ARISTIDES ARAÚJO E MOTTA, Filho Amado aos 18 anos.
Soneto-clássico-sáfico-heróico Nº 1731
Por Sílvia Araújo Motta
No aniver(sá)rio, os (so)nhos (são) me(di)dos!
Quantos su(ces)sos (brin)dam (ca)da (di)a!
Nestes de(zoi)to (a)nos (bem )vi(vi)dos,
Nos campeo(na)tos (foi) bus(car) vi(tó)ria.
Viva Aris(ti)des.(Vi)vas (tão) seguidos...
Ofici(ais) no (Clu)be, (quem) di(ri)a!
Jogos Mi(nei)ros, (tan)tos (viu) ven(ci)dos!
Toda a ga(le)ra, (sem)pre (lhe a)plau(di)a!
Segundo (Grau) com(ple)to, (mui)to es(tu)do!
Mãe exi(gen)te, em (tu)do, (por) AMOR!
Irmãos e a(mi)gos, (mui)ta (fé,) con(tu)do,
Família a(go)ra, (brin)da o (no)vo (cur)so:
Superi(or) Co(mér)cio Ex(te)ri(or)
Dois mil e (oi)to em (paz,) já (faz) dis(cur)so!
Eu sou transparente como a água limpa de um rio
Eu sou pura como pura é a brisa da manhã
Eu a égua, a gazela, sou a cadela no cio
Sou o pecado que Eva deu a Adão na maçã
Eu sou o bem, sou o mal, sou tristeza e alegria
Sou a mãe, sou irmã, sou amiga, sou amante
Eu sou o que todos dizem e o que nem mesmo eu diria
Sou água que mata a sede, sou o mais puro diamante
Eu sou a luz para o cego, sou muleta de aleijado
A roupa que veste o nú, sou audição para o surdo
Sou a coragem do fraco, dou alento ao desolado
Sou o riso da criança e sou a fala do mudo
Eu sou o passado presente na vida de quem amou
Eu sou o futuro remoto no pensamento de alguém
Eu sou um pouco, sou tudo ou sou o nada que restou
Eu sou muitos para uns, pra outros não sou ninguém
Eu sou fonte de prazer, eu sou ternura infinita
Sou a musa do poeta, eu sou rima sem canção
Sou tão frágil, sou tão forte, eu sou feia, eu sou bonita
sou a obra mais perfeita do autor da criação
Comigo a vida é difícil, sem mim ninguém viveria
Tudo germina de mim, me rejeita se puder
O homem mais sábio que existe, a mim, ele deveria
Curvar-se e fazer reverência porque eu sou a MULHER
Video Poema - A Magia da Noite
Edição: Carmen Cecília
Poesia em parceria: Maria Goreti Rocha e Carmen Vervloet
A MAGIA DA NOITE
O dia carrega o sol
em seus braços.
Surge a noite
pendurada em laços
de escuridão.
Amarrados a um lençol
de estrelas cintilantes,
pequenos pontos
de luz...
Brilhantes
que cobrem a terra
na sua vastidão!
O clima é fantástico, misterioso!
A noite mostra
sua dupla face...
Uma enigmática, sombria,
outra, romântica...
Pura magia!
Na calada da noite
surgem sonhos, delírios.
Lobisomens, fantasmas,
sacis-pererês...
Piam corujas
causando arrepios,
cantam grilos e sapos...
Estranhos assobios.
O uivo dos ventos,
o frio da noite,
a inércia da morte,
o medo das trevas...
A madrugada é sombria!
O som do silêncio
é a música dos anjos,
o canto sereno
das águas dos rios.
Embalados nos sonhos,
surgem os amores.
Lingeries de seda...
Um roçar de pernas,
Sem rubores,
sem pecados,
sem falsos pudores.
Corpos flamejantes...
Fusão de almas,
concretização do amor!
O dia desata
os laços da noite
e ela caí
em gotas de rocio.
Leva consigo
Seu lado vadio,
e com ele
as delícias do cio.
A face do horror,
a face do amor,
a magia da noite
em todo esplendor!
Nosso amor é sem-vergonha,
Safado, malandro, sem nojo.
Nosso escândalo é manhoso.
Nosso orgasmo não se cansa.
Beijamo-nos gostoso, sem ética.
É prazer teimoso... é chiclete.
Nossa pegada é magnética.
Somos loucos por sexo.
Entrelaçamo-nos feito bicho no cio.
Entregamo-nos feito dois animais.
Esse desejo é nosso vício.
O segredo guia nossos corpos.
Jorramos, deliciosamente, nossos ais...
É chuva de tesão.
Inunda nossos portos.
É delírio de emoção.
Nosso amor é como fuxico de bar...
Depois de um beijo, vem a tentação.
Nossa química sempre quer voar,
Numa nova sedução...
Nosso amor, na cama, é pervertido,
E dai? Somos assim... Coração conexo.
Que ousa novo grito...
Somos loucos por sexo.
Sabe o que é ser vazio?
Se sentir oco por dentro?
O peito implodindo
No silêncio do cio
Que reje o desencontro
À tudo que se deseja criar
E só se vê fugindo?
Sabe o que é ser vazio?
É alimentar o fogo;
Fomentar tempestades.
E só ter estio
Ou da recíproca devasta
Ver casta
O que deseja incasta.
Sabe o que é ser vazio?
