Corpo

Foto de Marsoalex

COMO SEMPRE

COMO SEMPRE

Quando vim para a tua vida, não vim com a condção de ficar nem de ir embora, vim como sempre faço, só com a condição de amar.
Quando cheguei não te pedi nem perguntei nada, ouvi o teu coração e sabendo o que ele queria ouvir, simplesmente, como sempre faço, disse que te amava.
E tu, como sempre fazes, tiraste todo e qualquer obstáculo que existia entre nós dois, abriste as portas de teu coração e da tua vida e mandaste-me entrar.
Não houve reservas, segredos, cantos escondidos, verdades disfarçadas.
E, como sempre acontece, entramos em comuuhão, falando a mesma linguagem, nos confessamos um ao outro, de nós, da vida, da distância, do destino, da saudade,enfim, de tudo que nos mantinha distantes, mas unidos, separados, mas juntos.
Às vezes, a nossa comunhão era tanta que, quando ia te dizer alguma coisa já sabias, quando vinhas me dizer alguma coisa, eu a adivinhava antes. Os nossos pensamentos estavam ligados quase que telepaticamente. Éramos uma só pessoa, um só coração, uma única vida. Éramos o amor em carne e osso.
Ainda ssim, era pouco. E como sempre acontece, querias mais.
Não te bastava me ouvir dizer que te amava,era preciso que outros também soubessem o quanto eras amado por mim. E outros souberam. Era preciso que eu falasse que te amava de outra forma. E eu te escrevi poemas que, também, outros leram.
E eu te fiz todas as vontades: acariciei o ego do adulto; papariquei a criança dando-lhe todos os mimos e aguentando as suas pirraças; ouvi tuas queixas; compreendi teus conflitos; te dei o meu colo materno e o meu ombro amigo. E como sempre faço, nada te pedi em troca do muito que te dava. Porque só de olhar no brilho dos teus olhos e de ver a alegria estampada no teu rosto, qualquer recompensa não seria maior do que a de saber que, de alguma forma, mesmo que por algum tempo, eu conseguia te ver feliz. Isto valeria por qualquer preço que eu tivesse que pagar depois. E eu sabia que pagaria.
Mas, como ás vezes, vida e viver não são a mesma coisa, dormiste a tua vida e acordaste para viver uma realidade que tendo o amor como suporte, te dava asas para voar num sonho presente e concreto. E voaste.
E como sepre fazes, começaste a ter medo do que estavas sentindo. Temias ficar a mercê dos teus próprios sentimento e emoções, refém não do meu amor, mas de teu amor. E não estando acostumado a viver, a amar, o amor te assustava.
Viver te assusta principalmente quando te sentes inseguro diante da segurança do outro. E assustado, atacas como defesa. E como sempre, eu fui o alvo.
Eu sendo o alvo, atingias duas metas: descarregavas as tuas culpas, os teus medos, e testavas não só a sinceridade de meu amor, como também a fortaleza do mesmo e a minha própria resistência, persistência e coragem.
E vieram os testes/retestes. A falta de consideração e de respeito, nas longas esperas por encontros aos quis não ias. Os deboches e ridicularização dos meus sentimentos sem a preocupação de me mogoar, me ferir. Enfim, todo o processo ao qual estou acostumada, que se repete toda a vez que a minha vida e a tua se cruzam, que não me surpreende e eu até sei quando começa e em quantas fases ele se desenvolve.
Só que desta vez eu não vim para ficar e nem para ir embora, vim para deixar as coisas acontecerem por elas mesmas.
É engraçado que, às vezes, te comportas como se eu fosse completamente louca e tivesse te envolvido numa história de amor fictícia da qual nada sabes e tentas fugir das armadilhas que, em minha loucura, eu te armo.
De outras vezes, eu apenas sou alguém de teu passado por quem hoje nada sentes, mas se sente culpado pela "passividade"diante de ninha "ousadia". E mesmo não desejando, me beijas porque eu quero ser beijada por ti, quando na verdade sabes que eu sou apenas uma reação de tua ação, umaa resposta ao teu estímulo,um efeito de tua causa, ou, uma extensão daquilo que és.
Talvez tu nnca entendas a minha forma de amar, já que, para ti, o amor é uma troca. Por isso, não tens como entender um amor-doação.Um amor que nada pede, que nada espera, que não quer um rótulo, um lugar específico,que não precisa ser dono de um corpo, ter uma vida em comum, porque já viveu e sofreu o suficiente para encontrar força em si mesmo para crescer, se fortalecer, para ser o que é, independente da vida que eu leve ou da vida que tenhas.
Hoje, ele não precisa de muito porque aprendeu a ver além do que lhe é mostrado e me ensinou a ver além do que estou vendo.
Tem vezes que enquanto os meus ouvidos ouvem um monte de besteiras e absurdos, os meus olhos escutam a verdade que o meu coração está vendo. Ou seja, a verdade que está além das palavras, entre um dizer e outro, ou no não dito.
E podes ficar certo de que, os meus olhos ouvem melhor do que os meus ouvidos, e o meu coração ver melhor do que os meus olhos. Se assim não fosse, a tua imagem não passaria de um borrão mal feito, desenhado pelas tuas palavras, e as minhas lembranças de ti, não passariam de pedras esculpidas pelos teus atos das quais eu já teria me livrado a muito tempo.

