Corpo

Quando a Noite Cai...
Mistérios definem a mente anestesiada
A Lua traz desejos que aflora o coração
No soluço da alma em um só corpo!
De tristeza, paixão, ilusões e amor

Na inocência de um crente chora o teu despertar!
Querendo rolar pela face nos sonhos de lagrimas
Duas mãos agarradas segurando o ventre
Pulsando forte uma vida querendo sobreviver

Quantas saudades derramadas em meu ser
Deste amor que tão longe estas... não me ver
Um parágrafo que assombra as lembranças
Escassas ao meio a minha sonolência

Em um minuto mutila a passagem das veias
Onde buscando a respiração turbulenta
O sol nasce de teu ser para me completar!

Autora: Ivaneti Nogueira

Você foi o um sonho lindo e mágico que eu sonhei
Você foi um diamante único e raro que eu encontrei.
Pra você eu me entreguei como jamais havia me entregado,
Só você me possuiu completamente,
Só você me conquistou com este teu olhar meigo e singelo.
Eu tanto te amei que quando dei por mim
Meu coração já não era mais meu
E tudo de belo que eu pensava já ter visto
Simplesmente virou um paraíso com você ao meu lado.
Percebi que havia muito mais de você em mim
Do que eu mesma, pois minha alma se fundiu a sua
De forma tão única que meu corpo te queria junto a mim
cada instante, cada segundo.
Enfim chegou o dia em que eu não conseguia mais
me ver sem você ao meu lado,
Então eu me senti mulher, amada e refeita,
Parecia que eu havia nascido naquele dia em que eu te conheci..

Olho-me ao espelho
Nunca estive tão bonita como hoje.
Sinto uma admiração crescer dentro de mim,
Como se fosse a pessoa mais importante do universo.
Contente comigo própria,
Saio à rua, bela a sensual,
Com o meu vestido brilhante,
E sapatos de brilhantina,
Meu ar confiante, demonstra a beleza de meus passos,
Como se as pedras que piso,
Tivessem que pedir licença aos meus pés.
Meu ar encantador, domina tudo o que existe em mim.
Sem medo, avanço pela rua,
Metida comigo própria.
Minha mente divaga, por meu corpo,
Por minha perfeição...
Todos me olham admirados,
E continuo a passear-me,
À espera que alguém fale da minha beleza,
Mas ninguém me diz nada.
Meu corpo quase perfeito,
Contorna a esquina da rua,
E então, um sentimento incompleto,
Começa a dominar-me.
Vejo apaixonados de mãos dadas,
Num amor quase completo e repleto de sentido.
Vejo pessoas idosas passeando,
Com um ar de felicidade estampado no rosto.
E eu, que sempre me admirei
Que nunca procurei outro amor, que não eu própria,
Deixo-me abater por um sentimento de solidão.
Revejo então, os dias que passei em minha companhia,
Os risos disfarçados pelas conversas comigo própria,
Os sentimentos de amor eterno que nutri apenas por mim,
E então, uma onda de paz toma conta de mim,
Enquanto avanço destemida pela rua,
E penso que minha beleza nunca terá fim.