Escolhas

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de Diario de uma bruxa

Confiante

Confiante em minha decisão
decidi botar em pratica minhas escolhas.

Mudei meu cabelo,
voltei usar aquela saia indiana que eu amo

Passei a me olhar por dentro, e assim
consegui me enxergar por fora.

Deixei de fazer só pelo outros
e passei a fazer mais por mim.

hoje sou mais confiante,
não deixo mais qualquer um pisar em mim.

Deby N. M.

Foto de Leidiane de Jesus Santos

SILÊNCIO

Eu fiquei tentando encontrar,
Um sinal em seu olhar,
De que ainda havia amor.
Mais o silêncio Se fez mais presente,
Do que as tantas palavras,
Que deveriam Ter sido ditas.
E que foram enterradas,
Pelas nossas escolhas.
Hoje vivemos assombrados,
Pelo que poderia ter sido.
Será covardia nossa,
Será que vale apena sentir tanto medo,
A verdade é que a resposta,
Ficará para sempre escondidas no olhar,
E na triste duvida causada pelo silêncio.

Foto de poetisando

não me importo mais contigo

Já não me importo mais contigo
Nem estas a ser feliz ou não
Esqueci-me de ti por completo
Já te tirei do meu coração
Vivas tu agora como viveres
Contigo não tenho compromisso
Se não fores amada como te amei
Já nada me importo com isso
Fizeste as tuas escolhas
Sem te importares comigo
Doeu-me muito é verdade
Mas eu já dormir consigo
Passei muitas noites acordado
Sem conseguir adormecer
Agora sinto-me outro homem
Depois de ti me esquecer

De: António Candeias

Foto de Gabriela Bedalti

Eles precisam de você.

Dê-lhes carinho e afeto. Dê-lhes toda atenção necessária. Dê-lhes a sua mão para que possam se segurar. Dê-lhes o apoio para que possam caminhar. Mostre-lhes o quanto de bom a vida tem a oferecer. Não brigue. Pergunte, questione, converse. Entenda. Não se enraiveça, controle-se. Saiba que tudo é aprendizado, por isso permita que aprendam. Ensine o que é certo, mostre-lhes as conseqüências do errado. Não aprisione, mas faça-os desejarem por si próprios o limite, com sabedoria e o desejo pelo correto. Fale sobre Deus, todo dia, toda hora. Deixe-os ver a luz. Seja amável. Eles se apaixonam, compreenda. Apaixonar é lá com o coração, acontece. Conte-lhes sobre amor e sexo, não permita que a internet conte. Tenha o papel principal. Ouça-os. Dê-lhes o seu ombro para confortarem-se. Dê-lhes colo. Dê-lhes segurança para dizerem o que pensam, e não os proíba disso, conheça-os, conheça-os interiormente. Mostre-lhes confiança. Se preocupe em saber o que se passa, faça parte de suas histórias. Elogie-os sempre. Não agrida, não grite, corrija-os com prudência. Mas corrija-os. Em cada tropeço, ajude-os a levantar. Segure com firmeza suas mãos. Ajude-os nas escolhas. Dê-lhes liberdade, mas ensine-os a ter boas companhias. Em cada fase de suas vidas, eles precisam de uma compreensão especial, lembre-se de seu passado, haja com sabedoria. Não interfira nas decisões entre os casados. Eles são crescidos, tiveram bons pais e saberão o que fazer.
Seja pai. Seja mãe. Não apenas biológico, seja pai moralmente. Seja mãe sentimentalmente. Seja exemplo. Seja amigo principalmente. Seja mais. Seja sempre mais. Seus filhos precisam de você.

Foto de fabricioadriel

Erros imaturos

Quando eu te vejo
hoje consigo enxergar
aqueles defeitos
que fez nos distanciar.

Erros imaturos e infantis
pois ainda não estávamos preparados
era tudo uma grande aventura
no qual saíram dois corações machucados.

Depois de algum tempo
então consigo perceber
que tomamos decisões erradas
sem nos conhecer.

Pois se tivéssemos
dado tempo ao tempo
poderíamos ter machucado menos
esse sentimento.

Mas na verdade
faltou aquela maturidade.

Tudo mudou até as escolhas
que escolhi
pois com aquela minhas atitudes
quase te perdi.

O eu trocamos por nós
e decidimos superar
pois deixamos muitas coisas de lado
para juntos recomeçar.

Cada vez que te vejo
é um novo começo.

Pois é como se cada dia
fosse uma conquista
nosso amor não é novela
nem que aparece estampada na revista.