MARSOALEX

Foto de Marsoalex

DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

As palavras ferem,
Cortam, machucam.
Mas o coração
Não tem ouvidos
Para ouvir a boca,
Ele ouve apenas
O outro coração,
E sabe, e sente
Quando é amado.

A boca mente,
Agride, envenena,
Infiltra a dúvida,
A rejeição, o desamor.
Mas o coração é surdo,
Ele apenas ouve
O que sente
O outro coração
Que sempre fala a verdade.

A mente controla
O pensamento, a boca,
O corpo, o desejo.
Mas não controla o coração
Que se sabe amado.
E ele transmite
Ao outro coração
Todo amor que sente.

Quando a boca cala
E o pensamento se aquieta
No silêncio do amor
O coração mostra,
Através dos olhos,
Tudo que o outro coração
Precisa ouvir e saber
Para ser feliz.

MARSOALEX

Foto de Marsoalex

QUANDO TE DEI DE MIM

Quando te dei de mim

Quando te dei mim foi por amor
Deixei o coração me conduzir
Deixei a emoção me dominar
Fui pura sem temer me magoar
Fui livre sem pensar em me ferir...

A entrega foi total, eu fui inteira
O corpo, a alma, a vida, o coração
Não vi em mim limites nem barreiras
Capaz de controlar minha emoção...

Vivi o meu momento de ternura
De sonho, de magia e realidade
De tanta lucidez era loucura
Loucura espelhada na verdade...

Quando te dei de mim foi por amor
E foi o meu pecado mais divino
Em mim, a flor mulher desabrochou
Colhida pelas mãos de um menino

MARSOALEX

Foto de Marsoalex

ABSOLVIÇÃO

ABSOLVIÇÃO

Os olhos buscam
Os sonham voam
A alma anseia
O corpo pede
O coração dispara
Mas a consciência controla
Cala todos os sentidos
E me mantém presa, travada, quieta.

O desejo se contorse
Se contrai, arde
O coração sangra, chora, sofre
Os sentimentos se misturam
Trazendo a dor, a angústia, a solidão

E a consciência continua mentindo
Tenta convencer-me que tudo é feio
É errado, é pecado...
Mas o amor me absolve
Me perdoa, me divinisa
E me mostra como é válido
Sofrer, chorar, arder
Sonhar, errar, pecar, me perder
Para me encontrar neste amor...

MARSOALEX

Foto de CARLA VELOSO

SONHO

Cálido olhar é o que invento
Para acalentar os meus delírios
O tempo pára em minha volta
E um vulto corre ao meu encontro
E abraça o meu corpo.

Não sei aonde vou
Sei que o sigo
A distancia é tão inocente
Quanto o meu desejo de seguir.

Há uma música aos fundos
Um perfume de flores
Que se espalha no sonho
Já não importa o quanto estou louca
É ávido sentir o amor queimar na alma
Fazendo-me feliz.