É não ter
O que se sabe que tem;
É ter de ser
Justo o contrário do bem;
Prender um coração
Que nasceu para ser vadio
Como a canção.
Sabe o que é ser vazio?
É ter o doce à boca
E só sentir o armago;
É ter sempre do cigarro
O último trago;
A casa como toca.
Sabe o que é ser vazio?
É omitir o poema;
Destruir o poeta;
Rasgar o fardão;
Quebrar a pena;
Dobrar a reta;
Alcançar horizontes,
Que continuam distantes
De antes, de antes
Das gentes...
Sabe o que é ser vazio?
É claro que sabe!
Pois que também tem
Desejo e sede
De beber remédios e venenos
Fortes ou amenos
Para curar a ferida
Ou supurar de vez;
Ser a mocinha do amor
Ou flor bandida
Ou talvez...
Ou talvez não:
Roi a corda
Fecha a mào...
Ou talvez...
Ou talvez sim,
Seja assim
Só a bonança.
Não suspire desvairada.
Mas, encantada ainda
Com algo que não encanta,
De que adianta?
Não volta a primeira vez
No brilho ou no cheiro da tez...
Quando o beijo morde;
O abraço enforca...
Se antepor a razão
É de ante mão
Cair em contradição.
Sonho por um momento
Que correspondes com plena paixão,
Ao meu amor e meus sentimentos;
Que entorpecem minha mente
Me deixa confuso em pensamentos:
De possuí-la, de ser seu dono,
Seu servo-escravo, seu macho em cio...
Apenas sonho nesse momento
Que sou cego por seu amor
E em braile leio com suaves toques
Todo seu corpo.
Sinto, vejo as nuances de su'alma
Decifro seus ícones...
Seus mais profundos segredos!
Percebo que cristalizas
bem dentro do seu casulo (su'alma)
Apenas por puro medo
De que eu não seja bom o suficiente
E transforme seus mais nobres sonhos
Em tristes pesadelos.
Agora o dia já vem...
Meu despertador acorda-me
Desperto desse meu triste sonho
Só pra ver a minha realidade
Perceber que dentro e fora de mim
Por hora não existe mais sonhos
Tudo é apenas sombrios,
Tenebrosos e eternos
Sonhos-pesadelos.
Bira Mello
GRITO CALADO
Lanço vôo nos lençóis alvos que
descortinam-se no campo estelar
em meus olhos pontos cintilantes
que ofuscam o meu olhar...
na obscuridade, a ardência e o
peso das pálpebras que insistem
em ocultar...
na deriva de meus pensamentos
sensações vibrantes...
no céu...
um pássaro a desenhar
o esboço inglório que resplandece
em ``flash´´ como raios de luz
teu sorriso esmaecido preso em
teus lábios, que atravessa o
tempo e insiste em dizer
que ainda me quer, que ainda
vai me encontrar...
oscilam as recordações que
costurei em retalhos e cerzi
com as marcas e as nuances
nessa incógnita que adormece
minha sobrevivência em ti
varam comigo madrugadas infindas
e na mudez de minha voz trancafiadas
inerte em estado de dormência em
transe...
na garganta ainda presas estão as minhas
lágrimas secas... que ainda insistem
em cair...
magia, divagação nesse contentamento
lá fora sinto o balançar da árvore que faz
ruído com as folhas que se dispersam
na brisa do vento...
em meu silêncio mórbido e trancado
teu nome ecoa dentro de minh’alma
num grito calado...
*
*
*
*
Sonho por um momento
Que correspondes com plena paixão,
Ao meu amor e meus sentimentos;
Que entorpecem minha mente
Me deixa confuso em pensamentos:
De possuí-la, de ser seu dono,
Seu servo-escravo, seu macho em cio...
Apenas sonho nesse momento
Que sou cego por seu amor
E em braile leio com suaves toques
Todo seu corpo.
Sinto, vejo as nuances de su'alma
Decifro seus ícones...
Seus mais profundos segredos!
Percebo que cristalizas bem dentro do seu casulo (su'alma)
Apenas por puro medo
De que eu não seja bom o suficiente
E transforme seus mais nobres sonhos
Em tristes pesadelos.
Agora o dia já vem...
Meu despertador acorda-me
Desperto desse meu triste sonho
Só pra ver a minha realidade
Perceber que dentro e fora de mim
Por hora não existe mais sonhos
Tudo é apenas sombrios,
Tenebrosos e eternos
Sonhos-pesadelos.
Enviado por Gata Triste em Qua, 25/03/2009 - 17:20
Meu gato, meu lindo
Meu homem e menino
Despertastes em mim
O vulcão adormecido
Agora tô louca
Só quero tua boca
Teu beijo molhado
Gostoso safado
Sentir o teu cheiro
Revelar-te segredos
Me diz gato lindo
Quais são teus desejos
Que queres que eu faça
Sou gata no cio
Sou gata manhosa
Vem com maestria,
Me assanha, arrepia
Me prende domina
Sou tua menina
Já não quero mais nada,
Acordo suada
Pelas madrugadas
Quero teu gemido rouco
Na hora do amor
Matar minha sede
Beber teu suor
Me diz gato lindo
Me diz por favor
Que também me desejas
Que és meu amor
Vem gato lindo
Vem meu amado
Vem bem depressa
Miar no meu telhado
vem...