Cérebro

Foto de Rosinéri

O HOMEM PENSA, A MULHER SONHA

O homem é o mais elevado das criaturas.
A mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono e para a mulher um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro, a mulher o coração.
O cérebro produz luz, o coração o amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória traduz grandeza, a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia, a mulher a preferência.
A supremacia representa força.
A preferência representa direito.
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencivel pela lágrima.
A razão convence, a lágrima comove.
O homem é um templo, a mulher um sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem é o oceano que tem a pérola que o embeleza.
A mulher é o lago, com a poesia que o deslumbra.
O homem é a aguia que voa, a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
O homem tem um ramal, a conciência.
A mulher tem uma estrela, a esperança.
O rala guia a esperança, salva.
Enfim o homem esta colocado onde termina a terra.
E a mulher onde começa o céu.

Foto de Poeta Desastrado

já fiz

Eu já ri até a barriga doer,
Já nadei até perder o fôlego,
Já dormi nu,
Já tive uma borboleta pousada na minha mão...
Já fiz cocegas na minha irmã só pra ela parar de chorar,
Já me queimei brincando com velas,
Já fiz bola de chiclete e sujei todo o rosto
Já conversei com o espelho,
Já quis ser astronauta, medico, mágico, caçador e professor.
Já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado,
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei seca por telefone,
Já quis ser uma ave e voar bem alto para longe...
Já tomei banho de chuva,
Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro para ela que não me quis
Já confundi sentimentos,
Já peguei atalhoss errado e continuo andando pelo desconhecido...
Já raspei o fundo da panela de arroz...
Já me cortei a fazer a barba apressado,
Já chorei por dentro ouvindo música no autocarro... (tanta vez!!!)
Já tentei esquecer algumas pessoas,
mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. (como eu concordo!)
Já tentei pegar estrelas,
Já caí da escada de cu..
Já conheci a morte de perto e agora anseio por viver cada dia...
Já fiz juras eternas, (que acabam por durar pouco tempo...)
Já escrevi no muro da escola, nas carteiras, no chão... (é mau exemplo mas já...)
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante...
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas...
Já corri pra não deixar alguém chorando,
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só...
E isso sempre acontece...
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já me atirei na piscina sem vontade de voltar,
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, (n foi wisky...)
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar...
Já senti medo do escuro,
Já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade... ( a culpa é daqueles cabronnes dos homens!!!!)
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
JÁ CHOREI AO VER AMIGOS PARTINDO...
Já descobri que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção,
guardados num baú, chamado coração...
E agora um formulário me interroga,
me encosta na parede e grita:
'- Qual sua experiência?'
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
' Experiência... experiência..' Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Não???
Talvez eles ainda não saibam colher sonhos...

(autor desconhecido)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"O OBSERVADOR"

