Cicatrizes

Foto de Rosinéri

CICATRIZ

CICATRIZ
Eu acreditei nos sonhos, no seu amor, nas promessas que me fez.
Mas, você falhou, provou ser pior do me falaram
Nem sonhando poderia imaginar em você um ser fraco
Mas, você foi embora e deixou cicatrizes.
Que agora nem o tempo, nem à distância apagam.
Pois são cruéis cicatrizes

Foto de Graciele Gessner

Cicatrizes. (Graciele_Gessner)

Acabei-me apaixonando!
Novamente me machuquei.
E com as feridas sangrando...
Fui aos poucos me levantando.

As cicatrizes foram profundas.
Vestígios de um amor
Tão intenso e arrebatador.

Marcas deste lindo amor
Poderia ter dado certo.
Restou apenas o sentimento.

Profundas cicatrizes
Mais uma vez.
Infelizes!

25.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de DAVI CARTES ALVES

POR QUE NÃO DEIXAMOS EM PAZ O PASSADO ?

Por que não deixamos em paz o passado?
Que acorda qual Etna encolerizado
Fazendo tremular com marés rijas
O dorso plácido e coleante
Do Arno, em madrugada de bonança

Por que vasculhar tanto no passado?
Fazendo sublevar das mansardas d’alma
Fantasmas e espectros desvairados
Outrora, em sofreguidão afugentados
Agora enfurecidos, desacorrentados
Do vale das lágrimas dardejados
Pelos recantos d’alma reboados

Por que engolfar-se tanto com o passado?
Abrindo cicatrizes já amalgamadas
Qual eiva que fere o cerne secular
Em baluarte heróicamente experimentado
Por seu térmita insano, obstinado
Com suas presas de aço bruscas!
Dessarrazoadas!

Por que perturbar tanto o passado?
Qual arma e escudo de derrotados
Que encontram na hipocrisia
um lânguido aliado
Esgrimistas afoitos, errantes
Tacitamente subjugados!

Por que?
Por que não deixar em paz o passado??!!

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A PERDA.

A gente não sabe, o quanto alguém é importante,
Para nós ate um dia... Que! Às perdemos.
E quando isso acontece, perdemos a razão e a direção.
Sentimos-nos um nada, dentro de um tudo.
A dor da perda, é como se arrancasse um pedaço de nós.
Nosso rumo fica sem direção.
Nossa direção fica sem destino,
Nosso destino vira um desatino.
Nossa vida não tem sentido.
Tudo se torna convertido.
Chegamos até, ter pena de nós mesmos,
Pelo caos causado pela perda.
Acabamos por perder tudo.
Uma perda causa outras perdas
Perdemos até o que não podemos perder.
Perdemos a razão de viver...
Então vos digo!...Antes de permitir
Ou deixar que o fantasma da perda
Cruze seu caminho...
Vigie-se!...Às vezes a perda,
Deixa cicatrizes irreparáveis.
É melhor, refletir sobre questões,
E pensar, em tal atitude tomar
Do que perder e nunca mais
Recuperar.
A perda pode muito mal nos causar.

*-* Anna A Flor de Lis.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

♥♥ A ALMA ♥♥

A Pior dor, é da alma.
O pior choro, é da alma.
A pior solidão é da alma.
A maior prisão,
É a alma que não vaga.
O pior corte,
Não é no corpo,
É o que deixa
Cicatrizes na alma.
O pior desleixo,
E não cuidar da alma.
O que mata a alma.
É não deixar,
Ela enamora-se!
Cuide da sua alma!
Que a partir de agora.
Cuidarei da minha!
Cuidando de tua alma!
Teu corpo contempla
O caminhar da tua vida.

*-* Anna A FLOR DE LIS.

Foto de Rose Felliciano

MANIA DE AMAR VOCÊ...

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“Chega assim sem rodeios
Me desperta anseios
Se faz em apelo
Renascem esperanças em mim...

Um desejo me invade o peito
De estar perto bem perto
De quem não se sabe ao certo
Como é, onde estará...

E qual será o seu gosto
As linhas do seu rosto
A textura da pele, o olhar...
O cheiro, seu paladar...

O que trará tuas mãos
E em seu coração
O que irei encontrar?

Serão feridas, cicatrizes...
Quais serão as matizes
Que colorem seu viver?

E o que me dá mais prazer
É a sensação de saber
Que mesmo sem conhecer
Sinto saudades de você....

Criamos nosso cenário
É primavera em maio
Trazemos calor ao inverno.
Distância que nos mantém tão perto...

