Descanso

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Quarta-feira
Quanta disposição!
Tudo que quero agora...
Um beijo e um colchão.

Falo sério!
Preciso descansar um pouquinho
Com tanta preocupação...
Só um beijo e um soninho.

Tilbrito - Quarta-feira - 21/09/2005

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UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

Foto de claudia_

MINHA ALMA...

MINHA ALMA.... QUE CHORA.... CANTA.... MINHA ALMA QUE SI ACALANTA...... DESEJO QUE SI IMPLORA ! SI PERDE E SI ALCANçA.... ME VISTO E DEVISTO ! COM GLORIAS E PRANTOS! ME SUBMETO AOS DESENCANTOS... MINHA ESPERANçA NO DESCANSO..... QUANDO NO ESPAçO DE TAO VAZIO SE SENTI FLUTUAR.... QUANDO NAO SI PODE OUVIR!! NEM FALAR!!MAS APENAS RESPIRAR............! MINHA ALMA.......QUANDO NAO SI SABE SI CHORA! SE RI! DE TANTO DESEJAR........... QUANDO NAO SI QUER DIZER O ADEUS PRA NAO CHORAR!!! QUANDO A VIDA È POUCO TEMPO!!! PARA TANTO....... AMAR.......

Foto de solidão

Incompleta

Espaços vazios me enchem de buracos
Faces distantes sem nenhum lugar para ir
Sem você dentro de mim, não posso encontrar descanso
Para onde vou não é da conta de ninguém

Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido
Eu estou acordada, mas meu mundo está adormecido
Eu rezo para este coração se curar
Mas, sem você, incompleta é tudo que eu serei

Vozes me dizem que eu deveria seguir em frente
mas eu estou nadando em um oceano completamente sozinha
Amor, meu amor
Está escrito em sua cara
Você ainda se pergunta se cometemos um grande erro

Eu não quero arrastar isso, mas parece que eu não consigo te
deixar partir
Eu não quero fazer você encarar este mundo sozinho
Eu quero deixar você partir (sozinho)

Foto de Neco

Pao Nosso

No desperta do alvorecer, começa mais uma vez a nossa luta, da qual passamos o dia inteiro, atrelados ao um ritmo apressado e continuo, às vezes ater mesmo sem tempo para nada ou alguém, quantas foram às vezes que esquecemos de comer, dos amigos, de ligar para um ente querido, até mesmo dos nossos filhos, jóias tão raras e preciosas, sem tempo para nós mesmos ou até para quem amamos.

Bem é assim que o meu dia torna-se um pouco mais fácil, neste ritmo frenético mantenho meu corpo sempre ocupado fazendo com que não sobre tempo parar lembra que me abandonas – te.

Porém ao cair da noite e retornar ao aconchego do lar, recebendo um afago ou aquela voz dizendo “estava com saudades que bom que chegaste” percebemos de tão quão é recompensante depois da longa jornada do dia-a-dia ter alguém a sentir nossa falta e que estava apenas nos esperando para nós dar um pouco de descanso.

No entanto, onde todos repousam sob a madrugada e seu silêncio ensurdecedor é onde travo a minha verdadeira guerra, com o corpo e mente repousando todos meus pensamentos mais reclusos se consolidam sob a forma de sua imagem. É assim todos as noites travando uma verdadeira batalha a tentar expulsar todas essas lembranças que hoje só me servem de lamentações, confesso ter medo, pois não consigo vencer se quer uma batalha tendo que aceitar esta derrota e como pena, ter tua imagem como a ultima coisa que meus olhos enxergam antes de prosseguir, nesta luta diária. E fico apavorado sem saber se terei forças a admitir mais uma batalha sem vitória e viver mais uma noite de solidão...

Foto de DENISE SEVERGNINI

Amor é combustível

Amor é combustível
Corpo é comburente
A paixão chama crescente
Que se acende
Quando pressente
A chegada de ti
Eu te abraço
Envolvendo-te em amassos
Tu me derrubas ao chão
E os dois corpos entram em combustão
Um beijo mais profundo
Transporta-nos a outro mundo
De paixão e sedução
A razão é esquecida
A carne aquecida
Vai queimando enlouquecida
Transpirando atração
Como dois ímãs de mesmo pólo
A ti eu me colo
E quando mais grudo, mais quero grudar
Até o desejo saciar
É um vai e vem desenfreado
Nem o atrito é questionado
Por que quanto mais fricção
Mais prazer
Uma torrente de humores
Fazem-nos delirar em todas as cores
Num arco-íris surreal
E o ato carnal torna-se quase animal
Mas recheado de amor
Quando aos píncaros chegamos
De paixão nos extenuamos
Saciados, descansamos
Um abraço, um carinho
Um beijinho bem terno
O descanso merecido
Pois mais tarde desperto
Eu te sentindo por perto
Vou relembrar da emoção
E recomeçar a nossa combustão

Foto de Sempre-Viva

Quem é?

QUEM É………?
BY. R.COSTA

De quem são esses olhos escuros,
Que tanto olho……….sem poder olhar?

De quem são esses cabelos macios.
Que afago ternamente……sem afagar?

De quem são esses lábios carnudos,
Que tanto beijo……sem poder beijar?

De quem são essas coxas grossas,
Que tanto cobiço, querendo colo…….
Sem poder sentar?

De quem são esses braços peludos,
Que tanto abraço……sem abraçar?

