Cobras

Foto de Cecília Santos

CHUVA MANSA

CHUVA MANSA
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Ela chegou mansamente, até me assustou.
Era tão silenciosa, que nem sequer retumbou.
Molhou toda roupa no varal.
Molhou a calçada e as vidraças,
E tudo isso, foi só pra me aporrinhar!
Escondeu os raios do sol, deixou a tarde sem cor.
Fez aspirais nas nuvens, fazendo chorar o céu.
Enquanto eu ouvia, o seu tilintar no telhado.
Meu coração se aquietou, passou a bater mais
tranquilo, acompanhando o barulho da chuva.
Veio visitar-me calmamente, com único intuito,
fazer-me companhia!
E eu arredia que só, falei cobras e lagartos, enfurecida
que estava!!

Cecília-SP/11/2010*

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

APRENDA CONTROLAR SUAS EMOÇÕES

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***Pensamentos.
****Reflexões
***
APRENDA CONTROLAR SUAS EMOÇÕES.

Antes de você fazer qualquer coisa, seja ela boa ou não!
Convém pensar analisar se vale à pena fazer.
Para não ter problemas futuros.
O ser humano é fraco! Movido pela emoção e impulsos.
Muitas pessoas agem por emoção; assim dando espaço
Para situações inesperadas e absurdas. Não que a pessoa não possa,
Por suas emoções em evidências. O cuidado é fundamental antes de tudo.
Não podemos permitir que a emoção atue em momentos impróprios.
E sim, permitir dar vazão a razão.
Uma coisa certa, sempre que pensamos com a razão a emoção é mais equilibrada,
Assim nos aliviando de tomar atitudes precipitadas que futuramente pode nos levar
A sérios e graves problemas, e nos colocando em situações de desconforto.
Outro problema é agir por impulso: bem comparado a fortes emoções.
A pessoa impulsiva, não mede as conseqüências de suas atitudes.
Elas não pensam e assim, surgem situações complicadíssimas expondo a pessoa
Ao ridículo e afastando pessoas ao seu redor.
Geralmente quem age por emoção impulsividade; fala o que quer, mas acaba
Ouvindo o que não quer; o que na maioria dos casos agrava a situação.
Quando a pessoa se encontra nesses estágios é prudente, parar nem que seja por um
Minuto e pensar. Às vezes, esse um minuto faz a diferença e pode evitar que você
Se exponha de forma insensata.
Não questiono que a pessoa tenha que engolir cobras e lagartos ter medo de por seus
Medos e monstros pra fora. Não é isso! Apenas digo que antes de tomar qualquer atitude
É bom pensar para não se arrepender depois.
Tomar decisões de cabeça cheia com problemas após uma briga decepções não é Recomendável , pois certamente você esta fora de seu perfeito juízo estado emocional.
Tomado por sentimentos que atingiram seu ego e uma pessoa com ego ferido é capaz de fazer
Coisas que até ela mesma duvida.
Então: nesses casos é é aconselhável a pessoa não fazer nada.
Pensar analisar deixar o coração voltar ao estado normal.
Ai sim! ...a pessoa poderá fazer o que melhor lhe cabe em suas decisões.
Um grande defeito de quem age por emoções, impulsos.
Ela não ouve ninguém , se acha no direito dela falar.
Acha sempre que esta certíssima.
Fala rapidamente atropelando as palavras, isso sem falar que seu coração
Esta sendo invadindo por uma forte adrenalina que pode até causar
Uma parada cardíaca a respiração palpitante.
Na verdade causando-lhe muito mal.
Outro grande problema, a pessoa que age emocionalmente impulsivamente.
Acaba falando o que não deve muitas vezes um segredo e o pior! Para pessoas erradas.
Que aproveitando da explosão descontrolada da pessoa futuramente pode usar de suas
Palavras contra você.
Ninguém é perfeito. Mas para quem não consegue segurar suas emoções.
Existem métodos para ajuda.
Sessões de relaxamento, yoga alguns exercícios podem ajudar. Caminhar é um ótimo remédio.
Contato com a natureza respirar ar puro. Tudo isso pode ajudar na hora de tomar decisões.
E as decisões deixar para tomá-las em momentos oportunos de cabeça fria e consciente.

A FLOR DE LIS.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"PORQUE EU TE AMO?"




