Certeza

Foto de Bel Souza

Menino

Eu sei que vou te encontrar, e o medo é tão grande quanto a certeza desse encontro. Eu já te amo, meu amor. Se nessa vida, ou na outra...só te peço por favor, me reconheça! Não sou muito boa com sinais, então...por favor não me deixe avulsa, não me deixe nude, lute por mim se preciso for, mostre-me os caminhos de volta ao meu coração, e me acorde, porque é tão certo que esse amor já existe pra nós dois...ele tem cor, cheiro e sabor. Então é só sentir.

Foto de Bel Souza

As minhas rimas riem de mim!

Já não tenho precisão
Com meu coração tomando conta
tem sobrado emoção!
Choro fácil e choro mesmo, lagriminhas sem sabor.
Falta tristeza nos olhos, mas no coração tem amor!
Quando penso que esqueci, vem o vento me trazer
as lembranças que eu pedi aos céus pra me conceder!
Tem harmonia, sossego e calor, também quero alegria, bagunça, cheirinho de flor!
As borboletas fugiram do estômago e foram dançar com o vento!
Mas, elas voltarão, é uma questão de tempo!
Sinto medo, é verdade. Mas, isso faz parte de mim!
Sorrir pra brincar com a dor deixa muito triste o fim!
Nem todo pedaço de pedra a gente transforma em giz
E o azul com certeza fica menos feliz!
Acaba escrevendo alguns dias com uma pontinha de carvão,
Por isso meu bem eu lhe digo vivo longe da perfeição!
O medo vai pra bem longe, sabe que não é capaz!
Dar as mãos pra você, fica fácil demais,
Olhar dentro dos seus olhos, me faz humana, ainda mais!
Me perdoa a pobreza dessas rimas fáceis e iguais,
É que você retira as vírgulas e bagunça os meus tempos verbais!

Foto de Antonio Alberto

ESTAMPAS DE LUA - POESIA DE ALBERTO ARAÚJO

Estampas de lua

É noite, a lua sorri...
e anuncia com seus clarins que:
suas estampas são abissais,
que o seu cântico alivia as dores,
e seu silente amor engana o vazio
e atravessa as paredes, os ouvidos...

Sabe-se que certas cidades
têm as estradas longas demais,
mas na transbordante aurora
a fonte da flor do amor está bordado
e o passaredo traz alumbramentos.

Quanto ao suor da noite
numa brevidade explosiva
traduzirá o sorriso em nossas mãos.

:::

Conchas acústicas
Assim veemente, rasgam os pensamentos.

E tudo por conta do vício do amor,
Abunda-se em certezas.

As luzes da pele macia se acendem
e afirmam que tudo na vida é absoluto demais.

Dos meus bravios sois;
do meu poético abajur;
vejo que existe CÉU:
E a cabeceira do rio mora em mim.

Nasci da esplendida arte poética,
E tenho a certeza que:
o mundo e suas folhas
durante breves dias,
em total alumiação unirão os corações.

©by Alberto Araújo.
18-09-12

Foto de Maria silvania dos santos

Chuvas em tempestade!

Chuvas em tempestade!

_ Esperar um novo amor, não é tão confortavel, vem a solidão e machuca o coração, muitas vezes derramamos lágrimas, sentimos o coração sangrar e ninguém pode nos ajudar...
Em conjunto, vem a tristeza acompanhada da solidão, como tempestade trazendo muita dor , é arrasadora, porém, sobrevivemos e á sempre a possibilidade de se testemunhar o um novo e lindo dia de sol, mesmo que venha chuvas em tempestade, logo logo vem o sol...
Amanhã é outro dia, e com certeza mesmo que entre nuvens o sol irradia...
Então, antes que venha a tristeza e invade nosso coração, vamos o ocupar com alegria e continuar vivendo, e quando, sem que percebemos, lá está o amor, esplêndido diante de nós.
Amor não espera, simplesmente o damos lugar e ele acontece em nosso coração.