Faço parte do seu dia
A namorada, amada, companhia
Você já está em mim, sintonia...
Amor que em meu ser virou mania...
.......Mania de você!” (Rose Felliciano)

.

*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de ivaneti

' ESCRAVIDÃO"Esta ja foi postada apenas para relembrar "13/05"

Cicatrizes
(Ivaneti Nogueira)

Em meu corpo ainda trago as cicatrizes do passado
Em que naquele tempo a dor estava presente
Um tronco, um preso e o pé acorrentado
Chorava, gritava, gemia e a justiça era ausente!

Na vida... Fome, sede e frio foi o que passei
Por amor enlouqueci! Cheguei a pensar que ia morrer!
Me apaixonei! Embriagado no desejo eu me entreguei
Vi meu mundo cair e minhas lágrimas a correr

Em meu destino não tenho esperança, vejo escravidão!
Fui marcado a ferro! Escravo do amor e do preconceito!
No coração fiquei sozinho chorando junto a solidão!

Ainda recordo, tristemente... A cada sol que nascia
Meus dentes eram forçados a sorrir. Á noite a lua me vestia!
Hoje, ainda cansado, carrego nas mãos a carta de alforria!

Foto de JUH E WESLEY

NÓS DOIS

NÓS DOIS

Queria ter lhe conhecido antes, muito antes...
Para que nenhum de nós dois tivesse medo ou cicatrizes.
Queria ter estado com você, quando seu coração descobriu o que era o AMOR.
Quando seu corpo descobriu o que era DESEJO.
E antes que pudesse sofrer, eu estaria do seu lado, amando-lhe.
Entregando-me
E juntos poder ter aprendido, as lições da vida e do coração...
Queria ter te conhecido muito antes...
Quando suas esperanças começaram a nascer, quando seus sonhos ainda eram puros e seus ideais ainda ingênuos.
Pena termos nos encontrado só agora, já com o coração viciado em outros amores, com uma imagem meio falsa, do que é felicidade, do que é entregar-se...
Queria ter lhe encontrado antes, muito antes...
Numa nova vida,
Em que não precisássemos temer do nosso futuro, nem nossos sentimentos...
Ah! Como eu queria!
Mas, não foi assim, te conheci agora...
Na hora certa? , no momento certo?...eu não sei...
Só sei que te encontrei agora e, na sua vida, se quiser, para sempre... eu ficarei...

Foto de Lu Lena

DEIXA-ME TE DIZER

Imaginei-te mil vezes ao meu lado
numa busca incontida sem fim
sonho adormecido no passado
paixão inerte em ti e em mim

E na leveza d'alma a flutuar
descortina-se a vida no infinito
desprendem-se algemas no ar
paz indescritível esta que sinto

Perambulando pela noite escura
tropeçando em desenganos
buscando um caminho de ternura
pra fazer parte dos teus planos

Numa vida marcada de cicatrizes
de um história não planejada
E na ânsia de sermos felizes
Quero te amar e por ti ser amada

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 1)

O pintassilgo é um pássaro bem pequeno. Mas é um grande cantador e tem a especial capacidade de executar seqüências surpreendentes de sons. Tais são os recursos canoros que a natureza lhe deu, que consegue imitar com perfeição o canto de muitos outros pássaros, grandes e pequenos, receber territórios que equivocadamente lhe atribuem e atrair muitas fêmeas de diferentes espécies que, entretanto, ele não pode amar. Pelo menos do modo que elas desejam. E como se nada lhe bastasse, vai muito além. Usa seu imenso potencial “técnico” para exercer seu maior talento: cria suas próprias composições, para atrair também as fêmeas da sua espécie e levá-las ao seu ninho, construído sempre em algum lugar muito alto. Como personagem dos palcos da natureza, o pintassilgo aparenta ser um sedutor compulsivo e generoso, insustentável e gratificante. Talvez seja algo dissimulado, porém com certeza é muito competente e nem um pouco condenável. De modo que, estando ele metido entre as folhas de um ramo denso qualquer, ouvindo um portentoso pio seu os outros pássaros imaginam: é um grande pássaro! Ou escutando uma seqüência doce e languidamente sussurrada, outros mais decerto deduzem: é divino, um verdadeiro mestre!... Mas não. Trata-se apenas de um artista. Um pequeno grande artista, que parece dono da sua liberdade, mas é confinado em sua própria natureza.