O OBSERVADOR

Senhor, o que tenho para relatar não será de seu agrado, O que, ouvi e senti nesta viagem a que fui por vós incumbido, não é digno de ti. Vaguei por todas moradas que me mandastes, percorri vales e aldeias, visitei cada coração existente na terra, perdoe-me Senhor, mas poucos serão salvos. Ainda que fosse dotado de tua capacidade de amar e perdoar, ainda assim não me agradaria com tudo que vi e que agora a ti relatarei.
Era inverno no continente Africano, quando aportei para esta missão de observação, cheguei a um vilarejo onde havia muita movimentação, as pessoas corriam de um lado para outro sem se entenderem, tudo acontecia nos arredores de um pequeno hospital. Aonde as pessoas chegavam as centenas, das mais variadas maneiras, no lombo de animais, na carroceria de caminhões, em ônibus, a pé, em fim, todas enfermas, estavam contaminadas por uma virose que em poucos dias ceifaria a vida de milhares de africanos.
Ali vi a precariedade das instalações, o pouco material de primeiros socorros, e, sobretudo o despreparo e a falta de amor dos profissionais envolvidos, Senhor, mesmo sabendo bastaria um gesto e muitas vidas seriam salvas ,nada pude fazer, pois a função a que me foi outorgada não me dava direito à interferência.
Era noite e a lua já ia alta quando cheguei ao continente americano, às portas de uma grande cidade dos Estados Unidos da América, minha condição era de um cidadão invisível, via e ouvia a todos, inclusive o que se passava em suas mentes, mas não era visto e nem ouvido por ninguém A minha função era de observar tudo e relatar ao meu Senhor, criador de todas as coisas.
Perambulei pelas ruas, vi roubos, assaltos, crimes, prostituição, vícios e muita pouca solidariedade, muito pouco amor, nem parecendo à terra de meu Deus. Visitei alguns lares a que fui incumbido e parti sem demora para outras localidades. Estive em todo o continente Europeu, Ásia, América do Sul, Oriente, em fim, visitei cada cidade de cada País de todos continentes, visitei também cada coração existente na terra, e o que vi Senhor, muito te entristecerá, vi irmão matando irmãos, vi incesto, presenciei catástrofes promovidas por lideres por pura vaidade, estive ao lado de pessoas que tombavam de fome em frente de armazéns lotados de comida se estragando.
Senhor, mesmo dotado por ti de sabedoria, muitas foram às vezes que tombei em prantos por saber que não foi isto que desejastes para teu povo.
Meu Senhor, vi também aquele menino se consumir em prantos pela perda de seu animalzinho de estimação, vi uma mãe com andar tropeço de fome levando as mãos o pouco alimento que conseguira para sua prole, vi também Senhor poucos homens comprometidos com grandes causas, vi mulheres com os rostos inchados preparando remédio para curar a bebedeira de seus algozes, Senhor de tudo que vi, poucas são as coisas que são dignas de ti.
Clemência meu Pai, é o que precisa o traficante, aquele que aniquila a família pela fome do dinheiro fácil, Clemência Senhor é o que precisa o político que trai a confiança de seu eleitor, clemência Senhor, é o que precisa o ladrão quando rouba a dignidade do seu semelhante.
Conheci homens ricos que varias gerações não seria suficiente para gastar toda sua fortuna, mas mesmo assim continuava a se aproveitar dos menos favorecidos.
Meu Pai, se é que posso opinar, se faz necessária uma interferência, que a majestosa benevolencia que emana de seu cérebro criador, varra toda extensão da terra para acudir aquele povo sedento de amor, compreensão, honestidade, mansidão e inteligência, que a justiça que teu nome é sinônimo seja uma constante na vida daquele povo, que se divide entre injustos e injustiçados.
Meu Pai, Senhor dos tempos, Criador de todas as coisas, Senhor absoluto de todo Universo, dono incontestável do passado, presente e futuro, perdoe-os, ensine-os e proteja-os de suas próprias falhas e ignorâncias.
Em certo lugar Senhor, via uma mãe se prostituindo para levar o alimento para seu filho, seu olhar era de satisfação, mas seu coração gritava de dor.
Conheci pessoas encarregadas de passar a tua palavra meu Pai, mas na verdade mentiam em proveito próprio.
O teu nome meu Pai, ainda é o mais falado em toda vasta extensão da terra, mas nem todas pessoas sabem do quão grande és tu.
Faz-se necessária, Senhor uma visita, para que os terráqueos relembrem a sua devida Divindade, muitos são os que chamam por ti, o resto precisa urgentemente de teus ensinamentos.
Meu Pai, tudo que vi e ouvi sempre terás acesso ao meu intelecto e ao meu coração, mas Senhor, se é que posso te farei um único pedido, continue abençoando o povo Brasileiro.

Edson Paes

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MERGULHO"

MERGULHO

Quando mergulho no silencio profundo
Acesso áreas do meu cérebro desconhecidas
Viajo por quase todo o mundo
E relembro de coisas já adormecidas.

Vez ou outra me distraio com o som da respiração
Até nessa hora me disciplino
E diminuo o arfar dos meus pulmões
E na prospecção do meu eu me declino.

Vou bem fundo nos quadrantes da mente
E inicio um safári intelectual
Quem vê pensa que estou ausente
Mas só estou fazendo um estudo mental.

No fim desta viajem introspectiva
Sempre algo de bom acabo trazendo
Soluções, resultados, alternativas.
E é assim que meus problemas vou resolvendo.

Foto de Zami

Aleijadinho

FILAS COLOSSAIS
ARQUITETADAS COM CARRÕES,CELULARES,OLHARES,COLARES DOURADOS
SOBRE A CARA CALÇADA DO MUSEU
PESA TOLENADAS A LEPRA ATUAL
SANTAS FACES TRANSPIRAM O SUOR MÓRBIDO DO ARTISTA
LIBERDADE ENTALHADA NA MENTE HUMANA
COVAS SECULARES PERMANECERÃO SOB O CÉU DESTA TERRA
EXUBERANTE VERDE VIVO DO GRAMADO DESENHADO
ATIVA O CÉREBRO DA JOANA IDEALISTA
VERMELHO OFUSCANTE DO BARRO
SANGUE APAIXANADO DE UM POVO BRANDO
VIDA BROTANDO
A CADA MINUTO NASCE UM ESCULTOR

Foto de Carmen Lúcia

Efeito Estufa

Execrável e torpe anseio
Inunda meu pretensioso ser,
Meu corpo é só desejos,
Desejo o teu querer...
Em meu retrovisor interno
Clarão de meu inferno,
Te vejo a todo instante...
Desfaleço, enlouqueço, arquejo ...
Sinto um tremor inquietante...
Tento expirar ao inspirar o ar
E um bloqueio não o deixa passar...
Ofegante, alma trepidante
Exercito o âmago a fim de respirar,
Mas ele se incendeia e o sangue a bombear ardente
Transpassa minhas veias, não há como apagar...
Camadas de ansiedade impedem-me de ver
A luz impenetrável que ronda meu viver...
Meu cérebro se afogueia
É como um furacão!
“Não dá pra segurar,
explode, coração!”

Foto de Osmar Fernandes

Ninguém tem culpa do rosto que tem, mas é responsável pela imagem que constrói...

Ninguém tem culpa do rosto que tem, mas é responsável pela imagem que constrói

Ninguém tem culpa do rosto que tem, bonito ou feio, ele é precioso. Cabe ao seu dono valorizá-lo, zelar dele como uma jóia rara, como um diamante estupidamente extraordinário. Ele é a fotografia de sua existência, de sua vida. O seu rosto é o jardim do seu corpo, o espelho... O corpo é a casa da alma.
Este conjunto de órgãos amado por uns e detestado por outros, é o milagre de Deus. É uma máquina perfeita de músculos, com um cérebro possante (com cem bilhões de neurônios...) que pensa, fala, premedita, vive ou vegeta... É possuído por um espírito único e inimitável.
Tem gente que só vive reclamando da vida que leva, e pouco ou nada faz para melhorá-la. Ao invés de ficar lamentando, choramingando pelos cantos do mundo, não seria mais sensato inventar um sonho e correr atrás de sua realização? Quando você se olha no espelho, a imagem que vê é real, não é? Logo, o seu mundo tem a sua imagem. Reflita!
Certo dia assisti a uma cena cinematográfica no centro de Curitiba. Vi um homem sem pernas e sem braços, sentado em sua cadeira de rodas, transbordando de felicidades... Aproximei-me e lhe perguntei:
- De onde vem tanta alegria? Você não tem raiva de Deus? Não sente amarguras por ser assim?
E, ele calmamente, como um anjo, respondeu-me:
- Não, moço! Eu sou feliz porque nasci. Eu posso ver e contemplar toda a beleza da natureza... posso ouvir e compreender o que me falam, posso falar “eu te amo!” para as pessoas que amo; sou um ser humano que não tem pernas, nem braços, mas tenho uma mente sadia e um coração repleto de amor. Não tenho parte do meu corpo, sou aleijado mesmo, porém minha alma é perfeita e só posso agradecer a Deus por ter me dado a chance de ter nascido, e poder conhecer e desfrutar as maravilhas deste mundo.
Juro, fiquei boquiaberto com a resposta daquela grande alma. Pude entender um pouquinho mais da vida, como ela realmentre é. Mais adiante dali, a alguns metros, notei um cidadão sentado no chão e pedindo esmolas para os transeuntes. Aproximei-me e lhe perguntei:
- Por que um senhor tão saudável e forte pede esmolas?
Ele, irritado, respondeu-me, dizendo:
- O senhor não tem nada com isso, a vida é minha e faço dela o que eu quiser e bem entender...
E, disparou um monte de palavrões.
Saí educadamente... e concluí que a sabedoria não precisa de belos órgãos para embelezar os olhos da felicidade e de Deus. E pensei como um verdadeiro filósofo: “Ninguém tem culpa do rosto que tem, mas é responsável pela imagem que constrói.”

Foto de Osmar Fernandes

De modelo só a propaganda

Na cidade grande é assim:

O trânsito fica enlouquecido.

O guarda quase engole o apito.

O pedestre fica perdido...

É fúria na hora do pico.

