Credo

Foto de Jamaveira

Amém

Amém

Impuros são os pensamentos dos religiosos
Nas alcovas que vivem sabem lá deus as tramas
Os dramas do dia a dia sem companhia
Em nome do pai do filho e de todas as vontades
Faz-se de rogado onde a tara é o pecado
Desobriga-se de cometer o ato em nome do credo
Dentro do organismo o inferno se abriga
O fogo da paixão abafado explode em erupção
Tantas atrocidades em nome do celibato
Vem a mim vosso reino a tua salvação
União nos becos escondidos ecos dos meninos
Casamento proibido em nome da herança maldita
Riqueza, ostentação, jorra o sangue de tantos irmãos
Arcar com as despesas familiares e de divórcios
Nem pensar, o dízimo é a parte que nos obriga
Já não mais dos Levitas e sim nossa farra e asneiras.

Jamaveira®

Foto de Carmen Lúcia

Sem emoções

Ditas-me as regras
e as assimilo,
trafego em teus princípios
se me impões as diretrizes
e nunca vacilo.

Teu credo reverencio
e mesmo sem crer
o vivencio...
Em teu pergaminho
caminho, sem nada ver,
traçando o meu descaminho,
vivendo só por viver.
Será que assim tu me tens?

E as emoções esquecidas,
real sentido da vida,
que afloram sem ser instruídas,
mas permanecem contidas
quando ao meu encontro tu vens?

_Carmen Lúcia_

Foto de Edigar Da Cruz

Tributo Ao Amor Amigo.

. Na Tela Virtual ou da Vida tripulada da real,..
Por tela ou em longos jardins um amigo e um amor conheci..
Busquei aprender e ver crendo e amando sorrindo,
E chora na falta do brilho amigo..
Nos sentimentos que gostei da cor e do, credo e classe
Ou algo a mais que nem se descreve..
De nossa sociedade materialista..
Doei um pouco de mim..através de uma telinha
Doando e enviando um BOM DIA
Vivendo e acreditando em uma BOA TARDE
Lutando e sonhando com uma BOA NOITE..
Dói até um pouco de trabalho aos ouvidos dos amigos.
Recebi mais que pensará e merecia.
Recebi o que mais falta na sociedade materialista..
Recebi o calor humano e amor de pessoas
E de uma pessoa que foi é essência da vida ..
Por força do habito os chamo de amigos virtuais
Nem é mais!!! São Reais, pois nos conhece mais
Do que nós mesmos o conhecemos a nós,...
Quem dera fosse assim à vida real e todos os povos
De etnias dessa lição e a aprender sem julgar ..
Sem buscar fatores externos que denicla a sociedade ,..
Sempre acreditando o que importa e amor e o seu potencial
NO TRIBUTO DO AMIGO VIRTUAL

Autor:Ed.Cruz

Foto de betimartins

Sexta Feira, dia 13...

Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira
Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos
Dona da insana minha paixão e emoção
Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas
Todos juntos, com a baba de bode
Uma porção de idiotice e sem fé
E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta
Rodam em danças mágicas, bebendo
Os lobos uivam, lambem o seu pêlo
Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia
A velha bruxa está alcoolizada
Em zás- zás, sem qualquer nexo
E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante
Com sua bola de cristal e no seu velho baralho
Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo posso ajeitar
Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada
Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?
È muito mau olhado e muita inveja
Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante
Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus
Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar
As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!

Foto de Carmen Lúcia

Labirinto

Rastreio passos por caminhos que perdi,
procuro inversos entre os versos que reli,
busco a essência infiltrada na raiz
e a palavra sacrossanta que bendiz...

Percorro livros que clareiem minha mente
sem encontrar o conteúdo convincente,
se me aproximo da verdade, ela se esconde
e me afasto sem saber... Ir para onde?

Abro horizontes e não sei o qual seguir,
construo pontes com intuito de unir,
se as transpasso, ultrapasso o meu espaço
e vou além de onde precisava ir...

Recorro a Freud que explode o pensamento,
e não explica... Replica meus argumentos.
De meu rosário descontei todas as contas
E até meu credo anda descrente de mim.

Já não sei quem sou, como sou, se sou...
Inerte estou, perdida num labirinto
pintado em minha mente, triste mente
e o coração gritando a confusão que sinto.

Carmen Lúcia

Foto de Camila Senna ☆

Essência do amor em nós...

Tarde com céu rosado e chuva fina...
Molhava suavemente os carros,
As ruas, os pássaros...
Menos o meu amor.
Ele se tornava abstrato
Porque nele, a chuva não tocava e nem esfriava.