De quem são esses pés que caminham a êsmo,
Caminham comigo…..sem caminhar?

De quem é esse peito largo e quente,
Onde descanso a cabeça …..sem descansar,
Onde me perco em sonhos…sem nem mesmo sonhar?

De quem é esse rosto jovem,
Que tanto admiro…sem poder tocar?

Quem é essa pessoa tão linda,
Que guardo no peito,
Sem poder guardar?

É você meu Sweet Love………é você……..
Que amo de longe,
Sem deixar de Amar!
……………………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………
………………………………….
………………………..
…………………
……………
…….

***Escrito numa madrugada que passou:
*fria,
*calada,
*cansada,
*escura,
*silenciosa,
*vazia………mas “cheinha de você”!
December 11 1999.

Foto de PeterPoeta

Serei teu Amor!

Procuro em ti o sabor do amor
O calor da paixão
Vivi para te conhecer
Para te preencher
E sei que um dia serás de alguém
Talvez meu!
Que sei eu?
Sei que te Amo
E não descanso
Até viver esta paixão
Que corrói
Que mói
Que por vezes até destrói
E sem ti não quero viver
Prefiro morrer
Que saber que não sou para ti
Aquilo que és para mim
Paixão

Foto de Neco

DESVENTURAS

Estado imovel , irreparavel , terminal é assim a forma mais sutil e dolorosa,
forma de morte, não é a morte da material. E sim a morte pro mundo,
quando por um motivo qualquer desistir de viver e passa a "viver" na penuria ,
as sombras de alguem ou de que achas que deveria ser.
Assim é apior e devastadora forma de morte , quando em vida só pensas em ter um descanso
que ati ainda não pertences.

Foto de Taygra_lost_in_love

Meu presente no dia dos namorados

No dia dos namorados queria poder te dar um presente diferente.
Procurei... procurei e nada encontrei.
Eu queria te dar algo que falasse um pouco de mim, que demonstrasse o quanto AMO VOCÊ. Não sabia se o que queria era material, de valor ou sentimental. Sabia sim, que o que eu queria tinha que ter de tudo um pouco.
Andei... andei... pesquisei, cheguei a comprar uma roupa bonita com o maior carinho, mas não era isso que eu queria;
Saí novamente e comprei pra você alguns livros que falam de amor, escrevi cartõezinhos, perguntei até mesmo pra você sem vc perceber.
Mas na verdade tudo que eu tinha era nada diante do que eu queria lhe dar.
Por vários dias pensei: está chegando o dia dos namorados, e não achei nada que demonstre o quanto te amo.
Foi então que pensei assim:
Dia dos namorados: só um dia apenas, para dizer o quanto agente gosta de alguém. Mas... um dia é muito pouco para expressar o quanto TE AMO.
Hum... objetos também não demonstram.
Então terei que tentar escrever o meu amor por você.
E foi assim que tentei...
Primeiro teria que definir a palavra amor.
AMOR = Tendência que leva a alma a se apegar às coisas. Sentimentos afetivos que impele a criatura para o que lhe parece belo, grandioso e verdadeiro.
Paixão ou afeição cujo o objetivo é a posse exclusiva do afeto de pessoa pertencente ao outro sexo).
Hum... definido no dicionário é simples não?
Mas ainda não é isso que quero dizer.
Amar você é ter encontrado a minha própria existência.
As palavras "eu te amo", jamais iriam demonstrar e definir o quanto gosto de você.
Você é assim:
CARINHO, tudo em você é carinho, jamais imaginei ter tanto assim, pois me sinto o ser mais nobre que poderia existir no universo.
CARINHO MORAL, que fascinante... poder ouvir de você tudo que diz, mesmo sabendo que não sou tudo que diz.
PRESENTE, sempre, pois me ouve e me faz discenir, entender e compreender o certo e o errado de uma maneira sutil e delicada.
DEDICAÇÃO, sinto que cada segundo, cada minuto que estamos juntos ou até mesmo distantes, você é devoção, e em pequenos atos demonstra o seu amor.
COMPREENSÃO, quando estou triste é capaz de perceber, e muda todo o ambiente para me fazer sorrir.
PERFECCIONISTA, sim queres fazer do nosso amor o mais perfeito, o mais puro, o mais nobre e o mais encantador... tudo para me fazer feliz.
DESEJOS, e não poderia existir outro igual e nem tão pouco melhor, porque me desejas,
Como o homem que tem sede, torna-me a sua água,
Como o homem que tem fome, torna-me o seu alimento,
Como o homem que tem frio, torna-me o seu abrigo,
Como o homem que precisa de descanso, torna-me o seu leito,
Como o homem que precisa de deleite, torna-me o seu prazer,
Como o homem que precisa ser amado, torna-me o seu amor.
Você é tudo isso e mais...
Encontrei em você tudo o que qualquer pessoa poderia desejar.
Você completa a outra parte de mim, como dois corações que se partem ao meio, e unidos novamente somos um só.
Então juntando tudo, eu te amo, carinho, carinho moral, presença, dedicação, compreensão, perfeccionismo e desejo do homem, é assim que me sinto amada por você, e até mesmo esta carta é pouco demais para dizer o quanto TE AMO.
E assim mesmo, o muito pouco que tentei expressar talvez seria mais fácil dizer que você eternizou-se para sempre em minha alma.
E em uma singela e humilde frase vou dizer a você: AMO VOCÊ POR TODA A MINHA VIDA.

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