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Foto de Anderson Maciel

EM MOMENTO DE AFLIÇÃO

Em meus frios momentos de aflição minha pele já pálida demonstra o quanto eu estou em meu leito sofrendo solitário, mas com a certeza de que tudo isso me faz seguir em frente nessa curta jornada que me resta. A solidão tem sido minha companheira por todo esse tempo e tem me mostrado o quão bom é lembrar-se das tristezas, das ilusões e de tantas outras coisas tristes, afinal é graças a ela que vou me sentindo mais forte por pensar em sempre querer me aperfeiçoar vencendo dia após dia esse sentimento insano que corroí meu pequenino e finito ser... Minha vida tem sido sempre assim, os dias da semana todos tão iguais, pessoas tão idênticas em seus costumes e gestos que já não presencio mais a doçura de algo perpétuo e tão bom, porém contínuo seguindo e lá no fim vencerei a morte, pois ela não deve jamais ser vivida e sim vencida. Anderson Poeta

Foto de Maria silvania dos santos

futuramente será precisado.

futuramente será precisado.

_ Não duvide; Todos os nosso passos tem um rumo a destinar, longos caminhos a percorrer, mesmo que não sabemos o certo para onde irmos, mesmo que viemos a nos bambear.
Mas com certeza não iremos cair, e se cairmos iremos levantar reposto de forças dobrada.
Temos que obedecer o silencio de nosso instinto e prosseguirmos nossos caminhos.
Mesmo quando nossos passos são longos e vão se encurtando, é que já nos colocamos cansados e precisamos de pousada, mesmo assim, ainda sim, ainda sim temos que refletir e não pararmos, temos que seguirmos em frente, pois é sempre um novo aprendizado que futuramente será precisado.

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Com certeza eu morreria muito feliz!..

Com certeza eu morreria muito feliz!..

_ É , Realmente é estranho o que sinto por você, mas eu não te vejo como um homem e eu uma mulher com desejo de lhe amar.
Te vejo como uma uma criança e eu sendo uma mulher que o amo sem medidas, amo no sentido fraternal.
Te vejo, da forma que uma mulher com muito amor vê uma doce e inocente criança, uma criança que consegue contagiar o coração de qualquer ser humano.
Assim é você; com minha forma de te ver.
Não posso explicar, também não saberia, pois na verdade, nem eu mesma posso me entender só sei que o que sinto eu sinto.
É que Realmente não sei definir bem o que sinto.
Não sei se o sobrenatural existe, mas se existe, os meus sentimentos faz parte.
Pois é inexplicável, difícil de entender, quase sinto sua energia que eletricamente me atinge.
È um sentimento difícil de evitar, também não sei se explicação para o que sinto um dia irei encontrar, mas já que o mundo da muitas voltas, talvez entre elas ainda posso encontrar, quem sabe um dia?
É que até o momento, tenho tentado encontrar explicação, mas não consigo, suas lembranças navegam profundamente em minha mente, elas atinge todo o meu ser.
As vezes tem noites que pensando em você, perco o sono, rapidamente a noite passa e nem a vejo passar.
Em um posso de lágrimas me sinto banhar, é que nem mesmo consigo me controlar e me ponho a chorar.
À noites, que entre a escuridão do meu quando, mergulhada na solidão, viajo na imaginação quase impossível de voltar ao presente.
Fico lembrando daquela criança que hoje já não é mais uma criança...
Já é um homem, mas que para mim ainda não cresceu, lembrando de te, sinto meu coração ligeiramente começar a bater, em meu rosto estranhamente lágrimas percorre, e a emoção momentania eu não posso conter.
Começo a chorar, vem fortemente uma vontade enorme de te abraçar, uma vontade louca de pelo menos um minuto te ter presente, poder pelo menos um tocar em teu rosto, e dizer, não apenas dizer, queria que pudesse sentir o que sinto em meu peito arde, e que pudesse entender os meus sentimentos.
Queria te transmitir meus sentimentos mesmo que seja apenas com meu olhar, o que inexplicavelmente sinto por você.
O que quando ainda eramos criança em meu peito veio a nascer!
Sinto que se eu pudesse voltar a te ver pelo menos por um minuto, alguns segundo que seja, tocar em suar mãos sentir teu calor, fitar meus olhos aos teus e dizer adeus, mesmo que eu nem tivesse tempo a dizer, mas em teus braços eu pudesse falecer, com certeza eu morreria muito feliz!..