O tempo parou quando nos olhos você me olhou...
Quando na boca você me beijou e delicadamente degustou.
O guarda chuva que eu segurava joguei ao léu...
Me senti como pássaro colibri, livre e dona de mim.
Dona também do teu coração
Que pulsa em mim com toda exatidão.

A chuva que caiu foi fugaz...
Foi cenário para embalar a nossa paixão
Que é eterna fusão.
As árvores da rua que nos cercavam,
Fotografavam sutilmente as sutilezas dos nossos gestos.

O momento em si, parecia ilusão, devaneio.
Engano bobo, era real...
Era visceral.
Não existia alheio, nem credo, era mais...
Era espiritual.
E hoje é sagrado pelos laços do amor.
E esculpido na pedra do simples pecador.

((( Camila Senna )))

Foto de Carmen Lúcia

O dia há de vir...

O dia há de vir...

Em que o semeador possa colher seus próprios frutos,
o hoje seja boa semente, um presente,
o amanhã não amedronte nem nos afronte
e venha sempre em oferenda das manhãs..

Em que a justiça prevaleça e permaneça,
o amor se multiplique, não esmoreça
e seja puro, unificando as nações.

Em que o credo fale sempre a mesma língua
e que resgate a credulidade do irmão...
A honestidade jamais seja um calvário,
sua bandeira, o respeito e a devoção...

Em que o abuso do poder se estilhasse,
de cada partícula surja um novo cidadão,
a alegria amplifique os sorrisos
e contagie petrificados corações.

Em que haja paz sem preciso que haja guerra
e que de paz se reescreva nossa história
para alentar nossa esperança merencória
tremeluzida pelo grito de vitória.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Entre Deus e o pecado

Apenas um gesto,
um simples aceno
e quase um incesto
pois na fé somos irmãos,
na qual já nem acredito
pois torna proibido
meu amor por você...

Apenas um olhar
cravado em meu peito
abalou de tal jeito...
não dá mais pra voltar.
Creio em seu credo,
canto o seu canto,
sonho o seu sonho
inebriada de encanto...

Somente um segundo...
seu olhar a me ver
foi tão forte e profundo
que me fez renascer,
que me fez esquecer
sua missão nesse mundo,
uma densa barreira
criada por insensatos,
transformando em profano
um amor tão sagrado...

Num abismo forjado
por normas já desgastadas
me sinto jogada,
pela fé castigada...
Entre nós, a muralha,
muro das lamentações,
sem poder transpassar
e ficar ao seu lado,
dar vazão a emoções.

Fico assim dividida,
do outro lado do lado
me sentindo perdida,
entre Deus e o pecado.

Carmen Lúcia

Foto de Athayde

O Machucado e o Moleque

Proponho um novo ponto de vista...
Esqueça cheiro,credo,amor ou sangue...
Pense que a água é terra,
Que o ouro é mangue...

Lhes direi um gesto nobre...
Nem rei,nem herói...
Mas uma infecção que comove...

O pus resplandece nas canelas de um menino,
Raquítico,feio,pobre...lindo!
O futebol é mesclado de suor e barro,
O “caminho” abre a ferida,
E envolve ambos num pacto bizarro,

Que a cicatriz nunca chegarás!
Pus ,sangue e machucado,
Na canela sempre estarás!
Menino...bola...fome...
Fome de gol!?...sangue,terra...
Machucado...canela!

A ferida se engrandece com o sorriso da criança...
Abertas estarás...é a nossa aliança.
O machucado é um poeta...
Beija os ossos da perna,
Abraça os glóbulos da carne,
E dança valsa com a excreta...

Menino e machucado,
Que união mais injusta...
Um extravasa sangue e o outro na usura ...

O sorriso do moleque é desdentado,
Cativa...magoado..usado!
A consciência do machucado pesa...
Por dentre as entranhas da ferida,
Nasce a solidão despida...

Vou secar!Cicatrizar!
Acalentar minha alma,
O sorriso do garoto me acalma...
Gesto nobre para simplório ferimento,
Provocar a inexistência por um menino virulento...

Vou secar!Cicatrizar!
Estou secando...
O sangue que batiza minha alma,
Não refresca mais a poesia...

Pele,casca,pele...
Cura...Cura...
Sorriso da falsa desventura...

Epiderme...verme que não devora-me
Escuridão...veias...corrente sanguínea...
O tambor dos deuses julga minha sina...

Tum ...Tum...Tum...
Vôo com o menino ...cada batida é um ensino...
O machucado ganhou seu galardão...
O menino está curado...
E ele chegou ao coração.

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Páginas

Subscrever Credo

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma