Desprezo

Foto de Joao Fernando

Só deixaria de ser poeta...

Quando toda essa paixão em mim contida esvair pela tua indiferença.
Quando finalmente olhar teu rosto e nada ver,
Além de uma face fria e implacável.
Quando passares por mim e ignorar até a minha sombra
(Que um dia te protegeu do sol).

Só deixaria de ser poeta...

Quando não tiver mais a força pra aclamar a sua atenção.
Quando perceber em seus passos a tua declarada pressa pra se afastar...
Quando perceber em seus olhos que não é eu que eles enxergam.
Quando finalmente a dor em meu peito não tiver mais cura.
Quando perceber que lá você estava e mandou dizer que havia saído.

Só deixaria de ser poeta...

Quando no frio do meu leito eu perceber que nunca vou ter o seu calor.
Que tudo o que um dia podia acontecer, jamais sairá dos meus sonhos.
Que tudo que me dissestes foram palavras tolas, jogadas ao vento.
Palavras temperadas na mentira e na maldade.
E que o tempo que investi em você faliu e, me deixou miserável.

Só deixaria de ser poeta...

Se tudo que é fel em sua alma escarnasse pelas minhas entranhas.
Adentrá-se em meu peito e lá fizesse estragos.
Se de tua boca ouvisse só fiadas palavras de desprezo e de ingratidão.
Se tudo que era vida... Agora, tornar-se-ia morte!

Ah! Como lamento!...

Deixaria de ser poeta pra ser miserável!
Viveria na rua da solidão e dela seria pedinte de afeto.

Ou então seria poeta para sempre!

Amarrar-me-ia por vez, nas palavras que confortam as almas tristes.
Faria da poesia minha vida e vice-versa.
Procuraria novamente o amor, mas, dessa vez seria mais cauteloso.
Teria a ferida que um dia há de cicatrizar-se e, dela apenas recordações irão ficar.

Sim, seria poeta até morrer... É a minha sina!

Foto de Emerson Mattos

Sentimento Sepultado

Autor: Emerson
Data: 08/09/03

Lembro do nascimento daquele sentimento, em que presumia ser duradouro. Mas, logo percebi que a cada investida desastrosa morria aos poucos, se equiparando a uma vela de cera – tem tanto fogo e se acaba sozinha. Logo então, ele, agonizante morreu.
Percebia que a exérquia dos sentimentos seguia a passos rápidos, junto da desesperança que sobrepujava a esperança, rumo ao funeral onde não teve, sequer, direito a um velório. E via claramente as ferramentas trabalharem:
Cavadeiras que cavam além das raízes do coração, na busca desesperada de um atrativo à correspondência, incentivada ou motivada pelas indagações encefálicas.
Picaretas que cavam com as pontas afiadas do desprezo, a cova da consternação, ou do coração não correspondido; seguidas de pás que servem para retirar os resquícios resultantes do esmorecimento e que depois trabalham para inumar, as mágoas, desapontamentos afáveis e o conveniente amor unilateral.
Soquetes e marretas perfazem o serviço golpeando o terreno seco do coração, que de tão fraco se despedaça e os pedaços mendigam o amor acalante de sua raiz e aguardam esperançosamente à correlação em um novo amor que lhes possa juntar os pedaços. E que possa buscar a morte súbita da transcendente saudade do coração.
Sobre a cal, as pétalas das flores espargidas são as únicas companhias do desvanecido anseio que terá, sempre...
E, por fim, apenas a lápide fixada de pé, que guarda em si a reminiscência descrita, isolada, esquecida... “Aqui jaz um sentimento”.

Foto de Emerson Mattos

Pesadelo Real

Autor: Emerson
Data: 21/04/06

Caio no profundo obscuro
Em que vejo findar o final
Lá tudo parece igual
Mas vejo que nada é normal

Há seca nos mares de mãos
Que, possivelmente, acalentariam-me
Tem somente do desprezo a escuridão
Que o isolamento a esperança causa medo

Vejo que não estou só, apesar da solidão
Os sentimentos me acompanharam
Desprezo e vergonha, minha ingratidão
Os seus olhos me miram, olhos de assombração

O que será que eu fiz, pra penar assim?
Será que a minha bondade me trouxe maldade?
Ou minha maldade me veio esta tarde?
Será o suplício das minhas ações?