O infinito é uma parada qualquer
A estrada é só uma ilusão
O vento sopra forte
Carregando algumas folhas secas
Deixando pra trás
O resto da realidade.

Não quero entender mais nada
Vivo destes momentos
Depois, há sempre uma saudade
Obrigando-me a fechar os olhos
Como quem apaga a luz.

Foto de CARLA VELOSO

ILUSÃO 2

Uma sombra atravessa a rua
As arvores se balançam violentas
Com o vento soprando contra elas.
Milhares de pássaros voam no céu
Despercebida, elevo meu pensamento
Saudoso dos teus carinhos
... Ah se soubesse o quanto te quero
Se ao menos olhasse em meu olhar
Frenético olhando os teus olhos
Sentindo amor nas tuas palavras,
Sei que o mundo dá voltas
E seria por isso
Possível o nosso reencontro...
Vou curiosa atrás do vulto
Cega de ansiedade
Por querer saber
Por onde irei surgir
Como num delírio febril
Dou de encontro
com teu corpo Jogado ao chão
Ausente de tua alma.
Desesperada, tento tocá-lo
E como encanto
Esvai-se a imagem
Assustando assim
Meu pensamento também.
E só então percebo
A rua toda em minha volta
Olhando, admirada, o meu marasmo.

Foto de Arnault L. D.

Fogueira

Vamos arrumar a lenha
cuidado para não machucar
tudo bem organizado
um vinho e música irá ajudar

Após desnudar o entorno
preparar uma estrutura
introduza algo inflamável
pois assim mais tempo dura

Aos poucos acenda a chama
mas, com calma, não se apresse
com jeito e no tempo exato
é natural, tudo se aquece

E quando o fogo pegar
e for aumentando o calor
assopre, alimente a queima
para atiçar-lhe o ardor

Tudo então se encendeia
luz, vapor, magia a crepitar
brinque com as labaredas
sem medo, não vai queimar

Deixe o clarão arder, lamber
envolver e se apoderar
mas, sem perder o controle
ou tudo pode apagar

E o fogo a tudo possuir
num crescente de fome e loucura
e ao todo tornar um, ápice.
lenha e fogo, fúria e candura

E quando tudo se consumir
cada brasa ainda rubra, esfriando esmaecer
ao corpo cansado, recostar abandonado
ainda quente, se deixar adormecer

Foto de Arnault L. D.

Quando fazemos amor

Eu sei do seu corpo e sentidos
sei dos seus gostos, flor
e conheço seus gemidos
quando fazemos amor

E o mais incrível é que adivinho
o que faço é sem calcular
Quando entre ti me aninho
e solto as rédeas em te amar

Quero seu gosto em minha boca
e em minha pele seu aroma
e minha mente tornar oca
pot tudo que me dá e toma

Quero mapear suas curvas
por palmos, dedos e mão
e as palavras tornar turvas
no ofegar da respiração

Quero beijar-lhe o ventre
e seus seios desvendar
e por frestas, entrabertas, entre
confundir-me, aos poucos, me mesclar

Quero-te, com urgência
inteira, até a alma
quero-te mulher, em toda essência
e ao êxtase alcançar a calma.

Eu sei dos seu corpo e sentidos
sei dos seus gostos, flor
e conheço seus gemidos
quando fazemos amor

Foto de Paulo Gondim

Aconchego

Aconchego
Paulo Gondim
25/11/2009

Quando te sentires cansada, pensa em mim
Que tenho minha alma leve e o coração aberto para te receber
Meu colo é teu refúgio, meu ombro teu amparo
Meu beijo, a certeza do sonho realizado
Entra. A casa é tua
Regozija-te comigo, enquanto vivemos
Essa aventura que só depende de nós.
E quando o cansaço te tomares o corpo por inteiro
Aconchega-te no meu peito, como teu leito
Para que teu sono seja reparador
E que o despertar seja de esperanças
E tudo se renove, tudo floresça
Como o amanhecer que traz um novo dia.

