Caminhos

Foto de Carmen Vervloet

Feliz

Feliz por recostar a cabeça no travesseiro
com a consciência tranquila...
Feliz por enxergar a beleza da paisagem
nesta curta viagem que é viver...
Feliz por ter conseguido arrancar
tantas pedras do caminho e
com elas ter pavimentado outros caminhos
por onde passo mais leve, sem tantos tropeços,
vendo as flores desabrochar numa superfície calma
fazendo-me sentir o aroma da alma
exalado pela dádiva de ver a vida
com olhos de amor!

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo janela

Pra que fresta? Pra que tramela?
Decidi escancarar minha janela...
Deixar de me esconder por detrás dela,
fotografando o mundo pela metade
presa ao ostracismo que me invade
queimando detalhes, belezas escondidas...
o elã vital, motivo maior, sentido da vida.

Nada de cortinas, chega de vidraças.
Quero ver o sol transpassar inteiro,
aberto, liberto, total,
a queimar meu corpo, aquecer a alma,
irradiar as flores de meu quintal.

Descobrir os cantos, mistificar encantos,
torná-los metáforas da vida,
reativar a esperança frágil e encolhida,
vê-la renascida sob nova luz.

Basta de raiozinhos, trancas nas janelas...
Quero o sol ardente derreter correntes.
Abrir janela e pular por ela,
juntar-me aos sentimentos que joguei lá fora,
catá-los com a mão, resgatar a emoção.

Obstruir os caminhos da dor...
E sorrir, cantar, correr, viver.
Deixar ao acaso a restauração de meu ser.

_Carmen Lúcia_

Foto de Delusa

Poesia ou prece

Como devo agradecer
Este sentimento que me encanta
E que a todo o momento
Me enche o coração
Com melodias de amor
Onde delira o meu sofrimento
Apagando a minha dor

A Deus estou a agradecer
Sem conseguir entender
Se isto é poesia ou prece
Agora que te pude ver
Já não te quero perder
Nem meu coração te esquece

Quantos caminhos já cruzei
Pela via do destino
Porque razão não encontrei
O verdadeiro caminho?

Delusa

Foto de carlosmustang

FOI...

Uma vela pra minhas andanças
Uma pequena acesa pra minhas esperanças
Minha oração é pra sentir-me vivo!
E não contar com alguma vitanice

Abraçar pedras extremas, incondicionaveis
Deixar me em loucura e tornar-me controlável
Contar a cada gomo de liberdade
Consentir a viver piedosamente a sua vontade

Sou louco(todo machucado) em mente Sá!
Ansiando pelo amanhã
Gritando desesperadamente pelo amor ao Sol

Apurrinhando ver(e pisar)caminhos aqui
Chegar alguns charmes, amar, pressentir
Na pia tudo preparado, THE END

Foto de William Contraponto

MEU DESTINO

O meu destino quase não me pertence
E todos os caminhos que sigo
Passam pelo sentimento por você
Como posso ser só amigo
Quando te amo além do querer

As palavras, o tom que são ditas
Sempre que proferidas em teus lábios
Serão como canto mais lindo
Um som encantador ...

Até nas noites distantes
A tua presença se faz
Em lembranças de instantes
Os quais desejo outros mais

Do meu destino quase não sei
Nem preciso muito saber
Se nele você estiver
O paraíso estará garantido
E o meu sorriso também.

Foto de Carmen Lúcia

Rupturas

De repente, a expulsão...
Rompe-se o cordão,
O calor daquele abrigo.
A união umbilical
rompida pela contração.
O frio, o desconforto,
o susto que faz chorar,
o ter que encarar
a separação.
O mundo.

De repente, cerra-se a cortina,
muda-se o cenário,
embaçam-se as luzes,
tremula a ribalta
de um palco improvisado,
perguntas impertinentes,
respostas não condizentes,
personagens alternadas,
história remexida,
show irreverente.
A vida.

E as rupturas se vinculam.
Começo de caminhada,
o papel, as linhas tortas,
o branco sendo tingido,
o sentido das palavras,
o destino a se cumprir,
o tempo a exigir:
“Ande, não pare!”
O tempo.

Fase da colheita...
Colher o que plantou.
O cultivado, permanece...
O resto, esmorece.
Bem que se pudesse
o tempo pararia...
Uma nova chance.
Começar o Novo!
Não:De novo!
Carpe Diem.

