Desamor

Foto de Cecília Santos

MUNDO REAL

MUNDO REAL
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Que saudades que tenho, dos anos de Outrora.
Quando achava que Deus, morava nas nuvens,
e desenhava pra mim.
Olhar atento, curiosa, esperava.
As figuras se formarem, pra me encantar.
Num piscar de olhos, se desfaziam com o vento.
Outras iam surgiam em seu lugar.
Não tenho mais tempo de olhar os desenhos no céu.
Hoje vejo à minha frente uma dura realidade,
que não se apaga, diante de meus olhos.
O desenhista da atualidade, é implacável, frio, cruel.
Seus desenhos são baseados unicamente,
na INTOLÊRANCIA, no DESCASO, no DESAMOR,
O cenário é a grande metrópole, suas ruas, seus faróis,
seus becos, suas favelas.
Crianças com fome no farol a pedir.
Outros fazendo malabarismo, pra ganhar uns trocados.
Cenas que se repetem todos os dias, todas as horas em
cada farol dessa imensa cidade.
O homem esqueceu o significado da palavra AMOR,
HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO.
Robôs e máquinas, ocupam espaços humanos.
O desamor alojou, ramificou, enraizou se alastrou.
Os sonhos pra muitos, foram desfeitos .
O verde agora é só concreto, e a esperança acabou.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007

Foto de Naja

E MEU SONHO ACABOU ASSIM

E MEU SONHO ACABOU ASSIM

Escrevi a minha vida, logo cedo bem novinha
Pra mim a vida seria bela, bem formada,
bem casada, com uma filharada
tudo em volta de mim.
Ao envelhecer teria muitos netos
uma porção de bisnetos
e em dias de grandes festas
todos viriam pra mim
e eu seria tão feliz assim
que nunca meus olhos chorariam
por ter realizado meu projeto
no entanto o que vejo em volta
é um mundo abjeto.
Por ninguém sou mais querida
se sumir penso que nem serei sentida
ninguem nem vai perceber
triste sina de quem tanto sonhou
com muita alegria e grande amor
e apenas o que achou
foi solidão, tristeza e desamor.
Será que sou mesmo assim
tão maldosa, tão ruim
que nada tenho de bom,
será que só pelos bichos
sou entendida e amada?
será que é porque eles
não têm como me dizer
que preferiam sofrer
a ficar perto de mim!!!!!
naja
Publicado no Recanto das Letras em 04/11/2007

Foto de Naja

E MEU SONHO ACABOU ASSIM

E MEU SONHO ACABOU ASSIM

Escrevi a minha vida, logo cedo bem novinha
Pra mim a vida seria bela, bem formada,
bem casada, com uma filharada
tudo em volta de mim.
Ao envelhecer teria muitos netos
uma porção de bisnetos
e em dias de grandes festas
todos viriam pra mim
e eu seria tão feliz assim
que nunca meus olhos chorariam
por ter realizado meu projeto
no entanto o que vejo em volta
é um mundo abjeto.
Por ninguém sou mais querida
se sumir penso que nem serei sentida
ninguem nem vai perceber
triste sina de quem tanto sonhou
com muita alegria e grande amor
e apenas o que achou
foi solidão, tristeza e desamor.
Será que sou mesmo assim
tão maldosa, tão ruim
que nada tenho de bom,
será que só pelos bichos
sou entendida e amada?
será que é porque eles
não têm como me dizer
que preferiam sofrer
a ficar perto de mim!!!!!
naja
Publicado no Recanto das Letras em 04/11/2007

Foto de Carmen Lúcia

Quisera

Quisera eu ter o dom
De consolar os aflitos
Prevalecendo o perdão
E calar todos os gritos...
De dor, desamor, solidão...

Quisera eu levar paz
Aos corações em conflito
Acabar com a guerra fria
Aquela que trazem consigo
Fazer da mágoa, poesia
E da poesia, canção
Cantada em comunhão de amigos.

Quisera eu ter o dom
De devolver ao ente querido
O filho que não voltou
O pai que se perdeu na partida...
À mãe sofrida, o consolo
Pra sua dor mais condoída.

Quisera eu ter o dom
De invadir o universo
Com poemas, trovas e versos
E dispersar o que é perverso
Plantar sementes de amor
E de amor fortalecer a terra.

