Cabeça

Foto de carlosmustang

DESENVOLTURAS HERMÉTICAS

Aos cabelos ao vento, correndo
Enfrentando a ventania, coração
Cerro os olhos, pensamento
É bom pensar nessa emoção!

Comecei amando "baixinho"
Depois um estrondo, um trovão
E todo o tranquilo conformismo
De ser somente eu, sem ilusão!

Sua voz, o seu jeito, o seu ser...
Me envolveu, como um cobertor
E me tirou do dia mais frio desse mundo!

A cabeça tão vulneravel,achando...
Nunca mais saro desse "amor" tirano!!!
Feliz daquele que ama sem paixão.

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

Foto de Sonia Delsin

ME ATRAIS

ME ATRAIS

É teu olhar que me atrai.
Teu jeito.
De me puxar pro teu peito.
Deito a cabeça.
Penso.
Como é bom ter um lugar para repousar.
Como é bom ter alguém para amar.

Foto de Carlos Lucchesi

O Cordão Mágico de Ellen

Naquela tarde de domingo,
Caminhava pelas ruas da cidade deserta,
Quando algo chamou minha atenção:
Uma menina solitária numa janela entreaberta.

Poderia ter passado despercebido,
Não fosse ouvir sua voz suave dizendo:
"Ei moço, conversa aqui um pouco comigo!"
Já estava um pouco adiantado e, ao voltar,
Prestei mais atenção,
No objeto que ela segurava na palma de sua mão.

Ela o olhava com tristeza,
Algumas vezes pensativa,
Ergueu um pouco a cabeça e disse:
"Moço, esse cordão mudou a minha vida".

Confesso que não levei muito a sério,
As palavras por ela ditas,
Pois como poderia um simples cordão,
Mudar a vida de menina tão bonita?

Ela abriu aquela porta
E, na calçada, ao meu lado então sentou,
Ainda com o cordão entre os dedos,
Sua história começou...

"Sempre fui menina esperta,
Sorridente e divertida,
Até que um dia, encontrei este cordão,
Que transformou a minha vida.

Estava lá jogado ao chão,
Sem nenhum dono aparente,
E ao parar para pegar,
Notei nele um brilho diferente.

Pra casa o levei,
Com ele me tranquei no quarto,
E quando da bolsa o tirei,
Surgiram luzes por todos os lados!

Uma voz dele surgiu,
E disse no meu ouvido:
- Agora que me encontrou, seu destino deve ser cumprido:
Sou o conhecimento do futuro, do tempo que vem adiante,
O atalho para os caminhos e o desvio dos perigos constantes.

No início achei bom,
Mas logo tive uma certeza:
Que o mesmo cordão que me deu o poder de ver as alegrias futuras,
Me fez ver também as futuras tristezas.

Moço sou menina adolescente,
Não quero este conhecimento do futuro,
Prefiro caminhar passo a passo
E construir meu próprio rumo.

Pra me desfazer desse achado,
Existe uma condição:
Fico livre do seu poder mágico,
Se ele for pra outra mão.

Faça dele o que quiser,
Desfaça esta magia,
Quero voltar a ser menina
Vivendo com alegria..."

Não tive como recusar
O pedido da tal menina,
Carrego comigo o cordão,
Cumprindo assim a minha sina...

Nunca mais caminhei nas tardes de domingo
Pelas ruas desertas,
Tranquei-me em meu quarto e sob as luzes mágicas do cordão,
Me transformei em poeta...

Foto de Carlos Lucchesi

Um Amor que iniciou porque Deus se descuidou

Quando Deus criou a rosa,
O fez com muito carinho,
Mas por quê a mais linda das flores
Precisa ter tantos espinhos?

Tão bonita,
Tão perfeita,
Tão delicada,
Que por ninguém poderia ser tocada.

Com certeza,
Deus deu espinhos a rosa para sua própria defesa.

Creio que Deus cometeu uma distração,
Pois nem todos os perigos vêm pelo chão.

Assim, estava a rosa no seu jardim,
Balançando com o vento,
Quando algo aconteceu naquele exato momento.

O perigo não vinha pelo chão,
Mas voava alto e pairava no ar,
Como a nossa imaginação.

Era um beija-flor,
E da rosa se aproximou.

Contra ele a rosa não tinha defesa,
Pois a conquistou direto pela sua cabeça.
Nenhum espinho o atingia,
E podia ter a rosa,
Do jeito que queria.

Tão lindo e colorido como a rosa,
Parecia uma união perfeita,
E toda defesa da rosa,
Naquele momento foi desfeita.

O beija-flor a rosa tocou,
E a beijou...

Vendo isto, Deus se assustou,
Mas achou tão lindo e tão perfeito,
Que finalmente abençoou.

A rosa tentou dele esquecer,
Mas contra o Amor e a benção de Deus,
Nada pôde fazer...

Eu sou o beija-flor,
E a rosa o meu Amor

Foto de Graciele Gessner

Saudades. (Graciele_Gessner)

Saudade, essa palavrinha que em outro idioma não existe.

Saudade, esta linda palavra que expressa o que sinto hoje, que sentirei depois, e depois.

Saudade que estou sentindo de você. Volte logo!

Saudade, esta dor insuportável por estar longe de quem amamos.

Saudade de seus beijos que me tira o fôlego e me permite viajar em outro continente.

Saudade daquele abraço que me confortou antes de nossa despedida, que não deixaria soltar por nada deste mundo.

Saudade daqueles momentos memoráveis que privilegiei na minha memória.

Saudade do nosso amor predestinado, tipo de amor que dura para sempre.

Saudade que sinto, e que adoraria tê-lo aqui comigo.

Saudade, que sempre está na minha cabeça, no meu coração, na minha alma.