PORQUE EU TE AMO?

Te amo pela sua ousadia,
Pelo amor que despertou em mim,
Pelo sorriso que me deu de volta
Pelas suas propostas.

Te amo pelo gosto da vida
Que você divide comigo,
Pelo abrigo que encontrei
Em braços teus.

Te amo por me sentir completa,
Por ter uma alma atleta,
Sempre correndo junto ao tempo
Para me atualizar a você.
Isso me faz feliz!

Te amo, por que você esta presente
Em todos os detalhes da minha vida.
Torna meus dias agradáveis amáveis.
Meus problemas se tornam, mas toleráveis.

Eu te amo, porque me sinto amada,
As conseqüências é uma mulher renovada.
Que se descobre todos os dias cheia de alegria.

Te amo porque me aceitas como sou,
Porque Deus trouxe você pra mim.
Porque não me cobras, não me prende.
Defende-me, e sempre esta presente.

Te amo por ser meu respirar,
Minha força de amar.
Por ser quem é.
Te amo por você ter mostrado,
O que é o amor, o que é amar
Sem dor.....

Te amo por enxergar
Dentro de tua alma,
A minha que se faz presente.
Te amo, até que o tempo se faça presente.
Te amo enquanto o permitido, se permitir.
Te amo!

*-*Anna A FLOR DE LIS.

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http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Sonia Delsin

ANOS DE TERNURA

ANOS DE TERNURA

Hoje uma libélula entrou pela porta aberta da minha sala de visitas e por um tempo ficou debatendo-se tentando encontrar a saída. Quando ia ajudá-la, ela acabou por si mesma encontrando-a.
Lembrei de meus tempos de criança. Tive mesmo uma infância encantadora e desde pequena sempre adorei insetos, animais, a terra, as plantas. Eu me sentia parte integrante daquela natureza que me rodeava.
Vou contar um pouco do lugar onde passei toda minha infância. Era naquele tempo uma terra agraciada com recantos deliciosos (o tempo passou e muitas coisas mudaram).
Entrando por uma velha porteira seguíamos por uma estradinha muito singela, onde meu pai havia plantado de cada lado coqueiros de pequeno porte. Um verde e um roxo. Ele tinha verdadeiro amor pela estradinha, e todos os dias a varria com uma vassoura de bambu. Essa estradinha passava por um velho paiol onde guardávamos o milho que mais tarde se transformaria em fubá.
Andando mais um pouco já avistávamos o jardim de mamãe. Belo jardim! Rodeava a casa, que era muito simples. Andando mais pela estradinha chegávamos a um rancho, que foi o cenário de muitas fantasias minhas.
Tínhamos várias cabras sempre e me lembro de muitas aventuras que tivemos com elas. Todos os filhotes ganhavam nomes. Lembro-me como se ainda estivessem diante de meus olhos, e pareço ainda sentir os puxões de cabelos (tentando mastigá-los) que elas davam quando me aproximava.
Na chácara tínhamos muitas jabuticabeiras, talvez umas noventa. Não sei se exagero, mas eram muitas. Próximo ao nosso jardim havia uma fileira de umas cinco delas, muito altas; onde meu pai fazia balanços para brincarmos.
Deus! Quando floriam, que perfume! Aquele zum zum zum de milhares de abelhas... as frutas nas árvores depois de algum tempo!
O pomar era uma beleza, tínhamos grande variedade de frutos e nos regalávamos com toda aquela fartura.
Havia o moinho de fubá que foi o meu encanto. Aquele barulhinho, parece que ainda o ouço.
O vento nos bambuzais, aquele ranger e os estalos. Gostava de caminhar entre os bambus, mas meu pai nos proibia de freqüentarmos aquele lugar, devido a grande quantidade de cobras que costumava aparecer por lá.
Havia dois córregos e mesmo proibida de entrar neles eu desobedecia algumas vezes.
Tínhamos um cão muito bonito que participou de toda a minha infância, recordo-o com seu pêlo preto brilhante, e meus irmãos se dependurando nele para darem os primeiros passos.
No meio do jardim tínhamos uma árvore que dava umas flores roxas, São Jorge nós a chamávamos. Não sei se é esse mesmo o nome dela. Ela tinha um galho que mais parecia um balanço e estou me lembrando tanto dela agora.
Eu, vivendo em meio a tudo isso, estava sempre muito envolvida com a natureza que me cercava e muitas vezes meus pais surpreendiam-me com os mais variados tipos de insetos nas mãos. Eles me ensinavam que muitos deles eram nocivos; que eu não podia tocar em tudo que visse pela frente; que causavam doenças e coisa e tal. Mas eu achava os besouros tão lindos, não conseguia ver maldade alguma num bichinho tão delicado. Não sentia nojo algum e adorava passar meus dedos em suas costinhas.
As lagartixas, como gostava de sentir em meus dedos a pele fria! Eu as deixava desafiar a gravidade em meus bracinhos.
Muitas vezes meus pais me perguntavam o que eu tanto procurava fuçando em todo canto e eu lhes dizia que procurava ariranha. Eu chamava as aranhas de ariranha e ninguém conseguia fazer-me entender que o nome era aranha e que eram perigosas.
Pássaros e borboletas, eu simplesmente adorava. Mas fazia algumas maldades que hoje até me envergonho de tê-las feito. Armei arapucas e peguei nelas rolinhas e outros pássaros mais, somente para vê-los de perto e depois soltá-los.
Subia em árvores feito um moleque e quantas cigarras eu consegui pegar! Também fiz maldades com elas e como me arrependo disto! Eu amarrava um barbante bem comprido no corpo das pobrezinhas e deixava-as voar segurando firmemente a outra ponta nas mãos, claro que depois as soltava.
Mas se por um lado eu fazia essas coisas feias, por outro eu era completamente inocente e adorava tudo que me cercava.
Os ninhos, eu os descobria com uma facilidade incrível porque acompanhava o movimento dos pássaros que viviam por lá. Adorava admirar os ovinhos e os tocava suavemente. Eu acariciava a vida que sentia dentro deles. Visitava os filhotinhos quando nasciam e quantas vezes fui ameaçada pela mãe ciumenta.
Estas são algumas das recordações de minha infância, do belo lugar onde tive a graça de ter vivido, acho que é por este motivo que gosto de contar sempre um pouco dela. Era mesmo um lugar privilegiado aquele e gostaria que todas as crianças pudessem também desfrutar de uma infância tão rica em natureza e beleza como foi a minha.