Vem o cansaço,
o descompasso,
o desejo de parar
e a vontade de chorar
as partidas, despedidas,
amigos, entes queridos,
sonhos não vividos
truncados pelos caminhos.
A realidade.
Saudade.

Às vezes, a Felicidade.
Momentânea, raridade.
De soslaio ela invade
e se vai sem alarde.
Reta de chegada.
Fim da caminhada.
(início de outra jornada?)
Atrela-se a ruptura...
A última, derradeira.
(ou seria a primeira?)
Maktub.

_Carmen Lúcia_

Foto de Alexandre Montalvan

Pingos de Amor

No negro escuro da minha alma, vastidão!
Em fétidos charcos de catarros, lodaçais!
Pensamento imerso nesta grande podridão
Entre aves de rapina famintas, bestiais!

Triste este fim sem recomeço, sem perfume argentino
A essência das celas, entre feras e medo, sente o cheiro
Desta morte que rola na escada, neste imenso atoleiro
Este é o mar dos desatinos e das noites sem destino
Das eternas madrugadas.

As sombras se esgueiram nos caminhos
Coladas em suas burras negras perniciosas
Rebolos nas mãos e cobertas de espinhos
Naifas que ferem que sangram perigosas

Na morada do fogo que arde em meio ao inimigo
O passado me condena com a mão do insensato criador
De joelhos imploro o perdão deste amargo castigo
Neste mundo eu não tive nem um pingo de amor

Alexandre Montalvan

Foto de William Contraponto

REVOLUÇÕES

Dos ruídos de ontem
Até a calmaria dessa manhã
Foram tantas revoluções que
perdi as contas
Mas fazendo algum bem
É só o que importa

A vida se refez
Sem procurar refúgio
Encarando de frente o
problema
Produzido sempre nas garras do
sistema

Querer, buscar... encontrar solução
Depende da vontade em libertar
A consciência do que a prende
E faz cegar a visão

O nosso inimigo é o que temos
De mais em comum
Ele diz: são imperfeitos e assim morrerão
Indo a lugar nenhum

O nosso inimigo é o que temos
De mais em comum
Ele aponta os caminhos
Que nos levam a prisão

Jamais poderemos esquecer
Daqueles dias terríveis
Nos cárceres do poder,
Não voltaremos a permitir

Pela revolução silenciosa do pensamento
Ou pelo barulho causado nas ruas
O importante é seguir sentimentos
Por liberdade e amor maior...

Foto de carlosmustang

CONTIDOS

Continuo a andar livre
Se caminhar é liberdadde
Em amar escolher,querer
Ser,sou, vencer, sangue, bei...

Entre meu quarto, até você LUTA
E pequenos caminhos, puros e nobres
Desejos belos imperfeitos
Livres e correndo pela relva

De batalha a vida, fazer amor
Alguém pode existir com fé
Desandar sem amor

Liberdade sobre o copo, ignorar
Restos pra não chorar
Deixar esparramar esperança

Foto de Carmen Lúcia

Sinais da vida

Pulei as reticências ...
Me prendi nas lembranças de um passado distante
que me trouxe até aqui, ofegante.
Que me fez, me refez...
Por que pensar num futuro que pode nem vir?
Então desprezei as reticências,
acontecimentos não vividos,
momentos contidos no incontido da vida.

Marquei com asteriscos
os passos seguros que andei
e me levaram a ancorar portos seguros
(anjos que, de repente, suavizam os caminhos).
Desviei dos que caminhei entre falsos atalhos
e causaram tantos transtornos e retornos.

Gravei nas entrelinhas
os bastidores por onde passei,
onde os suores se intensificam
e a espera justifica a lição que sempre fica,
enfatizando o aprendizado, refazendo cada ato,
deixando apto a conquistar o palco
onde a vida representa a arte
ou a arte é a própria vida.

Risquei as interrogações
das perguntas que não mais farei,
respostas que jamais vieram
e se vierem, não serão as que busquei...
Tanta demora não mais vigora
num tempo que anseia pelo agora.
Abastar-me-ei de exclamações;
a perplexidade comanda a humanidade.

Após as vírgulas, pequenas pausas ,
tão necessárias para o recomeço,
recobrar o fôlego, respiração precisa,
concisa , antes de novo arremesso .
De sonhos preencher lacunas,
apagando marcas de esmorecimento.
Estar feliz comigo mesma
no momento certo do ponto final.

(Carmen Lúcia)

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