Saudade é tudo que consigo expressar...

Saudade, este sentimento que você também vive, e independente do lugar lembraria de você.

Saudade é você, que trouxe sentido a minha vida.

Saudade virou minha nova inspiração.

26.02.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Vadevino

BOLAS

A Terra é uma bola
Cheia d`água e de gente.
O Sol é uma bola
Cheia de fogo ardente.
A Lua é uma bola
Cheia de pedra dormente.
Minha cabeça é uma bola,
Uma bola ... simplesmente!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

*PROIBIDA E MALICIOSA*

*
*
Há tempos ando a te observar,Mas minhas pernas estão presas,
A sete chaves e cadeados,meus desejos são libertos.
Porém sou proibida e um tanto maliciosa.
Quero provar de sua insanidade.
Sinto que quer me devorar,por isso fico a te provocar.

Proibida e maliciosa, esse é meu jeito com você.
Sei que te enlouqueço,e esqueço quem sou,
Venha!..Perca comigo a cabeça,mas não esqueça,
Que sou proibida.
Fica a sua vontade ,pois meu desejo é maior que
Todas as proibições.

Pena estar tão longe,e querer ser sua,
Sete chaves, trancam meus caminhos a você.
Meu corpo te deseja, quer dar prazer a você.
Mas sou proibida, e sofrida por querer ,
De teu corpo ousar.

Se tiveres paciência, talvez me deixe de ser proibida.
Venha você e arranque os sete cadeados sem as chaves.
Pra isso tem forças em teus fortes braços másculos.

Quero ser sua amante, mulher, menina,dama,
Ser o que meus instintos mandam,
Não fique ai olhando, estou te amando.
Preciso me libertar, se deixar de ser proibida.

Minha malicia não tem tamanho, quero você.
Seja meu homem atrevido,quero teu desejo incontido.
Deixa-me deslizar minha pele em teu corpo.
Quero ouvir teus gritos famintos.
Teus gemidos lunáticos,

Venha sentir o calor molhado de meus lábios,
Em teus lábios ,me desvario em desejos.
Sou proibida, mas meu amor é livre pra você.
Vamos venha me socorrer.Tire-me os cadeados.
E vamos viver um amor alado

Venha com tua vontade ,me amar de verdade.
Venha com teu gosto languido, assumido.
E despi-me, de alma e coração.
Os trajes, se rasgarão.
E viver essa louca paixão!
De uma proibida maliciosa!

*-* A FLOR DE LIS.

Foto de von buchman

Sei Que não Me Queres, Mais! - Bem pelo contrário, te quero como nunca... (dueto) Von x Anny

Sabe amor,andei pensando.
Rodeando meus pensamentos.
Me isolei para poder refletir.
Não demora muito,
Deixarei de existir:
Em tua vida.
(anny)

Você como sempre, pensando coisas bobas...
Perdiendo tempo, te isolando , pois bem sabes que é a ti quem eu amo..
Nunca deixarás de exitir na minha vida, pois és eterna...
(von)

Tu andas a me evitar.
Não tem mais ,os mesmos encantos.
Já não recebo rosas, nem canto.
Meu coração esta convalescendo
Do teu amor, só sente dor.
(anny)

É verdade, andei te evitando.
Andei recolhido aos meus pensamentos...
Fiquei a meditar no meu coração
e no meu amor por ti...
(anny)

Minha alma já, não sente o vulto da tua.
Minha alma esta nua, e crua da falta de teu calor.
Sinto a cada dia, que me foge entre os dedos.
Já não tenho medo, esta na cara teu segredo.
(von)

Não fui e não vou embora !
Estou bem aqui, junto a ti...
Tu é que não me sentes mais como antes...
Meu segredo é te amar demais...
(von)

Não precisa ter medo,
Separar-te de mim era o teu segredo.
Que a mim, não mas me quer.
Que pra ti deixei de ser tua mulher.
(anny)

Não tenho medo e jamais me separarei de ti, anjo...
Pois és meu eterno amor e paixão,
E nunca deixarás de ser minha deusa do amor...
(von)

Não guardo magoa nem tão pouco rancor.
Mas em meu peito no momento,
Somente um sofrimento.
De aceitar,que não me queres mais.
(anny)

Ao contrário do teu, o meu, só tem amor e paixão por ti...
Sofri também, mas o amor tudo vê, tudo suporta....
Sofrimentos vem, sofrimentos vão,.
Mas o meu amor por ti será eterno...
Ponha na tua cabeça e coração que te quero para sempre...
(von)

Sigo meu viver e meu caminhar,
Longe de ti, tenho que aprender andar.
E evitar as lembranças, para não me crucificar
O pior vai ser...
Ter que esquecer,e deixar de te amar.....
(anny)

Longe de miim nunca vais andar,
pois jamais vou te abandonar.
Sempre estarei ao teu lado no caminhar da vida,
Não quero e nem posso te esquecer .
Pois és a mulher dos meus sonhos e do meu amar ...
(Von)

Agradeço a querida Anninha, pelas belas palavras neste lindo due..
Tenhas meu eterno carinho, uma beijoca e um xero...
ICH LIEBE DICH ...

Foto de Sirlei Passolongo

IV Evento Literáiro 2008 - É com nóis mesmo cumpade"

Arraiá das solteironas

Tem gente
de todo arraiá
gente bonita
que só...
mas tem
tamém
gente feia
de dá dó
e a moça
assanhada
doidinha
pra casá
num consiguiu
pretendenti
que tivesse
mais que um
denti
tadinho
de Santo Antõe
nunca mais há
da cabeça
pra cima virá
a pobre
tá encaiada...
pior que
gipe na lama..
tadinha...
solteirona
tá em chama.

(Sirlei L. Passolongo)

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