Direito

Foto de Carmen Vervloet

Vídeo Poema: Alma Desnuda

PRESENTE DA QUERIDA AMIGA ENISE

Alma Desnuda

Eu me permito...
Ser lambida pela brisa
Ser lavada pela chuva
Acariciar sua pele lisa
Saborear seu beijo com gosto de uva!

Eu me permito...
Ser banhada pelo mar
Ser aquecida pelo sol
Envolver-me em seus braços e te amar
Na hora do arrebol!

Eu me permito...
Voar nas asas do vento
Flutuar junto à lua
Desvendar seus pensamentos
Deixar minha alma nua!

Eu me permito...
Ouvir a sua metade que é grito
E o silêncio da outra metade
No silêncio eu acredito
No grito, percebo debilidade!

Eu me permito...
Entregar-me a sua humana ternura
Navegar na sua inspirada poesia
Lambuzar-me na sua doçura
Nos devaneios da fantasia!

Eu me permito...
Ser envolvida pela sua sedução
Dar-te o direito de invadir meu coração
Sentir seu encanto versejado
Deste meu vício desejado!

E só permito...
Porque você também me permitiu...
Mostrou-me o seu avesso...
Seu amor que eu mereço...
O seu vinho embriagante...
Numa noite alucinante...
Entre gemidos ofegantes!...

E nesta recíproca permissão
Corpos plenos...
Almas desnudas...
Cumplicidade...
Paz!

Carmen Vervloet

Foto de Marsoalex

ESTORINHA BESTA

ESTORINHA BESTA

Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

Marsoalex

Foto de Marsoalex

CONVENÇÕES

CONVENÇÕES
Como é difícil para certas pessoas, se abrirem para o amor sem rótulos, sem lugar específico, sem sentimento de posse. Um amor que não tenha um lugar comum numa concreta vida a dois. Para estas pessoas, o amor tem que ser tecido num altar com a "benção de Deus" e a "aprovação dos homens", ou então, mesmo sem essas coisas, ele precisa do apoio de uma vida cotidiana,onde se possa dizer meu marido/minha mulher, meu amante/minha amante, algo onde esse sentimento de posse seja personificado e vivenciado numa vida em comum, estável, aceita por todos para que possa ser aceita por ela mesma.
Essas pessoas não abrem mão desta estabilidade e se negam a amar fora desta condição, porque se fazem de cegas para as evidência e de surdas para aos apelos do amor, por não acreditarem que o amor possa viver independente do aconchego do abraço na hora de dormir, do calor do corpo na volúpia do sexo no afã do desejo, e sem essa estabilidade de ser um casal, um par, amantes, com direito a filhos e a certeza do dia seguinte. Embora elas saíbam que o amor tem laços invisíveis, que se tecem sozinhos independente de nossa vontade, elas não sabem ( ou fingem não saber) que ele não precisa de uma situação, de uma condição específica, para viver muito além de um rótulo e do muro de uma vida cotidiana. Porque o amor não é uma condição que a sociedade impõe, mas um sentimento que não se submete a nenhuma condição a não ser a condição de amar.
E assim, essas pessoas por medo de se prenderem ou de sofrerem, perdem a única condição de se tornarem livres: amar. Talvez, por não compreenderem ou não aceitarem que quando o amor é verdadeiro, não é necessário ter essa condição convencional, para afirmar ao mundo dizendo: minha namorada/meu namorado, meu marido/minha mulher/, meu amante/minha amante, quando dizer para si mesmo simplesmente o homem/a mulher que eu amo, é suficiente.

MARSOALEX

Foto de Edson Rufo

INDIFERENÇA

Indiferença

São muitos os caminhos que andamos.
Na verdade são inúmeras palavras que falamos.
De certo que os pensamentos nem podemos contar.
Imagine o quanto é importante na vida apreciar o dia o momento à hora e até mesmo o pensamento.
Daqueles que às vezes vagam e outros que são vivos e decisivos.
As opiniões que se misturam e o medo que temos da própria decisão de acertar ou errar, ao longo da uma história.
Isso nos faz indiferentes nas constâncias da própria vida.
Ouvimos aqueles que nem se quer viveram metade ou parte de nossas historias mais que se acha no direito de opinar e mudar tudo.
Isso às vezes nos faz confuso.
Entendo também que quando se tem um pequeno que seja objetivo se deve elevá-lo como uma oração e concretizá-lo.
A indiferença às vezes nos faz diferentes e não dispersos nem ignorantes.
Mas sim entendemos que uma parte da vida esta pronta a outra precisa ser moldada.
No nascer do sol acreditamos e ao clarear da lua já estamos duvidando.
Uma mulher ou homem que se mantém firme em seus pensamentos e sentimentos jamais abala a decisão a direção e o objetivo.
Não é inconstante nas decisões e nem aprecia o conhecido.
Mas ama o desconhecido por que é nele que se vai criar a nova alegria de descobrir que as indiferenças são tijolos e cimento de uma grande construção.
Quando você obtiver um amor que te ame de verdade sem questionar ou transformar tudo que poderia ser lindo em uma única nuvem escura, pense em uma frase.
“se você tiver o pão e eu a manteiga poderemos correr o mundo.”
Sinta que todos têm medo e se deixam dizer que venceram barreiras e dificuldades, que todos de certa maneira deixaram tudo, mas na realidade ao raiar do sol não deixaram nada.
A indiferença de saber, querer, persistir, abraçar e seguir.
Esta no próprio medo de ser indiferente.