Foto de falcao17

Vivemos porque amamos

Viver, porque vivemos? Será que vivemos porque é bom viver? Para respondermos isso temos que saber diferenciar o ato de viver das causas. Viver é exatamente o que a palavra significa, é permanecer vivo fisicamente, suportamos todo o tipo de dores fisicas que a carne esta sujeita todo tipo de doenças e limitações que esse corpo nos apresenta. Sem contar em como nosso mundo simplesmente não é o que podemos chamar de um lugar bom para se viver.Como pode ser um bom lugar para se viver, um lugar que é totalmente o contrario de viver, temos destruição, egoismo, morte, doenças,fome, todo tipo de coisa que são exatamente as dificuldades que encontramos em viver. Isso é viver, é você resistir à todas as tentativas do mundo de lhe destruir fisicamente.
Não é facil viver, cada dia é uma batalha constante contra um conjunto de fatores que tenta lhe impedir de continuar vivo. Então porque vivemos? Viver por viver? Não! Muitas pessoas podem tentar discordar, mas a verdade é que o ser humano em geral vive pelo que ama. Tudo que falei acima é o ato de viver, o amor é o motivo de enfrentarmos todas as dificuldades do viver para continuar vivo. Todos vivem pelo que se ama, não importa o que seja, alguns amam pessoas: amigos, familia, esposa. Alguns amam ter poder sobre pessoas, outros o dinheiro ou bens materiais, e outros amam seus sonhos, tambem há os que amam a si propios, temos infinitas possibilidades do que um ser humano pode amar. Mas é por esse amor que ele sente que ele decide permanecer vivo, e não se entregar a morte.
Se não amamos nada, nós nos entregamos a morte, os que se entregam a morte se entregam talvez porque ou não há mais nada que eles amem, ou não conseguem amar mais o que amavam outrora ou tem medo de perseguir aquilo que amam. O fato é que não existe mais nenhum motivo que faça acreditar que vale a pena continuar vivo, racionalmente essa é a prova que necessitamos de algo para continuarmos vivos, não vivemos por viver.
Então vem a pergunta do que é o amor? Não se consegue dizer o que é o amor. Não conseguimos porque? Bem, imaginem da seguinte forma, para o ser humano, há dois mundos, o primeiro é esse que conhecemos, tudo que vemos tocamos e esta ao nosso redor. O segundo é dentro de cada ser humano, é na nossa alma, tudo que vemos e sentimos no nosso interior. Já faz tempo que tentamos conectar esses dois mundos, um bom exemplo disso é a fala, com a fala nos tentamos tirar informações de dentro de nos para nos comunicarmos com o outro ser humano, fazendo uma ponte de ligação com os dois mundos. Quase tudo que sentimos ou pensamos tentamos expressar com a fala. Porem, mesmo estando constantemente progredindo com essa ponte de ligação, nós não conseguimos passar tudo de dentro de nós para o mundo. Você alguma vez já sabia uma resposta, ou sabia como se sentia mas não conseguia traduzi-lo em palavras? Claro que sim, todos nós já passamos por isso, o amor é um exemplo disso, nós sentimos, muitas vezes sabemos que sentimos, outras vezes não sabemos, mas sentimos, e apesar de tentarmos nós não conseguimos descrever o que é o amor com palavras, muitos já tentaram, mas nunca saberemos nem ao menos se o mesmo amor que eu sinto é da mesma forma que meu irmão sente amor, porem há essa constante que é Amar, todos amam, esse é o motivo pelo qual todo homem vive, o amor, no final de tudo, não somos seres racionais, somos muito mais sentimentais, movidos por sentimentos, Já que a maioria das nossas decisões são tomadas pelo nosso lado sentimental, muitas vezes tomamos pelo lado racional e não nos sentimos bem com aquilo, prova de que a decisão não foi tomada por si próprio mas sim por um conjunto de fatores que mostraram qual seria a melhor decisão para um melhor resultado ou para si mesmo ou para a sociedade ou somente para envolvidos na decisão. Mas o fato de nos sentirmos mau, e de tentarmos acabar com esse sofrimento que sentimos, mostra que os sentimentos influenciam por de mais as decisões humanas. Todo mundo ama. Todo mundo vive.

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