É briga no engarrafamento.

É difícil prever o fim.

Ninguém respeita o acostamento.

No “ligeirinho” há sempre confusão.

Um sempre grita: – pega ladrão!

Outro: – tira essa mão boba daí!

No centro a lei obriga pagar o “Estar”.

Para o engravatado há sempre um táxi.

Nas lombadas o “pardal” está sempre acordado...

É obrigatório bater continência para o senhor Radar.

Quem é multado perde ponto... Paga caro.

No sinaleiro é comum ser assaltado.

Nas rodovias, o soberano ladrão, é o pedágio.

O motorista está sendo crucificado.

O IPVA é o cupim – o vírus do ágio...

O “DPVAT” dá nó no cérebro da democracia.

Ao povo resta-lhe o recado da sorte:

“Quem sai de casa fica à mercê da morte.”

O trânsito virou caso de polícia.

À noite a vida não demora passar.

O homem do viaduto tem sono trágico.

O bandido sai à caça para matar.

Impera a lei do poder do tráfico.

Homens-cavalos puxam suas carroças,

Limpando a cidade, sonhando em voltar pra roça.

Atraídos pelo mundo moderno que encanta,

Choram ao descobrir, que, de modelo, era só a propaganda.

Obs.: Esse texto redigi baseado no trânsito de Curitiba/PR.

Foto de Andre Zain

É TERNO

O AMOR É(TERNO)

A distância que separa duas consciências
É apenas um pensamento.

Independe de tempo, espaço e forma,
Basta apenas pensar.

Logo, se eu penso em você,
E se você pensa em mim,
Estaremos juntos em pensamento,
E nada poderá nos separar.

Pois nenhuma cadeia humana pode prender
A melhor aquisição que o caminho do crescimento nos deu:
"A capacidade de pensar"!

Se prenderem o meu corpo físico em algum lugar,
Não importa!
Poderei escrever o que penso!

Se cortarem as minhas mãos,
Não importa!
Poderei falar o que penso!

Se cortarem a minha língua,
Não importa!
Poderei pensar no que penso!

Se matarem o meu corpo físico,
Não importa!
Não preciso de cérebro para pensar!

Estaria, então, Junto do Pai,
Pensando continuamente, sem entraves,
Pois o pensamento é eterno.

Não sei se eu penso em você,
Porque você pensa em mim,
Ou se você pensa em mim,
Porque eu penso em você.

Não sei, também, se você pensa em mim,
Tanto quanto eu penso em você.
Mas não importa;
O importante é que eu penso em você.
E se penso em você,
Estamos juntos o tempo inteiro!

Um pensamento longo parece durar
Uma eternidade humana.
Ou será que a eternidade é que
Parece um longo pensamento humano?

Não sei a resposta para esta questão filosófica,
Mas sei que penso em você,
E esse pensamento é longo.
E se sou mortal, na carne então
Esse pensamento é eterno!

Logo, o Amor é(terno).

Por isso, dedico estas palavras com admiração é(terna) ao meu grande AMOR "VOCÊ"!

PS:
"Amo a vida muito bem.
Seja a vida daqui
Ou a vida dali.
Ela é(terna) e eu também."

"AMEMOS AS VIDAS".

Andre Zain

Foto de Maria Goreti

Meu Lamento

.

Minha voz soa em ecos contínuos...
A dor que inunda o meu ser é solidão.
Minh’alma ressentida busca consolo
Na melodia sussurrada, do vento
A soprar pelas frestas da porta entreaberta.
Sinto frio e o sangue a estancar em minhas veias.
Lamenta meu coração...
Meus sonhos?
Não sei onde estão.
Até estes me abandonaram...
E a vida... Esta,
Parece estar cansada de mim.
Todos parecem cansados de mim...
Até eu pareço ter-me cansado de mim.
Meu coração em descompasso
Perde-se entre o ser, o querer e o saber.
Completamente desequilibrada,
Já não sei onde estou, nem pra onde vou.
Minhas pernas não atendem aos comandos do meu cérebro
que finge não entender a minha vontade...
Quero correr, quero sair do labirinto onde me encontro,
Perdida, desolada e só,
Onde nem mesmo a morte quer a minha companhia.
Estou exausta...
Quero chorar, mas não consigo...
Secaram minhas águas...
O meu mar não mais produz lágrimas,
Meus olhos não ousam produzir mar.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/10/07

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