Devoção

Foto de Ary Bueno Principe dos poemas e do amor

MULHER

[ POEMA EM SEXTINA, aonde se usa sempre as seis palavras finais no meu caso estou usando [ Mulher, amor, tentação, loucura, coração, flor ]

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

É tu minha bela , sedutora, representante, eterna da felicidade...a doce mulher
Figura criada por Deus, em um momento de muita luz, para simbolizar o amor
É tu, que faz a vida se tornar alegre, é tu que faz a vida ser triste, és tentação
É a geradora da vida, é a fonte da sabedoria, é a mola do viver, é doce loucura
É da alma a luz, do poeta a inspiração, do artista o pincel, no corpo é o coração
Na mente és a razão, no sofrimento é o alivio, na dor o lenitivo, no jardim és a flor

Tua falta mulher, é uma constante tortura, é um sofrer imenso, é a mais triste loucura
Podemos fazer casas, estradas, o que quiser, mas nunca um filho sem uma mulher
Mulher é a mola da vida, é a doce guarida, o abrigo eterno, tem o aroma suave da flor
Tem a força de um leão, quando defende sua cria, tem suavidade, quando faz amor
Nos excita, nos encanta, nos beija, tão suave, que chega a nos roubar o coração
E assim a vida se torna gostosa, amável, e cheia de sonhos, ilusão e doce tentação

São tantas mulheres de luz, que nos encanta o viver, nos trazendo ao coração o amor
Temos a Virgem Maria, sublime mãe de Jesus, a mais doce, pura. e tão suave mulher
Ela nos guia na vida, ajuda na dor, nos livra de tanto sofrer, neste mundo de loucura
Aonde vemos tanta maldade, e tanta inveja, mas ela nos faz ainda, poder ver a flor
Nos protegendo, nos amando, fazendo com que tenhamos ainda, o amor no coração
Obrigado Mãe Santíssima, por amparar meu viver, livrando-me dos males e da tentação

Seria o mundo vazio, escuro, um local impossível de se viver, se não existisse esta flor
Cujo nome é mulher, para enfeitar nosso viver, nos dando carinho, paz e tanto amor
Pensem bem, se neste mundo mulher não tivesse, seria a maior de toda loucura
O mundo seria triste, um suplicio o viver, sem ter mulher, sem sentir o amor no coração
Como suportar a falta do carinho, que só a mulher pode dar, a morte seria uma tentação
Pois de que valeria viver, se jamais poderíamos, dizer " Eu te amo " a uma bela mulher?

Éh!! pessoal, esta vida seria mesmo inútil, seria impossível viver sem esta doce tentação
Que é a mulher, este ser inconteste para nosso viver, que tornar doce o sonho e bela a flor
Por isto é que com tanto prazer sofro, por amar, e trago sempre uma mulher no coração
Dela não me esquecendo, mesmo que a todos isto possa parecer obsessão, uma loucura
Mas isto não me importa, o que pensam os que não amam, porque ela sera sempre meu amor
E enquanto vida Deus me der, estarei sempre gritando a todos o meu amor por esta mulher

Louvo desta forma as mulheres, que pela minha vida passou, em especial a dona deste coração
De um poeta, que traz dentro de si tanto carinho, tanta saudade, tanto sofrer, e este imenso amor
Que um dia a ela entregarei, não sei se em vida, ou na morte, não sei se é normal ou loucura
Mas assim é meu coração, que dei a ela, um dia , dentro de um poema, na forma de uma flor
E que tenho certeza que ela guarda com muita ternura, dentro de seu lindo coração de mulher
Que abriga com amor, meu carinho, minha devoção, como um lembrar suave... esta tentação.

Agradeço a ti Deus, por criares a Mulher, esta criatura, meiga este marco real de teu Amor
Aquela que preenche o nosso Coração, com a beleza que é nossa mais suave Tentação
Que nos faz sentir tanta Loucura, pela sua falta, como sentiria um beija-flor se faltar a Flor..........

Foto de JGMOREIRA

PIEDADE

PIEDADE

Chamo teu nome todos os dias
Em todas as línguas
Até nas que serão inventadas
Quando desvendarem o idioma
Que recheia minhas palavras.

Tuas portas não se abrem
Mesmo que recite todos os teus livros
Até os que andam perdidos
Em mares mortos e esquecidos
Transformados em deserto desmedido

És a minha rocha abissal
Que me enche olhos e alma
Que me assombra, colossal
Sem entender minhas evocações
Preces, lamentos, devoção.

Meus dentes se gastaram rangendo
Nas noites de medo assustoso
Quando teu nome sem semblante
Rodopiava na minha língua
Que é a de todos os amantes.

Senhor, dizei uma única palavra
E me terás salvo de mim
Da dor desse amor sem fim
Que, se antes alimentava,
Alimenta-se, agora, de mim.

Foto de Carmen Lúcia

Um dia há de vir...

