Dia

Foto de Gaivota

NÃO VÁ!

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NÃO VÁ!

Não vá
pois que me partes
como
gelo triturado
no verão.
Não vá!
Não me deixes com palavras roucas
pois que és
brilho
incandescente.
Fagulha
que estoura miolos
e os deixa
em agonia
Não vá!
Deixe que suas
madeixas
olhem-me com ternura.
Não vá!
Sua saia de margaridas
falantes
estão em prantos
porque
querem
a brisa do campo.
Pensa bem..
Pássaros são seres estranhos
mergulham na água fria
deslizam no negro véu.
A noite me engole
abrançando
o dia que já passou.
Não vá!

RJ – 18/08/2006
** Gaivota **

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Foto de Fernando Poeta

Sonhando Acordado

Entro em teu mundo,
Através de tua página,
A página de tua vida,
Que escreves no dia a dia...

Nas palavras escritas nas páginas de tua vida,
Viajo, sonho, deliro e satisfaço-me,
Pois vivo muitas vidas,
Através das páginas lidas.

Emoções diversas,
Sentimentos conflitantes,
Mundos reais, para mim imaginários,
Que levam-me a viver o inimaginável...

Uma vida de sonhos reais,
Uma vida de aventuras,
Uma vida de alegrias, amor e amizade.

Esta é a página do livro de tua vida.

Foto de angela lugo

Vida vazia

Você se foi nada me deixou
Somente saudade do teu amor
Neste dia o vento que soprava calou
O sol aos poucos perdeu seu brilho
A chuva que vinha ficou inibida
E lamentou derramando suas lágrimas
Em meu jardim ressequido pela dor
Dor que maltrata a minha alma
Que me faz infeliz sem ter você
Entristeço... Empalideço ao lembrar
Da ultima vez que estivemos juntos
Tantas alegrias assassinadas em covardia
Não por suas mãos que estavam vazias
Pelo sentimento de rejeição que carregava
Em teu peito sem qualquer razão
Pura tontice imaginar que te traia
Nem mesmo poderia te amava em demasia
E até mesmo esquecia que o amor doía
Minha vida está completamente vazia
Sem você a me fazer galanteios em primazia
Uma parte de mim ficou em ti
Vagueio por entre vidas que não são minhas
Não me conheço mais sem você
A temperança do tempo anda inclemente
Vejo-me envolta num mar de recordações
Sem ti sinto-me como águas gélidas
Nas profundezas do meu coração
Por onde andarás o teu amor
Que um dia pertenceu somente a mim?
O que faz teu coração vibrar sem o meu?
Que juntos formávamos uma sinfonia de amor
Quem o está balançando em meu lugar?
Qual o nome da nova canção que o faz acelerar?
Será que pensando que eu o tivesse traindo
Simplesmente já estava a trair-me há muito tempo
Porque amenizou tão facilmente a minha falta
Esquecendo completamente do nosso amor?
Deixando minha vida completamente sem vida
E um coração vazio sentido dentro do peito

Foto de J.F.

Ela é tudo para mim

Algures numa cidade que e já
não me lembro eu via.
Bonita, elegante, e com uma
suave expressão de ternura no rosto.

Senti a mente a esvoasar para
caminhos desconhecidos,
perdi-me na sua beleza,
senti um arrepio.

Só me apetece ficar ali,
a olhar para ela, sentada
naquele banco de jardim
numa cidade algures na minha mente.

Ela é tudo para mim,
sem ela não consigo respirar,
falar, e andar.
É impossivel.

Quando a vejo fico destornado.
Sinto-me arrazado, desfeito por
algo que ás vezes não compreendo
porque me atrai.

Mas quando me sinto sossegado,
calmo a descansar, penso que não
vale apena torturar-me

Porque sonho com ela
à minha volta a sorrir do jeito
que só ela sabe

Mas um dia deixei de ver a rapariga,
a cidade, o banco onde ela se sentava,
tudo desapareceu.

Ai vi que não passou tudo de um sonho.
Mas com que razão é que ele apareceu,
a alguém tão selvagem como eu?

Eu não faço ideia, mas sei que a partir dai
Fiquei a saber o que é o amor.

Foto de Vera Silva

Quadro Inacabado

Teu corpo nu nessa tela que pintei,
Que um dia, loucamente, amei
Cada linha, cada traço,
Esboçado no teu abraço.
Quantos olhares trocados
No meio de quadros pintados…
Quantos toques e gemidos,
Que um dia demos escondidos
No meio de pincéis, na escuridão,
Rolando doidos no meio do chão…
Quantas tintas misturadas
Com as minhas lágrimas salgadas
Enquanto esperava que chegasses,
E que de novo me amasses…
O quadro ficou inacabado
Quando o teu sopro foi furtado,
E fiquei eu, de novo, suja e cruel,
Das tintas da vida, da tinta do pincel…
Terminei agora com a lembrança
Do teu olhar coberto de esperança.
E sentada vou-te esperar
Até que tua alma me venha buscar!

Foto de Neryde

Ausência...Dói!

Esta noite fui afligida,
Pela dor da tua ausência!
Chamei teu nome,
Mas você não respondia.

Mesmo sem te ver, sonhei...
Ao compasso de suas carícias,
Meu corpo te entreguei
E, recordei as suas palavras.