Quisera eu ter o dom
Da palavra que enxugue o pranto,
De levar esperança ao que creu
Mas que hoje lhe sangra a ferida
E que vive como quem morreu...
Ao desprezar a própria vida.
Se não posso ressuscitar os mortos,
Talvez consiga ressuscitar os vivos!

Foto de Carmen Lúcia

Ah...poeta!

Ah...poeta!

Que divagas pelo mundo
Desbravando almas,
A afagar feridas,
Resgatando a calma,
Construindo pontes
Sobre os abismos
Que o bem escondem...
Almas em retalhos
Salvas por atalhos
Por onde passastes
Por onde deixastes,
Como um peregrino,
Homem e menino,
Marcas registradas
Fé pré destinada.

Ah...poeta!

Que constróis guaritas,
És ancoradouro que o barco abriga
Alcanças o mais íntimo,
Inatingível sentimento,
Drenando sofrimentos,
Dispersando os lamentos,
Irrigando pensamentos
A florir em nosso eu...
Regados pelo teu dom
De enxergar o lado bom
Da vida, do desamor, da dor...

Ah...poeta!

É tua palavra
Bálsamo que alivia,
A fala de quem cala
O que está a sufocar,
Ao revelar o que é belo,
Tudo o que há de sincero...
Que todo o tempo é o de amar!

Poeta que canta as dores,
Encanta os amores...
És das cores, o matiz...
És o sábio e o aprendiz!
Tua alma imaculada
Morre e nasce a todo dia
Permanecendo imortalizada
Em tua poesia!

Foto de Soninha Porto

AINDA TE AMO

Moras ainda na minha alma
embora cicatrizes traçadas
pelo desamor e as mentiras
meu amor-pranto por ti delira

mas, não adianta quero encantos....
que só tua lira sabe tocar
corro que nem louca, sabes quanto
a te encontrar no mesmo lugar

basta pensar na tua imagem
vejo tua boca nos meus seios
cascatas correm e me afogueio

é o desejo no corpo a transbordar
banhado em pecados de amor
só fantasia, acabou... sem cor.

soninha porto

Foto de Jorgejb

Crónicas de Monoamor.

Por uma última vez, não volto a perguntar se me queres. Ponto final e não ponto de interrogação.
Arre, que um homem tem uma dignidade, tem uma espinha. Parece que quando te sinto, é mais fácil mentir. É na solidão que me desatino, é na tua ausência que passo ao contra ataque a mim próprio. Porra, os sentimentos são tão parvos, tão ao contrário do que quero. Parece que há gente que nunca tem destes problemas. Afinal, quem vive melhor?
Sinto a forma como desvias o olhar, nem sei o que queres dizer. Pareces fugir, ao mesmo tempo como se te desgostasses de não quereres exactamente o querias querer.
Chatice das palavras. E se falássemos por telepatia? - e se nos entendêssemos sem ser preciso falar?
Que tal inventar uma comunicação mental. Bem, isso não era bom, não podia guardar segredos, seríamos nus a todo o instante.
É de tanto te querer que me calo, que emudeço e paro. Uma vez perguntaste se desisti. Nunca, porque não posso, não porque não queira. Que pode fazer alguém se ama? Não se inventou ainda um chá de desamor, que me tire deste todo, dum corpo pegado a um olhar, dum desejo sereno, às vezes louco. É como uma dor que não sai, mesmo que me queira distrair.
É de tanto querer que me dói o teu não? – Não, não é. É mais, de não encostar o teu não na beira da estrada e seguir. É de me embrulhar nesse teu corpo, lindo, desejado, desse teu rosto, desses teus olhos. Nem me lembro se é lindo, porque não existe onde me apoiar, onde comparar.
Sais de mim, com uma simples frase, o teu movimento é um não movimento, as tuas mãos fecham-se escondidas no meio dos teus braços, encostadas nesse teu peito que queria alcançar e sentir.
Tens as mãos nuas, envergonhadas – olho-me no vazio, na estranha sensação do ridículo, nessa tua expressão vazia de quem nada tem para me oferecer.
Olho o teu rosto – não quero o teu beijo prolongado, não quero estar aí, quando te despedires na lembrança de um adeus, cruel.
A minha esperança são os poemas, o acreditares que vou ter sempre essa pequena luz se quiseres regressar – ao menos terei sempre a esperança que voltes, e tu porque a luz brilhará, mesmo fosca, o convite para te deitares, cansada, gasta de procurar quem te ame mais, ao lado desta pobre paixão inacabada.
Há um ar fresco de fim de Verão que se recalca no final das tardes. O Sol esgueira-se, tu permaneces, cercada da soma dos olhares onde nunca mais dançarás a roda, eu por aqui fico falando ao destino destas histórias. O destino aborrecido, diz que sim, pois é, pois é, complacente, cheio – afinal não há nada de novo nesta história..