Edson Rufo
Terapeuta - Escritor
Consultor de Qualidade

Foto de Marsoalex

O melhor de mim

Não dá para descrever meus sentimentos
Não dá para medir o meu amor.
A única coisa que posso afirmar é que ele existe.
Não é mistério nem sofrimento.
É fácil compreendê-lo, difícil é explicá-lo.
É fácil encontrá-lo, difícil é desvendá-lo.

Ele é doce... Às vezes, amargo...
Ele é passivo... Às vezes, rebelde...
Sincero... Às vezes, orgulhoso...
Criança... Às vezes, malvado...
Sorriso... às vezes, lágrima...
Momento... Às vezes, eterno...

Ele me é com tudo bom que eu sou.
É o meu pensamento transformado
Em ação, em carinho, em beijo, em desejo...
Ele é o meu âmago exposto,
Meu coração entregue,
Minha vida doada...

Ele é, enfim, o melhor de mim,
O mais profundo de mim,
O mais puro de mim...
O meu direito e o meu avesso,
As minhas duas metades sem fronteiras...

Marsoalex

Foto de Marsoalex

Havia

Havia a flor, o mar, o sol, o céu
havia a vida que eu sentia
E não sabia
Havia o sonho, a esperança, a dor
Havia o amor...

Era manhã, tarde, noite
Manhã novamente
Era tempo!
Eu não entendia direito as coisas
Via.
Sentia.
Só.

Ainda existe flor, mar, sol, céu
Ainda existe vida
E vidas sinto
Mil vidas...

Ainda existe o sonho, a esperança, a dor
E eu queria que nada mais houvesse
Além de um pouco só de amor...

Marsoalex

Foto de Marsoalex

Sempre presente

Não adianta tentar me prender
O amor me dá liberdade.
Eu não vou permitir que
Me acorrente ao passado
Mesmo que seja presa a ti.

Se eu incomodo o teu presente
Por não fazer parte do teu dia a dia
Isto não te dar o direito
De me excluir, de fingir,
Que não existo que morri,
Junto com um passado que, às vezes,
Não gostas nem de lembrar.

Eu não sou um fantasma!
Estou viva! Bem viva!
Aqui, concreta, presente,
Como presente e concreta
É a tua vida
Ou o amor que te ofereço.
Se não queres, não podes,
Ou não deves aceitá-lo
Ai já é um problema teu!

Eu não vou escondê-lo, sufocá-lo,
Porque te perturba, te faz desejá-lo,
Deixando-te vulnerável
As tuas próprias emoções.
Não sou eu que vivo de passado,
Tu é que queres me prender a ele
De qualquer forma e a qualquer custo,
Mas não conseguirás.

O que eu sinto me faz livre!
Não me prende ao passado
Nem pensa em futuro.
O meu amor é sempre!
E sempre é hoje, aqui, agora!
E ninguém pode mudar isso,
Nem mesmo tu.

Eu não tenho culpa
Se o teu presente é tão resumido,
Se o teu mundo é tão pequeno,
E se escolhes dentre as coisas do presente
As que cabem no teu presente
Se não sabes sentir o que não podes viver
Ou se não sabes viver o que não deves sentir.
Eu sei viver o que o que não devo sentir
E sentir o que não posso viver.

Portanto, não me rotules de passado,
Porque eu não sou só um passado na tua vida.
Basta prestar atenção e compreenderás
Que, se agora, eu sou presente,
É porque eu sou e vou estar
Presente sempre...

Marsoalex

Foto de Graciele Gessner

Nossas Origens, Nossa História. (Graciele_Gessner)

A vida é recheada de muitos mistérios, e por vezes, até chega a surpreender o mais desatento. Muitos de nós achamos saber todas as verdades e todas as omissões familiares. Por várias vezes, nos magoamos com quem acreditávamos que pudéssemos confiar. Ali está o dilema, a confiança um pelo outro.

Quem confia em suas origens? Nossa criação, nossa cultura familiar... Os seus mistérios e os seus segredos. Nascemos e vamos aprendendo tudo que é necessário, e sabemos perfeitamente quem é o nosso pai e nossa mãe. Será?