Eu penarei pelos meus dias?
Ou vou perceber que é somente um sonho?
O assombro de um pesadelo real
Que me faz sofrer os calafrios na pele

Se é um sonho
Uma brincadeira de mau gosto
Da minha imaginação
Quero acordar e não voltar a dormir
Pra não correr o risco de sonhar

Mas se não é sonho
Quero mesmo assim acordar
Desse pesadelo real
Que a vida me prega
Como numa peça sem graça

De qualquer forma
Eu quero despertar!
Abrir os olhos da consciência inconsciente!
Nesse momento, nesse instante

Foto de pardal

arrependimento

Abri minha mente,
Entreguei-te meu coração
Você entregou-me o desprezo,
Das nossas longas conversas só me sobraram um
Talvez te ligo
Maldita hora,
Abri-me

Dos nossos olhares sobraram desvios
Porque o destino é cruel,
Ganhei um sentimento
Perdi uma amizade

Não estou com calunias
Seu gosto quero sentir,
Seu calor não sinto
Quantas vezes te fiz rir,
Você me fez chorar

Melhor é amar uma amiga,
Do que ser afoitado por um inimigo
Por que você não acredita
Estou a perecer em prantos
Abri-me,
Tu me disseste que não passa de galanteio

Fui amaldiçoado com a mão de Midas
Tentando te tocar
Te perdi,
Quanto mais perto tento chegar,
Mais fico a deriva
O oceano da solidão me abraça

O livro da minha alma está com o selo aberto
Para poder folhar,
De ti nunca escondi nada
Passávamos horas nos comunicamos
Porque me evitaste
Eu sinto um sentimento, não uma doença

Se amar custará a minha melhor amiga
Por favor, me mate
Não quero mais amar

Foto de Junior A.

Chegara o fim

É...
Chegara então o triste fim...
Tenho que me levantar,tomar os sonhos que a ti sonhei
Como vestes que um dia por amor presenteei,tenho que recolher e ir
Ao decorrer do castelo que construimos
Vou recolhendo as peças que um dia enfeitavam nosso sonhar
Porque tinha que ser assim?
Como podes me pedir para tomar tudo que lhe dei?
O corredor parece que não acaba...
As vestes se tornaram trapos,retalhos,farrapos
Dentre todas,uma em especial chorei ao contemplar
O vestido vermelho “amor” que a presenteei quando nos conhecemos
O que restara dele
Desbotou,empalideceu...
Ficara apenas a nódoa da indiferença
Ainda exala o teu perfume “existir”
Pois viver não mais podera
As preciosas pedras “gestos”
Que o ornamentava se perderam
Parece que a você não tinham mais valor
Por isso arrancara?
Prossigo a procura do que não mais desejas
Encontrei aquele cristal “vida”
Que a entreguei em nosso aniversário de “amar”
Ao chão...resta apenas fragmentos
Os quais procuro entre a mobília “ausencia”
Estou a juntar tudo na mala “saudade” que me dera
Porque tinha que ser assim?
Não responda...
Já estou indo antes que peça novamente
Me perdoe se ao ir,caminhar lentamente
Entre tudo que agora é apenas teu
Passos seguem coração,e esse desvanece
Titubiando se arrasta até a porta “realidade”
De fora me abraço e choro
Com minha,outrora sua,mala “saudade”
Peço-te um favor:
O que encontrar jogue pela janela “desprezo”
Pois ei de buscar um dia

Foto de Junior A.

Introspectivo

O que escondes em teus olhos?
O que falas em teu silêncio?
Tuas convicções não são
Tão delineadas como teus traços
Tão pouco tuas afirmações
Como o teu toque
O que oculto paira em teu canto?
E que escuridão tapas com este amor?
Seria o medo do escuro
Que te consome?
Ou seria o medo da luz
Que te exaspera?
Não se vire para o lado
O desprezo é o desgosto
Não estou a perguntar,ainda não
Estou apenas tentando senti-la
Seria teu amor maior que tua poesia?
Ou seria ínfimo o teu amor
Mediante a beleza das palavras
Te esqueces que a beleza só a é
Em verdade?
Esqueceste a bagagem do existir
Em outra viagem?
Ou apenas se conforma enquanto
A viagem não se finda?
O que fala teus olhos quando calas?
Diga-me mediante aquilo que vejo
Não convença-me
Com aquilo que escuto.

Foto de sonhos1803

Quero te perder

O desprezo faz parte de você,
Como o brilho no fundo de teus olhos,
Teu jeito mudo,
De dizer,
Contradizer,
Em varias formas de me fazer sofrer,
Na procura por outras bocas,
Na ternura de tocar,
Quebrando cada muro que construa,
Criando caminhos a lugar nenhum,
A provar que sabes fazer amar,
A largar teu corpo frio,
Como a chuva que cai,
Uma luva suave a tocar,
A face de desejo,
Em cada suspiro,
De um delírio sem sentido,
Como um redemoinho,
A bagunçar,
Destroçando,
Atraindo o olhar,
De uma miragem,
Doce que sufoca,
Constante e cortante,
Na pureza, na frieza,
Um misto estranho,
Um emaranhado,
De corpos,
Vendendo,
Se perdendo,
Na busca de um amor,
Na perca do coração,
Na destorção da realidade,
Da fragilidade de quem te amou um dia.

Foto de Fatima Cristina

Amor...