Em que o semeador colha seus próprios frutos,
Em que o hoje seja boa semente,seja um presente,
Que o amanhã não amedronte,nem nos afronte,
E venha sempre como oferenda das manhãs...
Que a justiça prevaleça e permaneça...
Que o amor se multiplique,não mistifique...
Que seja puro,unificando as nações...
Que nosso credo seja ouvido numa só língua
E que resgate a credulidade do irmão...
Que a honestidade jamais seja um calvário
E sua bandeira,o respeito e a devoção...
Que o abuso do poder se estilhasse,
Cada partícula seja um novo cidadão...
Que a alegria amplifique os sorrisos
E contagie petrificados corações.
Que haja paz sem ser preciso que haja guerra
E que de paz se reescreva nossa história
Para alentar nossa esperança merencória.

Foto de Marta Peres

Meu Laranjal

A vida que vivo eu a escolhi
É somente a vida que por mim mesma decidi
Quero viver bem,sem empecilhos à minha evolução
Não jogarei ao vento o que aprendi com devoção.

Fiz planos, sim mas veio o vento e tudo levou,
carregou consigo minhas ilusões e sonhos,
como um castelo na areia tudo desmoronou
e num momento toda minha história se perdeu.

Tudo esvai-se no ar feito poeira
procuro as causas no passado
que sentem os efeitos no que vivencio agora
será plenamente condensado no meu presente.

Estarei bem por certo,
aprendi que dentro do caroço de uma laranja
dorme um belo laranjal, inteiro para mim!
Marta Peres

Foto de Logan Apaixonado

Poeta Morto

Junto meus pedaços um a um
Surge então um mosaico colorido
Disforme, sem nexo
Um misto grande de várias sensações
E de vários sentimentos
Não sei mais quem eu sou
Perdi-me a algum tempo
Meus desejos mais sinceros
Foram fulminados
Viraram pó, sem condições de reconstruir
Um estranho vazio habita meu peito
O nó na garganta não se desfaz
Nos olhos molhados de lagrimas
Um olhar vago, triste
Não tenho forças para levantar
Então permaneço deitado
É inútil remar contra a maré
A realidade dói
Dói mais do que imaginava
Ao olhar ao meu redor
As sombras se levantam friamente
O som da chuva lá fora me acalma
A pior morte não é a física
É a morte dos seus sonhos
Pois a sua visão não escurece
Você nem descansa em paz
Você enxerga tudo o que não aconteceu
Você sente que tudo já não será possível
Você se dá conta que tudo foi em vão
Que nada adiantou
Ninguém percebeu, ninguém notou
Sua devoção era vã e inútil!
Seu desprendimento era rélis!
Suas boas intenções eram mentiras!
A sua esperança era uma fraude!
O que sobra depois disso ?
Se alguém souber a resposta, conte-me
Pois somente assim
Ressuscitará o poeta
Pois ele morreu na última linha deste poema.

Foto de Carmen Lúcia

Cidadã feliz

Sou cidadã feliz...
Não caio na malha fina, nem fujo do leão,
Não tenho enrosco com fisco, sou sem teto e sem chão.
Salvo o meu ganha - pão, fico sem eira nem beira
E desfilo meu gingado nos ensaios da Mangueira.

Sou cidadã feliz...
Cansei de levar porrada e dar com os burros n’água,
Sei esticar meu dinheiro durante um mês inteiro,
É só não dar o passo maior do que a perna,
“Deixo a vida me levar” e quem ficar... Hiberna!

Sou cidadã feliz...
Digo amém a tudo, quando o tudo me contradiz,
Sou da paz... Eu só quero é ser feliz!
Danço funk na favela e me esqueço das mazelas
E ao driblar bala perdida ainda apareço na fita!

Sou cidadã feliz...
Aumentou o salário mínimo!
Vou à igreja levar o dízimo,
Fazer uma fezinha pro santo de devoção,
Acertar a Mega-Sena é a melhor solução!

Sou cidadã feliz...
Dizem que a coisa tá preta... Eu acho que não...
Mocinho é bandido, polícia é vilão e o povo... Sem “ão”!
Até parece filme... Que brincadeira!
Bang-bang à brasileira!Coisa de Kid Morangueira!

Sou cidadã feliz...
Levo uma vida pacata e não leio jornal.
Não aprendi o A B C... Mas isso não me faz (ma)l,
Minha escola é a vida, sou eterna aprendiz,
Não saber de nada é melhor pra ser feliz.

Já dizia um pensador da periferia:
-Povo que lê sabe das falcatruas!
Mudar as coisas era o que ele queria...
Mas, a ignorância é repousante...
- Fica na tua!

A Deus agradeço pela vida que mereço...
Se sou cidadã?... Sei não!
Feliz?...E ainda duvida, ”mermão”?

Foto de Lou Poulit

Soneto Inglês Para a Mulher Amada

O formato alcunhado de "soneto inglês", pelo gosto do seu povo e pela predileção de Shakespeare, é para mim muito sedutor. Primeiro, porque em 18 versos (no caso decassílabos) se tem um pouco mais de conforto para sintetizar o sentimento, comparando-se com os 14 versos do soneto tradicional. E segundo, porque o encerramento com dois versos conclusivos, destacados no corpo da poesia, oferece ao poeta algumas possibilidades importantes, como reforçar certo ponto ou sugerir outro, que não tenha sido claramente contemplado.