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de EsperancaVaz

A NOITE

Imprevisível ela chega todos os dias
Assalta-me e choro em seu ombro
Deito em seu colo e descanso suave
Minha tristeza de solidão efêmera

Na esperança de ver o sol brilhar
Trazendo luz e certeza de vida
Pra deitar minha alma no amor
E acariciar sonhos de quimera

Infinitos noturnos, acaso crepuscular
Obscuridade de insônia no alvorecer
Feito criança queima meus sentidos
Com tua magia entranhas meu leito

Vazio catre de sonhos e desejos
Que ofuscam minha dor em lampejo

03/09/2012.
poesia registrada
(Esperança Vaz)

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

EU PREFIRO SER EU!

EU PREFIRO SER EU!
Por William Vicente Borges

Como são tolos estes humanos
Que vivem pesando nos outros
Como mercadores numa feira
Como expertes em tudo.
Avaliam as pessoas como se
Pudessem esquadrinhar
os seus corações.
Mas não importa como me julguem
Se pior ou se melhor que sou.
Eu sou eu, e prefiro ser eu.

Eu prefiro meus erros e acertos.
Eu prefiro estar bem ou não.
Eu prefiro nunca abrir mão
Da compaixão que tenho pelo outro,
Que me respeita ou não.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro minhas feridas, prova de
Quem viveu intensamente e lutando.
De quem não aceitou não entregar seu
“livre arbítrio”, dom de Deus, para ninguém.
A ter a pele lisa dos que nunca estiveram
No calor da batalha, nunca sentiram
o gosto da espada e dos dardos inflamados
do inimigo feroz e invejoso.
Eu prefiro ser eu!

Eu prefiro as minhas enormes percas, certeza
Dos grandes ganhos e de que realizei.
Prova de que continuarei a realizar , do meu
Poder de sair do nada e chegar lá.
Eu prefiro ter andado na contramão da vida
Por arriscar dias melhores. Melhor do que
A frieza de uma existência sem sabor e emoção.
Tendo esta rudeza asfáltica, de quem nunca perdeu
Mas que também nunca sentiu.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus devaneios. Sonhos que vem e vão.
Que as vezes se realizam, e as vezes demoram um tempão.
Melhor do que a mediocridade de achar que sonhos
Nunca se realizam.
Prefiro minhas gargalhadas sempre sinceras,
Fruto da alegria de estar vivo e vivo para Deus.
Melhor do que não saber a que fim veio nesta terra.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus conflitos internos,
Esta rixa sem fim entre razão e emoção
Que as vezes me levam quase a loucura,
Onde tomar uma decisão é um desafio
Sobrenatural.
Antes assim que viver num trilho de ferro,
Como um trem que não sabe mais
Do que vê nas estações.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro meus turbulentos medos,
que me fazem tremer em certos momentos
Cruciais, mas que me impulsionam
a enfrentá-los cara-a-cara mesmo sem coragem.
A ser este falso herói que se apresenta
De capa e tanga e diz que nada teme,
Mas que na verdade vive de calças sujas.
Eu prefiro ser eu!

Prefiro esta minha cara limpa.
Este olhar que continua ingênuo
Mesmo depois de tantas porradas.
Este meu coração que acredita
Que todos são bons de alguma forma.
E por vezes ser chamado de louco
Por causa disso.
A viver com estas máscaras,
Das múltiplas personalidades insanas
Onde a crueldade se esconde muito bem
Pronta para aflorar.
Eu prefiro ser eu!

Eu prefiro minha casinha de
Paredes brancas e teto azul,
Onde estrelas brilham o tempo todo,
Só para me fazer sorrir.
Prefiro meu fogão, bem usado,
Onde pintei muitos corações
Só para me lembrar que preciso
Ter sempre um coração quente.
Eu prefiro meu colchão sobre o chão
Na salinha desta casinha sem quarto
Que me proporciona os sonhos mais
Doces e as esperanças mais certas.
As mansões cheias de ouro onde
Cristo não pode entrar, comer e repousar.
Eu prefiro ser eu!

Eu não quero ser outro.
Eu não quero a vida do outro.
Por que sou único
E como único, especial.
E ao contrário do que os
outros pedantes, “pesantes”, tolos
podem achar,
digo a estes pernósticos burros:
È bom demais ser eu!

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