Foto de JGMOREIRA

A ÂNSIA

A ÂNSIA

Amo, na distância, um amor
que não será amado quando perto.
Ao alcance do tacto, do beijo,
esvanecer-se-á e será reles desejo
que pela manhã deixa cheio o cinzeiro.

Amo a distância que dele me separa
como o próprio amor que a ele dedico.
Muitos são os silêncios em minha alma,
como são muitos os passos de toda uma vida.
Em todos esses silêncios há o amor,
como nos passos.
Há amor nos tendões, nervos, ligamentos
sangue, pele, pelos tudo é amor, posto
não haver pensamentos em quando atiro
a perna à frente, à frente, e nos silêncios.

Se puder tocar o objeto do amor, de que vale o amor?
Se posso dar fim à ânsia, de que vale o sacio?
-Ser apenas um corpo vazio a bocejar no escuro?

Ah!, como são reles os que se atiram a findar o amor
como se fosse ódio o que sentissem e fosse
amar estar vazio: Lata de atum no cesto da cozinha.

É preciso amar o amor como se fosse medo.
Evitar a satisfação; ansiar e mais amar a ânsia
para evitar que se aproxime o corpo do vazio.

Quanto mais quero menos esqueço o desejo
e adoro o que amo.
Esvazio-me de mitos
quando amo e ando leve, atirando olhares
semprenovidades ao mundo que vejo.

Extensos são os desertos de minha alma,
com muitas construções a disfarçar o vazio.
Nesse deserto, quando chega a noite
e a lua plena, o vento traça figuras na areia.
Muitas são as figuras traçadas em meu coração.

Os sentidos são estúpidos. Estão explodindo, exigindo,
tornando-me louco por visões, audições, gostos
que me esvaziem do amor que sinto.

mo tudo o que está longe.
Se vejo pedras, sou pele; se sou algas, amo o deserto.
Amo a impossibilidade do amor
como amo o amor.
As coisas que vemos são puramente coisas,
não possuem encanto.
Quanto maior o conhecimento dos símbolos,
menor a ânsia. Quanto mais conheço mais padeço
de desamor. Mais exijo conhecer para menos
me encantar ou procurando algo que não
entenda para a esse me entregar e amar.

Amo as crianças quando me perguntam
"o que é isso, aquilo?" e me detesto ao responder.
Quanto mais sei menos amo e busco, cocaína,
maiores quantidades de inusitados
para, enquanto não os entenda, amá-los.

Quanto mais conheço, compreendo, mais endureço
meu coração, minha'lma e mais sofro.

Quanto mais entendo, mais disfarço os desertos
de minha alma, mais afugento o vento,
mais escorraço Deus das minhas dunas.

A cada dia mais vejo e menos percebo.
Em breve de tudo terei ciência e chegará a hora
em que o deserto será tão extenso e irreconhecível,
o frio tão intenso que o coração se negará
a continuar traçando figuras ao vento.

Quando chegar esse momento, terei medo
e não mais poderei amar o que desconheço.

Foto de Carmen Lúcia

Segundo Concurso Literário-2007 Tema:Esperar...Até quando?"Viaduto"(In memorian)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo... escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feitos suicidas,os "kamikases"a detonar o desamor...
Sombras que assombram, que retratam o prolixo,
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos,
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

Foto de Logan Apaixonado

Fim do Espetáculo

Apagam-se as luzes
Fecham-se as cortinas
O espetáculo maravilhoso
Finda em um escuro aterrorizante
Sinto meu peito dilacerado
Agora mais do que nunca
Sinto o gosto da derrota
Meus olhos molhados estão cobertos
Por um manto de dor
Sem teu calor
Minha angustia infinita
Companheira tão cara
É a dor minha parceira
E a saudade minha esperança
Sentado em meus anseios
Esqueço que sou tão só
Porque ao meu redor
Só há dor e culpa
Padeço diante do fel
Amargo do desamor
Selado nosso destino
Quem sabe há uma razão
Para tamanha desilusão

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