Calor

Um miraculoso ponto de pele que sucumbe leve noutra pele desprotegida, levando os dias de espera que nela se escondem despidos, e foge logo em seguida. Um segundo de aconchego quente que destrona a eternidade e reina na palma da mão. Um vento que brota e morre no mesmo instante na raiz da própria morte. Um país que invade os sonhos e os deixa perdidos no ar. Um suspirar fumegante de um silêncio sussurrado pelo balanço do chão, onde os passos cantam e a calçada teima em desfazer-se com o luar. Água que queima a sede. Terra que se evapora em calma tremida. Calor que transpira o olhar onde a alma tépida transparece vencida pela paixão.
O toque. Lágrima que escorre pela pele vazia, sacudindo célula a célula, a imensidão e a melancolia. Noite que se esquece de escurecer. Noite que se casa com o dia e detêm o entardecer. Tempo suspenso no amanhã que se esquece de pisar e confunde o pensamento. Palavras indecisas trocadas pela pele e tocadas pela vontade de amar. Silêncios amachucados pelo respirar dos dedos que se soltam descuidados, sem momento ou direcção.
Sobre este toque, o sabor a infinito, o perfume da ilusão, o gosto pelo desconhecido, e a pele da emoção.
O toque, impossivel viver sem ele,
(Marisa Cruz)

Esta saudade me acaba,
sinto tanto a tua falta...
Dormir com você abraçada depois do amor,
é tudo que eu quero e preciso agora...
Te acordar na madrugada e te fazer sentir
os meus tremores, os meus amores...
Acordar ao teu lado, beijar
os teus lábios e da tua boca
beber os teus licores...
Não cala o meu corpo,
abrasado crepita e arde de tanto amor...
Não demores meu amado,
tua ausência me condena, só sinto dor...
Vem dormir comigo...
Vem sentir o meu ardor...
Vem me dar o teu calor,
matar esta saudade
que sem piedade,
maltrata e me invade...
Vem repousar tua cabeça
no meu peito e ouvirá
este meu coração carente
que bate por você somente...

Marisa Cruz

No silêncio do meu quarto fico

Vivo a esperar e premedito...

Que voltes para matar a minha saudade

Só assim, outra vez terei felicidade

Minha cama está vazia

Sinto-me nu, inteiramente nu...

Faz-me falta o calor da tua pele..

E o abraço que o meu corpo te aquecia.

Marisa Cruz

Assim, na ternura dos nossos abraços

Entre sussurros e afagos eu adormeci

Perdido nas beiras das ruas trincheiras cobertas de fogo…andou este menino sem fôlego aos caídos sentindo essas chamas doloridas….Sem motivos para haver dia ou noite, confundido se na vida haveria valor, ou ate se o amor existiria….Mas senti deus, todos os caminhos tem saída em todas as estradas haverá curvas ou cruzamentos que da loucura nos desvia, basta acreditar que o sol te sorri…e como Assim encontrei eu essa avenida onde apareceu quem hoje chama meu coração deixou-o ardis esta menina cantadeira tua voz de sonho de saudade deixas meus dias, mas ao surgir do teu olhar meu sangue deixa-se fluir em rios das minhas veias das minhas entranhas sente meu peito, ouve que ele diz sente do que dele tem…Porque rosa do meu jardim a ti ele te ama a ti ele namora a ti ele implora por mais e mais amor por mais e mais calor por mais e mais do teu suor como do meu que te dou…amo te meu amor impoluto, virtuoso sai da minha alma esta chama por tiiii….