Carnaval

Foto de carlosmustang

''''VERGONHIÇA''''''''

Não quero morrer mais no Carnaval
Porque eu tenho de vez enquanto
Meus chiliques
E qué que tem, ninguém tem nada
a ver com isso(se eu morrer, tudo vai virar carniça)

Não se entregar no Carnaval
Tenho algum principio
De vez em quando tem, vontade de viver
Deixar ser, me jogar, no indeciso

Preciso ser, algo mais natural
Sem ser real, no querer
Me apaixonar, não aparecer
Sem ser o bom, quem é humilde(pode ser)

Me deixaram na solidão
Mas valeu os quatro dia de amor
Só restaram o cheiro de pepeta
No laboratório da vida...

Foto de Marilene Anacleto

A Mãe Dele Partiu

A mãe dele partiu
Flores de lágrimas
Emprestaram-lhe
A aura iluminada

Carinho eterno
Do último abraço
Prevê doloroso inverno
Que agora começa.

Deixei de ser a mulher.
Nada de desenhos loucos no ar
Nem corpos em caos e calmaria.
Feito mãe, pude apenas abraçar.

Muitos beijos, carinho materno.
Comida em meio a prantos.
Folia de carnaval, nada terno.
Silêncio da natureza distante.

Abraços, colo, afeto.
A mulher é tudo nesta hora:
Amiga, mãe, irmã, terapeuta
A acolher o amado e sua alma,

No triste momento
Em que seu maior amor,
Com tristeza, certamente,
Despediu-se e foi embora.

Foto de carlosmustang

NÃO SEI NÃO, QUERIDA

Sempre á algo bom em boas histórias
Bebes se salvam em novos transplantes
Pessoas que se amam, rezam, incessantes
Seres que brilham á todo instante

Mas o lado negro da lua
Gente que se droga e flutua
Também há quem só olha...
Observa, não julga, ignora!

Bebe, é bom olhar você!
Sendo paga(ou não) és amorzinho
É bom embriagar-se no Carnaval...

Queria amar tudo...
Vou deixar mais saudade que senti
Amigos, amores, flores, muito bom que vivi

'Se chorei ou se sorri, muitas emoções eu vivi'

Foto de Carmen Lúcia

Retalhos de fantasia

Nesse carnaval estarei na avenida
A reviver pedaços de minha vida,
Em cada disfarce, em cada fantasia
Uma verdade mascarada de utopia...

Em cada arlequim, um pouco de mim,
Da colombina, o amor que termina,
Do pierrô... lágrimas vertidas,
Da jardineira, as flores perdidas.

Do palhaço, o riso sofrido,
Da odalisca, prazer reprimido,
Do bobo da corte, o grito contido,
Da porta-bandeira, a paixão derradeira.

E verei minha história
Refletida na escola...
E no samba a tocar
Meu enredo a sambar.

Carmen Lúcia

Foto de Marilene Anacleto

Namorados Versejam Passos

Namorados versejam passos
Neste novo amanhecer,
Entre beijos e abraços.

Pés beijados pelo mar,
Mãos dadas a dançar
Abençoa, o céu em brasa.

Sorrisos desvendam amor
Que a vida agora acolhe,
De um carnaval que passa.

Foto de Carmen Lúcia

Fantasia

Visto a fantasia
A mesma alegoria
Que me veste o dia a dia
encobrindo meu interior
E agora, tripudia,
Extrapola meu exterior

Caio na folia
Busco alegria
Em meio à nostalgia
De mil foliões
Falsa euforia...

Em plena orgia
Vejo amanhecer o dia
A alma vazia
É só fantasia...

Mas é carnaval...
Dissipa-se todo o mal.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Marquês de Sapucaí

Ao longe, som de cuíca, reco-reco e
tamborim.
É a festa maior do povo vibrando a
Sapucaí...
Deem tréguas pra tristeza, abram
alas pra beleza,
deixem a alegria passar e explodir no
Carnaval!

É a arte simbolizada por mil
sentimentos.
É o povo sambando mazelas,
cantando lamentos;
extravasa seu peito sorrindo,
querendo chorar
e a avenida que antes vazia, quer
junto sonhar!

Tanto brilho luzindo o asfalto
pisando o ar,
invejando as estrelas do céu que no
chão vêm sambar.
As escolas combinam espaços,
cronometram compassos,
mestres-salas e porta-bandeiras
rodopiam abraços...

E os carros alegorizados
sugerem altares
aos destaques que glorificaram a
humanidade.
Fantasias bordadas com o luxo da
simplicidade
fazem deuses sobrevoarem os mais
altos pilares.

E no auge a
avenida esvazia
pelos cantos se
esconde a folia.
Quarta-feira, confetes são cinzas a
serpentear...

E a ilusão sai de cena pra realidade
entrar.

-Carmen Lúcia & Verluci Almeida

Foto de Maria Goreti

ACABEM COM O NATAL!

Se você, assim como eu, comemora o Natal com amor, alegria e suas alegorias, este poema NÃO é para você. Porém, se por divergência religiosa, você não compartilha das mesmas alegrias, este poema também NÃO é para você. Mas, se por outro lado, você só sabe criticar o Natal, TALVEZ este poema seja para você.
A todos os que passarem por aqui, meu carinho e respeito, independentemente da opinião.

UM NATAL DE LUZ E PAZ PRA VOCÊ!
.......

ACABEM COM O NATAL!

Desarmem as árvores de Natal,
Cuja “neve”, sobre as folhas, não derrete
Neste clima tropical,
Onde os frutos são pura fantasia,
Não matam a sede nem saciam a fome
E as luzes só aumentam o gasto de energia!

