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Minha voz soa em ecos contínuos...
A dor que inunda o meu ser é solidão.
Minh’alma ressentida busca consolo
Na melodia sussurrada, do vento
A soprar pelas frestas da porta entreaberta.
Sinto frio e o sangue a estancar em minhas veias.
Lamenta meu coração...
Meus sonhos?
Não sei onde estão.
Até estes me abandonaram...
E a vida... Esta,
Parece estar cansada de mim.
Todos parecem cansados de mim...
Até eu pareço ter-me cansado de mim.
Meu coração em descompasso
Perde-se entre o ser, o querer e o saber.
Completamente desequilibrada,
Já não sei onde estou, nem pra onde vou.
Minhas pernas não atendem aos comandos do meu cérebro
que finge não entender a minha vontade...
Quero correr, quero sair do labirinto onde me encontro,
Perdida, desolada e só,
Onde nem mesmo a morte quer a minha companhia.
Estou exausta...
Quero chorar, mas não consigo...
Secaram minhas águas...
O meu mar não mais produz lágrimas,
Meus olhos não ousam produzir mar.
©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/10/07
Comentários
Carmen/Goreti
Essa poesia é infinitamente bela. Triste e bela.Emociona.Encanta, apesar do desencanto que nela há.
Parabéns, poetisa Goreti. Mais uma arte sua...rs.
Beijos procê!
Carmen
Carmen Lúcia
Goreti/Carmen
Obrigada por mais este comentário, minha fã, rsrs.
Beijão na alma.
olá Poetisa...
Li seu poema e desde já digo, muito belo.
porém me chama a atenção a dor que ele nos transfere...(gosto e escrevo neste estilo)e é muito dificil passar isso ao leitor com tamanha beleza e doçura como você fez. Parabéns.
Marcelo Souza
Marcelo Souza
Goreti/Marcelo
Obrigada, Marcelo.
Não imaginas como me faz feliz o teu comentário.
Beijos na alma.
Goreti