Foto de Joaninhavoa

SAUDADES... (Em meu sentir...)

*
SAUDADES... (Em meu sentir...)
*
*

Como assim não doer
Como não deixar de sentir
A falta de alguém que ao partir
Nada diz …

Parte sem deixar notícias
Sem dar notícias
E o tempo passa ligeiro
E sempre brejeiro

Os dias despem suas vestes
Como as cobras suas peles
Das cores mais variadas

E o mundo gira como roda
De papel
Como carrossel suspenso
Por um cordel
Ou muito simplesmente com
um sopro de alguém

Vindo do além!...

JoaninhaVoa,
In “SAUDADES”
(27 de Julho de 2008)

Foto de Orquidea

Saíste a correr

Saíste hoje a correr sem nada me dizer.........saíste sem te despedir.........sem dizer Amo-te.
O telefone toca,espera és tu!
Afinal nao me esqueceste,afinal dizes Amo-te.........como é bom ouvir o som doce da tua voz a sussurrar ao meu ouvido, ouvir dizer-te que me amas, que mequeres.
Sinto algo no teu tom de voz? O que é? Diz-me!
Sinto que foi por mim que hoje saíste a correr.....por nós..........sinto que nos estamos a afastar...........nao quero isso.........tu sabes bem que não.......
Já pouco falamos.........não temos tempo..........somos interrompidos por esta selva....por estes cobardes...nesta selva de leões e cobras.
Amo-te.............não te quero perder.........desejo-te.
Amanhã é um novo dia..........um novo acordar......não te vejo........ouço-te.......ouço tua voz terna..tua voz que me acalma...acalma meu coração desassossegado.
Até amanhã.....presente em meu pensamento.........nao te beijei.......nao te senti.........vi-te.............vi teus olhos cor de mel pelos meus a procurar.

Foto de paco santos

Existe sexo melhor que o meu???

