Cadeia

Foto de HELDER-DUARTE

Sou teu amigo

E então conclui.
sou teu amigo,
Mas só se agir deste modo para contigo...
Se pensar muito em ti...

Se estiver do teu lado sempre...
Em todo o tempo.
Se estiveres bem,
Ou ainda mal também.

Se estiveres doente,
De lepra, parkinson ou demente...
Com sida...
Ou quase sem vida!

Ou ainda se houveres feito mal...
E eu ainda contigo continuar
Sempre a te amar...
Até ao teu fim temporal!

Serei teu amigo...
Se chorar ao saber,
Que estás aflito!
Mesmo que por ti, pouco possa fazer...

Se estiveres na cadeia,
Mesmo culpado,
Eu ficar ao teu lado...
Enquanto o mundo te odeia.

Ou até por fim...
Mesmo que me odeis a mim
E estiveres condenado à morte
Sem do teu lado qualquer sorte...

E ainda assim, para que tu vivas...
Eu por ti minha vida dar.
Meu ser entregar...
Por amor, para que eternamente vida tenhas!

Helder Duarte

Foto de Zedio Alvarez

Analfa Beta

Quantos anos de cadeia analfa-cega?
Será que teu tempo esgotou?
Você se auto condenou?

O teu amor está sobrevoando a tua aura
Está te prendendo para em tempo, te amar.
Um dia ele chegará tão forte,
Que a incrédula analfa exergará

Foto de Gilbertojúnior

Desabafo

To sozinho, to passado, to sofrendo
Não soube conduzir o meu destino
Meus sonhos de união estão morrendo
E a frieza no meu corpo está surgindo

Minha alma está deitada ao relento
Vagando seu olhar no infinito
Na cadeia do destino sou detento
Onde o silencio abafa o próprio grito

As lagrimas que caem me embriaga
De dor, de sonhos, de ilusão
É a esperança de vida que não acaba
Mas deixa sangrando o coração!

Foto de Zedio Alvarez

Pecado Imortal

Tais brincando de pecado
Começou fazer tudo errado
Eros não irá te perdoar
Afrodite vai te castigar

Com certeza o mar é revolto
Só não arrisco em afirmar
Que o amargo do fel
É melhor que doce do mel

Sem bloquear os pensamentos
Pois são manaciais de alimentos
Sempre deixamos subsídios
Para irrigar nossas mentes

Tua sentença já saiu
Eternos anos de cadeia cumprirá
Está presa por desacato ao amor
Lamento, tua liberdade findou

Você se auto condenou
O amor estar sobrevoando a tua aura
Um dia bem forte ele chegará
E aí, “nessa” enxergará

Foi você quem inventou o pecado?
Seu destino deve estar traçado
Mas perdoe o pobre pecador
Que um dia reencontrarás teu amor

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Saudades

Ando com saudades de café com pão;
de namorados dando beijinhos no portão;
de pedir bênção a pai e mãe (Deus te abençoe);
do sinal-da-cruz que fazia quando passava na frente da igreja;
de ver um varal cheio de roupa com cheiro apenas de sabão;
de ver alguém sorrindo enquanto lava a louça com bucha vegetal;
de sentir respeito pela polícia;
de cantar o Hino Nacional com mão no peito e lágrimas nos olhos;
de acreditar que o Brasil ganhou a Copa do Mundo porque jogou direito;
de saber que o Zezinho, filho do porteiro, não vai morrer de dengue;
e que Maria feirante poderá ter um filho médico.
Saudades de homens que usavam apenas o assobio como galanteio.
Fiu-fiu!

Morro de saudades do tempo em que um presidente de uma nação
era o mais respeitado cidadão do país.
Que cadeia era lugar só de ladrão.
Acho que andaram invertendo a situação.

Ando com saudades de galinha de galinheiro;
de macarrão feito em casa com tempero sem agrotóxico;
de só poder tomar guaraná em dia de festa;
de homens de gravatas;
de novela com final feliz;
de pipoca doce de pipoqueiro;
de dar bom-dia à vizinha;
de ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarinho,
preocupado com o passageiro.
Saudades de gritar que a porta está aberta para os que chegam.
Um saco destrancar tanto papaiz.

Saudades do tempo em que educação não era confundida com autenticidade.
Hoje, se fala o que quer em nome de uma
“tal” verdade e pedir perdão virou raridade.

Ando com saudades de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa.
Saudades das chuvas sem acidez, que não causavam aridez.
Saudades de poder viajar sem medo de homem-bomba,
de ser recebida com pompa em outra nação.

Atualmente, reina a desconfiança no coração.
Sinto muitas saudades do rubor das faces de minha mãe
quando se falava de sexo totalmente sem nexo.
Hoje, ele é tão banal que até eu banalizei.
Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei.
Para minha filha não poderei deixar sequer a esperança.
Hoje, já não se nasce criança.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Escreve

Escreve... A folha escrita: um pássaro que voa, um palavra de carinho, um amor declarado
Cada cérebro: um ninho onde a idéia produz
Amor, Ódio, Verdade, Engano, Treva, Luz,

Somando mal ou bem, de pessoa à pessoa.
Escreve... A pena talha anseio, gloria, cruz,

Virtude, guerra, paz, grilhão, asa, coroa...
O pensamento cria, ampara, aperfeiçoa,
Degrada, oprime, salva, ilumina, conduz!...

Escreve... Mas escolhe o assunto, o verbo, a frase.
Reconforta, constrói, levanta, ensina, traze,
Onde estejas servindo, a inspiração de escol!...

Escreve aprimorando!... O texto mesmo breve
Transforma-se no Além, conforme o que se escreve,
Em cadeia de sombra ou Caminho de Sol.

Páginas

Subscrever Cadeia

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma