Cabeça

Foto de Sirlei Passolongo

Agradecimento! FELIZ ANO NOVO!

Como é maravilhoso poder agradecer o ano que passou...
Se não foi como desejávamos... Mas, foi o que tivemos
E chegamos inteiros ao final dele é motivo para agradecer e muito
... Se caímos no percurso, também nos levantamos
Se choramos, também sorrimos...
Se perdermos, muito mais ganhamos,
pois, ganhamos a oportunidade abençoada de recomeçar...
Ah! quantas pessoas desejaram recomeçar e não
conseguiram... Partiram.
E como é maravilhoso ter a graça de recomeçar,
Ter a oportunidade de buscar nossos sonhos outra vez
Poder abraçar nossos amigos novamente.
Olhar nos olhos dos nossos filhos,
Dos nossos pais, do amor da nossa vida.
e dizer que o amamos... Mais uma vez e mais uma, e mais uma...
Como é maravilhoso poder olhar os ponteiros do relógio
e fazer a contagem regressiva com o coração acelerado,
sonhos mil na cabeça, com fé, muita fé que irão se realizar...
E essa fé que nos permiti caminhar...e acordar, acordar todos os dias...
Novos dias... Luzzzzzzzz do sol, novas noites.......lindas luaaaaas
E é a esperança que nos leva à diante... nos leva a lutar...
sorrir...chorar..gritar... a esperança e a fé no novo ano
que vai começar.

FELIZ 2008
A TODOS OS POETAS E AMIGOS
DE POEMAS DE AMOR.

ABRAÇOS!!!!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SONHOS"

SONHOS.

Oh doce menino de olhar esperançoso
Quantos sonhos te vão à cabeça
Do trem de ferro ao jato veloz
Da bolinha de gude ao mago de oz

E a juventude irrompe na pele
E os sonhos continuam
Hora astronauta noutra bombeiro
Nessa odisséia nunca te censuram

Homem já feito tarefas difíceis
E os sonhos não te abandonam
Vez ou outra em momentos terríveis
São eles que a tudo solucionam

Só de sonhos não é possível viver
Mas quem vive e não sonha
Esta fadado a morrer.

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"COMPROMISSO"

COMPROMISSO

O fardo pesado que hora carrego
Representarão plumas no fim da jornada
Aos desígnios do mestre agora me entrego
Só ele sabe o tamanho da minha estrada.

Tentações já não mais me abalam
As privações me fortalecem
Os problemas me revigoram
E meus propósitos não esmorecem.

Vou cantando e seguindo este longo caminho
Vez ou outra escorrego, mas aprumo e não caio
De cabeça erguida sigo meu destino
Não aceito proposta daqui eu não saio.

A minha frente caminha o filho do criador
E seus passos insisto em continuar a seguir
Por onde ele passa espalha o amor
E me sinto feliz, pois tenho aonde ir.

Foto de shaynejolie

Medo de te amar.

Em algum momento,
te abri meu coracao,
te falei tudo que tava sentindo, e que tava perdendo a razao.
Nao sei mais como te dizer, se não te falar o que passa pela minha cabeça,
não vou conseguir viver.
As vezes penso:
Será que faço bem em dizer tudo que sinto?
Não sei...
Tenho muito medo,
de te perder, perder esse carinho, que sente por mim, medo de perder sua amizade...
medo que voce não me ama como eu te amo!
Tenho medo de te amar de verdade..medo!!

Foto de shaynejolie

Hoje eu precisava de ti!

Hoje eu precisava fala contigo...
Precisava ouvir a sua voz, ouvir voce respirar, ouvi voce rir.
Hoje simplesmente precisava te sentir.
Precisava ouvir voce dizer que eu mexo contigo, que sente saudades, precisava ouvi vc dizer que tem vergonha.
Hoje eu simplesmente precisava te sentir.
Hoje eu precisava de um abraço, encosta a cabeça no teu hombro e esquecer do mundo.
Hoje eu precisava de um beijo seu, precisava de um carinho...
Hoje simplesmente precisava de ti!
Te amo!!

Foto de carlosmustang

ASAS DE BORBOLETA

Minha cabeça, afim de nauflágar, por amor
Perdida, a todos os tempos
Num mar, que a tudo tende a vencer
Mas eu tenho a coragem...

E mesmo nesta ilha
Eu grito que sou eu...
Pra amar pra carâmba
Um só garota!!!!

Porque evolúir, e você me basta
Es minha menina, que fara- me
Irradiar como um sol...

Tenho o meu fim(PROGRAMADO)
Mas enquanto isso, você é meu mundo
Mesmo estando largado. no tapete!

Foto de Sonia Delsin

PAZ

PAZ

Tão bom poder encostar a cabeça no travesseiro e descansar.
Tão bom adormecer e sonhar.
Se soltar.
Eu digo que sinto uma grande paz interior.
No coração sinto amor.
A dor me suavizou.
Tive medo.
Um grande receio que ela pudesse me transformar.
Uma criatura amarga me tornar.
Felizmente isto não aconteceu comigo.
Sou alegre.
Brinco, rio. Me divirto.
Acho a vida linda.
Quando lembro o passado trago de volta um rosto amado.
Nunca odiado.
Se meu coração ficou machucado.
Cura-se aos poucos.
Novos sonhos substituem os antigos.
O passado eu sei que deve ficar enterrado.
Que o futuro sempre algo novo poderá nos oferecer.
Temos que crer.
Sinto sim, grande paz no coração.
Enxergo o sofrimento como lição.

Foto de Caqui

Fantasia

Sons de verão...
sol queimando a pele
o pensamento divaga,
flutua...
o coração acelera
olhar fica miúdo
cabeça fica na lua...
vc vem
de mansinho
eu vibro
me perco
no teu olhar
no teu gosto
no teu cheiro...
no teu toque!
Foi ontem
foi hoje?
Foi só fantasia...?
talvez,
mas hoje, me permito ficar dentro dela!

Foto de Sonia Delsin

ÊXTASE ESTELAR

ÊXTASE ESTELAR

Mergulhei na noite.
Lá tão distante os milhares de pontinhos cintilantes.
A via Láctea a me mostrar.
Existe vida em outro lugar.
Meus serenos olhos pregados nas estrelinhas a brilhar.
De repente...sobre minha cabeça uma chuva delas a despencar.
Uma chuva como um doce acariciar.
A sonhadora conseguiu buscar um êxtase estelar.

Sonia Delsin

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