A montanha é muito antiga. Ao contrário do pintassilgo, ela não parece nada frágil. Quem quer que olhe assim para ela, altiva e ensimesmada, há de imaginar que talvez seja muito solitária. Mas com certeza é uma fortaleza, resistiu aos séculos, aos milênios, nem todos os raios foram capazes de alterar o seu humor, nem todos os ventos puderam mostrar o pudor sob suas vestes e nem todas as chuvas puderam lhe causar um simples arrepio. Ela é uma montanha. Impassível, sóbria e sem medos. Tem um quê de altruísta, mas é impenetrável em seu silêncio. Aliás, diga-se de passagem, seu sagrado silêncio, já que a pedra, desde os tempos mais remotos e a mais remota concepção a cerca de Deus, sempre foi lugar de sacrifícios, portanto depósito de todas as aflições e anseios. A montanha guarda muitas cicatrizes, como se raios justiceiros e aguaceiros misericordiosos, escrevessem a fogo e água em seu imenso dorso (para que na posteridade todos entendessem) uma espécie de definição da transitoriedade de tudo. O pintassilgo talvez não pense nisso. Por certo, quando sente se aproximar uma tempestade, o pequenino não consegue pensar em coisa nenhuma. Mas nem mesmo aquela montanha tão grande, de tão subterrâneo pudor imolestável, pode ser eterna, porque a eternidade é maior do que todas as coisas e mais resistente do que qualquer concepção, pudica ou não. A eternidade é o único lugar onde a verdade pode repousar da ignorância alheia e sentir-se íntegra, e plenamente segura. Assim como quer sentir-se a poderosa alma sensível do frágil pintassilgo, acomodada entre as delicadas flores que ajardinam as cicatrizes. Contudo, nesse momento a sólida paz da montanha é alicerçada sobre a lembrança de incontáveis milênios, enquanto toda a alma do pintassilgo, que tem apenas o brilho pulsante de um pirilampo, é atormentada, durante agônicos e intermináveis minutos, por sua memória recente, em que penas encharcadas antecipam novos ventos, e os seus arroubos e alardes cruéis.

Perguntou a montanha ao pintassilgo: Por quê ficas assim encolhido nas minhas fendas, quando podes ir às alturas, sempre que bem entendes, em todas as direções?... O bichinho sorriu, balançando a cabecinha enterrada no corpo, e respondeu com outra pergunta: Não vês que vem chegando uma tempestade com ventos terríveis? Não ― o rochedo mostrou-se surpreso ― não vejo nenhuma. Onde vês tu? Ora Montanha, como podes, sendo assim tão alta, não perceber uma tempestade? Bolas, por quê me sentiria na obrigação de percebê-la? Ventos não me afetam, não a percebo por isso. Mas percebes a mim ― retrucou a avezinha inconformada ― que sou tão pequeno e frágil. Gostas tanto assim de mim, “sua” brutamontes? Depende, sim e não... Como assim ― com uma das patinhas o pintassilgo coçou a cabeça ― “depende, sim e não”, gostas ou não gostas? Hum... ― A montanha refletiu e depois explicou ― Quando tu cantas maviosamente sim... Porém, quando me emporcalhas com teus dejetos silenciosos... Definitivamente, não! ― A montanha asseverou... Ora, eles têm utilidade ― o pequeno justificou-se ― trata-se de adubo! Adubo, Pintassilgo? Sobre rochedos? Que tipo de fruta-pedra mais te regala? Não me subestimes, “seu” pinguinho empenado... Me desculpe, dona Montanha... Também é tão pouquinho, pôxa vida... Ah, achas que é tão pouquinho porque só sentes o que passa pela tua cloaquinha. Tem idéia de quantos outros, assim como você, com cloaquinhas e cloaconas, também fazem isso que dizes modestamente ser “tão pouquinho”? Pelo menos os ventos, se viessem mesmo como adivinhas, trariam as chuvas que lavariam estes pouquinhos todos. Ah, dona Montanha, não repitas isto porque as lufadas me carregariam longe, me jogariam contra tudo e contra todos, e a chuva me encharcaria as penas até não poder mais voar. Eu poderia sobreviver sem cantar nenhum dos meus muitos cantos, mas não sem uma só das minhas asinhas, que se quebrasse. De imaginar já me borro todo. Não, não, Pintassilgo! Tenho uma idéia bem melhor. Do alto da minha longevidade dou-te graciosamente um sábio conselho: não penses. Não imaginar coisa alguma fará muito bem à tua saúde... E também à tua flora intestinal!

(Segue)

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