Céu

Foto de Francisca Lucas

Oceano De Palavras

Dicionário,
O meu oceano de palavras!
Nele, navego no meu barquinho
De pesquisa,
Tão pequenino!...

Quero ser pescador de palavras,
Debaixo deste céu,
Num temporal,
Natural
De palavras destiladas
E alcalinas...

No anzol da curiosidade,
Em agilidade
Arremesso,
Para os cestos
Da memória,
Quantas palavras consigo pescar,
E logo venho a devorar,
E rechear
A minha poesia...

Alimentando
A mente
E o coração,
Numa dissertação
Em ritmo poético!

(( Francisca Lucas ))

Foto de Dileno

Desabafo...

Olha, passei estes anos todos vivendo na desilusão,
E você, não me dava chance, zombava do meu amor!
Quantas Vezes, nas noites frias sonhava com teu calor!
Rasgava-me em dois para ter sua atenção.

Meu coração foi secando de tanto calor,
Foi perdendo o encanto pelo teu olhar de mel!
É triste ver um amor se acabar sem que nada começou;
Sem você, estou num inferno, por você, não vou pro céu!

Agora, disseste que me ama? Agora é tarde demais,
Mesmo se quisesse, já não a encontro em mim!
Cheguei ao meu extremo, to pra lá do fim!
Tente fazer de bobo, o coração de um outro rapaz!

Há algum tempo atrás eu vivia sonhando com este momento...
Mas, foi por culpa sua que... Morri! Você me deixou ás traças!
Implorando por um pouco de amor! Também daria o meu! É de graça!
Mas tu moravas em meu coração e eu no relento!

O que aconteceu com você para vir dizer que me ama?
Está com saudades do tempo em que vivia aos teus pés?
Ou então daquelas flores na porta de sua casa!
As flores? É fácil, eu posso lhe comprar algumas;
Mas, o meu coração secou junto com aquelas!

Aquelas que você dava pouca atenção!
E sem saber, menina, não era somente flores que secavam!
Eu ia perdendo o pique, vivia sempre transtornado, todos me olhavam!
Senti que secava também meu coração!

Agora é tarde garota, não te quero mais...
Cansei de sofrer, coração faliu,
Agora, é você quem corre atrás,
Vá atrás do meu coração, ele partiu!

Em busca de algo que você não quis me dar!
Apenas um pedido vou lhe fazer:
É algo que me prometi antes de morrer,
Pelo menos, por um minuto tua boca beijar!

De: Odileno Lima Ribeiro

Foto de Junior A.

É noite...

É noite, sinto-te pela casa, em passos, por entre os espaços, vazios de ti. Logo há de chegar, as velas, sobre a mesa queimam e se gastam, em um pouco da esperança de logo ver-te.
Teu perfume, ameno paira pelo ar, mistura-se ao aroma das pétalas que cuidadosamente deixei ao chão, da casa, escuro, escuso de si em saudade, luzes apagadas, tudo em silêncio, realçado apenas com o brilho das estrelas, distantes, ao céu, que se intrujam por entre os vidros da janela da sala.
Dar-se o tempo, oiço, bate a porta, chegas, um tanto atrasada, envolta por pingos da chuva, que serôdia se derrama, como em pranto, fraco, presente. Num vestido vermelho, rente ao corpo, cabelos soltos, olhos sôfregos e coração pulsante, insegura talvez, mas bem delineada para com teus anseios. Despojas o teu vestido, único acessório que cobria tua pele, branca, teu cheiro inunda os cantos, os meios, os lados que não se viram, que não se vê. Teu libido grita por entre teu olhar, serrado, fitado em mim. Entras por entre porta, cala-me o dizer com tua língua que afaga a minha, tuas mãos inquietas, tua estuga em achar-me. Dou-me ao palor de outrora, acomete-me a dor das amarras.
Desato-me do teu beijo que queima em meus lábios, afasto-me do teu quadril que o meu procura, no desejo de encaixar-te. Cá, não me cabe. Não se desatina a mente, liga-se as luzes que não escureciam, já que lúcido ainda estava. Recolho teu calçado por sobre tapete, lhe devolvo o vestido que se perdera no caminho e peço-te:
- Vai embora.
Teu desejo, mais que tua nudez me assusta, tamanho é o infortunio que nada mais de ti desejo. Enamorei-me por tua alma, nua, onde a beleza intacta se apura ao decorrer do tempo. Vá, cubra os teus excessos, procure-me no dia em que isento de mim mesmo, ei de querer-te apenas num corpo, sem alma. Deixa-me só agora, como quase em todo o tempo estou, apague as luzes antes de ir por favor, deixe apenas o vinho, o cheiro que não se vai, para apetecer-me a sonhar com o dia em que ei de encontrar, a nudez, que tua pele sem roupa esconde.
Permita-me pensar, que cá ainda não chegaste, para quem sabe assim, ter de ti aquilo que em verdade almejei.

Foto de tsynder

Sabe quando a gente acorda?

Sabe quando a gente acorda?
Antes era tudo lindo
Céu azul
Pássaros voando
Folhas verdes nas árvores
Balançando com o mesmo vento que nos refresca
Mas sabe quando a gente acorda?

Um amor perfeito.
Uma pessoa linda
Que te ama.
Que diz que trocaria tudo,
Por apenas um minuto do seu lado.
Um minuto de carinho,
De troca de elogios.
Um simples olhar já dizia tudo.
Mas sabe quando a gente acorda?

Antes era tudo tão lindo.
Ela ali.
Eu ali com ela.
Ou mesmo se não estivesse,
Bastava um telefonema e tudo se resolvia.
E lá estamos nós de novo.
Era tão bom achar que ela precisava de mim.
E era tão bom saber que eu precisava dela.
Mas sabe quando a gente acorda?