Castigo me constantemente pela tua dolorosa ausencia.
E penso que fazes parte da historia sempre que fecho as portas do meu coracao...
Achei que o vento te tinha levado mas voltaste na brisa quente de um dia de Primavera.
Qunado te vejo, ja distante,imploro te que voltes,que perdoes,que esquecas...
Quando te toco,e sinto no peito a saudade,exigo um melhor dia.E se tiver que decidir entre o esquecimento e desprezo ou o sofrimento e indiferenca,que importa?Se nao estas mais aqui do meu lado.Que interessa?Se so restam magoas, se so ficou o odio,a raiva,a angustia bela e penosa do meu ser.
Porque talvez seja isso que tenha restado, da minha imagem!
Porque talvez, e nao te censuro, seja isso que tu me sentes!

Ha dias sonhei contigo,um daqueles sonhos em que tudo `e perfeito,porem acordei e olhando a lua naquele exacto instante,regressei a realidade e tive a certeza de que em tempo algum te alcansarei;nem a ti, nem aquela lua!
Se tu mo pedisses,eu roubaria o seu brilho e as suas estrelas e com elas faria a magica porcao do amor eterno...

A impiedosa exigencia do abismo afastou nos, separou nos...
O nosso reencontro traria de novo toda a magia???!!!
Teria o meu amor poder suficiente para ambos alcansar nos a felicidade duradoura e imune??
Sera que pouco a pouco, nao poderiamos juntos construir um mundo nosso e intocavel??
Talvez, talvez tudo isto fosse possivel se a razao e a loucura apontassem aos deveres do coracao que pede ja quase sangrando,ser amado... Por ti meu amor!

E saber como amar te!

Cristina Costa

Foto de Fatima Cristina

Sem saida!

Sei que agi mal e que em tempos passados te fiz muito mal...
Hoje ligo te na esperança que tudo tenha sido deixado para tras...
Engano meu só poderia ser!
Ficou exactamente no mesmo, o ódio, a raiva, o desespero, mas também o amor.
Senti o ao ouvir a tua voz, distante, fria, capaz de fazer desabar o meu mundo outra vez...
Que ilusão pensar que poderíamos remediar alguma coisa, que poderias comparecer no dia mais importante da minha vida...
Esperei a tua mensagem , passei horas a olhar para o telemóvel com fé, até pensei em desistir de todos os planos já devidamente elaborados, e nada.... A noite chegou, os minutos tornaram se em horas e por fim deixei fugir aquela ponta depositada em mim, que julguei crescer...
Agora sei mais que nunca que não vais voltar, que não me vais perdoar, que jamais tiveste essa intenção, que nada tão parecido te passou pela cabeça...
E digo “Merda” pelo tempo que desperdicei a tua espera, pela ilusões que alimentei e criei as tuas custas e do próprio medo que tinha de não te olhar, acabáste com o resto que havia em mim, o pouco que tinhas deixado em tempos esquecidos por ti e recordados por mim...
E perguntou me: “como vou viver sem ti?” e encontro a resposta: “da mesma forma que vivi estes anos, mas agora com a realidade a frente, sem sonhos, sem continuar a sentir que algum dia fizeste parte de mim, que partilhamos o nosso bem estar...
Mas sei que o percebi no dia em que te vi partir e admiti o quanto estava errada, perdi o teu perdão ou abandonei o, porque depois dele veio a solidão, o desprezo e não consigo viver com isso...
Como vou ser forte sem ti, preciso dos teus braços para me abraçarem, preciso do teu beijo para me iluminar, preciso do teu corpo para me aquecer, preciso do teu sorriso para me recordar de que algo tão belo não existe, preciso simplesmente de ti ao meu lado, por perto, junto a mim.
Já não tenho mais forças para continuar a lutar contra o teu orgulho, contra o tempo que corre e me deixa assim...
Estou perdida, completamente á toa agora que me vejo sem ti aquí neste mundo capaz de me devorar num segundo apenas.
Será que adianta pedir te que voltes, que esqueças, que me ames uma vez mais, que perdoes, que não abdiques de mim!!??
Vou sentar me naquela cadeira onde te vi partir e nada fiz, vou regressar ao que vivemos e ficar por lá!!!

Foto de Crisrosa

Amor Próprio

Eis-me aqui em frente ao gelado computador, leio poemas, histórias, mensagens que fazem esquentar o coração...
Pessoas que não conheço, pessoas que com suas palavras me fazem sonhar e acreditar que apesar do sofrimento que algumas vezes passamos durante a nossa existência é possível amar.
Amar de várias formas, por atos e canções...
Amar quem não nos ama, mas ter a coragem de amar por dois, amar a nossa família, ao nosso trabalho, aqueles que escolhemos como amigos e fazemos deles nossos parentes, amar sem medo, mesmo que lá no fundo esperamos algo que nunca venha acontecer.
Amar pelo simples fato de amar, de querer cuidar, proteger, dar aquilo que temos de melhor, para simplesmente ganharmos um obrigado, um sorriso e por algumas vezes o desprezo. Mas, nada vale amar, se não nos amarmos primeiramente.
Crisrosa

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