Dos ruídos de ontem
Até a calmaria dessa manhã
Foram tantas revoluções que
perdi as contas
Mas fazendo algum bem
É só o que importa
A vida se refez
Sem procurar refúgio
Encarando de frente o
problema
Produzido sempre nas garras do
sistema
Querer, buscar... encontrar solução
Depende da vontade em libertar
A consciência do que a prende
E faz cegar a visão
O nosso inimigo é o que temos
De mais em comum
Ele diz: são imperfeitos e assim morrerão
Indo a lugar nenhum
O nosso inimigo é o que temos
De mais em comum
Ele aponta os caminhos
Que nos levam a prisão
Jamais poderemos esquecer
Daqueles dias terríveis
Nos cárceres do poder,
Não voltaremos a permitir
Pela revolução silenciosa do pensamento
Ou pelo barulho causado nas ruas
O importante é seguir sentimentos
Por liberdade e amor maior...