Destruam os presépios!
Só assim acabar-se-á com o culto aos ídolos de barro.
Afinal, o que representam aquelas figuras inanimadas,
Sem nenhuma graça,
Num canto qualquer de qualquer lugar?

Não cantem canções natalinas,
Cujas letras e melodias melosas enternecem corações,
Unem pessoas em confraternizações,
Trazem alívio às almas e corpos doentes.
Eles irão morrer mesmo!

Matem o velhinho hipócrita, o tal Noel,
Que só presenteia meninos ricos
E deixem os pobrezinhos órfãos de alegria.
Assim, os meninos pobres, morrerão de contentamento,
Mas nem por isto deixarão de sentir fome
E desejos de presentes.

Nada de ceia farta!
Joguem fora o peru, a farofa, o vinho, as frutas
Pois estes são alimentos dos fariseus.
Melhor refestelar-se sobre um prato de farinha,
Com um pouco de água e sal,
Ao lado daqueles que nada tem de seu.

Não há porque gastar fortunas
Para comemorar o nascimento de Cristo.
Afinal, se o Cara sabia que iria sofrer até a morte,
Por que aceitou nascer?
Guardem o dinheiro para festejar os seus aniversários,
Com churrasco, pagode e cerveja...
Para as fantasias de Carnaval...
Roupinhas sensuais.

Apaguem as velas,
Pois suas chamas representam vida...
Para que viver a ilusão de vida plena e feliz
Se o Natal é tão efêmero quanto a própria vida?
E o que é a vida, senão o anúncio da morte?

Para que manter acesa a chama
Da solidariedade, fraternidade, esperança e perdão,
Se apenas uma vez ao ano ela se renova em Cristo?
O mundo não precisa de nada disto...
Estamos tão satisfeitos com o que acontece por aí!

Acabem com o Natal!
Com as cores que transmitem energia
E o pouco de alegria que a data encerra.
Natal é festa sem importância...
Não aproxima pessoas, não une famílias,
Nada traz de positivo.

Destruam os sonhos, as ilusões
Façam assim...
Façam o mundo mais “humano”
E (in) feliz!

Acabem com o Natal!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 16/12/2011

Foto de Maria Goreti

ACABEM COM O NATAL!

Se você, assim como eu, comemora o Natal com amor, alegria e suas alegorias, este poema NÃO é para você. Porém, se por divergência religiosa, você não compartilha das mesmas alegrias, este poema também NÃO é para você. Mas, se por outro lado, você só sabe criticar o Natal, TALVEZ este poema seja para você.
A todos os que passarem por aqui, meu carinho e respeito, independentemente da opinião.

UM NATAL DE LUZ E PAZ PRA VOCÊ!
.......

ACABEM COM O NATAL!

Desarmem as árvores de Natal,
Cuja “neve”, sobre as folhas, não derrete
Neste clima tropical,
Onde os frutos são pura fantasia,
Não matam a sede nem saciam a fome
E as luzes só aumentam o gasto de energia!

Destruam os presépios!
Só assim acabar-se-á com o culto aos ídolos de barro.
Afinal, o que representam aquelas figuras inanimadas,
Sem nenhuma graça,
Num canto qualquer de qualquer lugar?

Não cantem canções natalinas,
Cujas letras e melodias melosas enternecem corações,
Unem pessoas em confraternizações,
Trazem alívio às almas e corpos doentes.
Eles irão morrer mesmo!

Matem o velhinho hipócrita, o tal Noel,
Que só presenteia meninos ricos
E deixem os pobrezinhos órfãos de alegria.
Assim, os meninos pobres, morrerão de contentamento,
Mas nem por isto deixarão de sentir fome
E desejos de presentes.

Nada de ceia farta!
Joguem fora o peru, a farofa, o vinho, as frutas
Pois estes são alimentos dos fariseus.
Melhor refestelar-se sobre um prato de farinha,
Com um pouco de água e sal,
Ao lado daqueles que nada tem de seu.

Não há porque gastar fortunas
Para comemorar o nascimento de Cristo.
Afinal, se o Cara sabia que iria sofrer até a morte,
Por que aceitou nascer?
Guardem o dinheiro para festejar os seus aniversários,
Com churrasco, pagode e cerveja...
Para as fantasias de Carnaval...
Roupinhas sensuais.

Apaguem as velas,
Pois suas chamas representam vida...
Para que viver a ilusão de vida plena e feliz
Se o Natal é tão efêmero quanto a própria vida?
E o que é a vida, senão o anúncio da morte?

Para que manter acesa a chama
Da solidariedade, fraternidade, esperança e perdão,
Se apenas uma vez ao ano ela se renova em Cristo?
O mundo não precisa de nada disto...
Estamos tão satisfeitos com o que acontece por aí!

Acabem com o Natal!
Com as cores que transmitem energia
E o pouco de alegria que a data encerra.
Natal é festa sem importância...
Não aproxima pessoas, não une famílias,
Nada traz de positivo.

Destruam os sonhos, as ilusões
Façam assim...
Façam o mundo mais “humano”
E (in) feliz!

Acabem com o Natal!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 16/12/2011

Foto de janie

AH! COMO EU SONHO!

Sonho...
Faço da realidade...
Um palco de fantasias!
A vida é breve demais...
Pra vivê-la sem poesia!

No meu parque de diversões...
Sou uma roda gigante...
Posso subir bem alto...
E descer a qualquer instante!

No palco do meu picadeiro...
Uso a pintura do palhaço...
Escondo atrás dos tons...
As angústias e o cansaço!

Desenho a própria alegoria...
Faço a farra do meu carnaval!
Invento um tom pra bateria...
Tocar minha nota musical!

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