O meu sexo é meu! Meu! E não interessa a mais ninguém. A que propósito devo pô-lo assim de graça e bandeja, nas mãos de quem quiser saber dele? Não. Não falarei sobre o meu sexo a ninguém, nem que me peçam de joelhos, nem que me paguem com labirintos de dominós ou fichas de casino. É meu, ‘meuzinho Girasol’.
O meu sexo é teu! Teu! E não percebo porque raio não interessa a muito mais gente, se no meu sexo há de tudo e todos, há cobras e lagartos. Falarei sobre esse nexo, conexo ou desconexo, porque o sexo também devia ver e ouvir, ir à revisão como a dentição.
O nosso sexo Masculino fala pouco do sexo que quer e não quer.
O vosso sexo não tem mistérios por decifrar?

- Que memória tem das suas primeiras impressões, sensações, descobertas eróticas na infância? Consegue descrevê-las?????
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª

Paco Santos

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ACEITE-ME COMO SOU...




♠Cansei...De ser o que você sempre quis.
Eu sou eu mesma e não mudarei,
Se quiseres que eu mude,
Mude você primeiro!
Já que me cobras...mudanças...
Talvez assim ,você verá que não
Necessito de mudanças.
Não podes pedir para que eu mude,
Se gostar de mim, se me ama como diz,
Recomendo que me aceite como sou.
Ou do contrário teremos que seguir
Caminhos em direção opostas.
Sempre te aceitei como você é,
Com todos os seus defeitos, e qualidades,
E nem por isso pedi que mudasse.
Só que me obrigas a fazer,
Tudo aquilo contra meus desejos e vontades.
Eu não posso deixar de ser quem sou,
Para ser um personagem,
Para suas fantasias.
Dói-me ter que ir contra meu coração,
Mas prefiro ser , quem eu sempre fui,
E não vou mudar meu jeito,
Para satisfazer seus caprichos.
Se me ama como diz,
Faça-me feliz,e
Me aceite como eu sou.

Anna27/04/08
*-* A FLOR DE LIS.
www.recantodasletras.com.br

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 3)

Assim que o primeiro lilás de manhã rasgou delicadamente o horizonte, a montanha pôs-se a se catar, sentindo ainda o mesmo pressentimento da tarde anterior, que não a havia abandonado. Procurou em cada uma das suas reentrâncias, em galhos e entre relvas, porém, nem sinal do seu amigo pintassilgo. Nem uma sujeirinha que, ironicamente, lhe alimentasse a esperança. Então, com toda certeza ele não dormira na montanha. Ora, “sua” montanha tola ― ela tentou recompor-se falando sozinha ― serves de abrigo a tantos animais, tu mesmo dissestes a ele: Que me importa, azar o teu. Pois tome vergonha nesta tua cara larga e esqueça o pintassilgo. Quando precisar de ti ele te verá de longe e não se perderá nos seus caminhos de vento. Aliás, vento é o que não falta naquela sua cabecinha.

Piadinhas e ironias serviam para aliviar a tensão da montanha, porém não se pode tapar o sol com uma peneira. E no caso, o sol estava do lado de dentro. Por algum motivo incompreensível, que entretanto, naquele momento, tinha importância de último grau na sua lista de prioridades, ele havia se tornado tão querido, que os diversos perigos do vale se afiguravam muito mais que ameaçadores. A montanha havia criado um sentimento de proteção que jamais experimentara emergir dos seus subterrâneos. Apesar de crer na esperteza e admirar a agilidade do passarinho, via-o por demais pequeno e frágil. Em se lhe retirando as penas quase nada restaria. Era uma coisinha assim, à toa, que tinha medo até de vento... Onde já se viu? Medo de vento... Devia isso sim se preocupar com cobras, gatos e gaviões, que lá por baixo são em grande número e se aproveitam da mata densa para se aproximar sem que sejam percebidos, ou emboscar os desavisados. Não bastassem todos estes perigos, ainda haviam as redes espalhadas entre os ramos por caçadores impiedosos. Deve ser uma morte lenta e desesperadora ― ela gemia só por imaginar ― a se debater e embaraçar-se cada vez mais. E à noite, então? Preso na rede, logo chamaria a atenção de um morcego, que se regalaria a chupar calmamente o seu sanguinho tão pouquinho. Isso é menos o atendimento de uma necessidade básica e bem mais um exercício de degustação, nada charmoso na opinião da vítima.