Vamos crescendo e alcançando a idade adulta e prosseguindo o caminho da vida. Até que um dia algo acontece, tudo que nos parecia sólido, se torna incerto. A revelação, a morte, as mentiras, as pessoas envolvidas, tudo se torna uma bola gigante do caos.

Todas as mentiras vêm à tona, revelações são feitas, a morte de um ente querido é a chave do mistério, e por vezes, muitas pessoas que se diziam amigas são as que sempre nos enganaram. É assim mesmo, essa é a realidade de muitas famílias, que tentam sobreviver ao holocausto.

Escrevo isso não por piedade nem por remorso, mas porque sempre preferi a verdade nua a uma verdade camuflada. Jamais conseguiria viver a vida sem saber a verdade. Jamais conseguiria olhar para frente sem saber onde estivesse pisando. Viver de incertezas é viver perturbado.

Hoje sei muitas verdades da minha vida porque desejei saber. Confesso que me machuquei com algumas revelações, mas tudo isto me fizeram ser mais consciente dos meus atos. Somos responsáveis por nossas vidas e por tudo que nos representa, e sendo assim, tudo que vivemos nos influencia, mesmo que não queiramos. Conclui-se então, que temos o direito de saber das nossas origens e da nossa verdadeira história. Certo?

07.11.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Poetavcd

desiluzão de amor

Guardarei algo de ti....
Um doce sabor de teus lábios quando libertados junto dos meus
São doces momentos que vivi
Que guardarei para sempre como se fosse o Romeu...

Quando te conheci
Numca imaginei que o amor tanto expandi-se
depois destes 5 anos que vivi
Custa ver esse amor sumir-se

Ja levei muita desilusão
Podia levar porrada durante um ano
apenas xego a conclusão
que nada me doeu mais que ouvir "ja nao te amo"

Palavras essas que me deitaram ao chão
Como se um tiro acertar-me
Tenho esperança que nao tenha sido o coração
nao tinha o direito a humilhar-me

Tantos momentos perfeitos
Tantas promeças feitas
Os momentos foram esquecidos
E as promeças desfeitas

Lara e o nosso filhote???
Que pensará ele de nos?
Talvez ele não suporte
este hambiente atrós

Pensa bem se me queres longe
Eu sem ti nao sou nada
Amei-te até hoje
continuarei a amar-te todas as madrugadas

Vou te dar o teu espaço
Se e o que queres
O tempo passa a compasso
pensa ate saberes

Nao me faxas sofrer mais
com este amor nao correspondido
Do meu coração nao sais
Nem que seja so teu amigo

Com esta parolice te deixo
Prometendo que vou ganhar juizo
Tenho que entrar no eixo
Quando o conseguir eu aviso

Espero que tejas a gostar
E que o guardes para sempre
Adorava te beijar
mas vou imaginar na minha mente

Ate sempre
Boa sorte
na proxima espero que seja diferente
amarte-ei até a morte...

O POETA

Foto de Joaninhavoa

Prof. Santana Lopes

*
Prof. Santana Lopes
*

Sempre que me falam no "Mar alto", eu dou
risada, gargalhada, e depois volto ao meu poiso.

Lembra-me sempre o Lopes, Santana,
quando o já Excelentíssimo Doutor, mais conhecido
pelo Laranjinha, na época, divagava em conceitos de Direito
do Mar!
E ao explicar o que era o "Mar alto", ou "Alto mar",
dizia que era o ponto ou lugar no meio do mar
que ao fazer-mos um ângulo de 360º, a nossa vista
pudesse alcançar.

Simples e directo, como era e é... característica
que não descuira, ao perguntar se havia dúvidas,
logo coloquei a mão direita do ar, sinal de pedido
de intervenção.
Todos se voltaram para mim e o dignissimo Professor,
pronto à baliza para defender, retorquiu, um faz favor...
Então, eu perguntei se essa teoria não seria demasiado
subjectiva e simplista, uma vez que poderia por-se
a hipotese da pessoa indicada a tal missão, de medir
o "Mar alto", não estar nas suas plenas faculdades...
Ninguém percebeu! Então, exemplifiquei
Um míope, por falta de visão medirá o "Mar alto",
à sua medida!
Todos se riram... até o Prof. Santana, mas logo de seguida
afirmou deixando bem sublinhado, que era preciso relativizar!
E, partir do princípio que o individuo com essa missão
teria potencial para cumprir tal objectivo, isto é estaria
em plenas faculdades físicas e mentais.

Este Professor, Santana Lopes, era uma figura inesquecível,
parecia uma fonte de água viva, quando começava a falar!
Às vezes virava até cascata, no seu melhor.
Saudades, do Professor Santana...

Joaninhavoa
(helenafarias)
26/10/2009

Páginas

Subscrever Direito

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma