Erros

Foto de Henrique Fernandes

DIAS FELIZES

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Não modero o consumo de paixão ao pensar em ti
E corrijo todos os meus erros por te amar
Sou um poeta de muitas palavras relaxantes
Que fazem esquecer o homem normal que sou
Um homem sem truques a transbordar de amor
Não tenho segredos a proteger e deslizo livre
Como um pincel de tons luminosos numa tela
Sublimando o verniz da minha pura verdade
Que sem abusar de vaidade me orgulha o ego
Como pessoa entras no meu pensamento
Desferindo realces ao volume maravilhoso
De como é limpo o teu ser de mulher
Graciosamente irresistível renova o meu brilho
Em aromas que reflectem a minha personalidade
Que sobe ao altar dos teus detalhes de rainha
Embaixatriz dos meus sentimentos de amor
Indicando-me o caminho da vida com energia
Fazendo-me guardião de palavras de esperança
Que te falo aos olhos com o meu olhar terno
As tuas carícias são autoridade de felicidade
Uma boa colheita de recompensa não pedida
Ao abraçar-te sinto a harmonia da lealdade
Dos sentimentos que partilhamos e percorremos
Num vertigem de emoção e encantamento
Somos a legitimidade do que tem valor
Requintados para os nossos dias felizes

Foto de Henrique Fernandes

AMO-TE PAI

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Pai, não te tive na minha infância
Como ambos desejaríamos
Porque andavas ocupado com a vida
Numa luta constante pelo meu alimento
Um sacrifício pelo meu melhor futuro
Mesmo assim, ocupado naquela luta
Por entre muitos breves momentos
Foste o meu pai
O muito pai que sempre foste e serás
E quando finalmente conseguiste
Um pouco deste meu melhor futuro
Partiste
Levando contigo o resto da sabedoria
Que hoje me falta
É com alegria que te recordo
Foram tantos os sorrisos sinceros
Foram gargalhadas, foram brincadeiras
E aprendi ouvindo os teus sermões
Quando ralhavas aos meus erros
E tanto mais que me ensinaste
Sou a continuação do homem que foste
Respeitando teu presente do passado
No hoje de cada dia com saudade
Dos abraços que ficaram por dar
Das conversas que não tivemos
No tempo que nos foi tão curto
Mas acredito que de onde estejas
Estás comigo nos melhores valores
Desculpa todas as desilusões que te causei
Amo-te pai

(Ao meu pai Vitorino Fernandes que já está noutra dimensão)

Foto de Henrique Fernandes

PROVAR A NUDEZ DOS DESEJOS

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Sem lume nem lugar esfrio num grito
Libertador de ódios entranhados no ego
Gritado num túnel sem fundo de revolta
Por não provar a nudez dos meus desejos
De prazeres que me iludem e vivo no irreal
Procurando o precioso que revele quem sou
Num momento raro que me distinga no que sou
Para que me resgate de todos os meus enganos
E desenganos por ilusões que se vão evaporando
Pelos confins ácidos dos meus ecos mudos
Uma forma de nada adoece a minha forma de ser
Meus dias passam devagar por relógios apressados
E meus gritos de raiva rebentarão noite fora
Fugindo ao terror do pouco que invade o meu olhar
Descaio desnaturado em fantasias sem retorno
Forjando a minha grandeza limitada por erros
Consumada de miudezas acumuladas numa muralha
Que sacudo com a agitação de não ter nada
Confessando ás montanhas as intenções atordoas
No meu corpo sufocado num palco desiludido
Desaprovando mentiras que arremessam para longe
A verdade simples com que a vida se desenrola
Quero ganhar o meu tempo e salvar a minha vida

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SUPERAÇÃO"

“SUPERAÇÃO”

Aceito a reprimenda...
Errei e estou disposto a consertar...
Me de a chance de explicar, por favor, me entenda...
Ainda da tempo de acertar!!!

Andei pela vida com os olhos vendados...
Cometi todos os erros...
Não tinha tempo de enxergar que estava enganado...
Fui cego, cometi exageros!!!

Tento ser legal...
Aprimoro meus préstimos...
Chego o mais perto possível do ideal...
Mesmo assim ainda não estou satisfeito!!!

Quero superar meus obstáculos...
Quero matar meus diabos...
Quero ser o artista dos meus espetáculos...
Quero ser o melhor dos meus amigos!!!

Tenho certeza que melhorei...
Mas não posso parar agora...
Superação é algo que conquistei...
Quem não tenta jamais melhora!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"NA PERIFERIA DO ABSOLUTISMO"

“NA PERIFERIA DO ABSOLUTISMO”

Vivi, mas não respirei...
Caminhei bastante, mas não andei...
Sorri muito, mas não senti felicidade...
Chorei, mas não espantei meus fantasmas!!!

Olhei-te, mas não vi ninguém ao meu lado...
Pedi-te, mas não te obtive...
Amei-te, mas não fui amado...
Contemplei teu brilho, mas não fui iluminado...
Servi-te de escada, e fiquei no chão...
Bati palmas para o teu sucesso, e não houve eco...
Sucumbi fadigado, e rastejei sozinho!!!

Avisei-te, e não fui ouvido...
Esbravejei, e fui repreendido...
Implorei, e fui ridicularizado...
Silenciei, e fui mal entendido!!!

Aceitei o adeus, e fui banalizado...
Concordei com os erros teus, e fui prejudicado...
Entreguei tudo a Deus, e fui absolvido...
Encontrei a paz, e vivo sossegado!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SORRISO"

SORRISO

A felicidade não tem segredos
Mas tem princípios verdadeiros
Não admite excesso de erros
E nem mau humor corriqueiro.

Para quem quiser ser feliz
Basta um belo sorriso ensaiar
E dizer o que sempre quis
Sem medo de não agradar.

A força do bom humor
Nenhuma tragédia pode acabar
Basta encarar tudo com muito amor
Que todos os problemas vão desabar.

Por fim, dar uma boa gargalhada.
Pra tudo o que possa chatear
Da tristeza não lembrar mais nada
E só o sorriso para seu rosto ornamentar.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ERRO"

ERRO

Há, se soubesse que aqui chegaria.
Não correria o risco que corri.
Não enganaria e nem mentiria
Nem tão pouco os erros que cometi.

Quando erra, planta no solo do universo.
Uma semente de erva daninha
Mas quando acerta faz o inverso
E espalha o amor e a harmonia.

Nesta vida somos todos errantes
Uns mais e outros menos
Mas no paraíso deveremos ser vigilantes
E o acerto é tudo que temos.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"OMBRO AMIGO"

“OMBRO AMIGO”

Oi amigo, será que ainda és meu amigo??
Depois de tudo que estou passando...
Tudo que perdi, não tenho nem mais abrigo...
Não é de graça que estou chorando!!!

Depois da ultima vez...
Perambulei pelas ruas...
Comi um dia outro talvez...
Dormi com frio encostado em paredes nuas...
Procurei um amigo e nunca mais achei!!!

Trabalho ninguém ousa me dar...
Não sou confiável e cheiro a azedo...
Comida jamais, a deixam estragar...
Mas ajudar-me, as pessoas têm medo!!!

Um dia destes vi o João, lembra-se???
Aquele que morou lá em casa no tempo da faculdade...
Virou-me a cara com medo de me encarar...
Talvez pensando que eu possa lhe fazer alguma maldade!!!

A vida é tão curta, não da nem pra esquecer...
Das coisas que passamos em nossa mocidade...
Dos erros que cometemos sem saber...
Das loucuras da pouca idade!!!

Agora em época de penúria...
Nem um ombro amigo estou conseguindo encontrar...
Acho que é por causa das minhas lamurias...
Sou um cara chato, ruim de suportar!!!

Foto de Lou Poulit

LASO, Cia. de Dança Contemporânea

UMA EXPERIÊNCIA LINDA

O bailarino/coreógrafo/ator/professor CARLOS LAERTE, seus intérpretes e assessores, foram uma das mais felizes surpresas da minha vida.

Estava expondo minhas pinturas no Corredor Cultural do Largo da Carioca. Derrepente chegam um mulatinho e uma mulher, ambos lá pelos trinta. Perguntam quanto tempo eu levava para pintar uma daquelas telas (série Bailarinos Elementais). Descrente, respondo que dependia do grau de elaboração, uma hora... um dia... Eles se entreolham e depois o mulatinho pergunta se me interessava por apresentar meu trabalho num espetáculo de dança contemporânea e quanto cobraria. Confesso: além de não acreditar, na hora também não entendi. Nunca soube que espetáculos de dança apresentassem pintores trabalhando ao vivo!

Acertamos cachê, marcamos data e hora. Me pegariam de van em Copacabana, onde tinha ateliê, e estaria embarcando para Campos, cidade aqui do estado conhecida pelas muquecas e peixadas, onde faríamos uma apresentação no dia seguinte. Só acreditei quando a van chegou, trazendo uma penca de bailarinas tímidas e a tal mulher, que parecia saber todas as respostas mas não era a deusa. O deus era o tal mulatinho, bem quetinho no canto dele.