Mas que é feita de conhecimentos
e conhecer as qualidades e defeito
fez o estava quase acabado
se tornar em algo que hoje é perfeito.

Foto de Maycon Nait

muitas vezes menti

Muitas vezes senti sua falta,
por muitas vezes chorei em silencio,
Muitas vezes mostrei ser forte,
por muitas vezes era so aparencia,
muitas vezes disse que estava bem,
por muitas vezes tava pior que outros dias
Muitas vezes disse que nao queria mais te ver,
por muitas vezes procurei voce onde passava
Muitas vezes falei que nao te quero mais,
por muitas vezes eu menti
mais aprendi, que...
a vida temos escolhas,
e tbm somos escolhidos
temos que aprender com os erros,
mesmo que sejam doído
temos que recordar das coisas boas,
e fingir nao lembrar das ruins
temos que ter paciencia com certas coisas,
e esperar o tempo resolver
mais confesso o tempo passa lentamente,
e cada dia que passa esqueço mais de ti,
pois voce que esta me obrigando a isso...
nao queria, mais essa é uma vontade na qual nao posso opinar

Foto de poetisando

Morte III

Ó morte que és tão afoita no que fazes
E nas escolhas que tens no critério
Porque não me vens tu buscar
Levar-me para a cova do cemitério

Deixa-te de andar distraída
Olha o que e o meu viver
Não fazendo mal a ninguém
Vê o que me fazem sofrer

Não me deixes continuar
A viver como estou vivendo
Leva-me quando estou a dormir
Porque já me sinto morrendo

Ó morte leva-me rápido
Que estou cheio de pressa
Leva-me para o cemitério
Que a vida já não me interessa

Não me deixes mais sofrer
Que estou já tão cansado
Levas tanta gente que faz falta
Só a mim não vês como tenho penado
Não me deixes continuar a viver
Leva-me não estejas distraída
Estou cansado deste meu sofrer
Farto do que tem sido a minha vida

Não fazendo eu mal a ninguém
Deixo ficar ao teu critério
Mas não demores muito
A levar-me para o cemitério

De: António Candeias

Foto de P.H.Rodrigues

Abraçando Flores

Já que estamos nesse mundo de passagem,
por que não subir em um barco e sair a navegar?
Pra sentir a chuva cair e se deixar molhar?!

Sem preocupações ou deveres pra resolver,
Sem muitas escolhas pra se decidir,
Vendo o horizonte e sabendo bem para onde ir;

Conversando com flores, abraçando árvores,
fazendo de cada canto um pedaço de si,
se encaixando com o improvável revelando novos pares,
distribuindo um pouquinho de sorriso aqui e ali.

Não há porque ficarmos trancados em nossas celas imaginárias
enquanto os ponteiros rodam sem se preocupar
se estamos ou não satisfeitos com o tempo que não irá mais voltar.
Devemos fazer de cada momento, fotos e sensações lendárias.

Foto de fabricioadriel

Um idiota

Mãe, sei que posso ser considerado um idiota
pelo que agora vou falar,
mas aos poucos estou desacreditando
no que é amar.

Ja vivi tantas expectativas
amores não correspondido,
que as vezes acho que o problema
esta comigo.

Sempre tento não brincar com sentimentos
de quem chego a gostar,
mas me machuco
só de pensar.

Que desperdicei oportunidades
de falar o que sentia,
e depois me arrependia.

Mas só depois que perdi
quem eu mais amei,
ai de verdade me machuquei.

Pois achei que nunca
iria amar novamente,
e isso até hoje
não sai da minha mente.

Filho quando menos esperar
o amor bate na sua porta,
e não importa.

Quando isso será,
mas tem certas coisas na vida
que eu não tenho como te ensinar.

Como é descobrir o amor,
é algo tão subjetivo
que nem um adjetivo.

É capaz de traduzir
pois o amor não é apenas palavras
mas também é sentir.

Quando tiver certeza
e outra pessoa talvez corresponder,
digo pra você.

Filho siga seu coração,
pois cuidei de você até o momento,
e não deixe que seus sonhos
se percam ao vento.

Tudo que passou
a maioria ja sentiu
mas não foi por isso que desistiu.

Desses alguns deram certos
outros se separam,
ou até outras pessoas encontraram.

Mas apenas você
pode dar significado a isso que sente,
mas olhe pra frente.

Aprenda que o passado,
pode aprender com os erros que cometeu,
mas o presente é seu.

Faça as escolhas que não vá se arrepender,
e mesmo que não de certo
não deixe de viver.

Então saiba que sempre vou torcer
pela sua felicidade,
mas você sempre será meu filhinho
independente da sua idade.

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