Enquanto a montanha se catava, se torturava imaginando sanguinolentas desgraças, o sol prosseguia em seu caminho. Rapidamente a tarde chegou e logo os lilases acenavam no horizonte, o dia partia e a escuridão da noite não se demoraria. Durante aqueles imensos minutos, a montanha buscou freneticamente algum sinal do pintassilgo mas, para seu desespero, inutilmente. Então, entregue à sua própria fragilidade emocional, lamentou ser uma montanha. Tantas vezes invejara o pintassilgo quando ele saltitava em sua dança, ou quando fazia espetaculares manobras de vôo, ou ainda quando, tão despreocupadamente, ele simplesmente se espreguiçava. Observando-o nesses momentos, ela tinha a impressão de que, com tão comezinho gesto, ele era capaz de libertar do seu corpinho todas as energias noduladas e indesejáveis. Ah, como a montanha, há tantos milênios acomodada sob o próprio imenso peso, gostaria de saber fazer isso também. E com certeza não poderia fazê-lo em poucos meses.

Naquela noite a montanha não conseguiu pregar os olhos. Sabia que os pintassilgos não são notívagos, não havia uma chance de que ele surgisse das sombras, nem mesmo de que cantasse. Mas a cada pio de outros pássaros ela se permitia a ilusão, como forma de combater o desânimo, com base no reconhecido talento do pintassilgo para imitações. Chegou o novo dia e, um por um, seguiram-se vários outros dias e noites. A montanha havia se determinado a não desistir jamais e, investigando os sons do dia e da noite, descobriu uma grande variedade de animais que habitavam suas encostas e platôs, sem que, contudo, houvesse lhes dado antes alguma importância. Além disso, descobriu também uma outra variedade, em muito maior número, de animais que não emitiam nenhum tipo de som, mas que não apenas existiam como também mostravam-se muito ativos. E que todos tinham em comum uma relação vital consigo. Por todas as partes, na superfície e até mesmo nas suas entranhas, eles nasciam, viviam, se proliferavam e morriam. Muitos deles não viviam mais que um único dia, entretanto, enquanto esperava o reaparecimento do pintassilgo, a montanha pode acompanhar a vida de seres que vivem meses, no passo das estações climáticas, e de outros que vivem ainda por mais tempo. Nenhum deles substituiria o seu tão querido pintassilgo, que ela não cansava de esperar; nenhum deles, por mais tempo que vivesse, tinha longevidade comparável à da montanha; entretanto, nos últimos tempos ocorrera uma mudança de que apenas agora ela se dava conta. Não se tratava de uma mudança de nenhum dos animais individualmente, mas sim da própria montanha, e isso aumentava enormemente a ausência do pássaro, tão pequeno e tão importante, tão frágil e tão soberano na sua fantástica memória milenar. Mantivera com ele, até que desaparecera, um contato por demais curto, tempo usado na maior parte para críticas e julgamentos de pontos de vista particulares; todavia, ele estivera de tal modo presente na incansável busca da montanha, na esperança obstinada, que conseguira o que fora impensável para ela, somente por ser o motivo para isso: o pintassilgo não movera a montanha, mas fizera com que ela mesma deslocasse o seu próprio centro.

(Segue)

Foto de Zedio Alvarez

Garota de Aluguel

Não acredito que sejas
Uma garota de aluguel
Perdestes a noção de caráter
Seu coração é de papel?

Então vamos fazer um programa
Mas quanto cobras?
Por quanto tempo?
Deve ser uma grana

Sua profissão é vulgar
Mas mesmo assim te quero
Vou te pagar para me deitar
E provar o sabor de te amar

Você deixou de ser
E agora só quer ter
Insisto em perguntar
Quanto custa para me amar?

Já que não me responde, desisto
Visto a roupa e vou embora
Fui pra casa chorando
E nossa relação se acabando

A porta ficou aberta
O próximo deve estar por vir
Virastes mulher, só pra cama
Então siga sua vida insana

Não estou acostumado com a situação
Nunca dividi mulher com ninguém
Numa relação é só minha
Com ou sem camisinha

Quando vier o arrependimento
Vais enxergar meu sofrimento
Cobrarei a conta dobrada
Por toda lágrima por mim rolada

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