Pois bem, a gente nasce com dois olhos e ainda assim é muito pouco. Íamos fazer um ensaio técnico de véspera e estava prestes a conhecer um trabalho artístico maravilhoso, seríssimo e cativante. Fizemos aquela apresentação no Teatro Municipal de Campos, depois fui novamente convidado e fizemos outras, no Espaço Sérgio Porto, no Centro Coreográfico da Tijuca... A cada dia tinha a impressão de reencontrar uma aura registrada no meu sangue e da qual não me lembrava mais. Explico para que entendam: minha avó paterna, Nair Pereira, fora bailarina no tempo do teatro de revistas. E dessa história só restava, até há pouco tempo, a madrinha de batismo de meu pai, hoje falecida, Henriqueta Brieba. Também pelo lado paterno, meu bisavô que não conheci em vida, Antônio "Paca" Oliveira, fora homem de circo: o maluco (me perdoe o linguajar moderno) foi o primeiro homem-bala do Brasil, num tempo em que se fazia isso para matar a fome. Só podia ser! E sem seguro?! Em troca de meia-dúzia de cobres e o aplauso de meia-dúzia.

Na hora da apresentação ficava pintando no palco e de costas para o balé, mas durante os ensaios aquela gente me impressionava. Assim descobri o talento inequívoco do coreógrafo Carlos Laerte, a sua memória fantástica de um trabalho artístico que usa vários recursos simultaneamente, e ainda tem registrados todos os pequenos erros das últimas apresentações para que não se repitam. Até eu, que estava ali assim, como vira-lata caído do caminhão, também mereci uma crítica para melhorar o desempenho!

Os intérpretes estimulavam a minha adimiração. Carol, Simone, Yara, Bianca e Rodolfo, o espírito da arte habita, com certeza, todos eles. Não se pode compreender aquela gente de outra forma. Repetem infinitas vezes seus movimentos, perseguindo pequenas eficiências. Tornam-se íntimos do cançasso e, não é exagero dizer, da dor física. Controlam o próprio ego para que o coreógrafo corrija a interpretação de outro bailarino, já que precisam estar sincronizados, e isso é uma espécie de ginástica psíquica. Outra deve ser a nacessidade de por temporariamente na gaveta os problemas de casa, filhos, maridos/namorados, para não perder a concentração.

E tudo em troca de cerca de cinqüenta minutos. Esse é o seu tempo. O tempo em que os intérpretes são os senhores do momento, da luz que explode em seus corpos húmidos, da linguagem do movimento, do ritmo do qual nem o cosmo pode prescindir, enfim, da emoção que paira sobre e em todos, profissionais e expectadores, como uma hóstia artística que paira sobre o cálice do sacrifício e da adoração. Nessa hora a arte é a deusa e o espetáculo me parece uma grande comunhão, porque nos faz comuns uns aos outros, porque amamos isso e nos oferecemos para construir e transmitir a emoção. Incrível isso, eles constróem sua arte complexa em muitas horas de dureza. Ao final é como o velho exercício de imagens feitas de areia colorida nos mosteiros do Tibet, como alusão à transitoriedade da vida humana: o mestre passa a mão na imagem pronta, perde o momento, e nos liberta dela para que possamos recomeçar, com o mesmo amor, a reconstrução do nosso próximo momento. Uma pintura minha pode ser feita por dias consecutivos e depois guardar aquela emoção por décadas, talvez um século. Por isso me parece tão menor do que a arte que esse pessoal faz.

O espetáculo "Caminhos" fala exatamente disso: reconstruir sempre. Recomendaria aos expectadores de primeira viagem que se vistam condignamente. Aos homens que não deixem de fazer a barba e se pentear. Às mulheres que não usem saias demasiadamente curtas, pintem-se com sabedoria, cuidem do andar e do falar. Porque talvez estejam indo na direção de um grande e insuspeito amor. Se em minhas palavras houver poesia, não há mentira. No meu caso particular, como no de muitos outros, esse amor atravessou várias gerações".

Foto de fer.car

Em seus braços vejo a luz do mundo

Todos os meus poemas são para você
Não existem regras, nem obstáculos para nosso amor
Porque depois de tanto esperar, de tanto pesar
Hoje, em seus braços posso ver a luz do mundo
Não sei que erros cometemos, ou de qual mal sofremos
Apenas sei que sou sua e você é meu
Se um dia fechei meus olhos e vi a escuridão
Hoje os abro e vejo a imensidão deste nosso coração
Todo o meu desejo é somente por você
E meu corpo sente sua tez, e minha voz soletra a sua voz
Em minhas ações as suas ações, e em meu ser seu rosto
Que tanto me mostra, tanto me nota e encanta
Porque ainda que um dia morra
Viverá meu amor por você
nesta vida, até uma eternidade
Pois... hoje em seus braços posso ver muito mais
Vejo um amor, vejo dois em um
Vejo a luz do mundo

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