Aquele corpinho pequeno colado ao meu.
Aquela voz doce sussurrando que me amava.
Aquele perfume que nunca era o mesmo,
Mas sempre era perfeito.
Aqueles dedinhos finos tocando minha pele.
E aquela boca suave tocando meus lábios.
Parecia mesmo um sonho,
Mas sabe quando a gente acorda?

Quando a gente acorda e percebe
Que foram dois anos se sonhos.
Foram sonhos lindos,
Inesquecíveis.
Mas a gente sempre acorda.
E aí fica no peito essa dor.
Esse desejo incontrolável de sonhar de novo.
E quando a gente percebe que isso não é possível
E acredita que, dali em diante, nada tem sentido.
Dá vontade de dormir.
Não pra tentar sonhar de novo, mas para não acordar nunca mais!

Foto de Minnie Sevla

Amar pra mim é...

Amar para mim é...

Amar para mim é
Dor
Incerteza
Lágrimas
Distância
Profunda tristeza

É morrer vivo
É esperar o que não vem
É se encher de esperança...
Do que não tem mais jeito
Do que não se conhece
Do que faz sofrer
Das palavras não ditas
Em um lindo amanhecer...

Da chuva que angustia
Do vento que incomoda
É falta de juízo
É pura ironia

São noites sem sono
Céu sem estrelas
Universo sem cometas
Mas apesar de tudo
Deste vai e vem de emoções
Amar para mim é... sentir vivo o coração

Minnie Sevla

Foto de Minnie Sevla

Depois que me deixaste

Depois que me deixaste

Depois que me deixaste
Vivo a contemplar
As estrelas do céu
Esperando você voltar

Depois que me deixaste
A Vida não tem sentido
Eu olho o lindo jardim
Como se nunca tivesse partido

Depois que me deixaste
O sol perdeu a luz
E a lua entristecida
Perdeu o que a conduz

Depois que me deixaste
Meu mundo ficou gelado
Perdi a minha energia
Por não ter o meu amado

Depois que me deixaste
Eu vivo na solidão
Procuro no céu escuro
Um pouco de amplidão

Depois que me deixaste
Fiquei aqui a pensar
De que adianta viver
Se eu não posso te amar

Depois que me deixaste
Tudo ficou muito chato
Meu mundo perdeu a cor
Pois não está ao meu lado

Minnie Sevla

Foto de Suavenigma

Insana

Ah!Este desejo louco
de procurar beleza em todas as coisas feias,
e transformar em bem
o mal que, por ventura,
em meu mundo surja!

A rosa sem espinhos.
O amor sem adeus.
O céu sem nuvens.
Sempre no coração um afeto e,
nas mãos,
um gesto de ternura.

Fogo no inverno.
Sombra no verão.
Sem dissonância, a música.
Sem pedras o caminho.
No homem, a força.
Na mulher,o carinho.

O bom,o belo, o verdadeiro.
O querer, o poder, o dever,
todos de uma só vez.
Sorriso por olho; beijo por dente!
...............................................
E um fastio enorme de viver.

Suavenigma®

Foto de HELDER-DUARTE

Portugal II

Temos também:
Bocage, Cesário Verde,
Aleixo, que , com poder,
Te ensinou a fazer o bem.

Outros te ensinaram,
Como o real aprenderdes.
E lutaram...
Para o Realismo, conhecerdes:

Garret, Camilo,
Júlio, Queirós,
Herculano e Aquilino.
Não esqueço, Pessoa que tanto fez por vós.

Esse cântico, continuaram,
Os que tua liberdade, cantaram.
Florbela Espanca,
Com seus poemas, mais te encanta.

Natália Correia e Manuel Alegre,
Esse Abril de esperança, o da Primavera verde,
Dele testemunharam...
E não se envorgonharam.

Amália, teu fado entoou.
Por ti chorou.
Por ela, glória, o mundo te deu
E ao povo, de alegria encheu.

Oh Portugal!
Meu país natal.
Eu continuarei, esta canção,
Com emoção e acção,

De modo, que nessa tua glória,
Eternamente vivas.
Com liberdade, o céu atinjas,
Junto do único Deus, que se adora!

Helder Duarte

Foto de edileia

Saudade de um beijo

Tanta saudade me mancha os olhos,
À lembrança embriagante
Do seu beijo...
Você foi sôpro de vida,
Um amanhecer de emoções.
Foi brisa,
Foi vento morno,
Que penteou meus cabelos
Com as mãos...
Tão frágil é a distância
Que me pego a dormir
Nos seus sonhos,
No repouso da promessa,
No seu chamar que não cessa...
Tanto céu, tanto mar!
E a mim é nada!
Não se conta o azul
Que nos separa,
Apenas o tempo da saudade,
Que nos faz, em dois,
Um só desejar...
Não há noite, solidão
Em minha espera.
Só a ãnsia que me faz viva,
Trôpega de vontade,
Do roçar dos seus lábios nos meus...
Assim, toda essa saudade
Pousa em mim,
Mirando o Atlântico,
E põe nosso amor
Nas mãos de Deus...

Foto de Catia Lucia

MOINHO DE AMOR

Naquele moinho aconchegante
Estive meio vacilante
Com aquela sensação
Alucinante e inebriante

Naquele moinho aconchegante
Estivemos nos querendo em
Todos os segundos daquele
Momento desconcertante
Mas cheio de desejo e amor

Naquele moinho aconchegante
Eu te amei
E você me amou
E juntos como
Num só corpo
Pertencemos um ao outro
Como as gotas do oceano
E as estrelas do céu.

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