscrição para LU LENA e SEMPRE-VIVA a q. homenageio

1ª - PALAVRAS DE AMOR

Sinto-me fugidia e perco totalmente a razão
nessa minha vontade em te ter, percorro um vão
num êxtase que arde e fere de tanto te querer

Em lágrimas incontidas, que choram tua ausência
num corpo flamejando, implorando tua presença
insensatez essa, sobrevivo de esperanças oclusas

Assim, vou vivendo entre sonho e realidade,
essa ilusão é como a bruma que borda o amanhecer,
e vivo assim em passos lentos caminhando sem saber...

Flutuando em silêncio nessa utopia virtual,
és como um vírus que adentra meu mundo introspecto e real...
e assim vou soprando escritos ao vento nessa divagação,

Numa nuvem ilusória, onde o alvo seja teu coração
sentir o que sinto, não tem explicação e nem teoremas,
pois tudo o que digo e te escrevo, está em meus poemas...

E, por mais que eu tente escrever e expressar o meu desejo
uma brisa suave invade meu corpo em orgásticos lampejos
tu'alma enlaça-me com volúpia e paixão e vem me dizer:

- Palavras, pra quê...? (Autoria LU LENA )

2ª - PALAVRAS AO VENTO I - Respostas ao vento são iguais as que são colocadas em garrafas e jogadas ao mar

Eu sinto uma espécie de encantamento
Ao lembrar-me daquela única vez
Em que te amei e sinto aquele momento
Em que penso em ti e em tua nudez.

Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez
Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez

Infinita desse instante é o tormento
A romper minha vergonha e timidez
De pensar em ti relance e fragmento

D’um amor transcendente o invés
Do real em que hoje lamento
Essa dor que me causa tantas trepides.

3ª PALAVRAS AO VENTO II

São tantas as palavras sem sentido
Que ouves que acha melhor as apagar
Do seu acervo de escritos tão eruditos
Eis que cada uma é uma flor que tens de olhar,

Vedes cada rosto de seus queridos
Amigos e do teu amor a te assombrar.
Fluem delas para ti os ventos benditos
Que a fazem sem querer te despertar.

Vedes o tempo passado e perdido,
Que pretende de algum modo recuperar
Mas são como ondas dum vento invertido

A lançar contra ti as águas do mar,
Despertam e mexem com tua libido
Eclodindo nessa vontade de amar. (Autoria Dirceu Marcelino )

4ª - PALAVRAS AO VENTO III - DUETO

"Palavras ao vento rolam no espaço
Flutuam ao léu e dançam ligeiras
Sem notas e sem rumo ou qualquer compasso
Nos ventos do céu como em brincadeiras

Felizes de crianças que num abraço
Dançam sob o encanto de verdadeiras
Músicas, cantos d’amor no entrelaço
De almas tão puras sempre a navegar"

Sobre nuvens brancas e alvissareiras
Das palavras que aprendem antes de andar
Aqui ou em qualquer terra estrangeira

Como faremos para ensiná-las a captar
Tanto àquelas como as brasileiras
O significado uno do verbo amar (Autoria SEMPRE-VIVA e Dirceu Marcelino )

Foto de Dirceu Marcelino

PALAVRAS AO VENTO III - Homenagem a SEMPRE VIVA

*
* Este soneto em Homenagem a Sempre Viva é um preparativo para um vídeo poema, incluindo quatro poesias, uma de Lu Lena, três de Dirceu Marcelino, sendo que a última um dueto feito com palavras de amor que devemos ensinar às crianças inspirado e com palavras de Sempre Viva.

Palavras ao vento rolam no espaço
Flutuam ao léu e dançam ligeiras
Sem notas e sem rumo ou qualquer compasso
Nos ventos do céu como em brincadeiras

Felizes de crianças que num abraço,
Dançam sob o encanto de verdadeiras
Músicas, cantos d’amor no entrelaço
De almas tão puras sempre a navegar,

Sobre nuvens brancas e alvissareiras
Das palavras que aprendem antes de andar
Aqui ou em qualquer terra estrangeira

Como faremos para ensiná-las a captar
Tanto àquelas como as brasileiras
O significado uno do verbo amar.

Foto de Graciele Gessner

Desistir da Luta, Jamais! (Graciele_Gessner)

Lute! Corra atrás de seus ideais.
Jamais desista dos seus sonhos.
Lute! Conquiste o seu espaço.
Jamais se sinta derrotado pelos obstáculos.
Lute! Recomece se for preciso.
O que já aconteceu esqueça.
Lute! Obtenha a sua liberdade.
Veja, afronte, supere.
Lute! Não se mostre frágil.
Enfrente, não fuja jamais da batalha.
Vamos! Levante-se, prossiga.
Encare o problema de frente.
Lute! Vibre por sua merecida vitória.
Arregace as mangas e vamos à luta!

28.03.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carmen Lúcia

Quando uma estrela se apaga

Minha estrela se apagou
pra renascer em outro céu...
Onde havia labareda,
hoje é o mais escuro véu.

Estrela que me incendiava,
brilho singular que estrelava,
somente ela...uma constelação,
porta que se abria à minha inspiração.

Nem rastro deixou, apenas se foi,
navega pelo universo sem fim...
Cintila sua luz em outros versos,
tirou seus olhos de mim.

Quem sabe, se na luz apagada
exista um segredo que me destinou...
E nessa escuridão,
encontra-se, embrenhada,
grande revelação!

Ao contemplar as estrelas
procuro encontrá-la,
sem conseguir vê-la.
Então, me vem a certeza:
que são as estrelas
senão luminosos rastros
de ilusões do passado,
cintilações de astros
que recolhem a beleza
pra mostrá-la noutro espaço?

(Carmen Lúcia)

Foto de Vallery

Apenas mais uma

No vazio da minha vida
Encontrei um espaço em branco
Onde posso ser apenas eu
Onde não à limites a minha imaginação

Talvez este seja o meu mundo
Mundo que vivo a cada dia dentro de minh'alma
Mundo de subjetividades infinitas
Onde posso sem medos me entregar aos meus anceios
Onde posso viver o ápice dos meus desejos
Que teimo em reprimí-los

Aqui ,posso ser o que quiser
Escrever o que sinto
Talvez nesse mundo criado por mim
Seja o único que consigo ser verdadeira

Não,não sou poeta
Na verdade nem sei se o que escrevo está certo
Sou apenas uma jovem
Apenas mais uma
Que na busca angustiante por seu espaço
Encontrou um espaço vazio
Que tenta preencher a cada dia
Mas lá fora ,no mundo real
Sou apenas mais uma...

Foto de Joaninhavoa

Num Vôo D`Mexe Mexe

**
*
*
Estou aqui sózinha
Perdida neste mundo

A pensar trutas e grutas...

Belo e airoso o céu monta
D`uma margem à outra

A ponte sobre o rio Tejo...

E eu navego sem destino
No espaço em que alinho

Num voo d`mexe mexe...

E as faluas aproximam-se
Uma a uma d`uma margem

À outra no rio! Atracam...

As velas ondulantes
Entre a brisa assolapada

Redonda a lua mexe...

A gorgolejar cantadeiro
Matreiro! Com os remos n`água

E as faluas a gingar...

Com`o balanço da brisa
E dos remos dentro d`água

E o silêncio a cantar...

Ora,
Mexe! Mexe!
Mexe! Mexe!...

JoaninhaVoa, In “Faluas no Tejo”
(21 de Junho de 2008)

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