Eis o último que construí, mais uma evocação do poeta perdulário, que nunca consegue pagar sua dívida de devoção. Espero que gostem tanto quanto eu:

AH, MULHER...

Ah, mulher... Não sabes o quanto eu te amo...
Como aparei das pedras as arestas
Rasguei o abraço de úmidas florestas
Me dessedentei no amor que proclamo:

Venham sobre minh’alma os julgamentos
Meu castelo é de cristais transparentes
Devasso o peito, teus beijos de dentes
Meu indulto, inequívocos sentimentos!

Ah, mulher... Com que loucura desejo
Descer ao ápice do teu abismo
E nos teus escuros ver-me sem pejo
Qual bicho amante, cheirando teu sismo.

E pacificado, de um grito ledo
De um verso último, branco e vigoroso
Largar-me em tua vertente, cioso
Só, ciente, senhor do teu levedo.

Ah, mulher... Exala essa paz de amada
Cuja estrela se me esvai... Saciada.

Foto de Senhora Morrison

Liberta

Livra-me do seu sentimento de posse.
Amar, não sabe o que é.
Livra-me do seu moralismo vil.
Honra, nunca tivestes.

Ris da dor alheia
Mas não suporta a tua própria
Engenhava-me mais sofrimento
E tivestes minha devoção!

Chama-me verme
Julga-se forte, viril.
Mas faz-me seu escoro
Seu chão, para que pise, pise...

Só sabe ploriferar o medo
Ganhas-me no grito
Violenta minhas entranhas
Sempre que se sente só

Eu que parecia lhe dever
Nunca ousaria seus olhos
Dei-te a submissão
Fui-te um depósito de gozos, esporros...

Era só o que valia
Só o que me fazia valer
Diante de um semblante psicótico
Acompanhava-me da incapacidade

Almejar-se-ia seu reconhecimento
Se não lhe descobrisse agora
Tão fraco, tão fora.
De realidade que ainda desconheço

Tu foste meu primeiro, meu único.
E com mãos de ferro
Marcava-me com sua brutalidade
Com prazer em me sangrar

Jamais saberia ter força olhando estas marcas
Não poderia sequer tentar fugir
De sua presença negra e duras palavras
Mediante suas perspectivas

Nunca tiveste um horizonte
Não me mostraste as rosas do mundo
Deixara as pétalas a outras
E me enfeitava de caules e espinhos

Acostumaste-me a pouco amor
Mas minha alma já cumpriu sua sentença
Agora que com fôlego caminho para a luz
Sinto-te ainda mais agressivo

Nunca me ganhaste
Não me amedronte
Mesmo em flagelos irei recomeçar
Aqui ou em qualquer lugar

Vou curar minhas feridas
Com minha saliva
Tenho a mim
E isto me basta

A dor me abriu os olhos
Vejo-me tão capaz
Vejo que te suportei além
Sozinha será mais brando.

Suas ameaças já não me martirizam
Tão pouco o cumprimento
Nunca tive nada a perder
Não me destes nada

Vou antes de tudo acontecer
Antes que nada se faça
Ainda que respiro
Agora que me livro...

Então dormes homem
Que ontem foste digno do meu amor
Dormes que enquanto isso
Vou para onde não alcance seu cheiro

Que seja embalado em sonhos malditos
De murmuras e lamentos
E que quando desperte
Tenha uma vida em sofrimento

Aqui jaz tudo que fui pra ti
Neste ímpeto de coragem
Deixo-te, a querer que esqueça.
Que um dia existi...

Senhora Morrison
30/05/2006

Foto de Lou Poulit

Donde Seu Olhar Me Entranha

Donde o seu olhar me entranha

n’alma a sanha de ser mais nobre

e de gastar cada cobre seu

pagando às estrelas lá do céu?

Donde? Ele arremeda um nicho,

espelhado mar de um calmo cais

onde o veleiro sonha com a paz,

repousa as lonas do capricho:

Devoção d’alma cessa jamais.

Donde o olhar sereno esconde

o lapso ingênuo, contundente?

A lápide aceita o nascente,

valente, inerte e soberana

de si, do sol e das estrelas,

de grandeza e miséria humana,

mísera de arroubos, querelas...

Dona das lágrimas de orvalho

deita o olhar, um pálio ao meu pisar,

passar do meu pesar doído,

de lembranças tão vãs vestido.

Donde água doce me oferece,

fadado a possuir carinho

de ondas que me assanham o coração,

ventos se arremessam ao caminho,

mastros, bandeiras e cordames?

Me acossam com fulgores infames,

que emprenham de múltiplas cores

minhas dores de parto, às portas

de íngremes versos, parcas rimas

que julgava, há muito, já mortas!

Como voltasse do vindouro

na mesma trilha em que me embrenho,

sob um poente quente e louro,

prestes a vestir o negrume...

A abraçar seu lume me empenho.

Porque seu olhar permanece

em mim e me vê quando, em prece,

reconstruo n'alma o seu altar.

Porque as dores, quaisquer que sejam,

nunca almejam vencer seu olhar.

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

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