Acordei várias vezes,
Esperando a tua chegada.
Anciosa para te ver
E, te amar até o amanhecer.

Não quero só sonhar,quero te ter!
Quero acreditar,que não estás longe.
E que ao meu lado estará,
Quando a luz do dia chegar!

Foto de Zedio Alvarez

A saudade é minha musa

“A saudade lembra...
De lembranças tantas
Que por si navega...
Nessas águas mansas”

Gessé
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Tomaram a minha Terra prometida...
Hoje navego no mar da lembrança.
Mas ainda espero a nau perdida,
Na minha sonhada esperança.

O amor acompanhou a sua partida,
Causando-me grandes transformações,
Acolhendo a dor da minha vida.
A emoção provocou as reflexões.

A saudade revela meus pensamentos...
Um dia o destino me mandou uma paixão...
Mas o presente foi roubado do meu coração

Um sofrimento, a mesma sabe evocar...
A saudade golpeia duramente os sentimentos,
Mas sem predisposição para nos matar.

(Para minha eterna musa)

Zedio Alvarez

Foto de Damien

Sepulta-me

Eis me aqui de novo
à beira do precipício dormente,
sentindo o fardo que é estar vivo
e esperando a sentença iminente.

Tais como cicatrizes e marcas
deixadas por quem mal o trata
estão minhas púrpuras lágrimas
jorrando ardentes como brasa.

E expelem com tristeza o ódio
que com amor sexualmente se encaixa,
como prazer e pudor,
sangue e carcassa.

Sua presença é por mim desejada,
sua imagem, sua forma.
Ó dama fúnebre e amargurada
meus anseios seu semblante forja.

Se amá-la é uma punhalada, puro ardor
Não me permita agir de maneira errada
Traga à minha presença por favor
a dor da primeira estocada.

Pois o toque de seus lábios me acalma
como por encantamento ou magia imunda
A sete palmos solitária é minh´alma
como rosa negra em cova profunda.

As sombras consegue levar
em olhos que um deus não faria
mas pra mim não consegue olhar
Hei de novamente ser minha.

Meu amor sangrento e eterno
à jovem sonhada esgueira-se insano
Estes sentimentos, louvor, desalento,
jaz à luz de um dia profano.

Foto de Junior A.

É noite...

É noite, sinto-te pela casa, em passos, por entre os espaços, vazios de ti. Logo há de chegar, as velas, sobre a mesa queimam e se gastam, em um pouco da esperança de logo ver-te.
Teu perfume, ameno paira pelo ar, mistura-se ao aroma das pétalas que cuidadosamente deixei ao chão, da casa, escuro, escuso de si em saudade, luzes apagadas, tudo em silêncio, realçado apenas com o brilho das estrelas, distantes, ao céu, que se intrujam por entre os vidros da janela da sala.
Dar-se o tempo, oiço, bate a porta, chegas, um tanto atrasada, envolta por pingos da chuva, que serôdia se derrama, como em pranto, fraco, presente. Num vestido vermelho, rente ao corpo, cabelos soltos, olhos sôfregos e coração pulsante, insegura talvez, mas bem delineada para com teus anseios. Despojas o teu vestido, único acessório que cobria tua pele, branca, teu cheiro inunda os cantos, os meios, os lados que não se viram, que não se vê. Teu libido grita por entre teu olhar, serrado, fitado em mim. Entras por entre porta, cala-me o dizer com tua língua que afaga a minha, tuas mãos inquietas, tua estuga em achar-me. Dou-me ao palor de outrora, acomete-me a dor das amarras.
Desato-me do teu beijo que queima em meus lábios, afasto-me do teu quadril que o meu procura, no desejo de encaixar-te. Cá, não me cabe. Não se desatina a mente, liga-se as luzes que não escureciam, já que lúcido ainda estava. Recolho teu calçado por sobre tapete, lhe devolvo o vestido que se perdera no caminho e peço-te:
- Vai embora.
Teu desejo, mais que tua nudez me assusta, tamanho é o infortunio que nada mais de ti desejo. Enamorei-me por tua alma, nua, onde a beleza intacta se apura ao decorrer do tempo. Vá, cubra os teus excessos, procure-me no dia em que isento de mim mesmo, ei de querer-te apenas num corpo, sem alma. Deixa-me só agora, como quase em todo o tempo estou, apague as luzes antes de ir por favor, deixe apenas o vinho, o cheiro que não se vai, para apetecer-me a sonhar com o dia em que ei de encontrar, a nudez, que tua pele sem roupa esconde.
Permita-me pensar, que cá ainda não chegaste, para quem sabe assim, ter de ti aquilo que em verdade almejei.

Foto de Junior A.

Que nome se dá? Viver...

Não se dá ao amor um nome
Nem tão pouco, uma razão ,
Pois o título, da lembrança some
Dum punhado, se fica só, coração

Não se dá ao amor um motivo
Nem tão pouco o faz eternamente
Pois assim se terá apenas um crivo
E te faria se sentir deprimente

Ao amor se dá apenas uns versos
Que se eternizam a cada amanhecer
Ainda que lhe seja árduo, enfesto

É o amor, que nos faz ao dia se apegar
É o amor que nos faz ensejo o viver
Pois se padece, onde não há amar

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